segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A difícil missão de um Presidente


Somente um coração puro, despido das vaidades humanas, é que pode obter sucesso em uma vida missionária, obtendo equilíbrio entre a liderança que deve conquistar, a família que deve prover e a vida material que deve sanar.

Vejo com tristeza que muitos caem  no “conto do Templo”, embarcando em fantasias que visam satisfazer vaidades e promessas sem o aval da Espiritualidade.

Não existe “abrir um Templo”, ou assumir uma missão por conta de um pedido! A missão já vem delineada em nosso espírito e tudo flui com naturalidade para sua concretização. Podem existir as dificuldades, as forças negativas atuando em contrário, as cobranças de um povo em reajuste, mas ainda assim, quando efetivamente existe a missão, nosso espírito sente o clamor e obtém a necessária intuição para acomodar as energias da melhor maneira e sem o desequilíbrio... O desequilíbrio não faz parte da Luz.

É necessária uma verdadeira reflexão sem máscaras para definir se existe a missão! Questionar os reais motivos, verificar se não existe uma vaidade pessoal, ou de terceiros, envolvida nesta energia e, acima tudo, ter certeza que poderá amar! Amar a todo um povo que lhe é confiado e que na maioria das vezes verá sofrer pelos seus desajustes passados.

Assumir um “cajado”, não é ter um “cetro” do poder! Um cajado é o símbolo da humildade do pastor, e não o cetro da vaidade real!

Não posso crer quando dizem: “Aqui precisa abrir um Templo!”. Salve Deus! Todos os lugares precisam de um Templo, isso é claro! E o missionário, que desde os Planos Espirituais, antes de sua encarnação, assumiu o compromisso de conduzir um povo, “sente” em seu peito quando o momento chegou. Reconhece as energias do lugar e não precisa de nada além de sintonizar a própria herança transcendental disponibilizada para esta jornada.

Muitos, repletos de boas intenções e boa vontade, se atiram de cabeça em compromissos fantasiosos, manipulados por vaidades alheias, sem saber que não adianta! Não adianta nada “querer”... A Luz é Razão! E se não houver o compromisso e a herança transcendental para a realização, o equilíbrio nunca acontecerá!

Conheço muitos casos que se relatados seriam considerados pela maioria como absurdos e obras de fantasia literária, pois assim parecem! Ao olhar de fora, Mestres que tinham uma vida estável atirando-se no “pedido” e perdendo tudo, desequilibrando suas vidas, desfazendo seus casamentos, esquecendo dos filhos, enterrando seu suado dinheiro, para cumprir um pedido de um “encarnado igualzinho a ele”... Chega a doer o coração!

A missão é difícil, mas é uma missão! Tem um objetivo a ser cumprido e que foi traçado pela Espiritualidade em conjunto com sua Individualidade. Não podemos admitir que uma obra de Luz seja o motivo de destruição de lares e falência pessoal.

Os reajustes com um povo são pesados, muito pesados! Mas foram assumidos “lá em cima” e porque você acreditou que teria condições de suportar. Que seria capaz de amar seus “inimigos” e recebê-los como filhos sob a égide de um novo amanhecer.

Os sacrifícios da vida de nossa Mãe Clarividente, no início e durante toda a sua jornada são o maior exemplo! Ela não construiu toda a grandiosidade das obras que hoje são o Templo Mãe com o “dinheiro do bolso, da loteria, ou da comida de seus filhos”. Ela mostrou que somente com a emanação de um povo, fazendo cada um se sentir parte viva da obra, é que se deve fazer!

Ela poderia de uma só vez, pelos oferecimentos de políticos e pessoas influentes, principalmente no regime militar da época, ter obtido os recursos para construir a Estrela ou erguer um novo Templo em poucos meses! Mas nunca admitiu fazer assim! Teria que ter a participação de todos! Seus filhos tinham que sentir que aquela era sua casa e tinham ali um pedacinho de sua contribuição ou uma gota de seu suor. Tia poderia ter pedido a doação das telhas para “alguém importante”, mas preferiu que cada um comprasse um pouquinho e ainda, para valorizar o esforço, pedia para que escrevessem (pintassem) o nome na telha que ia ser colocada no templo. Até poucos anos atrás ainda era possível olhar para o teto do Templo Mãe e ver os nomes escritos nas telhas.

Sentimentalmente o seu exemplo também predominava! Parava o quê fosse se chegasse um dos seus filhos para pedir algo ou mesmo fazer uma “manha”. Tinha pouco tempo, ou tempo nenhum, mas sabia dar prioridade à família, sempre que exigida.

Que lhe falta? Exemplos? Aqui estão! E mais do que isso... Em outras ocasiões recordaremos como foram as aberturas dos primeiros templos externos (assim eram chamados). E veremos o VERDADEIRO exemplo de como começar uma missão e não de “como abrir um templo”. Pois “como abrir um templo” é cartilha de uma certa igreja milionária, não é um ensinamento doutrinário.

Kazagrande

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