segunda-feira, 29 de abril de 2013

O Perdão



O fundamento do perdão - Adams Auni

Jesus, o justo por excelência, responde a Pedro: “Tu perdoarás, mas sem limites. Perdoarás ainda que a ofensa te seja feita muitas vezes. Ensinarás aos teus irmãos o esquecimento de si mesmos, que os torna invulneráveis a agressões, aos maus procedimentos e às injúrias. Serás doce e humilde de “coração”. (ESE, Cap.10, item 14)

As necessidades de perdoar e pedir perdão estão diretamente relacionadas a uma correspondência biunívoca do Espírito a sua “espiritualidade”, isto é, a sua evolução. Superação gradativa à dependência da matéria emocional, das paixões viciantes, do remorso pernicioso, da frustração atormentadora e todos os outros que comprometem o “bom êxito” das reencarnações e expiações que delas provem.

Perdão e perdoar são necessidades daqueles Espíritos que ainda possuem “pendências emocionais” em suas estruturas espirituais. Que dependem ou se ressentem de compensações emocionais para a “elaboração energética” dessas paixões para transmutar, nesse processo íntimo, de uma energia de baixa vibração (material) para energia de alta vibração (espiritual).

A solução não está apenas no ato de perdoar e ou ser perdoado, mas na “essência do espírito” ao transitar pelo processo de provas e expiações em paz consigo mesmo e de conseqüente paz com os demais.

Perdoar não 7 vezes, mas, 70 vezes 7 como sugeriu Jesus (Mateus,Cap.18,v.22) um total de 490 vezes, repetidamente uma única atitude, um único pensamento, no processo e exercício de auto transformação. O comprometimento com as ações para a paz dentro e fora de si mesmo, as práticas e os pensamentos na sustentabilidade dessa paz.

Tudo isso dedicado a mesma e única ofensa no mesmo dia, demonstra que há uma necessidade literal de dissolver a ofensa, algo material, emocionalmente real e material, para algo intangível, imaterial, mas o melhor termo deve ser: estado “incorpóreo” da ofensa.
        
Retirando-a do ponto mais denso, material, em cada um, para ser elaborada pelo Espírito em evolução, já equilibrado e harmonizado, Espírito já liberto dessas “paixões âncora”.

Aquele que ainda não se encontra neste nível, não saberá como tratar dessa ofensa, exigirá compensação de igual forma para que se sinta desculpado, compensado em igual intensidade, quase um reviver da Lei de Talião: “O olho por olho e dente por dente.”

Esse Espírito deve assumir sua natureza espiritual, de forma a não ser afetado por qualquer ofensa. Esse comportamento austero, expressado pelo manso e pacifico de coração, traduz a superioridade desse Espírito, que se disciplina a transformar a si mesmo.

Como em um processo quântico, diante do fenômeno imediato, não se define posição ou velocidade, mas a natureza do fenômeno que é a sua “realidade” (Principio de Incerteza de Heisenberg).

ESE, Cap.II, item 4, A realeza de Jesus: “Meu reino (realidade) não é deste mundo”. (S. João, cap.18 v.33 a 37).
 
Entender o processo como um todo, eliminando a fase da compensação para o estabelecimento da compreensão em benevolência, indulgencia e perdão, sendo algo natural da sua atual natureza, da sua “realidade” e não mais um conjunto de práticas, iniciando esse processo em si mesmo, a exemplo de Jesus, o mais célebre Espírito entre nós no processo do perdão.

Revista Espírita, Jornal de Estudos Psicológicos, 10 ano, No. 4, Abril 1867, Galileu... O Espiritismo está fundado sobre a existência do princípio espiritual, como elemento constitutivo do Universo... Neste vasto conjunto, cada um em sua missão, seu papel, os deveres a cumprir, desde os mais ínfimos até os anjos, que não são outros senão Espíritos humanos chegados ao estado de puros Espíritos. A matéria e o espírito são os dois princípios constitutivos do Universo.

Introdução ao Estudo da Doutrina dos Espíritos, item 6, Resumo dos principais pontos da Doutrina Espírita: “O Espírito, quando encarnado, está sob a influência da matéria. O homem que supera essa influência pela elevação e pela depuração de sua alma aproxima-se dos bons Espíritos. Aquele que se deixa dominar pelas más paixões e coloca todas as alegrias da sua existência na satisfação dos apetites grosseiros se aproxima dos Espíritos impuros, porque nele predomina a natureza animal.”

LE 907 - O princípio das paixões, sendo natural, é mau em si mesmo? Não. A paixão está no excesso acrescentado à vontade, já que o princípio foi dado ao homem para o bem, e as paixões podem levá-lo a realizar grandes coisas. É no seu abuso que está a causa do mal.

LE 908 - Como definir o limite em que as paixões deixam de ser boas ou más? A paixão, propriamente dita, conforme habitualmente se entende, é o exagero de uma necessidade ou de um sentimento. Está no excesso e não na causa; e esse excesso torna-se mau quando tem por conseqüência um mal qualquer. Toda paixão que aproxima a pessoa da natureza primitiva a afasta de sua natureza espiritual. Todo sentimento que eleva a pessoa acima da natureza primitiva revela a predominância do Espírito sobre a matéria e a aproxima da perfeição.

LE 909 - O homem poderia sempre vencer suas más tendências pelos seus esforços? Sim, e algumas vezes com pouco esforço; é a vontade que lhe falta. Como são poucos dentre vós os que se esforçam!

LE 911 - Não existem paixões tão vivas e irresistíveis que a vontade não tenha o poder de superá-las? Aquele que procura reprimi-las compreende sua natureza espiritual; vencê-las é, para ele, uma vitória do Espírito sobre a matéria.

LE 912 - Qual o meio mais eficaz de combater a predominância da natureza corporal? Praticar o desprendimento. (Logo, o desprendimento das paixões, grifo nosso)

Nível de espiritualidade mais elevado, sem a dependência emocional das paixões e menos ligado a matéria. O ego não se ressente e ama mais. Não é mais dependente emocional do  perdoar e/ou pedir perdão. Vive pleno no amor que pode dar sem nada pedir em troca. Espírito em expiação e/ou missão.

Nível de espiritualidade em desenvolvimento, grande dependência emocional das paixões, mais ligado a matéria. O ego se ressente. Vive mais pelo amor que deseja receber, que o amor que já pode dar. Emocionalmente ainda depende de perdoar e pedir perdão. Espírito em prova.

Parte II, LE, Mundo Espírita ou dos Espíritos, capítulo 1, Dos Espíritos, item, Escala Espírita: “A classificação dos Espíritos é baseada no grau de seu adiantamento, nas qualidades que adquiriram e nas imperfeições de que ainda devam se livrar”.

No início da escala, estão os Espíritos imperfeitos, caracterizados pela predominância da matéria sobre o Espírito e pela propensão ao mal. Os da segunda são caracterizados pela predominância do Espírito sobre a matéria e pelo desejo do bem: esses são os bons Espíritos.

O fundamento do perdão, LE 886 - Qual é o verdadeiro sentido da palavra caridade como a entendia Jesus? “Benevolência com todos, indulgência com as imperfeições dos outros, perdão das ofensas”.

Primeiramente benevolência consigo mesmo, indulgência com as próprias e relutantes imperfeições e profundo compromisso com o “autoperdão”.

Para muitos o processo de perdoar e pedir perdão é possível, mas uma grande maioria ainda não consegue “liberar o perdão”, pois se encontra profundamente marcado em suas raízes psíquicas por mais que se trabalhe de reencarnação em reencarnação.

Revista Espírita, Jornal de Estudos Psicológicos, 10o ano, No. 5, Maio 1867, Atmosfera Espiritual, As qualidades do fluido perispiritual estão em razão direta das qualidades do Espírito “encarnado ou desencarnado”; quanto mais seus sentimentos são elevados e livres das influências da matéria, mais seu fluido é depurado”.

Ele irradia raios impregnados desses mesmos pensamentos que os viciam ou os saneiam fluidos realmente materiais, embora impalpáveis, invisíveis para os olhos do corpo, mas perceptíveis para os sentidos perispirituais e visíveis para os olhos da alma.

Quem traz consigo pensamentos de ódio, de inveja, de ciúme, de orgulho, de egoísmo, de animosidade, de cupidez, de falsidade, de hipocrisia, de maledicência, de malevolência, em uma palavra, pensamentos hauridos na fonte das más paixões, espalha ao seu redor eflúvios fluídicos malsãos, que reagem sobre aqueles que o cercam.

O Espiritismo nos prova que o “elemento espiritual”, que, até o presente, foi considerado como antítese do elemento material, tem,com este último,uma conexão íntima de onde resulta uma multidão de fenômenos inobservados ou incompreendidos.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

O Semeador de Luz


Sementes Estelares e Trabalhadores da Luz


Sementes Estelares e Trabalhadores da Luz



Definição 



“Sementes Estelares” é o termo utilizado para seres (desenvolvidos como humanos) originários de outro planeta, sistema estelar ou galáxia, com a missão específica de auxiliar o Planeta Terra e sua população na entrada da Era Dourada. 

