SALVE DEUS! FAÇAM O FAVOR DE SEREM FELIZES. COMAM E BEBAM; A MESA ESTÁ POSTA! SALVE DEUS
segunda-feira, 25 de maio de 2020
O que Jesus fez enquanto estava morto?
Desceu aos infernos!
Autor: Jesús Mondragón
Fonte: Católico, Defiende tu Fe (http://www.catolicodefiendetufe.org/)
Tradução: Carlos Martins Nabeto
Antes que Jesus Cristo aparecesse em cena neste mundo, as almas de todos os falecidos, bons ou maus, iam para o mesmo “lugar”. “Lugar” não no sentido unívoco, mas mais análogo, já que um espírito não possui corpo, não é matéria, e portanto não precisa de um lugar propriamente dito. Assim, é mais adequado dizer que as almas dos falecidos se encontram neste ou naquele “estado” ou “situação”, que no Antigo Testamento era chamado “Sheol” (em hebraico) e, no Novo Testamento, “Hades” (em grego) ou, ainda, como “regiões inferiores” [ou “abismos”], que algumas Bíblias traduzem como “Infernos”:
“Os ímpios serão lançados no Sheol, e todas as nações que se esquecem de Deus” (Salmos 9,17).
“Quem dera que me escondesses no Sheol, e me ocultasses até que a tua ira se fosse; e me pusesses um limite, e te lembrasses de mim!” (Jó 14,13).
Como dissemos, ao morrerem, tanto os bons quantos os maus iam para o Sheol, já que o céu não estava aberto para ninguém:
“Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu” (João 3,13).
Ainda que no Sheol se encontrassem tantos os bons quanto os maus, não estavam juntos, nem tinham a mesma “sorte”. O Sheol era dividido em duas partes: uma para os justos (chamada “o seio de Abraão”) e outra onde os maus já eram desde logo atormentados (chamada “Geena” ou “Geena de Fogo”), afastados da presença de Deus e dos justos:
“O Sheol, o seio estéril; a terra que não se farta de água; e o fogo, nunca dizem: ‘Basta!'” (Provérbios 30,16).
“E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para a Geena, para o fogo que nunca se apaga” (Marcos 9,43).
“E, se o teu olho te escandalizar, arranca-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado na na Geena de fogo” (Mateus 18,9).
A separação que havia no Sheol ou Hades, entre os justos e os pecadores, nos é apresetada por Jesus Cristo na história do rico e Lázaro, que a maioria das pessoas chamam incorretamente de “parábola”. Dizemos “incorretamente” porque as parábolas na Bíblia sempre são anunciadas como tais, isto é, “parábolas”. Porém, a história de Lázaro nunca é apresentada como parábola; ademais, é a única em que seus personagens possuem nome próprio:
“Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele; e desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas. E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. E no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: ‘Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama’. Disse, porém, Abraão: ‘Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os daí passar para cá’. E disse ele: ‘Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento’. Disse-lhe Abraão: ‘Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos’. E disse ele: ‘Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam’. Porém, Abraão lhe disse: ‘Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite'” (Lucas 16,19-31).
A DESCIDA DE JESUS AOS INFERNOS
Jesus Cristo veio ao mundo para salvar todos os justos que vieram antes e depois Dele. Por isso, antes de morrer, Jesus anunciou que o Evangelho seria pregado também aos mortos:
“Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora – e é agora -, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão. Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo; e deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem. Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação” (João 5,25-29).
De modo que, ao morrer Jesus Cristo, seu espírito desceu aos “infernos” (Sheol ou Hades), para anunciar a salvação para os Santos do Antigo Testamento, como Adão, Eva, Moisés, os Santos Profetas e até mesmo João Batista:
“Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado no espírito; no qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão” (1Pedro 3,18-19).
“Porque por isto foi pregado o evangelho também aos mortos, para que, na verdade, fossem julgados segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em espírito” (1Pedro 4,6).
“Porque foi para isto que morreu Cristo, e ressurgiu, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos” (Romanos 14,9).
Com a ressurreição de Cristo, todos os Santos do Antigo Testamento que se encontravam no Sheol, no seio de Abraão, foram levados para o Céu. Ele chegou ali para libertar todos e cada um dos servos fiéis de Deus e as pessoas que procuraram sincera e verdadeiramente a verdade e que ali aguardavam desde o início da História humana. Ele foi resgatá-los e libertar suas almas, para que pudessem ingressar com Ele no Céu.
“E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados. E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos” (Mateus 27,52-53).
Jesus não foi libertar os injustos que se encontravam na Geena, condenados desde logo. O Sheol deixou de existir, exceto a Geena, que passou a ser aquilo que chamamos hoje de “Inferno”, onde se encontram os réprobos que rejeitaram a Deus. Daí ninguém sai.
– “Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e nos abismos” (Filipenses 2,10
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário