quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A verdadeira Alegria

Olá Amigos.
Espero que essa mensagem, possa nos fazer acreditar... que a Paz de consciência, a capacidade de amar mesmo em situações difíceis, a alegria de viver... são as características de seres evoluídos...

“Certa vez, vindo São Francisco, de Perusa para Santa Maria dos Anjos, em tempo de inverno, em com­panhia do Irmão Leão, um frio muito intenso o ator­mentava. Chamou, nesse momento, o Irmão Leão, que ia mais à frente, e assim lhe falou: Ó Irmão Leão, ainda que os Irmãos Menores dessem no mundo in­teiro grande exemplo de santidade e boa edificação, não obstante, escreve e toma cuidadosa nota, que nisso não está a perfeita alegria. E caminhando um pouco mais, São Francisco o chamou pela segunda vez: Ó Irmão Leão, ainda que o Irmão Menor resti­tua a vista aos cegos, cure os paralíticos, expulse os demónios, faça os surdos ouvirem, os coxos caminha­rem e os mudos falarem e, o que é muito mais, res­suscitasse um morto de quatro dias: escreve que não está nisso a perfeita alegria. E andando um pouco mais, S. Francisco em voz alta, falou: Ó Irmão Leão, se o Irmão Menor soubesse todas as línguas, ciências e escrituras, e se soubesse profetizar, revelando não somente coisas futuras, mas até mesmo os segredos das consciências e dos homens, escreve que não está nisso a perfeita alegria. (....) E continuando a assim falar pelo espaço de duas milhas, o Irmão Leão, mui­tíssimo admirado lhe perguntou: Pai, peço-te, da par­te de Deus, que me digas onde está a perfeita alegria.
E São Francisco lhe respondeu: Quando chegarmos a Santa Maria dos Anjos, inteiramente molhados pe­la chuva e enregelados pelo frio, enlameados e ator­mentados pela fome e batermos à porta do convento e o porteiro chegar irado e disser: Quem sois vós? — e nós respondermos: Somos dois de vossos irmãos — e ele disser: Não falais a verdade Sois dois malandros que andais enganando o mundo e roubando as esmolas dos pobres Fora daqui! — e não nos abrir a porta e deixar-nos de fora, exposto à neve e à chu­va, com frio e com fome, até à  noite; então, se suportarmos pacientemente tantas injúrias, crueldades e rejeições, sem nos perturbarmos e sem murmurações contra ele, se com humildade e caridade pensarmos que aquele porteiro verdadeiramente nos conheça e que Deus o fez falar contra nós, o Irmão Leão, escre­ve que nisto está a perfeita alegria. E se nós conti­nuarmos a bater à porta e se ele sair perturbado e nos expulsar, como vadios importunos, com insultos e bofetadas, dizendo: Ide embora daqui, ladrões miseráveis, ide para o albergue porque aqui não te­reis comida nem abrigo; se isso, suportarmos pacien­temente, com satisfação e com amor, ó Irmão Leão, escreve que nisto está a perfeita alegria. E se nos, constrangidos pela fome, pelo frio e pela noite, batermos e chamarmos de novo, e pedirmos pelo amor de Deus, com muitas lágrimas, que nos abra a porta e nos deixe entrar; e se o porteiro mais escandalizado disser: — Esses são velhacos importunos, dar-lhes-ei o que merecem, — e sair com um nodoso bordão, agarrar-nos pelo capuz, atirar-nos ao chão, revolver-nos na neve, golpear-nos com aquele bordão, nó por nó: se nós suportarmos todas estas coisas com paciência e contentamento, pensando nos sofrimentos de Cristo bendito, e que tudo devemos suportar pelo Seu amor, ó Irmão Leão, escreve que nisto está a perfeita alegria. (...)”
Muita paz e todo o bem.

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