Amigos,
Do livro "Momentos de Renovação", de Divaldo/Joanna de Ângelis, destaco um texto que contém uma verdade sobre a qual os convido a raciocinar comigo: "Jesus não quis vencer no mundo, antes, porém, venceu o mundo repleto de paixões amesquinhantes".
Provocado por essa verdade e com toda sinceridade, afirmo aos amigos que não consigo entender qual é a causa de os estudiosos da doutrina neste fórum nunca se mostrarem interessados, e nem mesmo se referirem, às causas de o mundo ser assim, "um mundo repleto de paixões amesquinhantes"!!
Pq, afinal, o mundo é isso que é? Pq as criaturas criadas por Deus são tão mesquinhas, maldosas, carregadas de imperfeições e defeitos morais os mais monstruosos? Pq mostram tanto ódio para com os semelhantes e transformam o mundo e a vida que Deus nos deu em coisas tão aviltantes, desprezíveis, cheias de sofrimentos sem conta e sem mostrar qualquer consideração para com os próprios irmãos?
E, ao passo q a vida e a doutrina nos mostram a imoralidade total ou quase total do ser humano, por muitos chamados de "filhos bem amados de Deus", a doutrina, por sua vez, nos assegura q o Criador é onipotente, onisciente e onipresente, soberano amor e justiça, a sabedoria infinita e a perfeição absoluta!!
Deus, o criador de todos nós, é amor; nós somos ódio, praticantes dos crimes mais degradantes, sórdidos e repulsivos contra nossos próprios irmãos!
Deus é justiça; nós, vergonhosa injustiça!
Deus é inteligência, sabedoria e perfeição; nós, criados por Ele, somos mentalmente estúpidos, imbecis, ignorantes e negra e absoluta imperfeição, um poço escuro de defeitos morais!!
Afinal, quem nos ajudará a entender essa incompreensível verdade de que somos procedentes de Deus? Que somos criados por Deus, sobretudo se considerarmos tb verdade que afirma a doutrina, em A Gênese: "Sendo Deus o princípio de todas as coisas e sendo todo sabedoria, todo bondade, todo justiça, tudo o que dele procede há de participar dos seus atributos, pois o que é infinitamente sábio, justo e bom nada pode produzir que seja ininteligente, mau e injusto".
A DE afirma que “de Deus nada pode proceder que seja mau, ou injusto ou destituído de inteligência”. No entanto, é patente ao entendimento de todos, q de Deus procedem seres com aptidões, possibilidades, habilidades e plena liberdade para q se tornem maus, injustos e sem inteligência e que, por ser onisciente, Deus sabe, e desde sempre, q está criando seres q se tornarão verdadeiros monstros; e, depois, para mim estranhamente, os pune por terem se tornado monstros, sendo q Ele mesmo os cria com essas aptidões, com essa destinação!!
Afinal, de onde procedem os espíritos, de onde procedemos nós? O que somos nós, q sempre estamos sendo penalizados pela Lei, justamente pelo fato de sermos maus, injustos e de agirmos de modo totalmente ininteligente, pois causamos o mal para nossos semelhantes e, assim, trabalhamos contra nós mesmos? Somos realmente seres procedentes de Deus e de uma criação “especial”, como afirma a codificação?
Vejam a questão LE/610: “... o homem, na ordem da criação, é um ser à parte, visto possuir faculdades que o distinguem de todos os outros e ter outro destino. A espécie humana é a que Deus escolheu para a encarnação dos seres que podem conhecê-lo”.
Logo, a espécie humana é das mais importantes, uma criação especial de Deus! Contudo, criados todos iguais sob todos os aspectos, em que nos transformamos nós, criaturas divinas que somos e procedentes de Deus?! Em verdadeiros monstros de perversidade e perversão, corruptos, imorais e amorais, destruidores e exploradores dos semelhantes, criminosos dos crimes mais hediondos, loucos, malignos e, como diz Kardec, causadores de todo o mal e sofrimentos do mundo, destruidores da harmonia da própria criação divina (e somos criados por que, ensina a doutrina, Deus de nós necessita para que O auxiliemos na obra de Sua criação!).
Como entender, então, o que está em “A Gênese”, que nada que procede de Deus pode ser mau ou injusto ou não-inteligente?! Talvez, alguém diga: “mas no momento da criação não somos nem maus, nem injustos, nem ininteligentes, é isso q a questão está afirmando! É depois que nos tornamos tão imperfeitos assim!”.
Então, tenho de perguntar: “e qual é a causa de nos tornarmos tão imperfeitos assim se, tendo o livre-arbítrio, podemos escolher praticar ações que não nos permitam ser tão imperfeitos?”
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