Para que se entenda uma das maiores dores pelas quais passa um
ser humano, é a perda de um parente ou de um ente querido.
É um dos momentos em que se sente a necessidade de buscar o
lado espiritual da vida, ansiando por um “contato”, uma comunicação que possa
tranquilizar os familiares e aplacar um pouco a grande saudade que se sente
com a perda.
Em nossos atendimentos nos Templos do Amanhecer, diariamente
encontramos pacientes angustiados por um contato. Mesmo médiuns, com anos de
casa, ao depararem-se com a situação, ficam ansiosos, esperando uma resposta
e por vezes questionando a Espiritualidade.
Meus irmãos e irmãs Salve Deus! Para que se possa obter uma
comunicação com um familiar, existem fatores que devem ser considerados e
inevitavelmente pesados na balança, antes de qualquer revolta:
· As condições espirituais da pessoa desencarnada; O merecimento
dos envolvidos;
· A afinidade do médium que realizará a comunicação, e,
fundamentalmente a utilidade desta comunicação, pois tudo que provêm da Luz
deve ser útil!
Abordemos separadamente cada um destes quesitos:
Um espírito ao desencarnar passa por um período de adaptação.
Um novo “corpo”, uma nova realidade. É outra vida! Existe uma consciência
transcendental a ser despertada, as lembranças de outras vidas, de outros
familiares... O nível de apego do ser, que deixou na vida física, é que vai
determinar o tempo que durará este período de adaptação. Por isso, muitas
vezes a comunicação torna-se prejudicial, pois faz com que o espírito reforce
sentimentos e consequentes apegos, retardando seu processo de adaptação à
realidade espiritual que agora vive. Existem aqueles que libertam-se das
“amarras” físicas e emocionais rapidamente, mas é um processo que pode durar
de horas a anos e anos.
Uma comunicação é uma dádiva dos céus! Por isto existe o fator
“merecimento” envolvido. O merecimento tem que ser de ambas as partes. Do
espírito, já liberado de seus apegos e verdadeiramente encaminhado no plano
espiritual; e da pessoa que solicita esta comunicação... Quais as intensões?
Existe pureza no pedido? A pessoa que pede a comunicação terá o merecimento
de movimentar toda uma estrutura de proteção espiritual para trazer um
espírito recém-desencarnado às condições necessárias de uma comunicação
presencial? Quantos bônus (dos dois) serão necessários para tanto?...
Existe ainda a questão do preparo do médium. Não é fácil ter
uma sintonia tão grande com um espírito que ainda não possui preparação para
incorporar. O médium tem que ser muito puro ou muito experiente, para que, ao
receber perguntas que somente aquele espírito pudesse responder, não turvar a
sua mente com seus próprios pensamentos e acabar no descrédito. O médium
precisa ter uma grande afinidade com o espírito para conseguir passar uma
comunicação precisa.
Finalmente entra a questão da “utilidade”. Será que a
comunicação será útil? Irá fazer com que a pessoa desperte para uma realidade
espiritual, ou somente trará mais dúvidas? E o fator vaidade, não estará
envolvido também? É preciso que uma movimentação espiritual desta grandeza
possa ter uma aplicação útil e beneficie a ambos os lados. Lembremos sempre:
Se é da Luz, é útil! Nada proveniente da Luz é inútil!
Por estes fatores é que, na maioria das vezes, ao pedir a
comunicação com um parente, ou ser amado, nossos Mentores “dão notícias”.
Contam como está a situação do espírito, mas muito raramente permitem a
presença. Mesmo porque, em nossos Tronos, somente uma Entidade de Luz pode
manifestar-se verbalmente. Em alguns Angicais acontecem excepcionalmente
estas comunicações, mas sempre respeitando: condição, merecimento, afinidade
e utilidade.
Salve Deus.
Blog: Aralton do Amanhecer
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