quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Um pouco de História – Parte II

Salve Deus!

Chegarmos a “era moderna do Jaguar”, como seu Mário descrevia. Hititas, jônios e dórios... Macedônia, Esparta e Atenas... Egito e Roma!

A partir destas origens, a Tribo dos Jaguares foi ingressando na Era de Peixes, aguardando o nascimento de Jesus. Muitos encarnaram nesta época para preparar o caminho, para salvaguardar a chegada do Grande Mestre. Também muitos ali se perderam, pois envolvidos pela riqueza e poder que desfrutavam, acabaram por perseguir justamente os que deveriam proteger, pois já estavam sob o juramento da Bandeira de Jesus e sua Lei de Perdão.

A chegada de Jesus inaugurou uma nova fase planetária: a Redenção! Especificamente a redenção cármica através do Sistema Crístico. A grande barreira do etérico da Terra foi rompida, em uma gigantesca operação para o encarne deste Mestre Planetário. Estrelas, Amacês, e todo um deslocamento energético foi realizado, e partir daquele momento nunca mais a Terra foi o mesmo planeta.

Os Jaguares assumiram o compromisso de se preparem para o socorro final, e foram fazendo parte de momentos decisivos da história da Humanidade.

Durante este novo ciclo de “Redenção Crística” os espíritos passaram a poder voltar a sua origem. A colocarem-se a Caminho de Deus, por isso o “Sistema Crístico” também é chamado de “Escola do Caminho”.

Como na escola, espíritos passam por diversas lições, onde o maior conhecimento a ser adquirido (em termos de conhecimento!) é a distinção entre personalidade e individualidade.

Aqui necessitamos de uma pequena pausa para aclarar bem a idéia de personalidade e individualidade:

Personalidade – refere-se a cada uma das encarnações vividas, inclusive a atual. É o conhecimento momentâneo adquirido pelo ser encarnado e que fica disponível em sua mente.

Individualidade – é a soma dos conhecimentos de seu espírito. Suas encarnações como um todo, e mais todo o conhecimento, e instrução, recebido nos planos espirituais no período em que se encontra sem um corpo físico, ou fora do corpo físico.

A personalidade é um “papel a ser representado por um artista” e a individualidade é “o artista”. Um artista pode interpretar diversos personagens em sua vida. Assim também o espírito, vivendo em cada uma de suas encarnações, um novo personagem. A soma do conhecimento de todas as suas atuações é que compõe toda a bagagem do artista.

No Sistema Crístico, o artista é mais importante que o personagem que ele representa.

Seguindo esta linha comparativa de raciocínio, tão brilhantemente traduzida pelo Trino Tumuchy, ainda nos falta questionar: e o público?

Não podemos conceber uma apresentação artística sem o necessário apoio ou rejeição do público.

Em cada “palco da vida” que ingressamos com nossos “personagens”, o artista é considerado bom ou não, de acordo com sua atuação e sua contribuição para a totalidade da obra.

Todos nossos encontros e reencontros estão enredados com nosso “público” ou com artistas em papeis dentro da mesma obra.

Voltando a nossa História...

Grandes líderes políticos e religiosos! Como despertar novamente a individualidade destes espíritos endurecidos pelo poder? Espíritos que já ocuparam personalidades importantes entre os Equitumans, Tumuchys e Jaguares. Na sua maioria, foram líderes também nas ciências, nas artes, nas guerras e na direção dos povos e nações. Isso os tornara orgulhosos e soberbos, e, como conseqüência, eles haviam se endividado muito.

Com a chegada da “Escola do Caminho” e a implantação do Sistema Crístico, teriam que passar pelo crivo da Humildade, da Tolerância e do Amor, como, aliás, todos os espíritos que iriam compor a humanidade desses dois milênios. Mas, para eles, habituados às lideranças, seu papel teria que ser de destaque.

