O Adjunto Aluxã,
Mestre Mário Kioshi, tinha o dom da tranquilidade. Não importava a situação,
ele estava sempre disposto a ouvir sem expressar aborrecimento, mesmo face às
mais absurdas colocações.
Recordo de uma reunião
em um Templo (não citarei qual) em que muitos médiuns queriam mudanças.
Clamavam por uma atuação mais intensa do corpo mediúnico, reclamavam uns dos
outros, sempre desejando que houvesse mais comprometimento dos irmãos.
Então marcou uma
reunião afirmando que daria oportunidade a todos se manifestarem.
Neste dia o templo
estava cheio! Parecia que até mesmo aqueles que só apareciam no Templo
“quando o calo aperta”, estavam presentes. Fez longos instantes de
concentração, uma bela prece e abriu a reunião.
Primeiramente falou da
Doutrina. Do quanto era agradecido pelos trabalhos espirituais e que jamais
desanimava, pois compreendia que não era Pai Seta Branca que precisava dele,
e sim ele que precisava da Doutrina.
Depois abriu espaço
para que todos se manifestassem. Um dos comandantes mais antigos começou a
reclamar da falta de compromisso com a manutenção do Templo. Mário não
interferiu... Deixou que falasse tudo que queria. Quando terminou, ele
perguntou:
- Mas o que você
considera importante agora?
- Mestre, o templo
está sempre sujo. Dá até vergonha dos pacientes em alguns dias. Todos chegam
para trabalhar, mas cadê que vêm limpar?
- Está certo, meu
irmão, então você pode começar a assumir a limpeza e ir formando um grupo
para manter? Passo a você esta missão!
- Salve Deus!
Mestre!!! Eu não posso! - respondeu o Mestre e em seguida apresentando uma porção
de justificativas.
Outro então se
manifestou:
- Adjunto. O senhor já
viu como está o Pajé? Nunca foi terminado! As telhas velhas doadas já estão
caindo em tempo de machucar alguém. Precisamos urgentemente terminar esta
obra.
Com sua tranquilidade
inabalável, Mário respondeu:
- Está bem meu irmão. Então
entrego em suas mãos esta missão! Pode começar a reforma, eu mesmo faço a
primeira doação.
- Salve Deus! Eu???
Não dá Mestre! – E também apresentou uma série de desculpas esfarrapadas.
Outro mais ainda se
manifestou:
- Mestre Mário,
ninguém contribui para manter o pátio limpo também.
Novamente aconteceu o
mesmo. Mário concordando e entregando a missão e a pessoa “dona da grande
idéia” pulando fora na hora de assumir.
E foi assim até que
todos que desejavam se manifestaram.
Meus irmãos e irmãs,
Salve Deus! Não basta observar os defeitos, as falhas, as necessidades. É
preciso ter coragem de enfrentar e fazer!
Basta de reclamar!
Reclamar do seu irmão é muito fácil. Difícil é fazer o que se precisa! Vejo
em nossa Doutrina muitos “reclamadores”, cheios de idéias e até boas
intenções... Mas os “fazedores” são poucos!
Se você observa uma
necessidade em seu Templo, não fale! Vá e faça! Aprendi esta lição com o
grande Adjunto Aluxã. Ele era Dentista, reconhecido, um dos Adjuntos de Raiz
consagrados por Tia Neiva, mas nunca se furtou a ele mesmo empunhar o
carrinho de mão e carregar concreto para as obras quando era necessário.
Fosse no Templo que fosse!
Kazagrande
|
SALVE DEUS! FAÇAM O FAVOR DE SEREM FELIZES. COMAM E BEBAM; A MESA ESTÁ POSTA! SALVE DEUS
domingo, 15 de fevereiro de 2015
Reclamar ou Fazer?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário