sábado, 31 de dezembro de 2016

EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


1ª Carta de S. João 2,18-21.
Meus filhos, esta é a última hora. Ouvistes dizer que há-de vir o Anticristo. Pois bem, surgiram já muitos anticristos e por isso sabemos que é a última hora.
Eles saíram do meio de nós, mas não eram dos nossos. Se fossem dos nossos, teriam ficado connosco. Assim sucedeu para ficar bem claro que nem todos eram dos nossos.
Vós, porém, tendes a unção que vem do Santo e todos possuís a ciência.
Não vos escrevo por ignorardes a verdade, mas porque a conheceis e porque nenhuma mentira provém da verdade.

Livro de Salmos 96(95),1-2.11-12.13.
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira,
cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.
Anunciai dia a dia a sua salvação,

Alegrem-se os céus, exulte a terra, ressoe o mar e tudo o que ele contém,
exultem os campos e quanto neles existe, alegrem-se as árvores das florestas.
Diante do Senhor que vem, que vem para julgar a terra. Julgará o mundo com justiça e os povos com fidelidade.



Evangelho segundo S. João 1,1-18.
No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus.
No princípio, Ele estava com Deus.
Tudo se fez por meio d'Ele e sem Ele nada foi feito.
N'Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens.
A luz brilha nas trevas e as trevas não a receberam.
Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João.
Veio como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos acreditassem por meio dele.
Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
O Verbo era a luz verdadeira, que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem.
Estava no mundo e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu.
Veio para o que era seu e os seus não O receberam.
Mas àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.
Estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.
E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós. Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade.
João dá testemunho d'Ele, exclamando: "Era deste que eu dizia: 'O que vem depois de mim passou à minha frente, porque existia antes de mim'".
Na verdade, foi da sua plenitude que todos nós recebemos graça sobre graça.
Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.
A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer.

«E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós.»

Nosso Senhor, irmãos bem-amados, nasceu hoje: regozijemo-nos! Não é permitido estarmos tristes neste dia em que nasce a vida. Este dia destrói o receio da morte e enche-nos da alegria que a promessa da eternidade dá. Ninguém ficou afastado desta alegria; um único e mesmo motivo de alegria é comum a todos. Pois Nosso Senhor, ao vir destruir o pecado e a morte [...], veio libertar todos os homens. Que o santo exulte, pois aproxima-se da vitória. Que o pecador se alegre, pois é convidado ao perdão. Que o pagão tome coragem, pois é chamado à vida. Com efeito, quando chegou a plenitude dos tempos determinada pela profundidade insondável do plano divino, o Filho de Deus desposou a nossa natureza humana para reconciliá-la com o seu Criador. [...]

O Verbo, a Palavra de Deus, que é Deus, Filho de Deus, que no princípio estava com Deus, por quem tudo se fez, e sem quem nada foi feito, tornou-Se homem para libertar o homem de uma morte eterna. Baixou-Se para assumir a nossa condição humilde sem que a sua majestade ficasse diminuída. Continuando a ser o que era e assumindo o que não era, Ele uniu a nossa condição de escravos à sua condição de igual a Deus Pai. [...] A majestade reveste-Se de humildade, a força de fraqueza, a eternidade de mortalidade: verdadeiro Deus e verdadeiro homem, na unidade de um único Senhor, «único mediador entre Deus e os homens» (1Tim 2, 5). [...]

Demos graças, portanto, irmãos bem-amados, a Deus Pai, por seu Filho, no Espírito Santo. Porque, na sua grande misericórdia e no seu amor por nós, Ele teve piedade de nós. «Quando estávamos mortos pelo pecado, Ele fez-nos tornar a viver por Cristo», querendo que sejamos nele uma nova criação, uma nova obra das suas mãos (Ef 2,4-5; 2Cor 5,17). [...] Cristão, toma consciência da tua dignidade.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68



Livro de Eclesiástico 3,2-6.12-14.
Deus quis honrar os pais nos filhos e estabeleceu sobre eles a autoridade da mãe.
O que honra o pai alcança o perdão dos pecados,
Quem honra seu pai obtém o perdão dos pecados,
e acumula um tesouro quem honra sua mãe.
Quem honra o pai encontrará alegria nos seus filhos e será atendido na sua oração.
Filho, ampara o teu pai na velhice, não o desgostes durante a sua vida;
mesmo se ele vier a perder a razão, sê indulgente, não o desprezes, tu que estás na plenitude das tuas forças.
Filho, ampara a velhice do teu pai e não o desgostes durante a sua vida.

Livro de Salmos 128(127),1-2.3.4-5.
Feliz de ti, que temes o Senhor
e andas nos seus caminhos.
Comerás do trabalho das tuas mãos,
serás feliz e tudo te correrá bem.

Tua esposa será como videira fecunda
no íntimo do teu lar;
teus filhos serão como ramos de oliveira
ao redor da tua mesa.

Assim será abençoado o homem que teme o Senhor.
De Sião te abençoe o Senhor:
vejas a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da tua vida.



Carta aos Colossenses 3,12-21.
Irmãos: Como eleitos de Deus, santos e prediletos, revesti-vos de sentimentos de misericórdia, de bondade, humildade, mansidão e paciência.
Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, se algum tiver razão de queixa contra outro. Tal como o Senhor vos perdoou, assim deveis fazer vós também.
Acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição.
Reine em vossos corações a paz de Cristo, à qual fostes chamados para formar um só corpo. E vivei em ação de graças.
Habite em vós com abundância a palavra de Cristo, para vos instruirdes e aconselhardes uns aos outros com toda a sabedoria; e com salmos, hinos e cânticos inspirados, cantai de todo o coração a Deus a vossa gratidão.
E tudo o que fizerdes, por palavras ou por obras, seja tudo em nome do Senhor Jesus, dando graças, por Ele, a Deus Pai.
Esposas, sede submissas aos vossos maridos, como convém no Senhor.
Maridos, amai as vossas esposas e não as trateis com aspereza.
Filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto agrada ao Senhor.
Pais, não exaspereis os vossos filhos, para que não caiam em desânimo.

Evangelho segundo S. Mateus 2,13-15.19-23.
Depois de os Magos partirem, o Anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: «Levanta-te, toma contigo o Menino e sua Mãe e foge para o Egipto; fica lá até que eu te diga, pois Herodes vai procurar o Menino para O matar».
José levantou-se de noite, tomou consigo o Menino e sua Mãe e partiu para o Egipto
e ficou lá até à morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor anunciara pelo profeta: «Do Egipto chamei o meu filho».
Morto Herodes, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José, no Egipto,
e disse-lhe: «Levanta-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel, porque morreram os que atentavam contra a vida do menino.»
Levantando-se, ele tomou o menino e sua mãe e voltou para a terra de Israel.
Porém, tendo ouvido dizer que Arquelau reinava na Judeia, em lugar de Herodes, seu pai, teve medo de ir para lá. Advertido em sonhos, retirou se para a região da Galileia
e foi morar numa cidade chamada Nazaré; assim se cumpriu o que foi anunciado pelos profetas: Ele será chamado Nazareno.


Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Jean Tauler (c. 1300-1361), dominicano de Estrasburgo
Sermão n.º 2, para a vigília da Epifania
«Levanta-te, [...] porque morreram os que atentavam contra a vida do Menino.»

Quando José estava no exílio com o Menino e sua Mãe, soube pelo anjo, durante o sono, que Herodes tinha morrido; mas, ao ouvir dizer que seu filho Arquelau reinava no país, continuou a ter grande receio de que o Menino fosse morto. Herodes, que perseguia o Menino e queria matá-Lo, é o mundo que, sem dúvida alguma, mata o Menino, o mundo de onde é necessário fugir para O salvar. Mas, uma vez que se fugiu exteriormente do mundo [...], eis que Arquelau se levanta e reina: há ainda todo um mundo em ti, um mundo do qual não triunfarás sem muita aplicação e sem o socorro de Deus. 

Porque tens três inimigos fortes e encarniçados a vencer em ti, e só com dificuldade triunfarás deles. Serás atacado pelo orgulho do espírito: queres ser visto, considerado, escutado. [...] O segundo inimigo é a tua própria carne, que te provoca pela impureza corporal e espiritual. [...] O terceiro inimigo é aquele que te ataca, inspirando-te a malvadez, os pensamentos amargos, as suspeitas, os julgamentos malévolos, a raiva e os desejos de vingança. [...] Queres tornar-te cada vez mais querido de Deus? Deves renunciar completamente a tais atitudes, porque tudo isso é Arquelau, o malvado. Receia e atenta, porque ele quer matar o Menino. [...]

José foi avisado pelo anjo e chamado a regressar ao país de Israel. Israel significa terra da visão; Egipto quer dizer trevas. [...] Será durante o sono, é só no verdadeiro abandono e na verdadeira passividade, que receberás o convite para sair delas, tal como aconteceu a José. [...] Podes então dirigir-te para a Galileia, que quer dizer passagem. Aí, está-se acima de todas as coisas, tudo se atravessou, e chegou-se a Nazaré, a verdadeira floração, o país onde desabrocham flores para a vida eterna, onde se encontra um verdadeiro aperitivo da vida eterna; aí está toda a segurança, a paz inexprimível, a alegria e o repouso; só aí chegam os que se abandonam, os que se submetem a Deus até que Ele os liberte, e não procuram libertar-se a si mesmos pela violência. São esses os que alcançam a paz e a floração que é Nazaré, e aí encontram o que lhes dará a alegria eterna. Que tal seja a nossa partilha comum, que a isso nos ajude o nosso Deus, que é digno de todo o amor!


EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

 1ª Carta de S. João 2,3-11.
Caríssimos: Nós sabemos que conhecemos Jesus Cristo, se guardamos os seus mandamentos.
Aquele que diz conhecê-l’O e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele.
Mas se alguém guarda a sua palavra, nesse o amor de Deus é perfeito. Nisto reconhecemos que estamos n’Ele.
Quem diz que permanece n’Ele deve também proceder como Ele procedeu.
Caríssimos, não vos escrevo um mandamento novo, mas um mandamento antigo, que recebestes desde o princípio. Este mandamento antigo é a palavra que ouvistes.
No entanto, é um mandamento novo que vos escrevo — o que é verdadeiro n’Ele e em vós—, porque as trevas estão a passar e já brilha a luz verdadeira.
Quem diz que está na luz e odeia o seu irmão ainda se encontra nas trevas.
Quem ama o seu irmão permanece na luz e não há nele ocasião de pecado.
Mas quem odeia o seu irmão encontra-se nas trevas, caminha nas trevas e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos.

Livro de Salmos 96(95),1-2a.2b-3.5b-6.
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira,
cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.

Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.

Foi o Senhor quem fez os céus:
diante d’Ele a honra e a majestade,
no seu templo o poder e o esplendor.



Evangelho segundo S. Lucas 2,22-35.
Ao chegarem os dias da purificação, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, para O apresentarem ao Senhor,
como está escrito na Lei do Senhor: "Todo o filho primogénito varão será consagrado ao Senhor",
e para oferecerem em sacrifício um par de rolas ou duas pombinhas, como se diz na Lei do Senhor.
Vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava nele.
O Espírito Santo revelara-lhe que não morreria antes de ver o Messias do Senhor;
e veio ao templo, movido pelo Espírito. Quando os pais de Jesus trouxeram o Menino para cumprirem as prescrições da Lei no que lhes dizia respeito,
Simeão recebeu-O em seus braços e bendisse a Deus, exclamando:
Agora, Senhor, segundo a vossa palavra, deixareis ir em paz o vosso servo,
porque os meus olhos viram a vossa salvação,
que pusestes ao alcance de todos os povos:
luz para se revelar às nações e glória de Israel, vosso povo.
O pai e a mãe do Menino Jesus estavam admirados com o que d'Ele se dizia.
Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: "Este Menino foi estabelecido para que muitos caiam ou se levantem em Israel e para ser sinal de contradição;
- e uma espada trespassará a tua alma - assim se revelarão os pensamentos de todos os corações".


Tradução litúrgica da Bíblia



Comentário do dia:

Santo Aelredo de Rievaulx (1110-1167), monge cisterciense
In Ypapanti Domini
«Simeão recebeu-O em seus braços»

Simeão fora ao templo, «movido pelo Espírito». E tu, se procuraste Jesus por toda a parte, quer dizer, se - como a Esposa do Cântico dos Cânticos (Ct 3,1-3) – O procuraste escondido no teu repouso, quer lendo, quer meditando, se O procuraste na cidade, interrogando os teus irmãos, falando dele, [...] se O procuraste nas ruas e nas praças, aproveitando as palavras e os exemplos dos outros, se O procuraste junto das sentinelas, escutando os que atingiram a perfeição, então também tu irás ao templo, «movido pelo Espírito», pois esse é o melhor lugar para o encontro entre o Verbo e a alma: procuramo-Lo por toda a parte, encontramo-Lo no templo. [...] «Encontrei aquele que a minha alma ama» (Ct 3,4). Procura, pois, por toda a parte, procura em tudo, procura junto de todos, passa e ultrapassa tudo para finalmente entrares na tenda, na morada de Deus, e então encontrá-Lo-ás.

Simeão fora ao templo, «movido pelo Espírito». Quando seus pais levaram o Menino Jesus, também ele O recebeu: eis o amor que prova pelo consentimento, que se prende pelo abraço, que saboreia pelo afeto. Ó irmãos, que aqui se cale a língua. [...] Aqui nada é mais desejável do que o silêncio: são os segredos do Esposo e da Esposa [...], nos quais estrangeiro algum pode tomar parte: «O meu segredo é meu, o meu segredo é meu!” (Is 24,16 Vulgata). Onde está o teu segredo, Esposa que foste a única a experimentar a doçura que se saboreia quando, num beijo espiritual, o espírito criado e o Espírito incriado vão ao encontro um do outro e se unem um ao outro, a tal ponto que são dois num só, melhor, diria eu, um só, justificante e justificado, santificado e santificante, divinizante e divinizado? [...]

Pudéssemos nós merecer dizer também o que se segue: «Agarrei-te e não mais te largarei» (Ct 3,4). Mereceu-o S. Simeão, ele que disse : «Agora, Senhor, [...] deixareis ir em paz o vosso servo». Quis que Deus o deixasse partir, liberto dos laços da carne, para apertar mais intimamente com o abraço do seu coração Jesus Cristo nosso Senhor, a quem pertence a glória e a honra pelos séculos sem fim.

PodSintonizar - Série escritos de Francisco - Bem-Vindo

Nossa Senhora

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


1ª Carta de S. João 1,5-10.2,1-2.
Caríssimos: Esta é a mensagem que ouvimos de Jesus Cristo e vos anunciamos: Deus é luz e n’Ele não há trevas.
Se dissermos que estamos em comunhão com Ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade.
Mas se caminharmos na luz, como Ele vive na luz, estamos em comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus, seu Filho, purifica-nos de todo o pecado.
Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós.
Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda a maldade.
Se dissermos que não pecamos, fazemos d’Ele um mentiroso e a sua palavra não está em nós.
Meus filhos, escrevo-vos isto, para que não pequeis. Mas se alguém pecar, nós temos Jesus Cristo, o Justo, como advogado junto do Pai.
Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro.

Livro de Salmos 124(123),2-3.4-5.7b-8.
Se o Senhor não estivesse connosco,
os homens que se levantaram contra nós
ter-nos-iam devorado vivos, no furor da sua ira.

