quinta-feira, 15 de setembro de 2016

EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Livro de Números 21,4b-9.
Naqueles dias, o povo de Israel impacientou-se
e falou contra Deus e contra Moisés: «Porque nos fizeste sair do Egipto, para morrermos neste deserto? Aqui não há pão nem água e já nos causa fastio este alimento miserável».
Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas que mordiam nas pessoas e morreu muita gente de Israel.
O povo dirigiu-se a Moisés, dizendo: «Pecámos, ao falar contra o Senhor e contra ti. Intercede junto do Senhor, para que afaste de nós as serpentes». E Moisés intercedeu pelo povo.
Então o Senhor disse a Moisés: «Faz uma serpente de bronze e coloca-a sobre um poste. Todo aquele que for mordido e olhar para ela ficará curado».
Moisés fez uma serpente de bronze e fixou-a num poste. Quando alguém, era mordido por uma serpente, olhava para a serpente de bronze e ficava curado.

Livro de Salmos 78(77),1-2.34-35.36-37.38.
Escuta, meu povo, a minha instrução,
presta ouvidos às palavras da minha boca.
Vou falar em forma de provérbio,

vou revelar os mistérios dos tempos antigos.
Quando Deus castigava os antigos, eles O procuravam, tornavam a voltar-se para Ele
e recordavam-se de que Deus era o seu protetor,

o Altíssimo o seu redentor.
Eles, porém, enganavam-n’O com a boca
e mentiam-Lhe com a língua;

o seu coração não era sincero,
nem eram fiéis à sua aliança.
Mas Deus, compadecido, perdoava o pecado

e não os exterminava.
Muitas vezes reprimia a sua cólera
e não executava toda a sua ira.



Evangelho segundo S. João 3,13-17.
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Ninguém subiu ao Céu senão Aquele que desceu do Céu: o Filho do homem.
Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado,
para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna.
Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele».


Da Bíblia Sagrada - Edição dos Franciscanos Capuchinhos - www.capuchinhos.org



Comentário do dia:

São Teodoro Estudita (759-826), monge de Constantinopla
Homilia para a adoração da cruz
A cruz, árvore de vida

Como é bela a imagem da cruz! A sua beleza não oferece mistura de mal e de bem, como outrora a árvore do jardim do Éden. Toda ela é admirável, «uma delícia para os olhos e desejável» (Gn 3,6). É uma árvore que dá a vida e não a morte; a luz e não a cegueira. Que leva a entrar no Éden e não a sair dele. Esta árvore, à qual Cristo subiu como um rei para o seu carro de triunfo, derrotou o diabo, que tinha o poder da morte, e libertou o género humano da escravidão do tirano. Foi sobre esta árvore que o Senhor, qual guerreiro de eleição, ferido nas mãos, nos pés e no seu divino peito, curou as cicatrizes do pecado, quer dizer, a nossa natureza ferida por Satanás.

Depois de termos sido mortos pelo madeiro, encontrámos a vida pelo madeiro; depois de termos sido enganados pelo madeiro, é pelo madeiro que repelimos a serpente enganadora. Que permutas surpreendentes! A vida em vez da morte, a imortalidade em vez da corrupção, a glória em vez da ignomínia. Por este motivo, o apóstolo Paulo exclamou: «Toda a minha glória está na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo» (Gal 6,14). […] Mais do que qualquer sabedoria, esta sabedoria que floresceu na cruz tornou ignóbeis as pretensões da sabedoria do mundo (1 Cor 1,17s). […]

Foi pela cruz que a morte foi morta e Adão restituído à vida. Foi pela cruz que todos os apóstolos foram glorificados, todos os mártires coroados, todos os santos santificados. Foi pela cruz que fomos reconduzidos como ovelhas de Cristo, e reunidos no redil do alto.


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