A CONSCIÊNCIA
A consciência é o mecanismo abstrato da
mente, de registro do que acontece a nós mesmos e em torno de nós. Em última
análise a consciência significa saber o que se passa em torno de nós e
conosco ou seja, ter a capacidade de “ver” e “ouvir”. Como as outras partes
do mecanismo da mente, ela tem o seu começo e cresce ou decresce conforme o
seu desenvolvimento.
Sua mecânica se prende ao processo de
focalização e sintonia como nas lentes óticas e nos receptores de rádio,
depende de ajuste focal e luz, etc.
Ela existe em maior
ou menor grau, conforme o equilíbrio de nossa mente, e na proporção da
responsabilidade que assumimos perante a vida. Conforme a posição assumida
assim é nossa consciência, de acordo com a concepção que fazemos de nós
mesmos. Até certo ponto a consciência é apenas um problema de
condicionamento, de educação.
Paulatinamente ela vai se tornando uma
questão de autoeducação, e de trabalho de nossa vontade sobre nossos
mecanismos de relação. Se desenvolvermos nossa capacidade de reequilíbrio constante,
teremos uma consciência permanente. Equilíbrio e consciência são dois polos
de nossa mente que trabalham sempre juntos.
Uma consciência equilibrada, é como um farol
que ilumina tudo que chega até nós, e nos dá a justa medida das coisas para
posterior elaboração da mente. Esse fato se aplica nos três planos de nossa
vida, e de nosso grau de consciência ou inconsciência, dependem as
constituições de nossas esferas coronárias e, por consequência, de nosso Sol
Interior.
EQUILIBRIO
Ser Humano é como o rio que corre
tranquilamente para o mar.
Nós estamos sempre ligados ao nosso
princípio e ao nosso fim, assim como o rio está sempre ligado a sua nascente
e à sua foz.
Em meio do caminho recebemos os “afluentes,
ou seja, as influências que nos atingem de ambos os lados, na nossa “margem
esquerda” ou na “margem direita”“.
A todos os instantes de nossa vida, nós
podemos estar recebendo projeções de outras mentes, correntes negativas, boas
ou más notícias, ou seja, a todos os momentos nós podemos nos desequilibrar.
Nem sempre nós podemos afastar as coisas que nos desequilibram, mas sempre
existe a necessidade do reequilíbrio.
É verdade que os
fatos inconscientes, que atingem nossa mente, tanto podem ser positivos como
negativos. Essa negatividade ou positividade nem sempre é intrínseca aos
fatos, mas sim à maneira como eles são absorvidos e assimilados pela mente. A
conclusão que se chega desse mecanismo é que a mente é, em última análise, o
campo visado, mas a responsabilidade é nossa, do nosso “eu”, de que ela seja
atingida ou não.
Se alimentamos a nossa mente com maus
desejos, pensamentos de ira ou de ódio, cria-se em torno dela uma atmosfera
fluídica pesada, de energias de baixo teor vibratório, cheias de impurezas; se,
ao contrário, a alimentarmos com aspirações nobres e pensamentos elevados, a
atmosfera da mente é límpida. Conforme pois for o condicionamento da mente,
assim será sua capacidade de absorver e modificar as emissões, quaisquer que
sejam elas.
Sob o comando do “eu” a mente pode recompor
as energias em todas as direções e reequilibrar inclusive o “Sol Interior”,
feito isso ela se harmoniza no equilíbrio, estando pronta para novas
tribulações.
Ao falarmos do equilíbrio, evidenciamos dois
novos componentes que são as projeções e os fluidos que serão analisados nos
itens subsequentes.
A RAZÃO
A vida do Homem gira ininterruptamente em
torno de dois polos, um positivo e outro negativo, situação essa que só
termina quando o Espírito se liberta inteiramente da sua orbe terrestre.
Enquanto encarnado, ou desencarnado e “à caminho de Deus”, ele a todo
instante tem que tomar decisões, escolher entre duas ou mais opções. A
escolha do caminho certo, a decisão com base no equilíbrio é que se pode
chamar de razão.
Cada Ser Humano tem o seu ponto próprio de
equilíbrio e, como consequência, tem a sua própria razão.
A vida, entretanto é
um movimento constante de equilíbrio, desequilíbrio e reequilíbrio, motivo
pelo qual a razão não é um ponto fixo na mente, e sim, a meta que se move, o
alvo que o Homem procura acertar. O homem tem a cada momento de reajustar-se
aos muitos fatores que influem em sua mente, e a razão, a decisão equilibrada
é que determina o índice de sua evolução.
Nem todos os fatores que influenciam a mente
são conscientizados pelo Homem. O campo consciencional, onde o “eu” terá que
se situar para a tomada das decisões, é limitado pela percepção sensorial. Na
verdade a consciência do encarnado é apenas uma janela, um painel que mostra cada
vez uma parte do todo, uma verdade parcial.
Essa abertura da consciência – no sentido de
saber-se – flutua, em termos de amplitude, dependendo dos fatores naturais da
vida: idade, posição no meio ambiente e grau de responsabilidade que lhe cabe
pelos fatores Cármicos, etc.
Temos assim, até este ponto, juntado dois
mecanismos da mente que levam à razão: o equilíbrio e a consciência.
Compreendidos esses dois fatores, podemos partir para a compreensão do
raciocínio, e chegarmos ao mecanismo do pensamento, a última fase da mente
que precede a ação.
Trino Tumuchy,
Mestre Mário Sassi
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