A sábia resposta da espiritualidade veio em conjunto com um novo planejamento, trazer a Raiz Africana para o “Novo Mundo”... Para o Brasil, especificamente!

Os Lusitanos dominavam os mares, nos séculos XV e XVI. Suas naus singravam as águas dos continentes, e iam deixando colônias onde aportavam. Dessas colônias, em países considerados exóticos pelos europeus, iam para a Europa as mercadorias especiais, as chamadas “especiarias”. Com essas mercadorias vieram, também, os escravos.

Sim! A escravidão foi a resposta encontrada para aplacar as personalidades agregadas ao espírito dos Jaguares, e ao mesmo tempo, trazer a Raiz Africana para o Brasil.

Os europeus estavam habituados, desde tempos remotos, com a idéia da escravidão de prisioneiros de guerra ou devedores de dinheiro. A idéia do escravo pela simples escravização existia, nessa época, mais na África e no Oriente.

Dessa forma, muitas de nossas Entidades que hoje apresentam como Pretos Velhos e Pretas Velhas, tiveram sua passagem por este período difícil da História. São espíritos que evoluíram, graças a esta penosa passagem que fez com que despertassem novamente para a individualidade, e conseqüentemente para as suas missões.

Para a História, a escravidão ficou registrada como apenas um episódio, às vezes chamado de “mancha negra da História do Brasil” ou, como resultante dos fatos econômicos da época.

Espiritualmente, a escravidão foi, na realidade, o movimento redentor, a grande prova dos espíritos missionários, dos endividados, dos orgulhosos, pois tinha o mais profundo sentido iniciático: a morte, a eliminação da personalidade, com isso obrigando a emersão da individualidade.

Assim, no palco da vida, o artista pode se sobrepor ao personagem, e determinados escravos lançaram as bases da etapa final da Escola do Caminho, criando raízes na religiosidade brasileira.

Na próxima continuação tomaremos conhecimentos das duas encarnações de Pai João e Pai Zé Pedro nas terras Brasileiras. (Continua...)

Kazagrande


Este breve relato, se lido em sua individualidade, vai trazer a luz a muitos dos questionamentos internos, explicando parte do caráter de nossa jornada.

domingo, 27 de novembro de 2011

Reflexões sobre a calúnia




Ninguém passa pela jornada terrestre sem experimentar o cerco da ignorância e da imperfeição humana.
Considerado como planeta-escola, o mundo físico é abençoado reduto de aprendizagem, no qual são exercitados os valores que dignificam, em detrimento das heranças ancestrais que assinalam o passado de todas as criaturas, no seu penoso processo de aquisição da consciência.
Herdando as experiências transatas nos seus conteúdos bons e maus, por um largo período predominam aqueles de natureza primitiva, por estarem mais fixados nos painéis dos hábitos morais, mantendo os instintos agressivos-defensivos que se vão transformando em emoções, prioritamente egoístas, em contínuos conflitos com o si-mesmo e com todos aqueles que fazem parte do grupo social onde se movimentam. Inevitalmente, as imposições inferiores são muito mais fortes do que aquelas que proporcionam a ascensão espiritual, liberando o orgulho, a inveja, o ressentimento, a agressividade, o despotismo, a perseguição, a mentira, a calúnia e outros perversos comportamentos que defluem do ego atormentado.
Toda vez, quando o indivíduo se sente ameaçado na sua fortaleza de egoísmo pelos valores dignificantes do próximo, é dominado pela inveja e investe furibundo, atacando aquele que supõe seu adversário.
Porque ainda se compraz na situação deplorável em que se estorcega, não deseja permitir que outros rompam as barreiras que imobilizam as emoções dignas e os esforços de desenvolvimento espiritual, assacando calúnias contra o inimigo, gerando dificuldades ao seu trabalho, criando desentendimentos em sua volta, produzindo campanhas difamatórias, em mecanismos de preservação da própria inferioridade.
Recusando-se, consciente ou inconscientemente, a crescer e igualar-se àqueles que estão conquistando os tesouros do discernimento, da verdade, do bem, transforma-se, na ociosidade mental e moral em que permanece, em seu cruel perseguidor, não lhe dando trégua e retroalimentando-se com a própria insânia.
Torna-se rebelde e não aceita esclarecimento, não admitindo que outrem se encontre em melhor situação emocional do que ele, que se autovaloriza e se autopromove, comprazendo-se em persegui-lo e em malsiná-lo.
Ninguém consegue realizar algo de enobrecido e dignificante na Terra sem sofrer-lhe a sanha, liberando a inveja e o ciúme que experimenta quando confrontado com as pessoas ricas de amor e de bondade, de conhecimentos e de realizações edificantes.
A calúnia é a arma poderosa de que se utilizam esses enfermos da alma, que a esgrimem de maneira covarde para tisnar a reputação do seu próximo, a quem não conseguem equiparar-se, optando pelo seu rebaixamento, quando seria muito mais fácil a própria ascensão no rumo da felicidade.
A calúnia, desse modo, é instrumento perverso que a crueldade dissemina com um sorriso e certo ar de vitória, valendo-se das imperfeições de outros cômpares que a ampliam, sombreando a estrada dos conquistadores do futuro.
Nada obstante, a calúnia é também uma névoa que o sol da verdade dilui, não conseguindo ir além da sombra que dificulta a marcha e das acusações aleivosas que afligem a quem lhe ofereça consideração e perca tempo em contestá-la.
Nunca te permitas afligir, quando tomes conhecimento das acusações mentirosas que se divulgam a teu respeito, assim como de tudo quanto fazes.
Evita envenenar-te com os seus conteúdos doentios, não reservando espaço mental ou emocional para que se te fixem, levando-te a reflexões e análises que atormentam pela sua injustiça e maldade.
Se alguém tem algo contra ti, que se te acerque e exponha, caso seja honesto.
Se cometeste algum erro ou equívoco que te coloque em situação penosa e outrem o percebe, sendo uma pessoa digna, que se dirija diretamente a ti, solicitando esclarecimentos ou oferecendo ajuda, a fim de que demonstre a lisura do seu comportamento.
Se ages de maneira incorreta em relação a outrem e esse experimenta mal-estar e desagrado, tratando-se de alguém responsável, que te procure e mantenha um diálogo esclarecedor.
Quando, porém, surgem na imprensa ou nas correspondências, nas comunicações verbais ou nos veículos da mídia, acusações graves contra ti, sem que antes haja havido a possibilidade de um esclarecimento de tua parte, permanece tranquilo, porque esse adversário não deseja informações cabíveis, mas mantém o interesse subalterno de projetar a própria imagem, utilizando-se de ti...
Quando consultado pelos iracundos donos da verdade e policiais da conduta alheia com a arrogância com que se comportam, exigindo-te defesas e testemunhos, não lhes dês importância, porque o valor que se atribuem, somente eles mesmos se permitem...
Não vives a soldo de ninguém e o teu é o trabalho de iluminação de consciências, de desenvolvimento intelecto-moral, de fraternidade e de amor em nome de Jesus, não te encontrando sob o comando de quem quer que seja. Em razão disso, faculta-te a liberdade de agir e de pensar conforme te aprouver, sem solicitar licença ou permissão de outrem.
Desde que o teu labor não agrida a sociedade, não fere a ninguém, antes, pelo contrário, é de socorro a todos quantos padecem carência, continua sem temor nem sofrimento na realização daquilo que consideras importante para a tua existência.
Desmente a calúnia mediante os atos de bondade e de perseverança no ideal superior do bem.
Somente acreditam em maledicências, aqueles que se alimentam da fantasia e da mentira.
Alegra-te, de certo modo, porque te encontras sob a alça-de-mira dos contumazes inimigos do progresso.
Todos aqueles que edificaram a sociedade sob qualquer ângulo examinado, padeceram a crueza desses espíritos infelizes, invejosos e insensatos.
Criando leis absurdas para aplicarem-nas contra os outros, estabelecendo dogmas e sistemas de dominação, programando condutas arbitrárias e organizando tribunais perversos, esses instrumentos do mal, telementalizados pelas forças tiranizantes da erraticidade inferior, tornaram-se em todas as épocas inimigos do progresso, da fraternidade que odeiam, do amor contra o qual vivem armados...
Apieda-te, portanto, de todo aquele que se transforme em teu algoz, que te crie embaraços às realizações edificantes com Jesus, que gere ciúmes e cizânia em referência às tuas atividades, orando por eles e envolvendo-te na lã do Cordeiro de Deus, sedo compassivo e misericordioso, nunca revidando-lhes mal por mal, nem acusação por acusação...
A força do ideal que abraças, dar-te-á coragem e valor para o prosseguimento do serviço a que te dedicas, e quanto mais ferido, mais caluniado, certamente mais convicto da excelência dos teus propósitos, da tua vinculação com o Sumo Bem.
Como puderam, aqueles que conviveram com Jesus, recusar-Lhe o apoio, a misericórdia, a orientação?
Após receberem ajuda para as mazelas que os martirizavam, como é possível compreender que, dentre dez leprosos, somente um voltou para agradecer-Lhe?
Como foi possível a Pedro, que era Seu amigo, que O recebia no seu lar, que convivia em intimidade com Ele, negá-lO, não uma vez, mas três vezes sucessivas?!
E Judas, que O amava, vendê-lO e beijá-lO a fim de que fosse identificado pelos Seus inimigos naquela noite de horror?!
Sucede que o véu da carne obnubila o discernimento mesmo em alguns espíritos nobres, e as injunções sociais, culturais, emocionais, neles produzem atitudes desconcertantes, em antagonismos terríveis às convicções mantidas na mente e no coração.
Todos os seres humanos são frágeis e podem tornar-se vítimas de situações penosas.


