sábado, 11 de agosto de 2012

Sofredor


Um processo normal de desencarne inicia-se 24hs antes do fato em si. Após deixar o corpo, totalmente livre das amarras físicas, o espírito é levado para um sono cultural, onde revive suas lembranças terrenas por um período de sete dias. Ao término deste tempo, retorna ao ambiente terrestre, acompanhado de seu Mentor, de quem recebe o convite para seguir em busca da faixa dimensional correspondente ao seu grau de evolução.

No momento em que recebe o convite, o livre arbítrio é total, independente das condições do espírito. Muitos, ainda apegados aos bens materiais, às pessoas, aos familiares, a lugares e sentimentos, decidem que querem “ver suas coisas”, encontrar pessoas, e ficam “por aqui”. Passam a uma dimensão paralela ao plano terrestre, chamada etérico.

O etérico é muito parecido com o plano físico, pois as energias são densas e a vida é plasmada pela energia dos encarnados, uma vez que não existe produção energética luminosa, apenas o magnético animal absorvido dos seres encarnados.

Vivem levados pelos seus pensamentos como um “furacão de transporte”. Às vezes seu padrão vibracional consegue os aproximar dos parentes, mas em poucos segundos são levados para outros lugares, e seguem de acordo com seus pensamentos, cada vez mais entorpecidos pelas inusitadas situações que encontram.

Alguns chegam a adaptar-se, ao ponto de considerarem-se ainda encarnados e desprezados pelo mundo.

Outros vivem a vagar, sem nada entender.

Alguns ainda são capturados por espíritos mais experientes no etérico e transformados em escravos.

O sofredor é o espírito que permaneceu no etérico, a despeito do convite de seu Mentor. Vive em função da energia alheia que capta pela familiaridade vibracional, ou pela obsessão direta. Existem os inconscientes, que decidiram ficar pelo impulso e apego, e os conscientes, que ficam pela vingança e sentimentos negativos.

A denominação de “sofredor” vem porque não é possível ser feliz no etérico. A dor moral, sentimental e mesmo física, pois permanecem por muito tempo as dores do desencarne, os impede de evoluir. Não produzem energia e, portanto, não podem praticar a caridade e buscar a redenção.

Somente pelo difícil equilíbrio de seus pensamentos, pelo real arrependimento, por uma dificílima conscientização, é que podem receber uma nova oportunidade de seguir para onde verdadeiramente lhe compete.

Aí entramos nós... Os Jaguares!

Na Mesa Evangélica recebemos os espíritos recém-desencarnados, trazidos por seus Mentores, para receber uma “dose extra” de energia, que lhes dará condições de seguir a “jornada de regresso”. Por isso, os espíritos que passam ali já vêm com toda uma preparação e orientação. O objetivo é receberem o esclarecimento e principalmente a energia magnética que lhes proporcionará as forças para a jornada.

Nos Tronos os sofredores já chegam na condição de obsessores. Estão ligados ao paciente e pela afinidade vibracional, ou cobrança, que igualmente necessita desta afinidade, estão sugando as energias da vítima (daí o termo obsessor). Chegam ali pelo trabalho dos Mentores que encaminharam o paciente, e chegam na condição de pacientes também. Devem ser tratados com total respeito e jamais se deve permitir que suas pesadas vibrações encontrem um campo fértil nos pensamentos dos médiuns, que ali são verdadeiros socorristas, médicos deste grande hospital chamado Mayanti.

Somos profissionais do auxílio! Instrumento feliz que participa do resgate destes irmãos desconhecidos, pela força de nossa energia mediúnica, associada à projeção luminosa de nossos Mentores.

É necessário total respeito! Por isso o termo “irmãozinho”, aplicado até mesmo no Mantra em que emitimos que “nos compadecemos porque é sofredor”. Temos a consciência que eles não tiveram e ainda não tem.

Não brinque falando dos “cobradores”. Só é cobrado quem merece e tem condições de pagar.




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