As águas ter-nos-iam afogado,
a torrente teria passado sobre nós:
sobre nós teriam passado as águas impetuosas.

Quebrou-se a armadilha e nós ficámos livres.
A nossa proteção está no nome do Senhor,
que fez o céu e a terra.



Evangelho segundo S. Mateus 2,13-18.
Depois de os Magos partirem, o Anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: «Levanta-te, toma contigo o Menino e sua Mãe e foge para o Egipto; fica lá até que eu te diga, pois Herodes vai procurar o Menino para O matar».
José levantou-se de noite, tomou consigo o Menino e sua Mãe e partiu para o Egipto
e ficou lá até à morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor anunciara pelo profeta: «Do Egipto chamei o meu filho».
Quando Herodes percebeu que fora iludido pelos Magos, encheu-se de grande furor e mandou matar em Belém e no seu território todos os meninos de dois anos ou menos, conforme o tempo que os Magos lhe tinham indicado.
Cumpriu-se então o que o profeta Jeremias anunciara, ao dizer:
«Ouviu-se uma voz em Ramá, lamentos e gemidos sem fim: Raquel chora seus filhos e não quer ser consolada, porque eles já não existem».

«Onde está o Rei dos judeus, que acaba de nascer?» (Mt 2,2)

Herodes, o rei traidor, enganado pelos magos, envia os seus esbirros a Belém e arredores, com ordem de matarem todas as crianças com menos de dois anos. [...] Nada porém conseguiste obter, bárbaro cruel e arrogante: podes fazer mártires, mas não conseguirás encontrar a Cristo. O infeliz tirano estava convencido de que o advento do Senhor, nosso Salvador, o faria cair de seu trono real. Mas não foi assim, pois Cristo não tinha vindo usurpar a glória de outro, mas ofertar-nos a sua. Ele não tinha vindo apoderar-Se de um reino terreno, mas dar-nos o Reino dos Céus. Ele não tinha vindo roubar dignidades, mas sofrer injúrias e sevícias. Ele não tinha vindo preparar a sagrada cabeça para um diadema de pedrarias, mas para uma coroa de espinhos. Ele não tinha vindo para se instalar gloriosamente acima dos ceptros, mas para ser ultrajado e crucificado.

Ao nascimento do Senhor, «o rei Herodes perturbou-se e toda a Jerusalém com ele» (Mt 2,3). Não é de espantar que a impiedade se perturbe com o nascimento da bondade. Eis que um homem que domina exércitos se assusta diante de uma criança deitada numa manjedoura, que um rei orgulhoso treme diante do humilde, que aquele que se veste de púrpura receia um pequenino envolto em panos. [...] Fingiu querer adorar Aquele que procurava destruir (Mt 2,8). Mas a Verdade não receia as emboscadas da mentira. [...] A traição não consegue encontrar a Cristo, porque não é pela crueldade, mas pelo amor, que se deve procurar a Deus, que vive e reina pelos séculos dos séculos. Ámen.

sábado, 24 de dezembro de 2016

NATAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO - Solenidade com Oitava - Celebração da Noite


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Livro de Isaías 9,1-6.
O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; para aqueles que habitavam nas sombras da morte uma luz começou a brilhar.
Multiplicastes a sua alegria, aumentastes o seu contentamento. Rejubilam na vossa presença, como os que se alegram no tempo da colheita, como exultam os que repartem despojos.
Vós quebrastes, como no dia de Madiã, o jugo que pesava sobre o povo, o madeiro que ele tinha sobre os ombros e o bastão do opressor.
Todo o calçado ruidoso da guerra e toda a veste manchada de sangue serão lançados ao fogo e tornar-se-ão pasto das chamas.
Porque um menino nasceu para nós um filho nos foi dado. Tem o poder sobre os ombros e será chamado «Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz».
O seu poder será engrandecido numa paz sem fim, sobre o trono de David e sobre o seu reino, para o estabelecer e consolidar por meio do direito e da justiça, agora e para sempre. Assim o fará o Senhor do Universo.

Livro de Salmos 96(95),1-2a.2b-3.11-12.13.
Cantai ao Senhor um cântico novo,
cantai ao Senhor, terra inteira,
cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.

Anunciai dia a dia a sua salvação,
publicai entre as nações a sua glória,
em todos os povos as suas maravilhas.

Alegrem-se os céus, exulte a terra, ressoe o mar e tudo o que ele contém,
exultem os campos e quanto neles existe, alegrem-se as árvores das florestas.
Diante do Senhor que vem, que vem para julgar a terra. Julgará o mundo com justiça e os povos com fidelidade.


Carta a Tito 2,11-14.
Caríssimo: Manifestou-se a graça de Deus, fonte de salvação para todos os homens.
Ela nos ensina a renunciar à impiedade e aos desejos mundanos para vivermos, no tempo presente, com temperança, justiça e piedade,
aguardando a ditosa esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo,
que Se entregou por nós, para nos resgatar de toda a iniquidade e preparar para Si mesmo um povo purificado, zeloso das boas obras.

Evangelho segundo S. Lucas 2,1-14.
Naqueles dias, saiu um decreto de César Augusto, para ser recenseada toda a terra.
Este primeiro recenseamento efetuou-se quando Quirino era governador da Síria.
Todos se foram recensear, cada um à sua cidade.
José subiu também da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judeia, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e da descendência de David,
a fim de se recensear com Maria, sua esposa, que estava para ser mãe.
Enquanto ali se encontravam, chegou o dia de ela dar à luz
e teve o seu Filho primogénito. Envolveu-O em panos e deitou-O numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.
Havia naquela região uns pastores que viviam nos campos e guardavam de noite os rebanhos.
O Anjo do Senhor aproximou-se deles, e a glória do Senhor cercou-os de luz; e eles tiveram grande medo.
Disse-lhes o Anjo: «Não temais, porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo:
nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador, que é Cristo Senhor.
Isto vos servirá de sinal: encontrareis um Menino recém-nascido, envolto em panos e deitado numa manjedoura».
Imediatamente juntou-se ao Anjo uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus, dizendo:
«Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados».
«Anuncio-vos uma grande alegria para todo o povo»

«Anuncio-vos uma grande alegria». Tais são as palavras do anjo aos pastores de Belém. Repito-vo-las hoje, almas fiéis: trago-vos uma notícia que vos causará uma grande alegria. Para uns pobres exilados, condenados à morte, haverá notícia mais feliz do que a do aparecimento do seu Salvador, vindo não só para os libertar da morte, mas para lhes conceder o regresso à pátria? É precisamente isto o que eu vos anuncio: «Nasceu-vos um Salvador» [...].

Quando um monarca entra pela primeira vez numa cidade do seu reino, são-lhe rendidas as maiores honras; quantas ruas engalanadas, quantos arcos do triunfo! Prepara-te, pois, ó bem-aventurada Belém, para receberes condignamente o teu Rei. [...] Que saibas, como te diz o profeta (Miq 5,1), que de entre todas as cidades da Terra, és a mais favorecida, pois foi a ti que o Rei do Céu escolheu para lugar do seu nascimento aqui na Terra, para depois reinar não apenas na Judeia, mas nos corações dos homens, em toda a parte [...]. O que não terão dito os anjos ao verem a Mãe de Deus entrar numa gruta para aí dar à luz o Rei dos reis! Os filhos dos príncipes vêm ao mundo em aposentos cintilantes de ouro [...], rodeados pelos mais altos dignitários do reino. Ele, o Rei do Céu, quis vir nascer num estábulo frio e sem lume, tendo para Se cobrir apenas uns pobres farrapos; e, para Se deitar, apenas uma miserável manjedoira com um pouco de palha [...].

