terça-feira, 25 de agosto de 2015

Violência e egoismo.


Devemos, como seres racionais que somos, refletir mais sobre nossas crenças e ideologias, nas palavras ditas e nas nossas ações.
Com isso estaremos mais aptos a darmos exemplos construtivos e inclusivos, pautados, não mais na violência, mas sim no amor.
Vamos beber dessa fonte!


A história de Ben, contada nas duas crônicas anteriores, me levou a refletir a acerca da violência, do egoísmo, e do papel de alguns mitos nas nossas vidas.

Especialmente na mente dos jovens, durante o processo de autoafirmação da adolescência ou infância tardia, o terreno encontra-se muito fértil para investidas daninhas. Não foi apenas num passado distante que pessoas, principalmente homens e jovens, eram recrutadas como combatentes, sob os mais diversos pretextos, com um fundo ideológico justificável ou absolutamente cruel e improdutivo evolutivamente. Deve haver outras formas de construir civilizações, e nosso aprendizado tem sido doloroso.
A fixação na figura de um guerreiro ainda é sedutora para muitos jovens que aspiram o clímax de serem vistos como heróis, no mito do “herói guerreiro”, com uma clara distorção de significado e distanciamento da realidade. A visão de um libertador que escraviza ou subjuga aos demais é truncada.
Infelizmente há toda uma conjuntura social de estímulo ao combate, e por motivos diversos que vão do fanatismo religioso, poder e expansão territorial, até o mais comum, o ganho financeiro. Vou exemplificar abaixo.
Nos países mais pobres, como em muitos países Africanos, jovens e até mesmo crianças, são recrutados para lutar em combates incessantes, a fim de derrubar ditadores. Em muitos casos irão se tornar, eles próprios, dirigentes tiranos.  E quem vence mesmo é a indústria bélica.
No Oriente Médio pululam facções fortemente armadas e organizadas sob um pretexto religioso e de exclusão. E quem continua vendendo, e bem, é a mesma velha indústria armamentista. Na América do Norte vemos os estragos causados pelas armas vendidas indiscriminadamente, nas mãos dos jovens que matam a outros, e a mesma indústria promove uma suposta defesa do cidadão.
No nosso país, são vítimas os mais desfavorecidos. Aliciados pelo tráfico de drogas ou pela promessa de um dinheiro fácil, mata-se por muito pouco. E os fabricantes de armas continuam ganhando mais e mais. A mesma bala pode ser usada numa guerra, num assalto, numa briga entre os fora da lei, “perdida” pode atingir a qualquer um no seu trajeto, e mata tanto o criminoso quanto ao inocente.
E todo esse comportamento belicoso, noticiado de modo incessante pelas mídias, torna uma tragédia em rotina. Os atingidos pela violência extrema são desumanizados, convertendo-se em estatística. O espectador pode se tornar apático e aceitar a banalização da violência sem se dar conta, e acaba por estimulá-la ao sentir-se impotente. 
Volto à remota Judéia para relembrar que um determinado espírito incita a um combate, ao massacre dos opositores e ao regozijo dos seguidores-vencedores. Retorno à idade média e às cruzadas, e vejo que a inquisição persiste.
Há inquisidores encarnados disfarçados de islâmicos a perseguirem os que não lhes seguem a sua ideologia!  Não estamos longe disto.
Frases comuns como “acabe com eles” num jogo de futebol, ficam no inconsciente e podem ser perigosas nos desavisados. Como são os jogos de computador que os jovens e até crianças “brincam” de matar os oponentes, e recebem de recompensas reinos, castelos de fantasia, poderes e mais soldados e armas? 
Jovens de mentes vazias, destituídos de esperança, ignorantes de princípios morais são recrutados por mente malévolas em todo o mundo, sejam ricos ou pobres.
Na minha infância, interior da Bahia, eu tinha uns soldadinhos de chumbo que foram de um tio, e brincava com eles para que protegessem o castelo da princesa, uma boneca toda enfeitada. Daí podem ver que sou uma verdadeira anciã. Meus filhos são da era dos eletroeletrônicos, dos videogames, e me espantei muito ao ver como certos jogos estimulavam a violência desmedida.  Conversar sobre isto pode colocar os pais numa postura de “chatos”, porém quem ama educa, e passa pela educação dar limites.
Os espíritos malévolos que se comprazem do sofrimento e do medo da população, inspirando maus pensamentos e induzindo a erros, estão desesperados pela mudança que já se iniciou no planeta, e procuram manter, amplificar e desencadear sentimentos de terror. A Evolução é Lei Universal e o planeta não abrigará mais essas vibrações tão densas. As vibrações da arma do bem, o Amor Lúcido, fortalecem o guerreiro da Luz Interior.
Não estamos e não somos impotentes. Devemos desestimular atividades que encorajem o “guerreiro exterior”, e incitar a paz colocando o “guerreiro interno” para vencer a si mesmo. Os esportes ajudam no direcionamento da agressividade, na disciplina individual e na convivência em grupo, a atividade física abranda tendências violentas além de servir de uma boa catarse para adrenalina despejada pelas raivas, pelos sustos e imprevistos do dia-a-dia.
Mitos são construídos, desconstruídos, renovados e atualizados, não são estanques.
Devemos, como seres racionais que somos, refletir mais sobre nossas crenças e ideologias, nas palavras ditas e nas nossas ações, que podem dar exemplos construtivos e inclusivos.
A Fonte da Criação, de todo Amor, Vida e Luz, jorra para todos nós vibrações evolutivas que nos direcionam para o Equilíbrio, Paz e Harmonia. Vamos beber dessa fonte!

“O instinto de rebeldia faz parte da psique humana.
 A criança que se obstina usando a negativa, afirma a sua identidade, exteriorizando o anseio inconsciente de ser livre. Porque carece de responsabilidade, não pode entender o que tal significa.
Somente mediante a responsabilidade, o homem se liberta, sem tornar-se libertino ou insensato.
A sociedade, que fala em nome das pessoas de sucesso, estabelece que a liberdade é o direito de fazer o que a cada qual apraz, sem dar-se conta de que essa liberação da vontade, termina por interditar o direito dos outros, fomentando as lutas individuais, dos que se sentem impedidos, espocando nas violências de grupos e classes, cujos direitos se encontram dilapidados.
Se cada indivíduo agir conforme achar melhor, considerando-se liberado, essa atitude trabalha em favor da anarquia, responsável por desmandos sem limites.”

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