domingo, 31 de maio de 2020

Tertúlia Conscienciologia 5231 - Desvinculação Cosmoética (Maxidissidenc...

Pentecostes



Preparo-me para a Leitura Orante, invocando o Espírito Santo:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Lemos, atentamente, o texto: Jo 20,19-23, e observamos pessoas, palavras, relações, lugares.

Naquele mesmo domingo, à tarde, os discípulos de Jesus estavam reunidos de portas trancadas, com medo dos líderes judeus. Então Jesus chegou, ficou no meio deles e disse:
- Que a paz esteja com vocês!
Em seguida lhes mostrou as suas mãos e o seu lado. E eles ficaram muito alegres ao verem o Senhor. Então Jesus disse de novo:
- Que a paz esteja com vocês! Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês.
Depois, soprou sobre eles e disse:
- Recebam o Espírito Santo. Se vocês perdoarem os pecados de alguém, esses pecados são perdoados; mas, se não perdoarem, eles não são perdoados.

Refletindo

Jesus atravessa as barreiras internas e externas das pessoas. Com a vinda do Espírito Santo, o medo é vencido pela paz, a dúvida e o desânimo com a identificação de Jesus Ressuscitado.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para nós, hoje?

Meditando

Jesus oferece a paz aos discípulos. Meditando;com a paz, oferece-lhes o Espírito Santo.
Disse recentemente o Papa Francisco:
"Vós «sois uma carta de Cristo – escrevia São Paulo aos Coríntios –, confiada ao nosso ministério, escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo; não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne que são os vossos corações» (2 Cor 3, 3). O Espírito Santo, o amor de Deus, escreve em nós. E, escrevendo dentro de nós, fixa em nós o be. De fato, re-cordar significa levar ao coração, «escrever» no coração. Por obra do Espírito Santo, cada história, mesmo a mais esquecida, mesmo aquela que parece escrita em linhas mais tortas, pode tornar-se inspirada, pode renascer como obra-prima, tornando-se um apêndice de Evangelho. " ( Mensagem do 54º Dia Mundial das Comunicações Sociais, 2020).

E os Bispos em Aparecida disseram:
Jesus nos transmitiu as palavras de seu Pai e é o Espírito que recorda à Igreja as palavras de Cristo (cf. Jo 14,26). Desde o princípio, os discípulos haviam sido formados por Jesus no Espírito Santo (cf. At 1,2) que é, na Igreja, o Mestre interior que conduz ao conhecimento da verdade total formando discípulos e missionários. Esta é a razão pela qual os seguidores de Jesus devem se deixar guiar constantemente pelo Espírito (cf. Gl 5,25), e tornar a paixão pelo Pai e pelo Reino sua própria paixão: anunciar a Boa Nova aos pobres, curar os enfermos, consolar os tristes, libertar os cativos e anunciar a todos o ano da graça do Senhor (cf. Lc 4,18-19)." (DAp 152).
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com São  Paulo VI:

Oração ao Espírito Santo

Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande,
Aberto à vossa silenciosa
E forte palavra inspiradora,
Fechado a todas as ambições mesquinhas,
Alheio a qualquer desprezível competição humana,
Compenetrado do sentido da santa Igreja!
Um coração grande,
Desejoso de tornar-se semelhante
Ao Coração do Senhor Jesus!
Um coração grande e forte
Para amar todos,
Para servir a todos,
Para sofrer por todos!
Um coração grande e forte
Para superar todas as provações,
Todo tédio, todo cansaço,
Toda desilusão, toda ofensa!
Um coração grande e forte,
Constante até o sacrifício,
Quando for necessário!
Um coração cuja felicidade
É palpitar com o Coração de Cristo
E cumprir humilde, fiel e virilmente
A vontade do Pai.
Amém
São Paulo VI.
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Nosso novo olhar, iluminado pela luz do Espírito Santo,
Leva-nos a pensar e desejar com os bispos da América Latina:

O Espírito Santo, com o qual o Pai nos presenteia, identifica-nos com Jesus-Caminho, abrindo-nos a seu mistério de salvação para que sejamos seus filhos e irmãos uns dos outros; identifica-nos com Jesus-Verdade, ensinando-nos a renunciar a nossas mentiras e ambições pessoais, e nos identifica com Jesus-Vida, permitindo-nos abraçar seu plano de amor e nos entregar para que outros “tenham vida n’Ele”.” (DAp 137).
Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Maria Rainha dos Apóstolos




Maria, a mãe de Jesus, sob o título "Rainha dos Apóstolos", ocupa lugar especial na espiritualidade paulina. 

A imagem de Maria, idealizada por Pe. Tiago Alberione, espelha o seu significado. Ela está segurando Jesus, porém, não o retém para si, mas o oferece ao mundo. O  Bem-aventurado Fundador quis mostrar com esse gesto que a missão do apóstolo é a mesma de Maria, ou seja, consiste em ter Jesus consigo e em oferecê-lo ao mundo através do seu apostolado.

Um lembrete importante, sobretudo para os membros da Família Paulina. Ele chega até nós através das palavras do Pe. Alberione: “Para que o apostolado produza frutos, é moralmente preciso que seja acompanhado pela devoção a Maria. Infeliz daquele que, com o passar dos anos, perde ou deixa esfriar em si a devoção a Maria” (HM, II, 1, 69). 

Sigamos os passos de Maria e  elevemos à nossa Mãe, Mestra e Rainha dos Apóstolos, através das palavras do Bem-aventurado Tiago Alberione, nosso pedido: 

“Maria leva-nos a conhecer Jesus de acordo com o tempo, a situação e as ocupações. Maria, modelo de todo discípulo de Jesus, obtende-nos a vossa docilidade. Afastai de nós o orgulho, os preconceitos, a obstinação, as paixões que endurecem o coração e obscurecem a inteligência. Maria, Mãe e discípula do Mestre, guiai-nos em vosso caminho”.

Celebre connosco



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sábado, 30 de maio de 2020

Panorama Conscienciológico

Quem ama,




Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos
Tema: Gentileza gera gentileza

Preparo-me, com todos os internautas,  para a Leitura Orante, 
recordando o que disse Bento XVI:
 “A oração é o caminho silencioso que nos conduz diretamente ao coração de Deus; 
é o respiro da alma que nos doa paz nas tempestades da vida”. 
Assim invoco o Espírito:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.


1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Lemos atentamente o texto: Jo 21,20-25, e observamos pessoas, palavras, relações.

Então Pedro virou para trás e viu que o discípulo que Jesus amava vinha atrás dele. Este era o mesmo que estava ao lado de Jesus durante o jantar da Páscoa e que havia chegado para mais perto dele e perguntado: "Senhor, quem é o traidor?" Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus:
- O que diz, Senhor, a respeito deste aqui?
Jesus respondeu:
- Se eu quiser que ele viva até que eu volte, o que é que você tem com isso? Venha comigo!
Então se espalhou entre os seguidores de Jesus a notícia de que aquele discípulo não ia morrer. Mas Jesus não disse isso. Ele apenas disse: "Se eu quiser que ele viva até que eu volte, o que é que você tem com isso?"
Este é o discípulo que falou destas coisas e as escreveu. E nós sabemos que o que ele disse é verdade. Ainda há muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem escritas, uma por uma, acho que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos.

Refletindo
 Neste texto que é o final do Evangelho de João, é recordado o discípulo amado – João – como modelo dos seguidores de Jesus. O discípulo amado é aquele que também ama e, por amar, conduz as pessoas a Jesus.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Podemos nos comparar a João? Amamos a Jesus e levamos outras pessoas por este mesmo caminho?

Meditando
Disseram os bispos em Aparecida:  "O Espírito Santo, que o Pai nos presenteia, identifica-nos com Jesus-Caminho, abrindo-nos a seu mistério de salvação para que sejamos filhos seus e irmãos uns dos outros; identifica-nos com Jesus-Verdade, ensinando-nos a renunciar a nossas mentiras e ambições pessoais; e nos identifica com Jesus-Vida, permitindo-nos abraçar seu plano de amor e nos entregar para que outros “tenham vida nEle”.(DAp 137. )

3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos, espontaneamente, e concluímos com a Oração da Unidade:
Pai Nosso que estais nos céus.... 

e ao Espírito Santo:
Ao Espírito Santo 
Ó Espírito Santo,
por intercessão da Rainha de Pentecostes,
cura a minha mente da irreflexão, ignorância, carências,
dureza, prejuízos, erros, perversões,
e concebe em mim a Sabedoria de Jesus- Verdade em tudo.
Cura a minha sensibilidade da indiferença, desconfiança
e más inclinações, paixões, sentimentos, afetos,
e concebe os gostos, sentimentos, inclinações de Jesus-Vida, em tudo.
Cura a minha vontade   da inércia, superficialidade,
inconstância, inveja, obstinação, maus costumes,
e concebe Jesus Cristo-Caminho em mim.
Eleva divinamente em mim: a inteligência com o dom do Intelecto,
a sabedoria com o dom da Sabedoria,
a ciência com o a Ciência,
a prudência com o Conselho,
a justiça com a Piedade,
e Fortaleza com o dom da Força Espiritual,
a temperança com Temor de Deus.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Nosso novo olhar é aquele sugerido pelos Bispos da América Latina: “O compromisso missionário de toda a comunidade. Ela sai ao encontro dos afastados, interessa-se por sua situação, a fim de reencantá-los com a Igreja e convidá-los a novamente se envolverem com ela.” (DAp 226,d).

Bênção Ecumênica

Que o Senhor Deus os abençoe e proteja,
encha seus corações de ternura e suas almas de alegria,
seus ouvidos de música e suas narinas de perfume,
suas línguas de canções que levem esperança.

Que Jesus Cristo, a água viva, esteja atrás de vocês como proteção,

diante de vocês como guia, ao seu lado como companhia,
dentro de vocês como consolo, sobre vocês como bênção.

Que o Espírito doador de vida sopre sobre vocês

para que seus pensamentos sejam santos,
atue em vocês para que seu trabalho seja santo,
impulsione seus corações para que amem o que é santo,
fortaleça-os para que defendam o que é santo.

Que Ele habite em seus corações, regando sua secura e derretendo sua frieza,

que Ele alimente no mais profundo de suas almas o fogo do seu amor
e conceda a vocês uma fé verdadeira, uma esperança firme
e um amor sincero e perfeito.

abolição da escravidão

A Igreja e a abolição da escravidão na Europa

Autor: Wanderley Dias da Costa
Fonte: https://www.facebook.com/wander846/

É sabido que a escravidão estava em plena vigência no período medieval, entretanto, é também neste período que os esforços para sua erradicação se iniciam, e importantes organismos sociais começam a “remar contra a corrente” escravagista.