Ah! A própria consideração do nascimento de Jesus Cristo e das circunstâncias que o acompanharam deverá abrasar-nos de amor; e as smples palavras «gruta», «manjedoira», «palha», «leite», «gemidos», ao porem-nos diante dos olhos o Menino de Belém, deverão ter sobre nós o efeito de setas inflamadas ferindo-nos de amor o coração. Bendita gruta, bendita manjedoira, bendita palha! Mas muito mais benditas ainda sejam as almas que com fervor e ternura amam este Senhor tão digno de amor, almas que, ardendo de inflamada caridade, O recebem na santa comunhão. Com que ardor, com que alegria, Jesus vem descansar nas almas que verdadeiramente O amam!



sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

O nascimento de Jesus


O Nascimento de Jesus
A Graça e a Paz do Senhor!

Disse o profeta Isaías a respeito da vinda do Salvador: "O povo que caminhava em trevas viu uma grande luz; sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz. (Isaías 9:2).

"Porque um menino nos nasceu, um Filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E Ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Ele estenderá o seu domínio, e haverá paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, estabelecido e mantido com justiça e retidão, desde agora e para sempre." (Isaías 9:6,7)

Como em qualquer outra noite, naquela tudo parecia comum: o tempo, as ovelhas e os pastores. E se não fosse por um Deus que ama colocar o extraordinário na frente do comum, essa noite teria ficado de fora da História. As ovelhas teriam sido esquecidas e os pastores, caído no sono. Mas é assim que o Senhor gosta de trabalhar....e naquela noite algo extraordinário aconteceu. O céu escuro se acendeu, cheio de luz. As árvores, mergulhadas nas sombras, surgiram em meio à claridade. As ovelhas, que estavam quietas, já baliam espantadas.

De um momento para o outro, a monotonia do trabalho pastoral foi substituída pela quase inacreditável face de um anjo, cuja aparição os forçou a esfregarem os olhos e se perguntarem se não estavam sonhando. Definitivamente, aquela noite não seria mais a mesma. Os anjos vieram e cantaram os mais belos hinos que um ser humano comum poderia ouvir. O próprio Deus veio para o comum, se fez humano e nasceu entre nós.

Se sua vida parece comum, sem esperança, experimente deixar o amor de Jesus fluir através de vc. Sua vida nunca mais será a mesma, pode ter certeza disso.  (Max Lucado).

Mensagem de Natal - Abre o Coração

Musica para relaxar a mente e tranquilizar o corpo Ouça os sons que aca...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Livro de Cântico dos Cânticos 2,8-14.
Eis a voz de meu amado! Ei-lo que chega, correndo pelos montes, saltando sobre as colinas.
O meu amado é semelhante a uma gazela ou ao filhinho da corça. Ei-lo detrás do nosso muro, a olhar pela janela, a espreitar através das grades.
O meu amado ergue a voz e diz-me:
«Levanta-te, minha amada, formosa minha, e vem. Já passou o inverno, já se foram e cessaram as chuvas.
Desabrocharam as flores sobre a terra; chegou o tempo das canções e já se ouve nos nossos campos a voz da rola.
Na figueira começam a brotar os primeiros figos e a vinha em flor exala o seu perfume. Levanta-te, minha amada, formosa minha, e vem.
Minha pomba, escondida nas fendas dos rochedos, ao abrigo das encostas escarpadas, mostra-me o teu rosto, deixa-me ouvir a tua voz. A tua voz é suave e o teu rosto é encantador».

Livro de Salmos 33(32),2-3.11-12.20-21.
Louvai o Senhor com a cítara, cantai-Lhe salmos ao som da harpa.
Cantai-Lhe um cântico novo,
cantai-Lhe com arte e com alma.
O plano do Senhor permanece eternamente

e os desígnios do seu coração por todas as gerações.
Feliz a nação que tem o Senhor por seu Deus,
o povo que Ele escolheu para sua herança.
A nossa alma espera o Senhor,

Ele é o nosso amparo e protetor.
N’Ele se alegra o nosso coração,
em seu nome santo pomos a nossa confiança.



Evangelho segundo S. Lucas 1,39-45.
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direção a uma cidade de Judá.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo
e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?
Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio.
Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor».
«O Senhor fez em mim maravilhas» (Lc 1,49)

Como te amo, Maria, quando te dizes serva
do Deus que conquistaste pela tua humildade (Lc 1,38),
tornou-te omnipotente essa virtude oculta
que trouxe ao teu coração a Santíssima Trindade.
E quando o Espírito de Amor te cobriu com a sua sombra (Lc 1, 35),
o Filho, igual ao Pai, em ti encarnou.
Inúmeros serão os seus irmãos pecadores,
uma vez que Jesus é o teu primogénito (Lc 2,7)!

Ó Mãe muito amada, apesar da minha pequenez,
trago em mim, como tu, o Todo-Poderoso,
mas não tremo ao ver em mim tanta fraqueza.
Os tesouros da Mãe pertencem aos filhos,
e sendo eu tua filha, ó Mãe querida,
as tuas virtudes e o teu amor não me pertencerão também?
Quando ao meu coração chega a Hóstia santa,
Jesus, teu suave Cordeiro, crê repousar em ti!

Tu fazes-me sentir que não é impossível
seguir os teus passos, ó Rainha dos eleitos,
porque tornaste visível o trilho do Céu,
vivendo cada dia as mais humildes virtudes.
A teu lado, Maria, gosto de ser pequena
para ver como são vãs as grandezas do mundo.
Na tua visita à casa de Isabel,
aprendo a praticar uma caridade ardente.

Aí escuto arrebatada, ó doce Rainha dos anjos,
o canto sagrado que jorrou de teu peito (Lc 1,46s.);
tu ensinas-me a cantar os divinos louvores
e a gloriar-me em Jesus, meu Salvador.
Tuas palavras de amor são rosas místicas
que perfumarão os séculos vindouros.
Em ti, o Todo-Poderoso fez maravilhas,
desejo meditá-las para delas usufruir.


segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

 Livro de Juízes 13,2-7.24-25a.
Naqueles dias, vivia em Soreá um homem da tribo de Dã, chamado Manoé, cuja mulher, sendo estéril, não tinha filhos.
O Anjo do Senhor apareceu a essa mulher e disse-lhe: «És estéril e sem filhos, mas conceberás e darás à luz um filho.
Agora tem cuidado: não bebas vinho nem outra bebida alcoólica, nem comas nada impuro, porque vais conceber e dar à luz um filho.
A navalha não tocará na sua cabeça, porque o menino será consagrado a Deus desde o seio materno e começará a libertar Israel das mãos dos filisteus».
A mulher foi dizer ao marido: «Veio ter comigo um homem de Deus. Tinha o aspeto de um Anjo do Senhor, cheio de majestade. Não lhe perguntei donde vinha, nem ele me revelou o seu nome.
Mas disse-me: «Conceberás e darás à luz um filho. Agora não bebas vinho nem outra bebida alcoólica e não comas nada impuro, porque o menino será consagrado a Deus desde o seio materno até ao dia da sua morte».
A mulher deu à luz um filho e pôs-lhe o nome de Sansão. O menino cresceu e o Senhor abençoou-o.
Foi em Maané-Dan, entre Sorá e Estaol, que o espírito do SENHOR começou a agitar Sansão.

Livro de Salmos 71(70),3-4a.5-6ab.16-17.
Sede para mim um refúgio seguro,
a fortaleza da minha salvação.
Vós sois a minha defesa e o meu refúgio:
meu Deus, salvai-me do pecador.

Sois Vós, Senhor, a minha esperança,
a minha confiança desde a juventude.
Desde o nascimento Vós me sustentais,
desde o seio materno sois o meu protector.

Meu Deus, hei-de narrar os vossos feitos grandiosos,
recordarei, Senhor, a vossa justiça sem igual.
Desde a juventude Vós me ensinais
e até hoje anunciei sempre os vossos prodígios.



Evangelho segundo S. Lucas 1,5-25.
Nos dias de Herodes, rei da Judeia, vivia um sacerdote chamado Zacarias, da classe de Abias, cuja esposa era descendente de Aarão e se chamava Isabel.
Eram ambos justos aos olhos de Deus e cumpriam irrepreensivelmente todos os mandamentos e leis do Senhor.
Não tinham filhos, porque Isabel era estéril e os dois eram de idade avançada.
Quando Zacarias exercia as funções sacerdotais diante de Deus, no turno da sua classe,
coube-lhe em sorte, segundo o costume sacerdotal,entrar no Santuário do Senhor para oferecer o incenso.
Toda a assembleia do povo, durante a oblação do incenso, estava cá fora em oração.
Apareceu-lhe então o Anjo do Senhor, de pé, à direita do altar do incenso.
Ao vê-lo, Zacarias ficou perturbado e encheu-se de temor.
Mas o Anjo disse-lhe: «Não temas, Zacarias, porque a tua súplica foi atendida. Isabel, tua esposa, dar-te-á um filho, ao qual porás o nome de João.
Será para ti motivo de grande alegria e muitos hão de alegrar-se com o seu nascimento,
porque será grande aos olhos do Senhor. Não beberá vinho nem bebida alcoólica; será cheio do Espírito Santo desde o seio materno
e reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus.
Irá à frente do Senhor, com o espírito e o poder de Elias, para fazer voltar os corações dos pais a seus filhos e os rebeldes à sabedoria dos justos, a fim de preparar um povo para o Senhor».
Zacarias disse ao Anjo: «Como hei-de saber que é assim, se eu estou velho e a minha esposa de idade avançada?».
O Anjo respondeu-lhe: «Eu sou Gabriel, que assisto na presença de Deus e fui enviado para te anunciar esta boa nova.
Mas tu vais guardar silêncio, sem poder falar, até ao dia em que tudo isto aconteça, por não teres acreditado nas minhas palavras, que se cumprirão a seu tempo.
Entretanto, o povo esperava por Zacarias e admirava-se por ele se demorar no Santuário.
Quando ele saiu, não lhes podia falar e então compreenderam que tinha tido uma visão no Santuário. Ele fazia-lhes sinais e continuava mudo.
Ao terminarem os seus dias de serviço, Zacarias voltou para casa.
Algum tempo depois, Isabel, sua esposa, concebeu e permaneceu oculta durante cinco meses, dizendo:
«Assim procedeu o Senhor para comigo nos dias em que Se dignou livrar-me desta desonra diante dos homens».
«Será cheio do Espírito Santo desde o seio materno»

O nascimento de João é cheio de milagres. Um arcanjo anunciou a vinda do nosso Senhor e Salvador; também um arcanjo anuncia o nascimento de João. «Será cheio do Espírito Santo desde o seio materno». O povo não reconheceu nosso Senhor, que realizava milagres e prodígios e curava as suas doenças, mas João, ainda no seio materno, exulta de alegria à chegada da Mãe de Jesus, sem que seja possível reprimi-lo: «Desde o instante em que a tua saudação chegou aos meus ouvidos», diz Isabel, «o menino estremeceu de alegria no meu seio» (Lc 1,44). Ainda no seio de sua mãe, João tinha já recebido o Espírito Santo. [...]

A Escritura diz depois que ele «reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus». João trouxe de volta «muitos»; o Senhor não trouxe muitos, trouxe todos. Na verdade, a sua obra era trazer todo o mundo até ao Pai.

«Irá à frente do Senhor, com o espírito e o poder de Elias». [...] Tal como nos outros profetas, havia em Elias tinha poder e tinha o Espírito. [...] O Espírito que tinha repousado sobre Elias veio sobre João e nele apareceu o poder que habitava Elias. Um foi transportado ao céu (2Rs 2,11), o outro foi o precursor do Senhor e morreu antes dele, para descer à mansão dos mortos anunciar a sua vinda.


El Papa de los pobres - ACTUALIDAD COMENTADA - P. Santiago Martin (FM)

domingo, 18 de dezembro de 2016

Evangelio de Hoy (Domingo, 18 de Diciembre de 2016) | REFLEXIÓN | Red Ca...

EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Livro de Génesis 49,2.8-10.
Naqueles dias, Jacob chamou os seus filhos e disse-lhes: «Reuni-vos e escutai, filhos de Jacob. escutai Israel, vosso pai.
Judá, os teus irmãos hão de louvar-te, a tua mão pesará sobre a cabeça dos teus inimigos e os filhos de teu pai hão de inclinar-se diante de ti.
Judá, tu és um leão novo: voltaste, meu filho, com a tua presa. Ele dobra o joelho e deita-se como o leão, ou como a leoa: quem o fará levantar-se?
O cetro não se afastará de Judá, nem o bastão de comando de entre os seus pés, até que venha Aquele a quem pertence e a quem os povos hão de obedecer».

Livro de Salmos 72(71),2.3-4ab.7-8.17.
Ó Deus, dai ao rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade.

Os montes trarão a paz ao povo
e as colinas a justiça.
Ele fará justiça aos humildes
e salvará os indigentes.

Florescerá a justiça nos seus dias e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Ele dominará de um ao outro mar, do grande rio até aos confins da terra.
O seu nome será eternamente bendito e durará tanto como a luz do sol; nele serão abençoadas todas as nações, todos os povos da terra o hão-de bendizer.



Evangelho segundo S. Mateus 1,1-17.
Genealogia de Jesus Cristo, Filho de David, Filho de Abraão:
Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob; Jacob gerou Judá e seus irmãos.
Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara; Farés gerou Esrom; Esrom gerou Arão;
Arão gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon;
Salmon gerou, de Raab, Booz; Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé;
Jessé gerou o rei David. David, da mulher de Urias, gerou Salomão;
Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa;
Asa gerou Josafat; Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Ozias;
Ozias gerou Joatão; Joatão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias;
Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias;
Josias gerou Jeconias e seus irmãos, ao tempo do desterro de Babilónia.
Depois do desterro de Babilónia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel;
Zorobabel gerou Abiud; Abiud gerou Eliacim; Eliacim gerou Azor;
Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim; Aquim gerou Eliud;
Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacob;
Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.
Assim, todas estas gerações são: de Abraão a David, catorze gerações; de David ao desterro de Babilónia, catorze gerações; do desterro de Babilónia até Cristo, catorze gerações.

«Na tua posteridade serão abençoadas todas as nações da Terra» (Gn 28,14)

Em S. Mateus lemos a genealogia de Cristo, costume tradicional da Santa Igreja que tem belos e misteriosos motivos. Este texto apresenta-nos a escada que Jacob viu de noite, durante o seu sono (Gn 28,11s). Apoiado no alto dessa escada, que tocava os céus, o Senhor apareceu a Jacob e prometeu-lhe que herdaria a Terra. [...] Ora, sabemos que «a sua vinda é-nos apresentada de forma simbólica» (1Cor 10,11). Então o que prefigura essa escada, senão a linhagem da qual Jesus haveria de nascer, linhagem que o santo evangelista remontou com um sopro divino, de maneira que chegasse a Jesus passando por José? E a este José o Senhor confiou o Menino. Pela «Porta do Céu» (Gn 28,17) [...], quer dizer, pela bem-aventurada Virgem, sai Nosso senhor a chorar, feito criança por nós. [...] No seu sono, Jacob ouviu o Senhor dizer-lhe: «Na tua posteridade serão abençoadas todas as nações da Terra», e esse facto realizou-se com o nascimento de Cristo.

Era o que o evangelista tinha em vista quando, na genealogia de Jesus, inseriu Rahab, a prostituta, e Rute, a moabita; porque ele viu que Cristo não encarnou apenas para os judeus, mas também para os pagãos, Ele que Se dignou ter antepassados entre esses pagãos. Por conseguinte, vindos dos dois povos, judeu e pagão, como dos dois lados da escada, os antepassados de Cristo, colocados nos diferentes degraus, recebem o Senhor que desce do alto dos céus. E os santos anjos descem e sobem por esta escada, por onde os eleitos são primeiramente descidos, para receberem humildemente a fé na encarnação do Senhor, sendo depois elevados, a fim de contemplarem a glória da sua divindade.


EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Livro de Isaías 7,10-14.
Naqueles dias, o Senhor mandou ao rei Acaz a seguinte mensagem:
«Pede um sinal ao Senhor teu Deus, quer nas profundezas do abismo, quer lá em cima nas alturas».
Acaz respondeu: «Não pedirei, não porei o Senhor à prova».
Então Isaías disse: «Escutai, casa de David: Não vos basta que andeis a molestar os homens, para quererdes também molestar o meu Deus?
Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: a virgem conceberá e dará à luz um filho, e o seu nome será Emanuel».

Livro de Salmos 24(23),1-2.3-4ab.5-6.
Do Senhor é a terra e o que nela existe,
o mundo e quantos nele habitam.
Ele a fundou sobre os mares
e a consolidou sobre as águas.

Quem poderá subir à montanha do Senhor?
Quem habitará no seu santuário?
O que tem as mãos inocentes e o coração puro,
que não invocou o seu nome em vão nem jurou falso.

Este será abençoado pelo Senhor
e recompensado por Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram,
que procuram a face do Deus de Jacob.



Carta aos Romanos 1,1-7.
Paulo, servo de Jesus Cristo, apóstolo por chamamento divino, escolhido para o Evangelho
que Deus tinha de antemão prometido pelos profetas nas Sagradas Escrituras,
acerca de seu Filho, nascido, segundo a carne, da descendência de David,
mas, segundo o Espírito que santifica, constituído Filho de Deus em todo o seu poder pela sua ressurreição de entre os mortos: Ele é Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Por Ele recebemos a graça e a missão de apóstolo, a fim de levarmos todos os gentios a obedecerem à fé, para honra do seu nome,
dos quais fazeis parte também vós, chamados por Jesus Cristo.
A todos os que habitam em Roma, amados por Deus e chamados a serem santos, a graça e a paz de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.

Evangelho segundo S. Mateus 1,18-24.
O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo.
Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo.
Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, que lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo.
Ela dará à luz um Filho, e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados».
Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor anunciara por meio do Profeta, que diz:
«A Virgem conceberá e dará à luz um Filho, que será chamado ‘Emanuel’, que quer dizer ‘Deus connosco’».
Quando despertou do sono, José fez como o Anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua esposa.

«José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa»

As razões e os motivos pelos quais S. José é especialmente patrono da Igreja e que fazem com que, em troca, a Igreja espere muito da sua proteção e do seu patrocínio, são que José foi o esposo de Maria e foi considerado o pai de Jesus Cristo. Daí a sua dignidade, o seu favor, a sua santidade, a sua glória. É certo que a dignidade da Mãe de Deus é tal, que nada pode ser criado acima dela. Todavia, como José esteve unido à bem-aventurada Virgem através do laço conjugal, não se pode duvidar de que se tenha aproximado mais do que ninguém dessa dignidade supereminente pela qual a Mãe de Deus ultrapassa em muito todas as naturezas criadas. Com efeito, o matrimónio é a relação pessoal e a união mais íntima de todas; ele pressupõe, pela sua própria natureza, uma comunidade de bens entre os cônjuges. Por isso, ao dar-lhe José como esposo, Deus deu à Virgem, não apenas um companheiro para a vida, uma testemunha da sua virgindade e um guardião da sua honra, mas também, em virtude do próprio pacto conjugal, um participante na sua dignidade sublime.

De maneira semelhante, José brilha entre todos pela sua enorme dignidade, porque foi, por vontade divina, o guardião do Filho de Deus, considerado seu pai pelos homens. Donde resultava que o Verbo de Deus estava humildemente submetido a José, lhe obedecia, e cumpria todos os deveres que as crianças devem cumprir com seus pais.

Desta dupla dignidade decorriam naturalmente os encargos que a natureza impõe aos pais de família, de tal maneira que José era o guardião, o administrador e o defensor legítimo e natural daquela família divina da qual era o chefe. [...] Ora, a divina família que José governava com autoridade de pai continha as primícias da Igreja nascente. [...] São estas as razões pelas quais o bem-aventurado Patriarca considera que lhe está particularmente confiada a multidão dos crentes que constitui a Igreja.


Domingo, dia 18 de Dezembro de 2016 – Evangelho segundo São Mateus 1,18-24.

Domingo, dia 18 de Dezembro de 2016 – Evangelho segundo São Mateus 1,18-24.: O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo: Maria, sua Mãe, noiva de José, antes de terem vivido em comum, encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo. Mas José, seu esposo, que era justo e não queria difamá-la, resolveu repudiá-la em segredo. Tinha ele assim pensado, quando lhe apareceu num sonho o Anjo do Senhor, …

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

 Livro de Isaías 56,1-3a.6-8.
Eis o que diz o Senhor: «Respeitai o direito, praticai a justiça, porque a minha salvação está perto e a minha justiça não tardará a manifestar-se.
Feliz o homem que assim procede, o filho do homem que nisto se firma, guardando o sábado, sem o profanar, e abstendo-se de todo o mal.
Não diga o estrangeiro que aderiu ao Senhor: ‘O Senhor vai excluir-me do seu povo’.
Quanto aos estrangeiros que aderiram ao Senhor para O servirem, para amarem o seu nome e serem seus servos, se guardarem o sábado, sem o profanarem, e forem fiéis à minha aliança,
hei-de conduzi-los ao meu santo monte, hei-de enchê-los de alegria na minha casa de oração. Os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceites no meu altar, porque a minha casa será chamada ‘Casa de oração para todos os povos’».
Assim fala o Senhor Deus, que reúne os dispersos de Israel: «Reunirei ainda outros àqueles que já foram reunidos».

Livro de Salmos 67(66),2-3.5.7-8.
Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção, resplandeça sobre nós a luz do seu rosto.
Na terra se conhecerão os vossos caminhos
e entre os povos a vossa salvação.
Alegrem-se e exultem as nações,

porque julgais os povos com justiça
e governais as nações sobre a terra.
A terra produziu os seus frutos,
o Senhor nosso Deus nos abençoa.

Deus nos dê a sua bênção,
e chegue o seu louvor aos confins da terra.


Evangelho segundo S. João 5,33-36.
Naquele tempo, disse Jesus aos judeus: Vós mandastes emissários a João Batista e ele deu testemunho da verdade.
Não é de um homem que Eu recebo testemunho, mas digo-vos isto para que sejais salvos.
João era uma lâmpada que ardia e brilhava e vós, por um momento, quisestes alegrar-vos com a sua luz.
Mas Eu tenho um testemunho maior que o de João, pois as obras que o Pai Me deu para consumar — as obras que Eu realizo— dão testemunho de que o Pai Me enviou».

«João era uma lâmpada»

Por vontade de Deus, o homem enviado para dar testemunho de Cristo é tão grande em graça. que poderia ser tomado pelo próprio Cristo. Com efeito, «entre os filhos de mulher», afirma Jesus, «não surgiu nenhum maior que João Batista» (Mt 11,11). Se não há entre os homens quem seja maior do que este homem, Aquele que o ultrapassa é mais do que um homem. Grande testemunho que Cristo dá de Si mesmo! Porém, a olhos doentes e enfermos, dificilmente o dia dá testemunho de si; os olhos doentes põem-no em dúvida, apenas suportam a luz de uma lâmpada. E aqui está o motivo por que, antes de aparecer, o dia se fez preceder de uma lâmpada; e essa luz enviada aos corações fiéis confundirá os corações infiéis.

«Preparei uma lâmpada para o meu Cristo» diz David, o rei-profeta, no salmo (131,17). É Deus que fala pela sua boca: preparei João para ser o arauto do Salvador, o precursor do Juiz que há de vir, o amigo do Esposo aguardado. «Preparei uma lâmpada para o meu Cristo.»



quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Livro de Isaías 45,6b-8.18.21b-25.
«Eu sou o Senhor e não há outro.
Formo a luz e crio as trevas, dou a felicidade e crio a desgraça. Sou Eu, o Senhor, que faço tudo isto.
Derramai, ó céus, o orvalho lá do alto e as nuvens chovam a justiça; abra-se a terra e germine a salvação e com ela floresça a justiça. Sou Eu, o Senhor, que o realizo».
Assim fala o Senhor, que criou os céus, o Deus que formou a terra e a consolida, que não a criou para ficar deserta, mas a formou para ser habitada: «Eu sou o Senhor e não há outro». Quem anunciou tudo isto no passado? Quem o predisse há tanto tempo?
Não fui Eu, o Senhor? Não há outro Deus além de Mim; Eu sou o Deus justo e salvador e não há outro.
Voltai-vos para Mim e sereis salvos, todos os confins da terra, porque Eu sou Deus e não há outro.
Juro pelo meu nome, é justo o que sai da minha boca, a minha palavra é irrevogável: Diante de Mim se hão de dobrar todos os joelhos, em meu nome hão de jurar todas as línguas,
dizendo: ‘Só no Senhor está a justiça e a fortaleza’». Hão de vir, cobertos de vergonha, à sua presença. todos os que se levantaram contra Ele.
No Senhor terá salvação e glória toda a descendência de Israel.

Livro de Salmos 85(84),9ab-10.11-12.13-14.
Escutemos o que diz o Senhor:
Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis.
A sua salvação está perto dos que O temem
e a sua glória habitará na nossa terra.

Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra
e a justiça descerá do Céu.

O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos.



Evangelho segundo S. Lucas 7,19-23.
Naquele tempo, João Baptista chamou dois dos seus discípulos e enviou-os ao Senhor com esta mensagem: «És Tu Aquele que havia de vir ou devemos esperar outro?»
Ao chegarem junto de Jesus, os homens disseram-Lhe: «João Baptista mandou-nos perguntar-Te: ‘És Tu Aquele que havia de vir ou devemos esperar outro?’»
Nessa altura Jesus curou muitas pessoas, de doenças, padecimentos e espíritos malignos, e deu a vista a muitos cegos.
Então respondeu-lhes: «Ide contar a João o que vistes e ouvistes: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos pobres é anunciado o Evangelho;
e feliz daquele que não encontrar em Mim ocasião de queda».

«Os coxos andam»

«Outrora, éramos insensatos, desobedientes, transviados, escravos de toda a sorte de paixões e prazeres, vivendo na malícia e na inveja, dignos de ódio e odiando-nos uns aos outros», escreve o apóstolo Paulo. «Mas, quando a bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor pelos homens se manifestou, Ele salvou-nos […] por misericórdia» (Tit 3,3-5). Vede a força do «cântico novo» (Sl 149,1) do Verbo de Deus: das pedras Ele fez homens (Mt 3,9); transformou em homens civilizados os que se comportavam como feras selvagens; e os que estavam mortos, não participando da vida real e verdadeira, quando ouviram este cântico, voltaram à vida.

Ele ordenou todas as coisas com medida, […] para fazer do mundo inteiro uma sinfonia. […] Este descendente do músico David que existia antes de David, o Verbo de Deus, abandonando a harpa e a cítara (Sl 57,9), instrumentos sem alma, ordenou pelo Espírito Santo todo o universo, e muito em especial o resumo do mundo que é o homem, o seu corpo e a sua alma. Ele toca este instrumento de mil vozes para celebrar o nome de Deus, e canta em harmonia com este instrumento humano. […] O Senhor, enviando o seu sopro a este belo instrumento que é o homem (Gn 2,7), fê-lo à sua imagem; mas Ele é também um instrumento de Deus, harmonioso e santo, Sabedoria para além deste mundo e Palavra do alto. Que quer pois este instrumento, o Verbo de Deus, o Senhor, e o seu cântico novo? Quer abrir os olhos aos cegos e os ouvidos aos surdos, conduzir os estropiados e os errantes à justiça, mostrar Deus aos homens insensatos, deter a corrupção, vencer a morte, reconciliar com o Pai os filhos desobedientes. […]

Não penseis que este cântico salvador é novo como um móvel ou uma casa são novos; porque ele era «antes da aurora» (Sl 109,3), e «no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus» (Jo 1,1).

O HOMEM (JESUS CRISTO) legendado - Roberto Carlos / Erasmo Carlos.avi

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Os sentidos da percepção Musica para ouvir e relaxar

Parasitoses Físicas


Embora o júbilo que a todos nos dominava, após as excelentes experiências de que participamos na clínica psiquiátrica, mantivemos silencio e reflexão, durante o transcurso da jornada em direção do nosso campo de repouso, em face da quantidade de material para pensar.

A alienação mental, sob qualquer aspecto considerada, não deixa de ser áspera provação necessária ao restabelecimento da paz no Espírito rebelde. A perda do raciocínio e a incapacidade de exercer o autocontrole geram no individuo situações calamitosas, desagradáveis, infelizes.


Se as pessoas saudáveis se permitissem visitar, periodicamente que fossem, alguma clínica psiquiátrica ou mesmo outras encarregadas de atender portadores de enfermidades degenerativas como Parkinson, Alzheimer, câncer, hanseníase, é muito provável que se dessem conta da vulnerabilidade do corpo físico e dos seus processos de desorganização, optando por diferente conduta mental e moral.


Compreenderiam de visu (de fato) que os males atormentadores procedem do Espírito, podendo ser evitados com muita facilidade, em cujo labor seriam aplicados todos os recursos que se multiplicariam em benesses compensadoras.

Ilhadas, porém, nas sensações mais imediatas, nem todas se encontram despertas para entender os reais objetivos da existência humana, optando pelo gozo incessante em vez da busca superior da felicidade.

Esse processo inevitável de conscientização acontecerá, sem dúvida, e para que logo chegue, todos devemos contribuir com os nossos melhores recursos, diminuindo as consequências lamentáveis da imprevidência moral e dos seus desregramentos que desbordam nos conflitos individuais e sociais.

Quando chegamos ao núcleo de renovação de forças, a noite havia descido sem preâmbulos, abençoada pelos ventos brandos que vinham do mar, carregados de energia balsâmica e restauradora.

O nosso orientador afastou-se por breve tempo, entrando em contato com outros responsáveis por diferentes grupos que confabulavam sobre as atividades desenvolvidas. Podia-se sentir-lhes a alegria resultante dos deveres nobremente cumpridos e das expectativas felizes em relação ao futuro.

Preferi mergulhar em profundas reflexões, acercando-me do oceano rico de mensagens de vida complexa, quase infinita, nas suas manifestações. Não podia deixar de considerar a grandiosidade da revelação espírita, que enseja ao ser humano, na Terra, o conhecimento da realidade transcendente da vida, oferecendo-lhe seguras diretrizes para a conquista da harmonia e da plenitude.

Considerei, intimamente, a sabedoria divina que não tem pressa, deixando-se desvelar, à mediada que o ser adquire discernimento e responsabilidade para apreender o significado dessa dimensão incomum e seguir conscientemente, conquistando mais espaço mental e edificação moral.

Um misto de felicidade e nostalgia invadiu-me, estimulando-me a narrar aos companheiros da vilegiatura carnal as realizações do mundo além da estrutura física, de forma que adquiram mais lucidez em torno da imortalidade, preparando-se para os cometimentos que virão iniludivelmente.

Busquei, então, fixar mais os detalhes das conversações e das lições que nos eram ministradas, de forma que possam contribuir para o esclarecimento dos mais interessados na libertação dos vínculos retentores com a retaguarda do progresso espiritual.

Nesse ínterim, Germano acercou-se me, e dialogamos em torno das ocorrências vivenciadas na clínica psiquiátrica, bem como a respeito dos processos de degenerescência mental, dos transtornos obsessivos perversos, agradecendo a Deus a ímpar felicidade que desfrutávamos por haver conhecido e adotado os ensinamentos espíritas que nos libertaram da ignorância.

O amigo Germano, que fora médico, consoante já referido, era hábil trabalhador espiritual, dedicado ao socorro a portadores de obsessões fisiológicas, aqueles que sofrem a impertinência do ódio dos adversários introjetado no organismo somático.

Ele informou-me como a incidência da mente cruel sobre os delicados tecidos orgânicos termina por afetá-los, desorganizando a mitose celular, produzindo distúrbios funcionais, qual ocorre nos aparelhos digestivo, cardiovascular e abrindo campo no sistema imunológico para a instalação das doenças.

No início do processo (disse-me, bondoso) a enfermidade é mais psíquica do que física, isto é, as sensações são absorvidas diretamente do Espírito doente, perispírito a perispírito, impregnando o corpo hospedeiro da parasitose até este incorporar a energia deletéria que o desgasta no campo vibratório, atingindo, a breve prazo, a organização fisiológica.

O número de portadores de doenças orgânicas simulacro, conforme as denominamos, cuja procedência é obsessiva, não tem sido anotado, sendo muito maior do que pode parecer. Invariavelmente os cultores do intercâmbio espiritual e espiritistas, quase em geral, reportam-se às influências obsessivas de natureza mental e comportamental.

O organismo físico, no entanto, é caixa de ressonância do que ocorre nos corpos espiritual e perispiritual. Da forma como sucede com a obsessão de natureza psíquica, quando prolongada, que termina por degenerar os neurônios, dando lugar à loucura convencional, o fenômeno orgânico obedece aos mesmos critérios. O que é válido numa área, também o é noutra.

Indispensável que seja mantida muita atenção diante de afecções e infecções orgânicas, examinando-lhes a procedência no campo vibratório, no qual, não raro, encontramos mentes interessadas em desforços, muitas vezes, ignorando a operação destrutiva que vem realizando nos tecidos.

Como sabemos, nem todo Espírito vingador conhece as técnicas de perseguição, mantendo-se imantado ao seu antigo desafeto, em face da Lei de afinidade vibratória, isto é, graças à semelhança de sentimentos e de moralidade, o que faculta a plena interação de um com o outro e intercâmbio de emoções de um no outro.

Com as cargas mentais e emocionais transmitidas, mesmo que as desconhecendo, são constituídas de campos de ressentimentos e de vingança, essa contínua onda vibratória nociva é assimilada pelo ser energético, que passa a mesclá-la com as suas próprias, gerando desconforto e disfunções nos equipamentos que sustenta.

Iniciando-se a desconectação do fluxo de energia emitida pelo Espírito encarnado, em face da intromissão daquelas morbosas, as defesas imunológicas diminuem, abrindo campo para a instalação de invasores microbianos degenerativos. As doenças aparecerão logo depois.

Toda terapia antibactericida, portanto, que objetive apenas os efeitos dessa ocorrência, irá combater somente os invasores microbianos, não reequilibrando o campo organizador biológico, cuja sede é o perispírito, que se encontra afetado pelo agente espiritual desencarnado.

Nunca será demasiado repetir que, em qualquer processo de enfermidade e disfunção fisiológica ou psicológica do ser humano, o doente é o Espírito convidado à reparação dos erros cometidos, responsáveis que são pelas tormentas orgânicas de que o mesmo se torna vítima.

Ele calou-se por um pouco e eu considerei: Embora não me fosse desconhecida a ocorrência, esse tipo de obsessão fisiológica, não poderia imaginar que apresentasse uma estatística tão expressiva conforme o amigo me relata.

O irmão Miranda sabe que os elementos constitutivos do perispírito são de energia muito específica, ainda não havendo sido classificada pelos estudiosos da física quântica.

Pensam muitos especialistas de nosso plano que ele seria constituído por átomos muito sutis ionizados ou por partículas semelhantes aos neutrinos ainda mais tênues e velozes do que aqueles que foram detectados nos formidandos laboratórios terrestres, nada obstante, prefiro, a definição do preclaro codificador, quando se refere a um envoltório semimaterial, portanto, em termos muito simples, resultado de uma energia semimaterial, de um campo específico.

A sua irradiação contínua impregna a organização física dos seus conteúdos, que são resultantes dos atos que procedem do ser pensante, o Espírito imortal. Essa maravilhosa estrutura energética pode ser penetrada por outras, dependendo dos valores morais do ser espiritual que a acolhe, de acordo com a afinidade de constituição.

Quando é superior, torna-se mais vibrante e resistente, gerando valores positivos no organismo; sendo de procedência inferior, termina por tornar-se cediça e frágil, apresentando lesões que se refletem como distúrbio equivalente no mundo das formas. Forma energética do corpo somático, tudo aquilo que lhe ocorre na organização, será refletido na forma.

Eis por que, toda e qualquer terapêutica direcionada a doenças deve sempre considerar o ser humano total, não apenas como o corpo ou como o corpo e a mente (Espírito) mas como Espírito, perispírito e corpo. Quando isso ocorrer, e não estão longe os dias da sua aceitação, o binômio saúde-doença estará recebendo muito melhor contribuição do que aquela que lhe tem sido direcionada até estes dias.

Compreendo, a realidade do enfoque apresentado pelo caro amigo, porque muitos cancerologistas, cardiologistas e outros profissionais da saúde de ambos os planos da vida, são unânimes em afirmar que transtornos psicológicos, raiva e ressentimentos, ciúme e inveja, isto é, todos esses fatores de perturbação emocional, refletem-se na área da saúde, dando surgimento a patologias graves, como algumas das que dizem respeito às suas especialidades.

Por outro lado, verificamos amiúde, os casos de problemas orgânicos derivados dos conflitos, particularmente, dos aparelhos digestivo e cardíaco, por somatização. Se a mente pessoal gera esses fenômenos perturbadores, sob ação de outras mentes mais vigorosas, ainda sob a cruz dos conflitos originados na conduta extravagante do passado, é claro que os efeitos danosos são muito mais fortes, favorecendo o surgimento de doenças mais graves, produzidas pelos agentes microbianos de destruição dos tecidos.

Em assim sendo, qual a melhor terapia para se aplicada? Indiscutivelmente, a do Evangelho, isto é, a da transformação moral do paciente, que é a sua parte fundamental, e a nossa contribuição em relação a ele, a fuidoterápica, a fim de afastar o agente desencadeador do problema, a sua conveniente doutrinação, a compaixão e misericórdia para com ele, sem nenhuma diferença daquela que seria aplicada nos transtornos obsessivos mentais e comportamentais.

Pelo pensamento, cada um de nós elege a companhia espiritual que melhor nos apraz. Na larga experiência de lidar com obsessos físicos, tenho aprendido que é a mente o grande agente fomentador de vida, como de destruição dos seus elementos constitutivos. Afinal, o que criou e rege o universo é a mente divina, na qual tudo se encontra imerso.

A mente humana, nos seus limites, produz a constelação de ocorrências próximas à sua fonte emissora de energia, sempre em sintonia com a qualidade de vibrações exteriorizadas. Pensar bem, portanto, já não tem sentido apenas ético ou religioso, mas uma abrangência muito maior que é o psicoterapêutico preventivo e curador.

Sorrimos, jovialmente, e levantamo-nos, seguindo em direção à sala onde receberíamos as instruções para o próximo labor. Eu me sentia edificado e feliz

Compilado do livro: Entre os dois Mundos
Autor: Manoel P. de Miranda (espírito) e Divaldo P. Franco