Sementes Estelares sentem grande entusiasmo na expectativa de receber a confirmação de que sua origem não é terrena. Eles sentem a solidão e o sentimento de separação que a condição humana oferece, e têm a sensação de não serem deste planeta. Acham os comportamentos e as motivações da sociedade ilógicos e equivocados. Sementes Estelares frequentemente relutam em se envolver em instituições sociais (políticas, econômicas, de saúde, etc). Mesmo com pouca idade já conseguem discernir as atividades e objetivos ocultos de tais convenções com uma clareza incomum. 

As Sementes Estelares encarnam na mesma condição de amnésia total (quanto à sua identidade, origem e propósito) que os seres humanos. No entanto, os genes das sementes estelares estão decodificados com um “chamado despertador” programado para “ativá-los” em um determinado momento na vida. O despertar pode ser suave e gradual ou muito dramático e abrupto. Em ambos os casos sua memória é restaurada em vários degraus, permitindo às sementes estelares seguir conscientemente suas missões. 

Suas conexões com uma consciência superior também são mais fortes, permitindo-lhes ser amplamente guiados por seu conhecimento interno. 
Muitas sementes estelares estão habituados à rápida “sutilização espiritual”. Eles conseguem se livrar em poucos anos de comportamentos limitados e temores que seres humanos levam uma vida inteira para conseguir. Isso porque sementes estelares, já havendo estado em missões similares em outros planetas, estão acostumados aos procedimentos e técnicas de expansão da consciência. 

O conceito de naves, viagens intergalacticas, fenômenos paranormais variados e seres perceptivos em outras galáxias são, claro, naturais e lógicos para eles. As Sementes Estelares também são reconhecidas como Trabalhadores da Luz. 

Missão 

Pelo fato de serem incumbidos de tarefa tão difícil numa dimensão tão densa quanto essa, as Sementes Estelares foram escolhidas a dedo nesta galáxia e além. Poucos se voluntariariam para tal trabalho, correndo o risco de se esquecer quem são e de perder sua conexão com sua divina consciência superior. 

Apesar de formarem uma porcentagem pequena na população terrena, a missão das sementes estelares é grande e variada. Primeiro devem ser bem sucedidos em se lembrar de quem são, quando já encarnados na forma física. Quando fazem essa conexão, são levados a passar por um processo de transformação para se tornar centrados e conectados e ser um só com sua consciência superior. Uma vez que sementes estelares compreendem quem são, podem ajudar as almas terrenas a firmar a luz no planeta Terra. 

As Sementes Estelares também estão aqui através da intervenção Divina. Este planeta não pode sobreviver sem a mesma, concebida pelo Criador. As Sementes Estelares proporcionam o vínculo que faltava para fechar o circuito entre a Confederação Intergalactica e as Hierarquias Espirituais, o Elohim e os Senhores do Tempo, que trabalham juntos para ajudar o planeta. As Sementes Estelares estão despertas e prontas para firmar a luz, cumprir rituais, meditar e focar energeticamente em situações que precisam ser mudadas para o bem de todos. 



 
2-Trabalhadores da Luz 

Os Trabalhadores da Luz são almas que mantêm o forte desejo interior de difundir a Luz - o conhecimento, a liberdade e o amor próprio - na Terra. Eles sentem isto como uma missão. Eles são frequentemente atraídos à espiritualidade e ao trabalho terapêutico de algum tipo. 

Raízes Históricas do Trabalhador da Luz 

Os Trabalhadores da Luz mantêm dentro deles a habilidade de alcançar o despertar espiritual mais rápido do que as outras pessoas. Eles carregam sementes internas para um rápido despertar espiritual. Em relação a isto, eles parecem estar em um caminho mais rápido do que a maior parte das pessoas, se eles assim o escolherem. Isto, novamente, não é porque os Trabalhadores da Luz sejam de algum modo almas "melhores" ou "mais elevadas". Eles são, entretanto, mais velhos do que a maior parte das almas atualmente encarnadas na Terra. Esta idade mais velha deveria preferivelmente ser compreendida em termos de experiência e não de tempo. 

Os Trabalhadores da Luz alcançaram um estágio particular de iluminação antes que eles encarnassem na Terra e começassem a sua missão. Eles escolhem conscientemente se ligarem à "roda Kármica da vida" e vivenciar todas as formas de confusão e de ilusão que a acompanham. 

Eles fazem isto a fim de compreenderem plenamente a "experiência terrestre". Isto os capacitará a cumprir a sua missão. Somente ao passarem por todos os estágios da ignorância e da ilusão, eles possuirão eventualmente as ferramentas para ajudar outros a alcançar um estado de verdadeira felicidade e iluminação. 

