sexta-feira, 5 de março de 2021

Não tomar posse

 

Mt 21,33-43.45-46 

- , mas servir

LEITURA ORANTE

 

 Passo a passo, a caminho com Jesus,

estamos na 2ª Semana da quaresma 

quando, hoje 

pedimos a graça de saber caminhar sob o impulso da vida, 

conscientes de

poder fazer parte de uma "mar de vida"

incrivelmente belo e inspirador.

 

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.

Trindade Santíssima

- Pai, Filho, Espírito Santo -

presente e atuante na Igreja e na profundidade do meu ser.

Eu vos adoro, amo e agradeço.

 

Em silêncio e na solidão.

Inclinamos a cabeça. Fechamos os olhos.

Respiramos suavemente, e olhamos

através da imaginação,

para dentro do nosso coração.

Repetimos, respirando:

“Senhor Jesus, tem piedade de nós".

 

Vamos hoje encontrar o coração de Jesus na Palavra que vamos, ler, meditar,

orar, contemplar: localize na Bíblia: Mt 21,33-43.45-46

Preparamo-nos para nosso momento de oração, 

lembrando um pensamento e a oração

de Raul Follereau

 

Rezemos:

Senhor, ensina-nos 

a não amar somente os que são nossos,

a não amar somente os que amamos.

Ensina-nos a pensar nos outros e a

amar, em primeiro lugar,

aqueles a quem ninguém ama.

Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.

 

- O que a Palavra diz?

Lemos com atenção, o texto de hoje em Mt 23,1-12.

 

1. Leitura (Verdade)

- O que a Palavra diz?

Com atenção leio o texto do Evangelho de hoje, na Bíblia: Mt 21,33-43.45-46

Jesus disse:

- Escutem outra parábola: certo agricultor fez uma plantação de uvas e pôs uma cerca em volta dela. Construiu um tanque para pisar as uvas e fazer vinho e construiu uma torre para o vigia. Em seguida, arrendou a plantação para alguns lavradores e foi viajar. Quando chegou o tempo da colheita, o dono mandou alguns empregados a fim de receber a parte dele. Mas os lavradores agarraram os empregados, bateram num, assassinaram outro e mataram ainda outro a pedradas. Aí o dono mandou mais empregados do que da primeira vez. E os lavradores fizeram a mesma coisa. Depois de tudo isso, ele mandou o seu próprio filho, pensando: "O meu filho eles vão respeitar." Mas, quando os lavradores viram o filho, disseram uns aos outros: "Este é o filho do dono; ele vai herdar a plantação. Vamos matá-lo, e a plantação será nossa."

- Então agarraram o filho, e o jogaram para fora da plantação, e o mataram.

Aí Jesus perguntou:

- E agora, quando o dono da plantação voltar, o que é que ele vai fazer com aqueles lavradores?

Eles responderam:

- Com certeza ele vai matar aqueles lavradores maus e vai arrendar a plantação a outros. E estes lhe darão a parte da colheita no tempo certo.

Jesus então perguntou:

- Vocês não leram o que as Escrituras Sagradas dizem?

"A pedra que os construtores rejeitaram

veio a ser a mais importante de todas.

Isso foi feito pelo Senhor

e é uma coisa maravilhosa!"

E Jesus terminou:

- Eu afirmo a vocês que o Reino de Deus será tirado de vocês e será dado para as pessoas que produzem os frutos do Reino. Os chefes dos sacerdotes e os fariseus ouviram as parábolas que Jesus contou e sabiam que ele estava falando a respeito deles. Por isso queriam prendê-lo, mas tinham medo da multidão porque o povo achava que Jesus era profeta.

Refletindo

Mais uma parábola de Jesus, em que os lavradores lembram os profetas que pregavam a justiça e foram eliminados. Por fim, Deus enviou seu próprio Filho, Jesus Cristo, que também foi rejeitado e morto. Mas, ressuscitou. O resultado disso: “o Reino será tirado de vocês e dado para pessoas que produzem frutos”. Em torno de Jesus estarão aqueles que não vêm para tomar posse, mas para servir.

A parábola dos vinhateiros homicidas denuncia, em primeiro lugar, aqueles que, ao invés de cuidarem do povo, querem se apossar da vinha do Senhor. Para isso, rejeitaram todos os que foram enviados por Deus para alertá-los. É uma menção ao fim trágico de muitos profetas. Em segundo lugar, e esta é a intenção mais importante da parábola, ele faz o leitor compreender que a morte de Jesus foi premeditada e é fruto da inveja, da cobiça e da maldade deliberada (cf. vv. 38-39). Apesar do v. 41, a parábola não possui um juízo condenatório; ela é, isto sim, um forte apelo a reconhecer em Jesus o dom de Deus e a viver em conformidade com este dom e, nele, produzir bons frutos. A inveja e a cobiça trazem em si mesmas uma dinâmica de morte: elas impedem de reconhecer o outro como irmão para considerá-lo como adversário e inimigo.

 

Musica - Quando a palavra chegou - Pe. Zezinho

 

2. Meditação(Caminho)

- O que a Palavra diz para mim?

O texto para mim é um apelo de Jesus para pertencer ao grupo que vem para servir. 

 Meditando

Em Aparecida, na V Conferência, os bispos lembraram o apelo do papa: “O Santo Padre nos recorda que a Igreja está convocada a ser “advogada da justiça e defensora dos pobres” diante das “intoleráveis desigualdades sociais e econômicas”, que “clamam ao céu”. Temos muito que oferecer, visto que “não há dúvida de que a Doutrina Social da Igreja é capaz de despertar esperança em meio às situações mais difíceis, porque se não há esperança para os pobres, não haverá para ninguém, nem sequer para os chamados ricos”. A opção preferencial pelos pobres exige que prestemos especial atenção àqueles profissionais católicos que são responsáveis pelas finanças das nações, naqueles que fomentam o emprego, nos políticos que devem criar as condições para o desenvolvimento econômico dos países, a fim de lhes dar orientações éticas coerentes com sua fé.” (DAp 395).

 

3. Oração (Vida)

- O que a Palavra nos leva a dizer a Deus?

Rezamos com toda Igreja, a

Pai misericordioso e compassivo,

que governais o mundo com justiça e amor,

dai-nos um coração sábio para reconhecer 

a presença do vosso Reino entre nós.

 Em sua grande misericórdia, Jesus,

o Filho amado, habitando entre nós

testemunhou o vosso infinito amor

e anunciou o Evangelho da fraternidade e da paz.

Seu exemplo nos ensine a acolher

os pobres e marginalizados, nossos irmãos e irmãs

com políticas públicas justas,

e sejamos construtores de uma sociedade humana e solidária.

 

O divino Espírito acenda em nossa Igreja

a caridade sincera e o amor fraterno;

a honestidade e o direito resplandeçam em nossa sociedade

e sejamos verdadeiros cidadãos do “novo céu e da nova terra”

Amém.

 

4. Contemplação(Vida/ Missão)

- Qual o nosso novo olhar a partir da Palavra?

Nosso novo olhar é para cuidar a fim de que a vida de Deus e seu Reino tenham espaço de expressão no mundo em que vivo.

Recebamos agora a bênção do cardeal Sérgio da Rocha pedindo a graça de saber "escutar" Jesus.

 

Bênção   DO CARDEAL Dom SÉRGIO DA ROCHA:

Senhor, nosso Deus, concedei-nos nesta quaresma a graça da conversão e da reconciliação por meio da oração, da penitencia e da caridade. Dai-nos a graça de aprender convosco a  ser livres para amar, acolhendo a vida como dom e compromisso, valorizando e defendendo a vida, especialmente onde ela se encontra mais fragilizada e sofrida. Isto vos pedimos, em nome do Pai, e do Filho e do Espirito Santo. Amém.

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