Assim, não julgues a ninguém, entregando-te em totalidade Àquele que nunca Se enganou, jamais tergiversou, e deu-Se em absoluta renúncia do ego, para demonstrar que é o Caminho da Verdade e da Vida.



( Joanna de Ângelis )

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Amor e inteligencia


Todos aqueles que realizaram prodígios espirituais sobre a Terra, os realizaram pela sua capacidade de amar e não de simplesmente conhecer.

Em face do Amor, todo conhecimento é limitado.

É através do coração que o homem pode alçar-se às estrelas; pelo conhecimento, ele ainda não conseguiu sair do chão ...

Envia naves espaciais para outros orbes, em experiências científicas sem precedentes, mas, convenhamos, ainda muito limitadas; no máximo, o que conseguiu, foi ensaiar alguns passos sobre a superfície da Lua ...

O Amor transcende todos os poderes da inteligência.


Os grandes luminares da Humanidade fizeram-se através do coração.

Não estamos nos posicionando contra o intelecto - absolutamente, mas a inteligência, até agora, não conseguiu anular a periculosidade humana.

As nações estão armadas até aos dentes, umas contra as outras ...

As menores leis são corrompidas.

A injustiça social pouco se alterou na marcha dos séculos.

Somente pela sua infinita capacidade de amar, o homem conseguirá transcender, sem, do ponto de vista físico, necessitar sair do lugar.

Jesus, aparentemente imobilizado na Cruz, triunfou sobre todas as forças da inteligência perversa que conspiraram contra Ele!

Preces

Para ver e baixar do YouTube no Canal do Mestre Vilmondes:
Prece de Simiromba
Prece Luz
Pai Nosso
Prece do Apará

Os Dragões

http://www.4shared.com/document/UC84bnec/Os-Dragoes.html

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Mediunidade


Mediunidade é...

Mediunidade é um mandato de amor...