Os trabalhadores da luz permanecem desde a véspera da origem da humanidade na Terra. Eles tomaram parte na criação do homem. Eles foram os co-criadores da humanidade. No processo da criação, eles fizeram escolhas e agiram de modos, com os quais eles vieram a se arrepender profundamente mais tarde. Eles estão aqui agora para compensar as suas decisões no passado. 


* Sementes Estelares também são Trabalhadores da Luz. 


IMPORTANTE: 

A palavra "trabalhador da luz" pode evocar uma compreensão errônea, desde que isto exclui um grupo particular de almas do resto. Isto pode ser assumido ao sugerir que este grupo em particular é de algum modo superior aos outros, isto é, "aqueles que não trabalham para a luz." Toda esta linha de pensamento está em desacordo com a verdadeira natureza e intenção do trabalho de luz. 

Os trabalhadores da luz não são "melhores" ou "superiores" a qualquer outra pessoa. Eles simplesmente têm uma história diferente do que aqueles que não pertencem a este grupo. Devido a sua história particular, eles têm determinadas características psicológicas que os distinguem como um grupo. 

Cada alma se torna um trabalhador da luz no mesmo estágio do seu envolvimento, assim o rótulo "trabalhador da luz" não é reservado a um número limitado de almas.

sábado, 20 de abril de 2013

VENCENDO


O DESÂNIMO




Existem momentos em nossas vidas que parece que somos tomados por uma energia que nos impede de seguir, em que nos domina o medo.
O Momento de Luz de hoje traz a história da Senhora Adans. Uma história que nos impele a vencer o desânimo.
Através da ajuda ao próximo, nossos problemas se tornam pequenos e perfeitamente superáveis.
Com alegria, superemos.

VENCENDO O DESÂNIMO



quinta-feira, 18 de abril de 2013

Um Aramê...


Por mais que sintamos o passar dos anos nesta encarnação, ainda teremos tempo para reconsiderar o caminho trilhado, revigorando-nos de fé através do amor que semeamos nas pessoas que passaram por nossa vida.

A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória, e juntos partilharemos este momento.

Deixem crescer o joio e trigo juntos até a hora da colheita. Entretanto, estas palavras não nos devem inspirar a indiferença! E sim para lembrarmos, no momento preciso, a separação do joio da fantasia, do trigo da realidade.

Também não é apenas a fé que irá abrir as portas da felicidade eterna, mas sim o conhecimento e a sabedoria, através da caridade e do trabalho espiritual que assumimos como missão.

Antigamente os monges buscavam a paz no silêncio da clausura, acreditando que isolar-se dos “pecados do mundo” seria suficiente para vencerem a si mesmos. Realizamos as Cruzadas para “recuperar a Terra Santa”, derramando sangue dos “infiéis”, como se estes não fossem dignos de estar na terra em que Jesus pisou.

Como Jaguares de Pai Seta Branca, temos em nossas mãos toda a Luz para mudar energeticamente o quê um dia fizemos.

Hoje os séculos de dor, sombra e falta de amor misturam-se ao pó do tempo... Preparemos este mesmo pó, na forma de nossa missão, para nos reencontramos com aqueles com que um dia fizemos sofrer por não saber amar... Com quem tanto necessitamos reajustar.

É hora de compreender os sacrifícios, de renunciar para possuir, de perder para ganhar e de morrer para viver.

Claro que ainda sofremos na escravidão de nossos erros e culpas, mas aceitamos nossa Iniciação, fizemos um compromisso... Estamos a caminho de casa!

Salve Deus!

VIVÊNCIAS MEDIÚNICAS


O atendimento ao espírito de um escravocrata que se viu perdido após a mudança na legislação sobre o tema nos traz reflexões profundas.

Quão diversas são as barreiras de moral a serem derrubadas?
O fato que, ao longo da história, existiram, e ainda existem, valores distorcidos e tradições arraigadas que se desviam dos ensinamentos básicos do Mestre Jesus.
Como trabalhamos isso? Como recebemos as mudanças?
Reflexões, reflexões....


