terça-feira, 4 de agosto de 2015

CRÔNICAS ESPÍRITAS

A Crônica Espírita de hoje volta a Kardec, mais especificadamente ao Livro dos Médiuns.

Partimos da lembrança de que os Espíritos influem em nossos pensamentos e em nossos atos, a tal ponto, que, de ordinário, são eles que nos dirigem.

A mensagem de Kardec nos alerta que não podemos fechar os olhos para as relações interdimensionais.

Nos relacionemos com conhecimento então.


A Codificação Kardequiana mantém sua relevância para todo Espírita, e seu conhecimento é praticamente indispensável ao trabalhador responsável. A cada consulta ou releitura, me surpreendo a aprendo mais, ou melhor, reduzo minha ignorância acerca das relações interdimensionais.

Na questão 459 de O Livro dos Espíritos, Kardec perguntou: Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos? E os Espíritos Superiores responderam: Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.

Na questão 87 tinha perguntado: - Mas onde estão esses Espíritos a nos influenciarem? “Estão por toda parte”, no mesmo livro.

É fato que as manifestações da influência entre os encarnados e desencarnados está cada vez mais evidente, possivelmente associada à facilidade em curso dos meios de comunicação, notadamente na internet. Em todo o globo terrestre existem relatos e depoimentos de encontros nas mais variadas circunstâncias. São povos de diferentes nações e culturas que interpretam, de acordo como seus sistemas de crença, as mensagens, sensações, visões e impressões obtidas.

Essa variedade e simultaneidade de manifestações, já descrita por Kardec no Livro dos Espíritos, vem a corroborar a importância da própria codificação em si, pois nos indica caminhos, como um verdadeiro manual de exame e conduta, para manter as relações com o chamado “mundo espiritual” do modo mais harmonioso possível.

Minha gratidão é imensa a todos os Espíritos que se dispuseram a realizar tão hercúlea tarefa, de extrema utilidade a todo o trabalhador espiritualista, e indispensável ao espírita.

Prossigo hoje com alguns trechos selecionados do Livro dos Médiuns, grifos nossos, acerca das percepções visuais.

“As aparições ocorrem quando o vidente está desperto e desfrutada plenitude e inteira liberdade de suas faculdades.

Aparecem geralmente sob forma vaporosa e translúcida, algumas vezes vaga e imprecisa; a princípio, parece uma claridade esbranquiçada cujos contornos vão se delineando pouco a pouco. Outras vezes, as formas são nítidas e podemos distinguir os menores traços da fisionomia, a ponto de se poder fazer uma descrição bastante precisa.

O comportamento e a aparência são semelhantes aos que o Espírito tinha quando vivo.

Podendo tomar qualquer aparência, o Espírito se apresenta sob a que melhor pode torná-lo reconhecível, se esse for o seu desejo.

Uma coisa notável, salvo em algumas circunstâncias particulares, é que as partes menos nítidas são as pernas, enquanto a cabeça, o tronco, os braços e as mãos são claramente mostrados; daí eles quase não serem vistos andando, mas deslizando como sombras.

Quanto à roupa, compõe-se geralmente de um conjunto de panos, com longos pregueados flutuantes; a aparência dos Espíritos que nada mais conservam das coisas terrestres apresenta uma cabeleira ondulada e graciosa; mas os Espíritos comuns, os que conhecemos, usam a roupa do último período de sua existência.

Muitas vezes se apresentam com sinais de sua elevação, com uma auréola ou asas, os que podemos considerar anjos, enquanto outros se mostram com o que lembra suas ocupações terrestres: assim, um guerreiro poderá aparecer com sua armadura, um sábio com livros, um assassino com um punhal etc.

Os Espíritos superiores possuem uma figura bela, nobre e serena; os mais inferiores têm algo de selvagem e brutal, trazendo algumas vezes ainda os traços dos crimes que cometeram ou dos suplícios que suportaram.

Por sua natureza e no seu estado normal, o perispírito é invisível, sendo isso comum a uma infinidade de fluidos que sabemos existir, mas que, apesar disso, jamais vimos.

Ele também pode, da mesma maneira que certos fluidos, sofrer modificações que o tornam perceptível à visão, seja por uma espécie de condensação ou por uma mudança na disposição molecular; então nos aparece sob forma vaporosa.

A condensação (não devemos tomar essa palavra ao pé da letra; nós a empregamos pela falta de outra e a título de comparação), dizemos, pode ser de tal modo que o perispírito adquira as propriedades de um corpo sólido e tangível, mas que pode instantaneamente recuperar seu estado etéreo e invisível. Podemos entender o processo como no vapor, que passa da invisibilidade a um estado brumoso, de neblina, depois líquido, depois sólido e vice-versa.

Esses diferentes estados do perispírito são resultantes da vontade do Espírito, e não de uma causa física exterior, como ocorre com os gases.

Quando o Espírito nos aparece, é porque provocou no seu perispírito o estado necessário para torná-lo visível; mas para isso só a sua vontade não basta, porque a modificação do perispírito se dá pela combinação do seu fluido com o do próprio médium; porém, essa combinação nem sempre é possível, o que explica por que a visibilidade dos Espíritos não é geral.

Assim, não basta que o Espírito queira tornar-se visível; também não basta que uma pessoa queira vê-lo: é preciso que os dois fluidos possam se combinar, que exista entre eles uma espécie de afinidade; é preciso também que a emissão do fluido da pessoa seja abundante o suficiente para operar a transformação do perispírito, e provavelmente haja outras condições que desconhecemos; é preciso, ainda, que o Espírito tenha a permissão de se tornar visível a tal pessoa, o que nem sempre lhe é concedido ou apenas o é em algumas circunstâncias, por motivos que não temos condições de avaliar.

As aparições que ocorrem quando se está desperto não são incomuns, muito menos novidades; existem há muito tempo; a história as registra em grande número; porém, não precisamos recuar tanto, porque nos dias atuais são muito freqüentes, e muitas pessoas que as viram classificaram-nas, a princípio, de alucinações.

Elas são bastante freqüentes, especificamente no caso da morte de pessoas ausentes, que vêm visitar seus parentes ou amigos.

Muitas vezes, as aparições parecem não ter um objetivo determinado; pode-se dizer que os Espíritos que aparecem assim são atraídos pela simpatia.

Se cada um questionar suas lembranças, será constatado que há poucas pessoas que não conhecem alguns fatos desse gênero, cuja autenticidade não poderia ser colocada em dúvida.”

SALVE DEUS

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