Não há dúvidas de que a evolução da civilização ocidental tem uma de suas marcas na abolição da escravidão na Europa. Considerando a importância que a religião cristã assumiu neste processo, é importante considerar que o ambiente de “nascimento” do cristianismo não era dos mais favoráveis a minorias, muito menos para manifestações particulares, fossem de cunho religioso, social ou cultural. Observa-se a evolução desde o senso comum da sociedade imperial impositiva e autocentrada para uma perspectiva de dignidade do gênero humano, somente através das decisões de concílios e sínodos regionais da Igreja.

Também o Direito Romano e as conjecturas sobre a influência exercida pelas ideias cristãs sobre essa legislatura tiveram muita relevancia; deste modo, o sistema do cristianismo utilizou da modificação das ideias para mudar essa sociedade.
A Igreja não foi só uma grande escola para formação de homens e mulheres doutos, mas também uma associação que regenerou a sociedade, propulsora das bases morais tais como conhecemos hoje, o que lhe custou a missão de enfrentar e, com muita dificuldade, vencer a escravidão. Para Guizot (apud BALMES, 1988), a escravidão na Europa foi abolida pelo Cristianismo. Espanta o fato de a forte influência da Igreja Católica na abolição da escravatura ter tão pouco apelo e conhecimento público, como atesta o mesmo Balmes (1988); essa é uma evidência muito clara para ser contestada. Guizot (apud BALMES, 1998; p.24), reconhecendo o empenho e a eficácia com que trabalhou a Igreja para a melhoria do estado social, afirma:
“Ninguém ignora com quanta obstinação combateu (a Igreja) os grandes vicios daquele tempo, a escravidão por exemplo”.

O número de escravos era muito grande, o que exigiu que a abolição da escravatura fosse empregada de forma planejada, sistemática e progressiva, o que não diminui a importância e o protagonismo da Igreja na questão.

Se nos dias atuais, com a superação da escravidão legal, ainda persistem problemas sociais que implicam em miséria e pobreza para uma parte significativa da população, é possível imaginar qual não era a dificuldade para a aplicação dos conceitos cristãos, e a previsão de suas consequências.

A emancipação universal do homem europeu teve princípio no cristianismo, em tempos onde os escravos não eram sequer reconhecidos juridicamente como pessoas, mas sim como propriedades, bens materiais, como quaisquer outros; os cristãos serão aqueles que começavam a luta por uma sociedade mais justa.

Um decreto abolicionista instantâneo, como se pode imaginar, certamente geraria fortes impactos sociais; deveria ser um processo gradativo, como observa o mesmo Guizot apud Balmes (1988, p.23), para tanto, a Igreja agiu de forma respeitosa e prudente com todas as culturas, levando suas doutrinas gerais, embasadas por um desenvolvimento de suas implicações sociais, introduzindo-as aos poucos, permeando os costumes e as leis, além de influenciar instituições que servissem ao desenvolvimento civilizacional de maneira silenciosa, mas que contribuíssem em direção de beneficiar gerações futuras. Para uma abolição repentina e abrupta seria necessário, ainda, alterar todas as relações de propriedade; isto porque, os escravos eram uma parte fundamental da propriedade: cultivavam as terras, realizavam toda sorte de trabalhos.

Este tópico é de abordagem conveniente, pois elucida a uma das questões que mais podem ser alvo de curiosidade científica e despertar falsas acusações, através das paixões ideológicas, da etnicidade, e de vícios de pesquisa. No período contemporâneo, pouco se fala da abolição da escravidão dos povos no meio cristão do primeiro milênio. O Cristianismo, todavia, atuou para a abolição, o que pode ser constatado através de pesquisa técnica e fontes primárias. Através de suas ideias – até então inovadoras – sobre a dignidade do homem e a conduta moral, fraternidade, caridade, prudência, respeito e misericórdia, a religião cristã plantou as bases do civilismo moderno. Se pudéssemos responsabilizar com alguma justiça um protagonista social pelo fim da escravidão, este protagonismo será a Igreja Católica. Como veremos, as atas conciliares e sinodais estão repletas de decretos que a Igreja redigiu para combater a escravidão, os quais citaremos alguns. Tantos são estes documentos que não apresentar-se-á todos, mas o bastante para demonstrar que, durante todo o primeiro milênio, a Igreja nunca viu a escravidão como algo positivo.

A primeira manifestação em relação a escravidão começa no Século IV, através de um sínodo regional (Concílio Eliberit Anum, a seguir), e podemos verificar vários sínodos e concílios realizados no decorrer do período, envolvendo questões acerca da escravidão e sua atenuação/ extinção. Importa dizer que há, ainda, uma carta do Papa João VIII intitulada Unum est, datada de setembro de 873 e dirigida aos Príncipes da Sardenha (entre as atuais França e Itália) em que si afirma que “[…]como convém a cristãos, que, uma vez comprados, esses escravos sejam postos em liberdade por amor a Cristo…” (DENZINGER-SCHÖNMETZER, 2015; nº 668).

CONCILIUM ELIBERIT ANUM (ANO 305)

Impõe-se penitência à senhora que maltrata sua escrava: define que será admitida aos sacramentos da Igreja Católica somente depois de sete anos de afastamento, caso a vítima morra em decorrência da ação da senhora. Esse concílio permite também a ordenação de escravos.

CONCILIUM EPAONENSE (ANO 517)
“Se alguém matar o escravo próprio, sem o conhecimento do juiz, expiará o derramamento de sangue com dois anos de excomunhão” (cânon 34).

Assim como no Concílio de Hipona – o escravo réu de um delito atroz livra-se de suplícios corporais refugiando-se na Igreja. Dirá literalmente que:
“Se alguém matar o escravo próprio, sem o conhecimento do juiz, expiará o derramamento de sangue com dois anos de excomunhão” (cânon 34; cânon 39).
“O escravo culpável de delito mais grave, se fugir para a igreja, será eximido somente dos castigos corporais. Porém, aprouve que não fosse exigido dos donos nenhum juramento a propósito do cabelo ou de qualquer outra ação” (cânon 39).

CONCILIUM AURELIANENSE QUINTUM (ANO 549)

Acerca dos escravos que, por qualquer culpa se refugiaram no seio da Igreja, estabelecemos que deve ser cumprido o seguinte: que, tal como consta nas antigas constituições, (o escravo) já seguro do perdão, será livre de castigos pela culpa atribuída, com juramentos feitos pelo dono, seja ele quem for. Com efeito, se se provar que o dono, esquecido do dever de fidelidade, transgrediu o que jurou, de tal forma que se prove que, por causa dessa culpa foi torturado com qualquer castigo o escravo que tinha recebido o perdão, esse dono, que se esqueceu da fidelidade jurada, seja suspenso da comunhão total. Mais ainda, se o escravo, já seguro da promessa de perdão, devido ao juramento feito pelo dono, não quiser sair, para não se dar o caso de o dono vir a ficar sem aquele que, por tal teimosia, procura um lugar de refúgio, é permitido ao dono apossar-se daquele que não quer sair, para que de nenhum modo a Igreja venha a sofrer algum incómodo ou calúnia, por causa, por assim dizer, da retenção do escravo. Todavia, que por nenhuma temeridade o dono ouse transgredir a fidelidade que jurou quanto ao perdão concedido. Mesmo que o dono seja pagão, ou pertencente a outra seita, o qual se prove ser estranho ao grémio da Igreja, ao reaver o escravo, procure pessoas cristãs de boa-fé, para que estes, em nome do dono, façam o juramento em favor do escravo, porque aqueles que temem a disciplina eclesiástica devida à transgressão, são bem capazes de guardar o que é sagrado (cânon 22).

CONCILIUM TOLETANUM QUARTUM (ANO 633)
“Os libertos que foram alforriados por alguém, e são recomendados aos patrocínio da Igreja, tal como as regras dos antigos padres estabeleceram, sejam protegidos com a defesa sacerdotal de qualquer incômodo; seja no que se refere ao seu estado de liberdade, seja no que se refere ao dinheiro que sabe que têm” .

CONCILIUM TOLETANUM UNDECIMUM (ANO 675)

Determinará aos sacerdotes a proibição da mutilação de seus escravos, afirmando que:
“[…] a estes, por quem os sacramentos do Senhor devem ser administrados, não é lícito fazerem o julgamento de sangue. Por isso devem ser proibidos de cometerem tais excessos, não suceda que levados por motivações de uma indiscreta presunção de que uma coisa é digna de morte, pretendam julgar com sentencia própria, ou se cometam quaisquer amputações de membros a algumas pessoas, ou determinem que se cometam” (BALMES,1998).

Aos transgressos, decretará que “considere-se preso ao grilhão da condenação eterna, privado do título da ordem que lhe foi concedida e do seu lugar”. Permite aos presbíteros e diáconos constituir escravos à Igreja, todavia, a este não deve ser negada a comunhão no momento de deixar estar esta vida, em virtude da misericórdia do Senhor, que não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva”; que antes de serem admitidos, devem “receber a liberdade do seu estado como alforriados”.

Essa posição parece corroborar com o que dirá o Papa São Gregório em sua Epístola 44, livro 4.0.

CONCILIUM WORMATIENSE (ANO 868)

Impõe-se penitência ao amo que, por autoridade própria, mata seu escravo: “commisserit, quod morte sit dignum, occiderit, excommunicatione vel poenitentia biennii, reatum sanguinis emendabil” (cânon 39).

CARTAS DE SÃO GREGÓRIO

A Igreja gastava seus bens no resgate dos cativos e, mesmo que, com o tempo, tivessem eles condições de reembolsar a quantia despendida, ela não desejava tal devolução e, generosamente, lhes dava quitação.

Os estatutos canônicos permitiam que a autoridade legal investisse na libertação, caso o resgate de prisioneiros passasse para a Igreja. Portanto, como me foi ensinado por você, nós somos, há quase 18 anos, um resquício disso. Certo Fábio, bispo pertencente ao clero, tinha receio dos valores a serem gastos à procura dos escravos, um tipo de medo, como você tem.

Não tomar conhecimento disso, porque está distante, em qualquer tempo, apresenta a suspeita de vós mesmos tirardes a autoridade de um mando destas partes constituintes. Não, eu presumo, o tempo fora de herdeiros de situação difícil, que não pode ser atribuído a qualquer problema (cf. Decreto Graciano, parte 2,4 1.7 ep. 44 e nab. Caus, 12, quest. 2, cap. 4).

CONCÍLIO VERNENSE SEGUUNDO (ANO 844)

Os bens da Igreja serviam de resgate de cativos. Os recursos são fornecidos pelos reis e os cristãos restantes que retornaram para Deus.
“Se quisermos, a contribuição pessoal gratuita para o serviço seria rebaixada. Talvez já tenha sido feito, e um apelo do bispo à agitação civil não conseguiu revogar ou alterar seus caminhos, que, como uma intriga criminosa, decidiram separar-se” (cânon 17).

CONCÍLIO CONFLUENTINO (ANO 922)

Esclarece que é réu de homicídio quem seduz um cristão a se vender como escravo:
“Mais uma vez, a questão é o que deve ser feito para libertar o cristão. A resposta de tudo é que a pessoa que vende é réu de homicídio” (Cap. 7).

CONCÍLIO DE LONDRES (ANO 1102)

Proíbe-se o comércio de homens que se fazia na Inglaterra, “arrastando os seres humanos, ao sol, como animais que são vendidos, sem alguma maneira de serem resgatados adiante…” (Cap. 27).

Vê-se, pelo cânon acima, quanto se adianta a Igreja em tudo o que concerne à verdadeira civilização. Em nosso tempo, considera-se como um notável passo dado pelo mundo moderno que as grandes nações europeias assinem tratados para reprimir o tráfico de negros.

Pois bem, o cânon, em foco, mostra que, em princípios do século XII e, exatamente, na cidade de Londres (onde se firmou recentemente o famoso convênio sobre aquela matéria), se proibia o tráfico de homens, qualificando-o como merece. “Nefarium negotium” (detestável negócio), o chama o concílio: “tráfico infame”, o chama a civilização moderna, encampando, sem dar-se conta disso, os pensamentos e até as palavras daqueles homens a quem denominam como “bárbaros”, daqueles bispos que foram caluniados como se fossem uma turba de conspiradores contra a liberdade e a felicidade do gênero humano.

Aqui temos o motivo da bula Dum Diversas, e abaixo a própria bula, o que não costumam explicar nas salas de aulas, mas nós não vamos deixar você ser enganado pelas narrativas historiográficas com viés ideológico:
“O Islã pôs na escravidão mais de um milhão de europeus. Como muçulmanos não podem ser escravizados, era uma cristã branca que era a escrava sexual do sultão turco”.

Bill Warner, diretor do Centro para o Estudo do Islã Político (CSPI), em entrevista à FrontPage Magazine (05/02/2007), disse:
“Diante dessa situação infernal, o que o líder deste povo deve fazer? Aqui se encaixa perfeitamente o conceito de “guerra justa” e o “direito de legítima defesa”, citados no Catecismo da Igreja Católica. Por isso, o Papa autorizou o rei Afonso V de Portugal a prender os sarracenos, que constantemente atacavam e escravizavam os cristãos na Europa: ‘(…) nós lhe concedemos, por estes presentes documentos, com nossa Autoridade Apostólica, plena e livre permissão de invadir, buscar, capturar e subjugar os sarracenos e pagãos e quaisquer outros incrédulos e inimigos de Cristo (…) e reduzir suas pessoas à perpétua escravidão’ (Bula Dum Diversas)”.

O historiador Fernand Braudel (1902-1985) nos traz a seguinte informação acerca do comércio de escravos negros:
“O tráfico negreiro não foi uma invenção diabólica da Europa. Foi o Islã, desde muito cedo em contato com a África Negra através dos países situados entre Níger e Darfur e de seus centros mercantis da África Oriental, o primeiro a praticar em grande escala o tráfico negreiro (…). O comércio de homens foi um fato geral e conhecido de todas as humanidades primitivas. O Islã, civilização escravista por excelência, não inventou, tampouco, nem a escravidão nem o comércio de escravos”.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRAUDEL, Fernand. “Gramática das Civilizações”. São Paulo: Martins Fontes, 1989, p. 138.
DENZINGER, Heinrich Joseph Dominicus; SCHÖNMETZER, Adolf. “Enquirídio dos Símbolos e Definições”, Ed. Paulinas: São Paulo, 2015.
BALMES, Jaimes. “A Igreja Católica em face da escravidão”. Centro Brasileiro de Fomento Cultural, São Paulo: 1988.

Tertúlia Conscienciologia 5230 - Herpetofobia (Parapatologia)

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Tertúlia Conscienciologia 5229 - Auto-herança Gestual (Autorarageneticol...

Epicentrismo em Debate 12 - Evoluciofilia (Evoluciologia)

O que Santo Agostinho me ensinou? - Anete Guimarães

Alguma vez Jesus Cristo falou com um falecido? Sim! A resposta é: sim!

Autor: Jesús Mondragón (Saulo de Tarso)
Fonte: https://www.facebook.com/jesus.mondragon.180
Tradução: Carlos Martins Nabeto

– Muitos protestantes acusam os católicos de praticarem magia negra e necromancia. Afirmam que a necromancia e a oração aos Santos é a mesma coisa. Mas alguma vez Jesus falou com um morto?

Seja por má-fe ou ignorância, a fim de fundamentar que os católicos praticam magia negra mediante a necromancia, [os protestantes] nos citam:
“Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti” (Deuteronômio 18,10-12).

COMECEMOS POR DEFINIR O QUE É “NECROMANCIA”

A “necromancia” (do latim “necromantia”, do grego “νεκρομαντεία”), provém da união das palavras “necros” (“morte”) e “mantīa” (“adivinhação”). É um ramo da magia negra que consiste em realizar adivinhações através da consulta das vísceras dos mortos ou da evocação dos seus espíritos, exigindo conforme o caso, o contato com seus cadáveres ou posses.

A necromancia é a disciplina ou ramo da adivinhação que dedica-se à previsão do futuro através da evocação de espíritos. É uma prática antiga, comum à tradição mística ou sobrenatural de diversas cultura, entre elas a egípcia, a mesopotâmica, a persa etc. É ainda exercida hoje, quando se busca obter respostas para perguntas mediante a intervenção de um espírito.

