sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Aula de Evangelização



Salve Deus, meus mestres! Imaginem um mar encapelado, ondas muito fortes. Um mergulhador, mergulhando fundo, e, lá em baixo, toda uma tranquilidade. Os peixes nem se dão conta da tempestade que está lá em cima! Assim é, também, esta Corrente. Ela trabalha no meio do tumulto e da confusão, mas, logo acima de nossas cabeças, há toda uma tranquilidade. Pai Seta Branca navega neste espaço sideral, comandando esta amacê com a rota sempre firme, cumprindo fielmente o seu roteiro, sem se importar com o que possa estar acontecendo com os seus tripulantes. Nascem, morrem, sofrem os tripulantes, mas a nave continua seu roteiro... E nós a bordo dela! Isto é a grande segurança. Esta Doutrina do Amanhecer, que é o Evangelho redivivo, está cada vez mais se destacando. Nossa força reside em termos uma concentração, porque uma luz concentrada na escuridão ilumina muito mais do que muitas luzes na confusão. A concentração de luzes é a nossa grande força. É por isso que sempre há dificuldade de se fazerem as coisas fora daqui. Em termos desta concentração, pedimos ao Divino e Amado Mestre Jesus que as forças possam descer sobre nós, para que nossos corações fiquem abertos à recepção das coisas que serão trazidas nesta reunião e neste curso. Além da tranquilidade e segurança habituais com que trabalhamos, faça com que tenhamos a conscientização necessária à compreensão das coisas. Nós sempre falamos em Evangelho e, agora, a preocupação da Espiritualidade é a Evangelização. Para o Vale do Amanhecer, a Evangelização significa tornar os mestres conscientes dos fatos e das coisas que eles vêm fazendo. Trata-se de transformar em síntese objetiva um fato que é diluído em todos os recantos da vida. Evangelizar é transformar em síntese este trabalho ininterrupto, que já tem vinte e quatro anos de existência. Quando se fala em Evangelho vem logo a ideia da Bíblia, o que nos dá sensação de culpa, pensando que no Vale não se lê a Bíblia e, portanto, não se conhece o Evangelho. Mas, em certa oportunidade, pensando assim, comecei a ler o Evangelho – o do Pastorini, que me pareceu ser o de mais fácil assimilação. Depois de determinado tempo, senti que começava a me distanciar das coisas do Vale. Aí, fiz uma consulta à Clarividente, que me aconselhou a não ler mais. É que eu estava entrando no caminho das mesmas velhas estradas, de todo mundo que pega a partir do livro escrito como sendo a base de tudo, para que se construíssem todas as religiões do planeta e que, até hoje, não se entendem e vivem discutindo. Existe muita gente que está ficando obsidiada pela preocupação do formalismo do Evangelho. Este fato, que para nós parece ridículo, tem impressionado milhões de pessoas! No Vale do Amanhecer não existem estes fatos porque, partindo da clarividência, Tia Neiva seguiu para a vivência do Evangelho em todo o seu conteúdo. Vivência do Sistema Crístico, porque Jesus nada escrevia. Os Evangelhos foram escritos depois, pelos seus seguidores. A preocupação destes seguidores levou a que se colocasse tudo em torno deste livro. O verdadeiro Evangelho – a Boa Nova – é todo o sistema que Jesus implantou, mesmo antes de sua encarnação. Já havia sido preparado o terreno, a reorganização de todo o relacionamento do Homem com o mundo espiritual. O Vale vive o Evangelho real como um todo, e nós, que vamos lidar com pessoas preparadas em termos de hábitos, palavras, construções, teremos, então, de conciliar em nossos espíritos, para ver onde se enquadra, no Evangelho, aquela parte que está sendo tratada. Precisamos ter, portanto, uma referência do livro sem, entretanto, ser necessário ter um livro para consultar a todo instante. O que você precisa saber é a essência do Evangelho, que, em nosso meio, se resume nas palavras: amor, tolerância e humildade. Nós sabemos quais ensinamentos do Evangelho atingem mais diretamente a nossa vida. Assim, quando nos foi ensinado o Sol Interior, quando nos ensinaram que o ser humano é trinário e não binário, quando nos ensinaram que o Homem, para se harmonizar, precisa ter os três reinos da Natureza em harmonia e em sintonia, a partir daí estamos recebendo coisas que foram contidas em todos os ensinamentos de Jesus, mas que nós recebemos da maneira como se fosse uma novidade atual. Na verdade, ela já existia, e nisto se constituiu a verdadeira busca. Aqueles que tiverem mais tempo para ler vão descobrir maravilhas a partir de agora, destas revelações que vão sendo feitas aqui, para que depois, pegando o Evangelho, venham a encontrar aquelas coisas que são explicadas. Temos agora, em nossos corações, a chave