É um agir desinteressado,
É um constante aprendizado,
É aprender com os mais despertos
E despertar os mais adormecidos.
É querer o bem, e consagrar-se ao bem.
É ser porta aberta para o plano espiritual.
É vigiar e orar sempre esta porta.
É caridade em ação.
É humildade que não humilha, mas edifica.
É uma luz serene que anima a alma da gente.
É ser o evangelho de Jesus
E propagar a boa nova do Cristo.
É ser serenidade e tranqüilidade
No recôndito plácido do espírito.

Mediunidade é um sacerdócio do bem...

É se melhorar acima de tudo,
Mas nunca se esquecer do próximo.
É trabalhar pelo Todo, em detrimento do ego.
É receber em sua casa física, amigos espirituais,
E no coração da alma, as bênçãos do Alto.
É ser remédio para os necessitados,
E curar-se das próprias mazelas internas.
É ter uma boa palavra a ser dada,
Mas acima de tudo, um exemplo vivo a ser vivido.

Mediunidade é uma constante alegria...

É um sorriso bondoso, doado de bom coração.
É uma postura alegre, que te acalma a emoção.
É como uma criança, ingênua e desprotegida
Que deve ser velada, cuidada, querida.
É uma flor tenra e bela, frágil como uma donzela.
É uma infinitude singela...

Mediunidade é trabalho.
Mediunidade é amor.
Mediunidade é carinho.

É saber que nada se ganha com ela,
Mas o espírito se liberta com sua prática.
É saber que nada se pode esperar dela,
Mas sua fé se redobra a cada dia.
É saber que não se é privilegiado por ela,
Mas a realização chega a cada dia que passa.

Mediunidade é isso...
Difícil de explicar com palavras.
Fácil de sentir no coração...

Mediunidade é desinteresse.
Mediunidade é simplicidade.
Mediunidade é fraternidade.

É união de povos e culturas diferentes
Irmanadas na luz do espírito.
É o sorriso bondoso do negro,
Aliado a força do índio.
É a abnegação do cristão,
Com o toque doce da mãe.
É a serenidade do oriental
Misturada a alegria dos nativos.
É filosofia em ação,
De mãos dadas com a ciência.
É o canto da sereia,
Que encanta o versículo do poeta.
É a arte do pintor,
Que dança através do dançarino.

Mediunidade é universal.
Mediunidade é abrangente.
Mediunidade é um presente.

Mediunidade é agradecer a oportunidade da Vida.
É tocar os planos mais altos com a mente.
É um serviço redentor;
É uma expiação alegre;
Um trabalho fervoroso;
Que se paga com gotas de amor.

Mediunidade é o carinho do consolador,
Mas também as palavras do esclarecedor.
É uma arte humanista;
Uma ação altruísta.

É uma benção.
Uma vontade de servir.
Um diamante bruto,
A ser lapidado pela alma.

Mediunidade é Cristo e seu amor.
É Deus em ação e todo seu esplendor.
É um beijo ingênuo na existência...

domingo, 20 de novembro de 2011

Era uma vez um Homem

http://www.forumespirita.net/fe/power-point/era-uma-vez-o-homem/?action=dlattach;attach=42823

Doutrinador ou Apará – Identifique-se!


O MÉDIUM DOUTRINADOR   

O Doutrinador potencial, quando se apresenta ao grupo mediúnico, demonstra, em geral, ter a vida desequilibrada e ser dominado pela angústia, pela descrença, agressividade ou passividade excessiva.

Fisicamente, queixa-se de dores de cabeça, distúrbios digestivos e incômodos cardíacos. De modo geral, esses incômodos cardíacos já foram objeto de cuidados médicos e desanimaram o clínico pela falta de causas definidas.

Submete-se, então, o paciente a um trabalho mediúnico, em que haja absorção do ectoplasma excedente no organismo. A melhora quase instantânea é a melhor prova de que estamos na presença de um Doutrinador.