Após o atendimento descrito nas ultimas semanas e um breve período do refazimento energético necessário, aproximou-se um outro espírito do campo da médium. Este senhor demonstrava raiva e certa perplexidade.
Exclamava: “que absurdo, me tiraram da minha casa, levaram os meus escravos! Quero tudo de volta, como era antes. Vocês vão ver.... ”.
As frases semelhantes que repetia quase initerruptamente eram entrecortadas por breves momentos de sonolência. Pedi-lhe que respirasse mais devagar, o que foi feito com dificuldade, pois ele dizia que o “ar daqui é diferente”.
Perturbado e indignado, foi envolto em vibrações pacificadoras. Sentia que uma grande mudança ocorrera e estava apegado a uma paisagem mental que relutava deixar. Após dirigir impropérios e as ameaças convencionais, tais como “vocês não sabem com quem estão tratando”, entrou numa crise. Com uma aparência de espanto, e desejando retornar ao local onde estava, visualizava uma paisagem nova, não via mais nenhuma construção lá.
Disse: “Tudo desapareceu, não pode, não pode. Deve ser uma espécie de mágica. Já sei, é um pesadelo”.
Entrou como que num breve transe onde tentava reconstruir mentalmente todas as suas “posses”, incluindo os escravos, rememorando.
Partilhei na minha tela mental de algumas das imagens relembradas. Cenas que contavam partes da sua vida de encarnado e conto minha percepção das mesmas. Visualizava um jovem, filho de família abastada e com muitos escravos numa fazenda de cana de açúcar. A família foi perdendo as posses, os pais morreram e os irmãos foram para a cidade. Mas ele não queria deixar a fazenda, que ao longo dos anos foi reduzida de tamanho com a venda de lotes.
O movimento abolicionista estava em curso e ele mantinha os escravos escondidos. Não queria pagar por trabalhadores e nem libertar os escravos. Já não tinha mais o dinheiro nem o poder que desfrutou por pouco tempo. Sentia-se arruinado pelo movimento, pois não podia mais negociar “seus escravos”. Foi “educado” assim e sentia-se um herdeiro dessa tradição. 
Achava que os negros não eram homens como ele, e não demonstrava nenhum remorso, apenas certo temor de ser descoberto pelos representantes da lei, a despeito de considerar as próprias novas leis tremendamente injustas. Por isso mantinha-os acorrentados.
Mesmo observando que não tinha nenhum respeito aos semelhantes pela cor da pele diferente, num egoísmo e psicopatia atrozes, este espírito estava sofrendo muito.
Talvez fosse o início de uma maior conscientização a vir após esse processo de “loucura”. Percebi que aquele não era o momento para maiores argumentações acerca da escravidão. Uma transformação de tal monta levaria muito tempo e dependeria da disposição dele mesmo.
Intuída pelos Mentores do trabalho, sugeri que fosse à uma Casa de Saúde. Ele disse então que sentia dores terríveis pelo corpo e que estava com muita dificuldade de andar. Nesse momento conseguiu visualizar um trabalhador da Equipe Espiritual da Casa, aquiescendo a prosseguir com ele.
Despedi-me e fiquei a refletir acerca da humanidade.
Quão diversas são as barreiras de moral “involutiva” a serem derrubadas. Valores distorcidos e tradições arraigadas que se desviam dos ensinamentos básicos do Mestre Jesus.
O processo educativo iniciado por Ele e lentamente em curso, é inexorável. Até este Espírito, alienado e cruel, é um irmão desgarrado e nem por isso esquecido pela Misericórdia Divina.
Que as palavras edificadoras do Dr. Bezerra de Menezes nos inspirem.

Conselhos Sublimes
“Esclarecer para conquistar a sabedoria e devotar-se ao bem do próximo para alcançar a divindade do amor. Eis a lei, que impera igualmente, no campo mediúnico, sem cuja observação, o colaborador da Nova Revelação não atravessa os pórticos das rudimentares noções de vida eterna.
Espíritos algum construirá a escada de ascensão sem atender às determinações do auxílio mútuo.
Nesse terreno, portanto, há muito que fazer nos círculos da Doutrina Cristã rediviva, porque não basta ser médium para honrar-se alguém com as bênçãos da luz, tanto quanto não vale possuir uma charrua perfeita, sem a sua aplicação no esforço da sementeira.
A tarefa pede fortaleza no serviço com ternura no sentimento.
Sem um raciocínio amadurecido para superar a desaprovação provisória da ignorância e da incompreensão e sem as fibras harmoniosas do carinho fraterno, para socorrê-las, com espírito de solidariedade real, é quase impraticável a jornada para a frente.”

segunda-feira, 15 de abril de 2013

TATUAGENS



“Dizem por aí” que tatuar o corpo “danificaria” o perisipírito, mas será que é isso mesmo? Vamos analisar...