do Evangelho! Em um trecho do Evangelho, os apóstolos saíram com Jesus num barco pelo lago de Genezaré. No meio da viagem, surgiu uma tempestade, e logo as águas se encapelaram. Os apóstolos começaram a ficar preocupados com um naufrágio iminente, enquanto Jesus dormia profundamente. Os apóstolos resolveram acordá-Lo: “Mestre! Desperta que morremos!... Vamos naufragar!” Jesus acordou e, calmamente, disse: “Ora, por que temeis, homens de pouca fé?” Ele fez um gesto. As águas se acalmaram e a tempestade passou. Só depois vim a perceber que aquele episódio era simbólico. Jesus se referia às tempestades de nossa vida, em que temos dificuldades para despertar nosso Cristo interior. O barco era o barco de nossa própria existência, era nossa própria vida. Vejam, pois, a interpretação literal e a interpretação dentro do que já aprendemos aqui, nesta Corrente. Falamos em individualidade. Jesus disse: “Eu sou o caminho da Verdade e da Vida!”. “Eu” será Jesus? Não. Jesus se referia à individualidade, ao “Eu Superior”, aquele “Eu” que existe dentro de cada um de nós. É o “Eu” transcendental, que já existia antes de nós chegarmos à encarnação. Então, se dentro de cada ser humano existe uma partícula crística, a partir do momento em que Jesus organizou o sistema todos os seres humanos nasceram com esta partícula dentro deles. Se “Eu”, ser superior transcendental, sou capaz de ser o meu caminho da Verdade e da Vida, eu estou com Jesus porque Ele está dentro de mim! O encontro do nosso espírito com o caminho da Verdade e da Vida é que vai determinar a nossa Verdade. Pelo sentido de interpretação literal, a frase significa que “fora de Jesus não há salvação!” Mas a verdade, pura e simples, é que Jesus está dentro de mim, porque faço parte do Sistema Crístico. É aí que o Vale do Amanhecer está demonstrando sua grande capacidade, pois recebe homens pouco ilustrados, de qualquer natureza e de várias procedências, e os transforma em poderosos missionários, trabalhando com precisão iniciática. Assim, mergulhamos na nossa individualidade. Recebemos nosso Cavaleiro, recebemos nossas origens, nossos graus hierárquicos, tudo na nossa individualidade. Somos poderosos apóstolos, trabalhando com precisão iniciática, porque foi despertado este “Eu Interior” que existe dentre de cada um. Nós vivemos o Evangelho sem nunca termos lido o Evangelho! Ultimamente, sentimos que não estamos em condições de assumir, de imediato, os graus hierárquicos que recebemos, porque temos que vencer determinados carmas para podermos chegar lá. Recebemos um direito de herança, mas precisamos nos colocar à altura dela. Os mecanismos são muito simples: basta observar a ideia da tolerância, do amor e da humildade, e chegar a compreender o que é o amor incondicional. Assim, mergulhamos automaticamente no Sistema Crístico. A filosofia cristã é toda esta série de controvérsias, que há dois mil anos existe no planeta, por divergências de idéias, de palavras e de construções. Mas, o Sistema é totalmente diferente. A filosofia faz parte do Sistema como sua parte mais negativa. O Sistema é completo e a filosofia é só uma parte do processo. Como nós recebemos o Sistema diretamente, não precisamos de leituras de livros, etc. O Evangelho redivivo, como diz Tia Neiva, é o Cristo caminheiro, o Cristo que caminha! Nós temos o Livro da Vida para ler, todos os dias. Basta analisar os fatos do dia a dia. Quando nos desesperamos por qualquer fato adverso em nossa vida, por que não despertamos o Cristo existente dentro de nós? Se o fizermos, vamos sentir que aquilo estava previsto. Como turma de Instrutores, temos que nos familiarizar com os ensinamentos bíblicos, porque temos que transmitir os ensinamentos e estarmos em condições de dialogar com todos os tipos de pessoas. Vamos, então, nos colocar na situação de mestres e nos conscientizar de que o Evangelho é a Vida, a “Boa Nova” da Vida! Vamos transformar esta conscientização em fatos que possam melhor atender às nossas obrigações de Instrutores. As cartas, que estão publicadas desde 1976, têm todas estas interpretações de forma bem discutida, para aqueles que desejarem mais se aprofundar no assunto. Quando Tia Neiva fala na formação do plexo, na formação do ininterruptível, são coisas que estão dentro do Evangelho, mas que já estamos aprendendo de maneira direta, experimentando. Sentimos quando nosso ectoplasma está pesado. Estamos vivendo o Evangelho total, em todos os seus aspectos possíveis e imaginários. É o Evangelho vivo, que nós estaremos transmitindo a vocês, até que Tia Neiva tenha condições de fazê-lo pessoalmente. Salve Deus!.

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