segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Consciência - Equilibrio - Razão

A CONSCIÊNCIA
A consciência é o mecanismo abstrato da mente, de registro do que acontece a nós mesmos e em torno de nós. Em última análise a consciência significa saber o que se passa em torno de nós e conosco ou seja, ter a capacidade de “ver” e “ouvir”. Como as outras partes do mecanismo da mente, ela tem o seu começo e cresce ou decresce conforme o seu desenvolvimento.

Sua mecânica se prende ao processo de focalização e sintonia como nas lentes óticas e nos receptores de rádio, depende de ajuste focal e luz, etc.

Ela existe em maior ou menor grau, conforme o equilíbrio de nossa mente, e na proporção da responsabilidade que assumimos perante a vida. Conforme a posição assumida assim é nossa consciência, de acordo com a concepção que fazemos de nós mesmos. Até certo ponto a consciência é apenas um problema de condicionamento, de educação.

Paulatinamente ela vai se tornando uma questão de autoeducação, e de trabalho de nossa vontade sobre nossos mecanismos de relação. Se desenvolvermos nossa capacidade de reequilíbrio constante, teremos uma consciência permanente. Equilíbrio e consciência são dois polos de nossa mente que trabalham sempre juntos.

Uma consciência equilibrada, é como um farol que ilumina tudo que chega até nós, e nos dá a justa medida das coisas para posterior elaboração da mente. Esse fato se aplica nos três planos de nossa vida, e de nosso grau de consciência ou inconsciência, dependem as constituições de nossas esferas coronárias e, por consequência, de nosso Sol Interior.

EQUILIBRIO
Ser Humano é como o rio que corre tranquilamente para o mar.

Nós estamos sempre ligados ao nosso princípio e ao nosso fim, assim como o rio está sempre ligado a sua nascente e à sua foz.

Em meio do caminho recebemos os “afluentes, ou seja, as influências que nos atingem de ambos os lados, na nossa “margem esquerda” ou na “margem direita”“.

A todos os instantes de nossa vida, nós podemos estar recebendo projeções de outras mentes, correntes negativas, boas ou más notícias, ou seja, a todos os momentos nós podemos nos desequilibrar. Nem sempre nós podemos afastar as coisas que nos desequilibram, mas sempre existe a necessidade do reequilíbrio.

É verdade que os fatos inconscientes, que atingem nossa mente, tanto podem ser positivos como negativos. Essa negatividade ou positividade nem sempre é intrínseca aos fatos, mas sim à maneira como eles são absorvidos e assimilados pela mente. A conclusão que se chega desse mecanismo é que a mente é, em última análise, o campo visado, mas a responsabilidade é nossa, do nosso “eu”, de que ela seja atingida ou não.

Se alimentamos a nossa mente com maus desejos, pensamentos de ira ou de ódio, cria-se em torno dela uma atmosfera fluídica pesada, de energias de baixo teor vibratório, cheias de impurezas; se, ao contrário, a alimentarmos com aspirações nobres e pensamentos elevados, a atmosfera da mente é límpida. Conforme pois for o condicionamento da mente, assim será sua capacidade de absorver e modificar as emissões, quaisquer que sejam elas.

Sob o comando do “eu” a mente pode recompor as energias em todas as direções e reequilibrar inclusive o “Sol Interior”, feito isso ela se harmoniza no equilíbrio, estando pronta para novas tribulações.

Ao falarmos do equilíbrio, evidenciamos dois novos componentes que são as projeções e os fluidos que serão analisados nos itens subsequentes.

A RAZÃO
A vida do Homem gira ininterruptamente em torno de dois polos, um positivo e outro negativo, situação essa que só termina quando o Espírito se liberta inteiramente da sua orbe terrestre. Enquanto encarnado, ou desencarnado e “à caminho de Deus”, ele a todo instante tem que tomar decisões, escolher entre duas ou mais opções. A escolha do caminho certo, a decisão com base no equilíbrio é que se pode chamar de razão.

Cada Ser Humano tem o seu ponto próprio de equilíbrio e, como consequência, tem a sua própria razão.

A vida, entretanto é um movimento constante de equilíbrio, desequilíbrio e reequilíbrio, motivo pelo qual a razão não é um ponto fixo na mente, e sim, a meta que se move, o alvo que o Homem procura acertar. O homem tem a cada momento de reajustar-se aos muitos fatores que influem em sua mente, e a razão, a decisão equilibrada é que determina o índice de sua evolução.

Nem todos os fatores que influenciam a mente são conscientizados pelo Homem. O campo consciencional, onde o “eu” terá que se situar para a tomada das decisões, é limitado pela percepção sensorial. Na verdade a consciência do encarnado é apenas uma janela, um painel que mostra cada vez uma parte do todo, uma verdade parcial.

Essa abertura da consciência – no sentido de saber-se – flutua, em termos de amplitude, dependendo dos fatores naturais da vida: idade, posição no meio ambiente e grau de responsabilidade que lhe cabe pelos fatores Cármicos, etc.

Temos assim, até este ponto, juntado dois mecanismos da mente que levam à razão: o equilíbrio e a consciência. Compreendidos esses dois fatores, podemos partir para a compreensão do raciocínio, e chegarmos ao mecanismo do pensamento, a última fase da mente que precede a ação.


Trino Tumuchy, Mestre Mário Sassi


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