Depois dessa experiência, se ele aceitar a idéia de trabalhar espiritualmente, deve ser submetido ao exercício de sua mediunidade, a começar pelos processos físicos. Durante um período mínimo de três meses, ele deve trabalhar uma ou duas vezes por semana, doutrinando espíritos incorporados, ministrando passes magnéticos e conversando com pacientes que procuram o tratamento espiritual.

Por tendência natural, o Doutrinador tem interesse na cultura intelectual. Tenha escolaridade ou não, ele sempre absorve o aspecto intelectivo do meio em que vive.

Sua apresentação, pois,  é cheia de justificativas, explicações e demonstrações de conhecimentos. No seu arrazoado, predomina a análise com tendências ao cerebralismo. Nisso ele revela certo bloqueio à recepção espiritual. O racionalismo excessivo impede o contato com o transcendente.

O MÉDIUM DE INCORPORAÇÃO

Quando chega ao Mediunismo, o Incorporador nato apresenta incômodos na parte inferior do corpo, principalmente no aparelho digestivo, rins, bexiga e outros órgãos energizados pelo plexo solar e circunvizinhos.

É muito comum, também, apresentarem incômodos na coluna.

Como conseqüência direta desses males, ele sofre cronicamente de dores de cabeça, tonturas e sintomas semelhantes.

Psicologicamente os sintomas são de fobias, alucinações, insegurança, irritabilidade, emotividade exagerada e até histeria.

A primeira medida, no seu desenvolvimento, é fazê-lo sintonizar com o seu Mentor. Ele é a garantia do equilíbrio do médium.

Convida-se o candidato a se concentrar, de olhos fechados, de pé, e a respirar profundamente. Mediante a aplicação das mãos, da cabeça para baixo, sem o tocar, o Doutrinador magnetiza o aparelho. Esse trabalho deve ser acompanhado de leve hipnose, através de palavras repetidas. Pede-se ao médium que imagine seu Mentor, e vai-se sugerindo sua presença, mediante chaves próprias.

Na maioria dos casos, o médium incorpora na segunda ou na terceira tentativa. Se ele apresentar sintomas de angústia, deverá ser submetido a uma enfermagem, na mesa mediúnica, e voltar ao processo.

Assim que o médium se habituar a incorporar o seu Mentor, sempre que for solicitado, e na presença de um Doutrinador, ele deve ser encaminhado à mesa e ali incorporar sofredores, assistido pelos Doutrinadores.

Trino Tumuchy – Mestre Mário Sassi

sábado, 19 de novembro de 2011

Quantos anos você tem de Doutrina?


Demerval chegou ao Templo as duas da tarde, gostava de chegar cedo em sua moto nova. Foi direto ao vestiário, colocou a calça, a camisa, as morsas, a fita e deteve-se por um momento para admirar a plaquinha de acrílico pregada em seu colete. Leu e releu sua classificação e suspirou orgulhosamente: Sou Arcano!

Vestiu o colete e foi apoiar-se na moto para fumar um cigarro, gostava de ver os outros chegarem e observarem que ele era dos primeiros a estar no Templo, além de mostrar sua reluzente motocicleta.

Quando a movimentação aumentou, foi para a lanchonete tomar café e conversar com os que vinham lhe procurar. Muitos novatos se aproximavam atraídos pela perspectiva de aprender ao lado do Arcano, pois acreditam, no início de suas jornadas, que a classificação sempre representa maior experiência e conhecimento, e ele realmente era um “sabetudo”. Respondia a tudo que lhe perguntavam da maneira que acreditava ser melhor e às vezes inventava um pouco para não fazer feio. Quando algum médium questionava suas respostas incompletas, vinham logo as contra-perguntas: “Qual sua classificação? Quantos anos têm de Doutrina?”

Salve Deus! Aqui já tenho que fazer um comentário... Estas duas arrogantes perguntas são algumas das maiores demonstrações de falta de preparo, conhecimento e humildade, que alguém que se intitula “mestre” pode fazer. Demonstram claramente que, quando acuado pela inteligência das perguntas, o caminho mais fácil é querer “ser mais” e humilhar o interlocutor.

Continuando... Demerval, entre um novo café e cigarro, ouviu a sirene tocar e viu os companheiros seguirem, pouco a pouco, em direção ao interior do Templo... “Eu já não preciso correr, sou Arcano! A hora que chegar, já tenho meu lugar!”

E assim foi... Chegou, no Templo na hora em que o primeiro Comandante iniciava a abertura e posicionou-se em “seu” lugar. Olhava impaciente para o relógio, como se ajudasse a “terminar logo” a Abertura e Preparação, para que tomasse o Farol Mestre. Claro que não ia perceber o jovem Centurião que chegou cedo e foi logo para a fila na esperança de participar no Farol Mestre pela primeira vez.

Terminada a primeira Mesa, recebeu os tradicionais convites para auxiliar em algum setor de trabalho: “Não estou em sintonia agora Mestre, depois passo lá ajudar a comandar”. Assim respondia.

Observou as Ninfas, agora ele podia escolher com quem trabalhar, nenhuma se recusava a trabalhar com o Arcano, mas como não viu nenhuma mais bonita, pensou: “Bem, já participei da Mesa, agora vou tomar um cafezinho”. Ficou na lanchonete, ao lado de outros inventores de desculpas e daqueles que vão ao Templo para falar dos próprios problemas, por mais de duas horas. Aconselhava, contava de suas vitórias, de histórias na Doutrina, criticava os Trinos e quando já não era mais o centro da atenção, olhava para o relógio e dizia: “Tenho que fazer a caridade!”

Voltava ao Templo e procurava um trabalho para comandar. Não ia para auxiliar, o objetivo era registrar sua “força e emissão” para emanar o trabalho. Acreditava realmente que isso fazia toda a diferença e bastava sua presença para engrandecer a missão dos outros.

Fim do comando, voltava para um lanchinho... e mais algumas horas perdidas na inutilidade.

Agora sim era hora de ir aos Tronos! Escolhia bem quem convidaria e seguia direto para o setor, com ele não precisava passar no Castelo do Silencio ou perder tempo se mediunizando. Era um médium pronto para tudo!

Antes de atender os pacientes, atendia a si mesmo por um grande período de tempo. Depois, mais uns três pacientes e já estava bom! A coluna doía e necessitava um cigarrinho para “acomodar as energias”.

Poderia estender este relato por diversas outras situações, mas hoje esta crônica é uma ficção! Não é uma história real, mas se você se identificou em alguma parte dela é porque algo não está bem... É hora de parar para pensar em como está conduzindo verdadeiramente a sua jornada, rever suas atitudes e resgatar a humildade perdida. Sempre há tempo para os que desejam sinceramente evoluir.

Segue abaixo um atendimento de Pai João a um Arcano. Simples como a relva, puro com as flores. Realizado recentemente (outubro de 2011).

Kazagrande

Meu filho Arcano, é necessário que você aprenda quais são os amigos que lhe cerca. Estar cercados de favores em vossas vidas é muito perigoso pois eles passam e acabam.

Não fazemos chorar aqueles que amamos e não precisamos chorar pelos desconhecidos.

O tempo de vocês é como um rio. Vocês nunca poderão tocar a mesma água duas vezes, pois a água que passou não volta mais. Então aproveite cada minuto da sua vida dentro do templo, pois esse tempo não se repetira.

Se você continua dizendo que não está com sintonia para esse ou aquele trabalho, você nunca terá tempo para trabalho nenhum. Pare de continuar dizendo que fará esse trabalho amanhã, porque o dia de amanhã não lhe pertence e esse dia pode não chegar a sua vida.

Mantenha a qualquer custos os amigos conquistados, pois eles lhe acompanharam a sepultura.

Pai João de Enoque