Entendo que o corpo espiritual, ou perispírito, como é denominado, é atingido pelo mal que fazemos, a nós mesmos (suicídio, vício, rancor, pessimismo…), ou aos outros (maledicência, agressividade, violência, traição, mentira…). Adereços numerosos, portanto, não afetam o corpo espiritual, mas, em algumas situações, são atentados ao bom gosto. O corpo físico é transitório e será descartado após o desencarne. Ocorre que nossos sentimentos de apego é que podem, pelo magnetismo do pensamento, transferir para o plano espiritual as nossas características físicas. Da mesma maneira que o vício de fumar é levado para o lado espiritual e por vezes leva o espírito a uma imensa luta para sua libertação, as tatuagens, podem ou não, serem transferidas para seu corpo espiritual. Mas tudo é uma questão de apego, de pensamento preso ao físico já descartado.

Não podem haver sequelas espirituais para o uso da tatuagem, no máximo a vergonha de não conseguir se libertar delas ao deixar o físico. O espírito demonstraria seu apego e vaidade em um plano onde sua existência tranquila condiciona-se ao seu total desprendimento da vida que  se encerrou. Após o desencarne, o espírito, pelo magnetismo de seus pensamentos, molda fluidicamente sua aparência da última encarnação, por isso é triste que desencarnado, o médium continue envolvido com as futilidades da Terra.

Podemos tatuar nossos Mentores no corpo?

Temos nosso livre-arbítrio, que nos permite fazer nossas escolhas. Eu não teria coragem de tatuar um Mentor no corpo, pois me considero ainda muito longe de estar ao lado de meus Mentores o tempo todo. Além do mais, seria constrangedor olhar para um Mentor no momento de fazer amor com a esposa ou mesmo para ela, neste momento tão íntimo, ter a recordação das Entidades em pleno ato. EU não faria, mas não critico, em absoluto, que possa ter feito. Cada um tem seu livre-arbítrio, sua consciência e sua capacidade de desprendimento para estas coisas.

Resumindo: Tatuagem pode ser lindo, pode trazer uma originalidade sem igual e não existe nenhum fator que possa definir que seja prejudicial para nossa jornada. Porém temos que considerar todas as consequências, se estamos preparados, se não há possibilidade de arrependimento, ou mesmo se não irá gerar um constrangimento futuro, nesta ou em outra vida. Tudo dependerá de nosso apego e vaidade.

Kazagrande

sexta-feira, 12 de abril de 2013

POR QUE SOMOS TÃO VAMPIRIZADOS

Não temos como negar, na maioria dos dias, ao final da tarde, normalmente nos sentimos esgotados. É comum vir aquele cansaço, aquela tensão, até uma dorzinha de cabeça e mal estar estomacal.
Também vem a falta de paciência e o desânimo.
O motivo: estamos exauridos de energia, ou melhor, dizendo, fomos sugados. Qual é a causa para tantas perdas de energia? Por que somos tão vampirizados na nossa rotina de vida?
São muitos os fatores que podem promover os roubos energéticos, mas alguns são mais marcantes, logo significativos.

Antes de tudo, é importante dizer que o corpo físico humano só existe e se mantém graças a uma força vitalizadora essencial que alguns chamam de fluido vital, outros de prana ou simplesmente Ki. São muitos os nomes dados ao longo da história da humanidade, mas o fato principal é que somos energia.

A força vital que nos alimenta recebe influência direta dos pensamentos e sentimentos que desenvolvemos durante o dia, e é aí que residem os principais detalhes a serem observados quando o assunto for roubo de energia.
Pensamentos e sentimentos ruins prejudicam intensamente a qualidade da energia que abastece o campo de energia humano. Da mesma forma, pensamentos e sentimentos positivos promovem a manutenção desta bioenergia...O problema é que somos seres muito emocionais, o que quer dizer, que facilmente entramos de cabeça em uma ou outra emoção intensa, e estas por sua vez, são como fogos de artifícios que explodem, expandem-se e movimentam-se freneticamente. Quando essa explosão de emoções acontece, seja pelo motivo que for, há um consumo excessivo de energia vital e a bioenergia humana se desequilibra. Então, junte todos esses acontecimentos do dia, enumere-os um a um, e perceba que esses eventos são muito comuns na vida da esmagadora maioria das pessoas deste mundo.

Seu time perdeu nos pênaltis, você sente um estado de nervoso... Você se desgasta.

Você assiste a uma notícia muito ruim na televisão e sofre com isso... Você se desgasta.

Você sente raiva no trânsito... Você se desgasta.

Você sente medo de não conseguir pagar as suas contas... Você se desgasta.

Você se chateia com um amigo, parente ou cônjuge... Você se desgasta.

Você julga o comportamento alheio, faz muitas críticas... Você se desgasta.