A Bíblia concorda com essa definição de “necromancia”, ou seja, “a adivinhação mediante a evocação dos espíritos dos mortos”:
“Não vos virareis para os adivinhadores e encantadores; não os busqueis, contaminando-vos com eles. Eu sou o Senhor vosso Deus” (Levítico 19,31).
“Quando alguém se virar para os adivinhadores e encantadores, para se prostituir com eles, eu porei a minha face contra ele, e o extirparei do meio do seu povo” (Levítico 20,6).
“Quando, pois, vos disserem: ‘Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram: ‘Porventura não consultará o povo a seu Deus?” A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos?” (Isaías 8,19).
“E o espírito do Egito se esvaecerá no seu interior, e destruirei o seu conselho; e eles consultarão aos seus ídolos, e encantadores, e aqueles que têm espíritos familiares e feiticeiros” (Isaías 19,3).

ORAR AOS SANTOS DO CÉU É NECROMANCIA?

Pedir a intercessão dos Santos mediante a oração não é a mesma coisa que a necromancia, porque não estamos consultando o nosso futuro com eles, nem praticando a adivinhação e, muito menos, evocando seus espíritos para que se façam presentes aqui, para falarmos com eles e fazermos perguntas sobre o futuro. Apenas pedimos a eles, mediante súplicas e orações, que roguem a Deus em nosso favor.

JESUS CRISTO FALOU COM ALGUM FALECIDO? CLARO QUE SIM!

O mero fato de falar com um Santo já falecido não é necromancia, nem magia negra, porque se fosse assi, então Jesus Cristo o teria feito, ao falar da sua futura morte com Moisés, que havia falecido há mais de 1.000 anos:
“Assim morreu ali Moisés, servo do Senhor, na terra de Moabe, conforme a palavra do Senhor” (Deuteronômio 34,5).
“Era Moisés da idade de 120 anos quando morreu; os seus olhos nunca se escureceram, nem perdeu o seu vigor” (Deuteronômio 34,7).
“Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular a um alto monte, e transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele” (Mateus 17,1-3).
“E apareceu-lhes Elias, com Moisés, e falavam com Jesus” (Marcos 9,4).
“E eis que estavam falando com ele dois homens, que eram Moisés e Elias, os quais apareceram com glória, e falavam da sua morte, a qual havia de cumprir-se em Jerusalém” (Lucas 9,30-31).

TAMBÉM FALOU COM LÁZARO!
“Tiraram, pois, a pedra de onde o defunto jazia. E Jesus, levantando os olhos para cima, disse: ‘Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste’. E, tendo dito isto, clamou com grande voz: ‘Lázaro, sai para fora’. E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: ‘Desligai-o, e deixai-o ir'” (João 11,41-44).

OS SANTOS NO ANTIGO TESTAMENTO
“Na verdade ama os povos; todos os seus santos estão na sua mão; postos serão no meio, entre os teus pés, e cada um receberá das tuas palavras” (Deuteronômio 33,3).
“Então Noemi disse à sua nora: ‘Bendito seja ele do Senhor, que ainda não tem deixado a sua beneficência nem para com os vivos nem para com os mortos’. Disse-lhe mais Noemi: ‘Este homem é nosso parente chegado, e um dentre os nossos remidores'” (Rute 2,20).
“Disse-me, porém, o Senhor: ‘Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não estaria a minha alma com este povo; lança-os de diante da minha face, e saiam'” (Jeremias 15,1).
“Tomai, pois, sete bezerros e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós, e o meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei, para que eu não vos trate conforme a vossa loucura; porque vós não falastes de mim o que era reto como o meu servo Jó” (Jó 42,8).
“A graça da tua dádiva chegue a todo ser vivente; nem sequer aos mortos recuseis a tua graça” (Eclesiástico 7,33).

QUEM SÃO OS SANTOS? SOMOS TODOS NÓS, OS MEMBROS DA IGREJA
“Saudai a todos os santos em Cristo Jesus. Os irmãos que estão comigo vos saúdam. Todos os santos vos saúdam, mas principalmente os que são da casa de César” (Filipenses 4,21-22).
“Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, e o irmão Timóteo, aos santos e irmãos fiéis em Cristo, que estão em Colossos: Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo” (Colossenses 1,1-2).
“Porquanto ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus, e do amor que tendes para com todos os santos” (Colossenses 1,4).
“O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos seus santos; aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória” (Colossenses 1,26-27).
“Ouvindo do teu amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus Cristo, e para com todos os santos (…) Porque temos grande gozo e consolação do teu amor, porque por ti, ó irmão, as entranhas dos santos foram recreadas” (Filemom 1,5-7).

TODOS SOMOS CHAMADOS A SERMOS SANTOS
“Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação; que vos abstenhais da fornicação; (…) Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação” (1Tessalonicenses 4,3-7).

JESUS CRISTO NOS FEZ SANTOS
“No corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis” (Colossenses 1,22).

SEM SANTIDADE NINGUÉM VERÁ O SENHOR
“Para confirmar os vossos corações, para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo com todos os seus santos” (1Tessalonicenses 3,13).
“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12,14).

JESUS CRISTO VIRÁ DO CÉU JUNTAMENTE COM TODOS OS SEUS SANTOS
“E fugireis pelo vale dos meus montes, pois o vale dos montes chegará até Azel; e fugireis assim como fugistes de diante do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá. Então virá o Senhor meu Deus, e todos os santos contigo” (Zacarias 14,5).
“Para confirmar os vossos corações, para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo com todos os seus santos” (1Tessalonicenses 3,13).

OS SANTOS LOUVAM A DEUS NO CÉU E JUNTOS COM ELES SOMOS UMA SÓ FAMÍLIA
“Vós que estais a serviço do templo: bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente! Espíritos e almas dos justos: bendizei o Senhor, louvai-o e exaltai-o eternamente!” (Daniel 3,85-86).
“Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome” (Efésios 3,14-15).

A ORAÇÃO DO JUSTO, ISTO É, DOS SANTOS, POSSUI MAIOR EFICÁCIA E PODER QUE A DE OUTRAS PESSOAS
“Então respondeu o rei, e disse ao homem de Deus: ‘Suplica ao Senhor teu Deus, e roga por mim, para que se me restitua a minha mão’. Então o homem de Deus suplicou ao Senhor, e a mão do rei se lhe restituiu, e ficou como dantes” (1Reis 13,6).
“Porque uma multidão do povo, muitos de Efraim e Manassés, Issacar e Zebulom, não se tinham purificado, e contudo comeram a páscoa, não como está escrito; porém Ezequias orou por eles, dizendo: ‘O Senhor, que é bom, perdoa todo aquele que tem preparado o seu coração para buscar ao Senhor Deus, o Deus de seus pais, ainda que não esteja purificado segundo a purificação do santuário’. E ouviu o Senhor a Ezequias, e sarou o povo” (2Crônicas 30,18-20).
“Tomai, pois, sete bezerros e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós, e o meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei, para que eu não vos trate conforme a vossa loucura; porque vós não falastes de mim o que era reto como o meu servo Jó” (Jó 42,8).
“O Senhor está longe dos ímpios, mas a oração dos justos escutará” (Provérbios 15,29).
“Os justos clamam, e o Senhor os ouve, e os livra de todas as suas angústias” (Salmo 34,17).
“Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto” (Tiago 5,14-18).

OS SANTOS NÃO ESTÃO MORTOS: MORRERAM PARA O NOSSO MUNDO, MAS ESTÃO VIVOS DIANTE DA PRESENÇA DE DEUS NO CÉU
– “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó? Ora, Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos” (Mateus 22,32).
– “Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos” (Romanos 14,9).
– “Por causa disto me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome” (Efésios 3,14-15).

OS SANTOS ESTÃO CONSCIENTES OU INCONSCIENTES? E UM VERDADEIRO CASO DE NECROMANCIA NA BÍBLIA

Para demonstrar que os espíritos dos mortos estão dormindo, os protestantes gostam de citar textos do Eclesiastes e outros livros do Antigo Testamento, quando o povo de Israel ainda se encontrava em infantil ignorância, não sabendo nada sobre a ressurreição dos mortos. No entanto, no Antigo Testamento, podemos econtrar um relato bem interessante sobre um caso de verdadeira necromancia ou evocação de mortos, proibida por Deus, e que, como podemos ver claramente, é bastante diferente da intercessão feita a eles mediante a oração. Além disso, nos mostra ainda que os espíritos dos mortos permanecem vivos e com plena consciência:
“Então a mulher lhe disse: ‘Eis aqui tu sabes o que Saul fez, como tem destruído da terra os adivinhos e os encantadores; por que, pois, me armas um laço à minha vida, para me fazeres morrer?’ Então Saul lhe jurou pelo Senhor, dizendo: ‘Vive o Senhor, que nenhum mal te sobrevirá por isso’. A mulher então lhe disse: ‘A quem te farei subir?’ E disse ele: ‘Faze-me subir a Samuel’. Vendo, pois, a mulher a Samuel, gritou com alta voz, e falou a Saul, dizendo: ‘Por que me tens enganado? Pois tu mesmo és Saul’. E o rei lhe disse: ‘Não temas; que é que vês?’ Então a mulher disse a Saul: ‘Vejo deuses que sobem da terra’. E lhe disse: ‘Como é a sua figura?’ E disse ela: ‘Vem subindo um homem ancião, e está envolto numa capa’. Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra, e se prostrou.
Samuel disse a Saul: ‘Por que me inquietaste, fazendo-me subir?’ Então disse Saul: ‘Mui angustiado estou, porque os filisteus guerreiam contra mim, e Deus se tem desviado de mim, e não me responde mais, nem pelo ministério dos profetas, nem por sonhos; por isso te chamei a ti, para que me faças saber o que hei de fazer’. Então disse Samuel: ‘Por que, pois, me perguntas a mim, visto que o Senhor te tem desamparado, e se tem feito teu inimigo? Porque o Senhor tem feito para contigo como pela minha boca te disse, e o Senhor tem rasgado o reino da tua mão, e o tem dado ao teu próximo, a Davi. Como tu não deste ouvidos à voz do Senhor, e não executaste o fervor da sua ira contra Amaleque, por isso o Senhor te fez hoje isto.
E o Senhor entregará também a Israel contigo na mão dos filisteus, e amanhã tu e teus filhos estareis comigo; e o arraial de Israel o Senhor entregará na mão dos filisteus’. E imediatamente Saul caiu estendido por terra, e grandemente temeu por causa daquelas palavras de Samuel; e não houve força nele; porque não tinha comido pão todo aquele dia e toda aquela noite” (1Samuel 28,9-20).
“Samuel, profeta e amado de seu Senhor, fundou a realeza e ungiu os príncipes colocados sobre o seu povo. Antes da hora de seu sono eterno, deu testemunho perante o Senhor e seu ungido (…) E depois de dormir, ainda profetizou e anunciou ao rei o seu fim: do seio da terra alçou sua voz em profecia, para apagar a iniquidade do povo” (46,13-19-20).

Por esse pecado, o castigo do rei Saul foi a morte:
“Assim morreu Saul por causa da transgressão que cometeu contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, a qual não havia guardado; e também porque buscou a adivinhadora para a consultar. E não buscou ao Senhor, que por isso o matou, e transferiu o reino a Davi, filho de Jessé” (1Crônicas 10,13-14).

A ressurreição é uma doutrina relativamente recente, já que o Antigo Testamento não a ensina. O povo de Israel chegou à concepção da ressurreição dos mortos por volta do século II a.C. O primeiro livro do Antigo Testamento que a menciona é o livro de Daniel, escrito por volta de 165 a.C.
“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” (Daniel 12,2).

Recorrer ao Antigo Testamento para conhecer a condição real dos mortos é um absurdo. O Novo Testamento é bastante claro ao afirmar que os espíritos dos mortos estão plenamente conscientes:
“Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e é agora, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão. Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo; e deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem. Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação” (João 5,25-29).
“Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito; no qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão” (1Pedro 3,18-19).
“Porque por isto foi pregado o evangelho também aos mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em espírito” (1Pedro 4,6).
“E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo: ‘Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?’ E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram” (Apocalipse 6,9-11).
“E ouvi uma voz do céu, que me dizia: ‘Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem'” (Apocalipse 14,13).

AS ORAÇÕES DOS SANTOS SOBEM AO CÉU ATÉ DEUS
“Então os sacerdotes e os levitas se levantaram e abençoaram o povo; e a sua voz foi ouvida; porque a sua oração chegou até à santa habitação de Deus, até aos céus” (2Crônicas 30,27).

ATÉ OS ANJOS INTERCEDEM POR NÓS
“Se com ele, pois, houver um Anjo, um intérprete, um entre milhares, para declarar ao homem a sua retidão, então terá misericórdia dele, e lhe dirá: ‘Livra-o, para que não desça à cova; já achei resgate'” (Jó 33,23-24).

HÁ PROVA BÍBLICA DA INTERCESSÃO DOS SANTOS FALECIDOS DIANTE DE DEUS?
“Disse-me, porém, o Senhor: ‘Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não estaria a minha alma com este povo; lança-os de diante da minha face, e saiam'” (Jeremias 15,1).
“Em seguida, apareceu do mesmo modo um homem com os cabelos todos brancos, de aparência muito venerável e nimbado por uma admirável e magnífica majestade. Então, tomando a palavra, disse-lhe Onias: ‘Eis o amigo de seus irmãos, aquele que reza muito pelo povo e pela cidade santa: Jeremias, o profeta de Deus'” (2Macabeus 15,13-14).

A BÍBLIA MOSTRA QUE É POSSÍVEL ORAR PELOS FALECIDOS
“E ele disse: ‘Dá-me o teu filho’. E ele o tomou do seu regaço, e o levou para cima, ao quarto, onde ele mesmo habitava, e o deitou em sua cama, e clamou ao Senhor, e disse: ‘Ó Senhor meu Deus, também até a esta viúva, com quem me hospedo, afligiste, matando-lhe o filho?’
Então se estendeu sobre o menino três vezes, e clamou ao Senhor, e disse: ‘Ó Senhor meu Deus, rogo-te que a alma deste menino torne a entrar nele'” (1Reis 17,19-21).
“E, chegando Eliseu àquela casa, eis que o menino jazia morto sobre a sua cama. Então entrou ele, e fechou a porta sobre eles ambos, e orou ao Senhor. E subiu à cama e deitou-se sobre o menino, e, pondo a sua boca sobre a boca dele, e os seus olhos sobre os olhos dele, e as suas mãos sobre as mãos dele, se estendeu sobre ele; e a carne do menino aqueceu. Depois desceu, e andou naquela casa de uma parte para a outra, e tornou a subir, e se estendeu sobre ele, então o menino espirrou sete vezes, e abriu os olhos. Então chamou a Geazi, e disse: ‘Chama esta sunamita’. E chamou-a, e veio a ele. E disse ele: ‘Toma o teu filho'” (2Reis 4,32-36).
“Então Noemi disse à sua nora: ‘Bendito seja ele do Senhor, que ainda não tem deixado a sua beneficência nem para com os vivos nem para com os mortos’. Disse-lhe mais Noemi: ‘Este homem é nosso parente chegado, e um dentre os nossos remidores'” (Rute 2,20).
“A graça da tua dádiva chegue a todo vivente; nem aos mortos recuses tua graça” (Eclesiástico 7,33).
“E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que traduzido se diz ‘Dorcas’. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia. E aconteceu naqueles dias que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado, a depositaram num quarto alto. E, como Lida era perto de Jope, ouvindo os discípulos que Pedro estava ali, lhe mandaram dois homens, rogando-lhe que não se demorasse em vir ter com eles. E, levantando-se Pedro, foi com eles; e quando chegou o levaram ao quarto alto, e todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e roupas que Dorcas fizera quando estava com elas. Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e, voltando-se para o corpo, disse: ‘Tabita, levanta-te’. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro, assentou-se. E ele, dando-lhe a mão, a levantou e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva” (Atos 9,36-41).