Fonte: https://www.facebook.com/jesus.mondragon.180
Tradução: Carlos Martins Nabeto
– Alguns protestantes e grupos sectários comos os Testemunhas de Jeová confundem o batismo de João Batista com o Batismo cristão.
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Certos grupos de “cristãos evangélicos” e seitas como as Testemunhas de Jeová não aceitam o Batismo por infusão porque afirmam que é antibíblico e que o único significado válido da palavra “baptizo” é “imersão, mergulho”. Muitas dessas denominações ensinam ainda que o Batismo é apenas um símbolo de dedicação a Deus e que não limpa nem perdoa os pecados. Como os católicos podem responder a isso?
Ao fazer tais afirmações, os autodenominados cristãos apenas repetem o ensino de seus pastores, demonstrando assim sua total ignorância sobre o idioma grego e a Sagrada Escritura.
Para os protestantes, parece que o mais importante é a água e o requisito indispensável é que o batismo seja feito por imersão. O que ocorre é que eles confundem o batismo de João com o Batismo cristão, sendo que o próprio João Batista explicou que o seu batismo era diferente do de Jesus Cristo:
“E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas Aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; Ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo” (Mateus 3,11).
João deixou bem claro que o seu batismo era na água e que o Batismo de Jesus seria no Espírito Santo e fogo. Observemos que ainda que João não mencione a água para o Batismo cristão, é ela, no entanto, indispensável como matéria, pois a água simboliza o Espírito Santo:
“Jesus respondeu: ‘Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus'” (João 3,5).
“‘Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre’. E isto disse Ele do Espírito que haviam de receber os que Nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado” (João 7,38-39).
Por essa razão, ainda que Cornélio e todos os que estavam com ele tivessem sido batizado por Deus no Espírito Santo, São Pedro ordenou que fossem batizados na água, como matéria, para complementar o Batismo cristão:
“E, dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios, porque os ouviam falar línguas, e magnificar a Deus. Respondeu, então, Pedro: ‘Pode alguém porventura recusar a água, para que não sejam batizados estes, que também receberam como nós o Espírito Santo?'” (Atos 10,44-47).
Jesus Cristo recebeu o batismo de João, não o Batismo cristão. De fato, foi ao sair da água que recebeu o Espírito Santo:
“E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele” (Mateus 3,16).
É evidente a diferença entre o batismo de João e o Batismo de Jesus. Vejamos:
“Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (Atos 1,5).
QUANDO E COMO FORAM BATIZADOS OS APÓSTOLOS?
“E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que, disse ele, ‘de mim ouvistes, porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias'” (Atos 1,4-5).
“E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar. E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (Atos 2,1-4).
É bem sabido, tanto por católicos quanto por protestantes, que eles estavam reunidos no 2º andar (cf. Atos 1,13-14): e aí não havia nenhuma só gota de água! Não ao menos para serem mergulhados. Os Apóstolos foram batizados no Espírito Santo e fogo!
“BATISMO” NÃO SIGNIFICA APENAS “MERGULHO”
Basta o seguinte texto como exemplo, para demonstrar que a palavra grega “baptizo” (“batismo”, em português) também significa “lavar” e não apenas “mergulhar”. Um fariseu convida Jesus para cear e:
“Mas o fariseu admirou-se, vendo que [Jesus] não se lavara antes de jantar” (Lucas 11.38).
Eis o que diz a versão interlinear grego-português:
Lucas 11,38: ο→O; δε→porém; φαρισαιος→fariseu; ιδων→viu/vendo/tendo visto; εθαυµασεν→se admirou; οτι→porque; ου→não; πρωτον→primeiro; εβαπτισθη→foi batizado/lavou (suas mãos); προ→antes; του→da; αριστου→comida.
A palavra usada para “lavar” ou abluções é o grego “baptizo”.
É o Batismo de Jesus Cristo – e não o de João – que nos concede o Espírito Santo. Ademais, Jesus instituiu seu Batismo quando ascendeu ao Céu:
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28,19).
SEGUNDO ALGUNS, O BATISMO NÃO PERDOA OS PECADOS?
“E disse-lhes Pedro: ‘Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo'” (Atos 2,38)
COMO BATIZAVAM OS PRIMEIROS CRISTÃOS?
A “Didaqué”, cujo título completo é “O Ensinamento dos Doze Apóstolos”, foi o primeiro Catecismo da Igreja Católico e é, de fato, mais antigo que boa parte dos livros do Novo Testamento: foi escrito entre os anos 40 e 70 d.C.. Este [Catecismo] nos diz:
“Quanto ao Batismo, este é o modo de batizar: tendo previamente dito tudo isto, batizai em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, em água viva. Se não tiverdes água viva, batizai em outra água. Se não puderdes em [água] fria, [batiza] em [água] quente. Se, no entanto, não tiverdes nem uma nem outra, derramai água sobre a cabeça [do batizando] três vezes, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Didaqué 7,1-3).
É VÁLIDO O BATISMO DOS PROTESTANTES E DOS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ?
O batismo dos protestantes, sobretudo o das igrejas históricas é válido e reconhecido pela Igreja Católica sempre e quando for realizado em nome da Santíssima Trindade. Para as seitas cristãs evangélicas que realizam o batismo apenas no nome do Senhor Jesus, seu batismo não é válido. Os Testemunhas de Jeová não creem que o Batismo salva, nem limpa os pecados, nem creem na Santíssima Trindade: logo, seu batismo é inválido. Na verdade, eles já nem o chamam de “batismo”, mas de “símbolo”, porque para eles é apenas um mero “símbolo de dedicação a Jeová”.
Com efeito, à luz da Bíblia e da evidência histórica:
Muitos protestantes confundem o Batismo cristão com o batismo de João;
O batismo de muitos protestante, embora bíblico, não corresponde ao Batismo cristão;
O Batismo dos protestantes é válido sempre e quando for realizado em nome da Santíssima Trindade;
O Batismo cristão perfeito, no Espírito Santo e água, é aquele praticado desde sempre pela Santa Igreja Católica.
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