Você reclama da vida, do seu cabelo, do seu cansaço... Você se desgasta.

Todos esses eventos comuns na vida da maioria das pessoas são os principais responsáveis pelo estado de exaustão energética que normalmente nos encontramos ao entardecer. Este fator contribui muito para o aumento da intolerância, do estresse, da raiva, da falta de amor e das doenças físicas e emocionais no mundo.

Mas a principal causa de tudo isso é o esquecimento... Esquecer quem somos, de onde viemos e qual a nossa missão aqui na Terra. Ter emoções é humano! Mas aprender a controlá-las também é uma habilidade humana de uma pessoa que esteja em sintonia com ela mesma, com a sua essência ou Eu interior.

Não podemos mais viver no "piloto automático", sem pensar nossos propósitos e sem cuidar da nossa alma. Podemos nos encontrar com a nossa essência no banco do trem, avião ou metrô, na fila de um banco e até mesmo em pequenos intervalos de um ou dois minutos que temos antes e depois das refeições.

Não devemos fechar os olhos apenas para dormir, mas para olhar para dentro. Precisamos aprender a ouvir o que a nossa essência fala. E ela fala!

Podemos dar inúmeras dicas que são incríveis para reverter esse processo de exaustão energética, ou como dizemos na comunidade espiritualista, vampirismo energético. Mas a principal dica, ou melhor, a causa raiz do problema é que deve ser observada: o esquecimento de quem somos e da nossa essência.

Volte-se para você durante o seu dia, ouça a voz da sua consciência, respire fundo alguns minutos, eleve-se a Deus, faça uma oração do seu jeito e desenvolva a gratidão.

Se você tomar essas práticas como uma rotina, em uma semana você já será uma nova pessoa. Pode fazer o teste!
fonte-Revista Cristã de Espiritismo
texto de Bruno Gimenes

SALVE DEUS

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Vou deixar a Doutrina


A Doutrina do Amanhecer não é para os homens... É para os espíritos! Ao adentrarmos as portas do Templo, temos que deixar de lado nossa personalidade e mergulharmos na Individualidade, despertando os valores espirituais e isolar por completo tudo que se refere a materialidade.

Somente assim é que podemos viver harmonicamente, mesmo quando as tempestades assolam todos ao redor.

As personalidades é que se imiscuem nas fofocas, intrigas, vaidades, orgulhos e, creia: Permeiam em todas as religiões, filosofias e doutrinas. Mesmo nos austeros ambientes Kardecistas, mais voltados para o estudo e aculturação obrigatória dos médiuns, com o tempo se descobre que também ali existem os vaidosos e fuxiqueiros. Estes não são exclusividade nossa.

Somente compreendendo que quem vai para o Templo não é mais você e sim seu verdadeiro eu, seu eu espiritual, é que poderá continuar e progredir.

Nossa Doutrina oferece a prática, permite que tenhamos em nossas mãos todas as ferramentas, não só para cumprir nosso carma, mas também para evoluirmos muito, tendo condição inclusive de transformar esta, em nossa última encarnação na Terra.

Sim, é verdade que a maioria não se dá conta de tudo que tem nas mãos... Mas não importa, mais cedo ou mais tarde todos despertam, passam a um novo estágio de consciência e começam a entender o quê antes parecia apenas material.

O grande segredo é não permitir se macular com as vibrações presentes. Estar junto a pessoas que desmerecem, ou simplesmente não compreendem, o verdadeiro sentido da Doutrina, isso já é um grande teste, pois nos Planos Espirituais não será diferente! Nosso trabalho como missionários será justamente ir a busca do resgate de espíritos que podem nos envolver e fazer duvidar...

Veja se ainda é possível despertar em você o verdadeiro Jaguar, capaz de anular a personalidade no Templo, e cumprir seus trabalhos sem se envolver com as energias materiais... Se não for, siga seu caminho! Nada lhe acontecerá! Procure onde realmente se sinta bem e persevere com fé, acreditando no que se propor a fazer, sempre acima dos sentimentos humanos! Poderá ser feliz cumprindo sua missão em qualquer corrente que escolher, seja em uma vibrante Igreja Evangélica ou em uma luminosa tenda de Umbanda... Não importa o local ou as pessoas, o que importa é o que vai em seu coração. A doutrina e a fé residem no templo do seu íntimo.

Kazagrande

* Na foto o Ministro Relatã, do Mestre Cícero José, que sempre está presente auxiliando com diversas questões nesta pequena jornada.

Por que “Preto Velho”?




Uma das mais difíceis provas enfrentadas por nossos irmãos Jaguares, em busca de sua evolução, foi a passagem pela escravidão.

