sábado, 25 de fevereiro de 2012

Mestre Lua




Quem me conhece pessoalmente sabe do especial carinho que sempre dediquei aos Ajanãs.

Um médium de incorporação deve ser respeitado como nossa capacidade máxima de comunicação direta com os planos espirituais.

Ser Apará é uma missão dolorosamente grandiosa. Ouvir, traduzir conhecimentos e instruções que por vezes ainda são muito difíceis para o próprio médium seguir. Imagine o conflito interior que vive um Apará, que com a voz direta, tem que respeitar seu juramento, passando as instruções para um paciente e que muitas vezes ainda não consegue dominar aqueles mesmos instintos.

O Mestre Lua sofre! Sofre a incompreensão dos Doutrinadores, que por vezes o julgam melindrosos, “cheio de dedos”.

Sofre com a incompreensão de si mesmo. De muitas vezes não se sentir digno da grandeza da qual é instrumento.

Sofre com a consciência da incorporação e as dúvidas que se acercam nesta hora.

Ser o instrumento de uma Entidade de Luz implica em ser o seu ouvido o primeiro a ouvir os conselhos, as orientações, as chamadas à razão...

Absorvendo as energias, ao contrario do Doutrinador que as reflete, seu temperamento se torna mais facilmente variável. Manter o controle em ambientes cujo padrão vibratório geral está comprometido é uma árdua tarefa a cada dia. Por vezes se calam simplesmente porque necessitam controlar seu próprio padrão e sentem as influencias com mais intensidade. Ou ainda se afastam, abandonam simplesmente o lugar onde não se sentem mais a vontade.

Compreender o Mestre Lua é uma necessidade fundamental para os Doutrinadores (as). Ser tolerante nos momentos em que fecham. Identificando que algo não está bem e dispondo-se imediatamente a ajudar na mudança de sintonia.

Ser Ajanã é sentir-se uma sombra em um oceano de luz. É compreender primeiro, aceitar primeiro, ouvir primeiro, tolerar primeiro e nem sempre poder esperar a mesma reciprocidade.

Antes de criticar qualquer Ajanã devemos lembrar que é um Doutrinador que conduz as suas aulas de Desenvolvimento. Que o orienta sobre a conduta, lhe passa as instruções e por fim o libera para o atendimento, quando o avalia pronto!

Esta é minha pequena, mas sincera homenagem a todos os Mestres Lua! Revisando e republicando este texto do início da jornada no Exílio do Jaguar. Escrevo para despertar a consciência da missão grandiosa de ser Mestre Lua! De trazer a voz direta como receptáculo de uma Entidade de Luz! De iluminar, consolar, aconselhar e CURAR!

Kazagrande

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