Considerada uma mancha na história da humanidade, e principalmente na História do Brasil, nós espiritualistas devemos ter uma ótica particular sobre este assunto. Nossa compreensão vai além dos olhos físicos e considera que, neste período triste, milenares espíritos de outrora tiveram condições de assumir, com muita coragem e desprendimento, seus débitos passados e, muitos, evoluírem a uma condição espiritual superior.

Despojados de tudo, de todos os pertences materiais, de todas as ligações emocionais, da família e estando em absoluta falta de perspectiva futura, muitos atenderam ao clamor do espírito e no ressoar de suas cantigas encontraram-se com seu verdadeiro “eu”... Com o espírito!

Somente assim, estes bravos Jaguares, endurecidos pelas intempéries dos tempos e das encarnações de liderança e poder, se desprenderam de toda a matéria e todas as emoções, encontrando, ainda encarnados, a Luz Divina.

O relato verídico da Cachoeira do Jaguar, romanceado por Tia Neiva, mas repleto de belíssimas lições de vida e moral, traduz claramente como Pai João e Pai Zé Pedro, chegaram às posições espirituais que hoje ocupam em nossa Doutrina. Antigos nobres romanos, como muitos outros contemporâneos em posições de destaque, estavam presentes e dispostos a assumir as duras penas da encarnação que os conduziria ao encontro com a Individualidade.

Muitos de nossos Mentores estiveram ali presentes e hoje se apresentam na mesma singela roupagem, que permite atender a todos nos Tronos, sem distinção social, econômica ou material.

Já pararam para observar a sabedoria contida na singela apresentação escolhida por nossos Mentores? Quando chega o mais humilde, não se sentirá melindrado. Quando chega o mais culto, a sabedoria contida nas palavras simples resplandece de Luz e a mensagem chega ao coração, não à mente intelectualizada!

Ao ingressar em nossa Doutrina, o intelectual sente a necessidade de ir em busca dos mistérios e conhecimentos disponíveis nas mensagens e em uma riquíssima ritualística. Já o mais humilde, ou aquele que é mesmo analfabeto, se encanta pela possibilidade de poder trabalhar de imediato. Não será discriminado pela pouca cultura e não será exigido que estude durante anos para poder praticar a caridade!

Nossos Pretos Velhos são o reflexo da sabedoria e simplicidade contida nos Planos Espirituais. Negá-los, preferir “outras origens”, “outras linhas”, é expor o estrago que o vírus da vaidade fez em seu coração!

O exemplo vem de cima! A humildade, fator preponderante nas mensagens do Divino Mestre Jesus, repetidas com sabedoria e emanação por nossos abnegados Mensageiros, vem receber a todos nos Tronos. A demonstração maior do Espírito do Jaguar não foi pelas glórias de Esparta, mas na singeleza da Cachoeira do Jaguar.

Kazagrande

Não existe Jaguar covarde



Dentre os muitos médiuns que assumem sua missão, existem aqueles que verdadeiramente são Jaguares, que não temem as mudanças e desmandos, seguindo em frente independente do ambiente ou pessoas que os cercam.

Já falamos de nossa herança espartana e o quê ela definitivamente deve traduzir: disciplina aliada a espiritualização! Sim, somos soldados, soldados da Luz, mas ainda assim soldados.

Não preferimos o caminho mais fácil, sabemos que muitas vezes temos que arriscar. Somos conscientes de nossas qualidades, mas travamos batalha diária contra nossos defeitos.

Não viramos as costas quando precisam de nós e não cultuamos opiniões repetidas. Lidamos com as diferenças todos os dias, preferindo sempre entender sem julgar.

Sonhamos muito com coisas que para os outros é utopia, porque acreditamos e sabemos que nada é impossível.

Respeitamos a hierarquia, assumimos as responsabilidades, mas nos recusamos a ser mandados pela insensatez ou pela visão deturpada do poder que pode alterar o que nos foi trazido diretamente dos Planos Espirituais.

Buscamos ser humildes, mas não aceitamos ser humilhados. Afinal combatemos a injustiça semeando o perdão e a Luz não é apenas Amor, é Amor e Razão.

Afastamo-nos dos prepotentes, dos corruptos, dos sedentos de poder e glória, pois estes nada mais são que verdadeiros covardes.

A covardia é palavra fora do vocabulário do Jaguar, pois neste único verbete se une a hipocrisia, o egoísmo e o medo disfarçado de força.

Um Jaguar deve ser a tradução perfeita do equilíbrio das três forças: Material, Psíquico e Espiritual!

Kazagrande