sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Uma lição de Jesus


O Senhor estava em Jerusalém com Pedro, Tiago e João; era sábado. Enquanto caminhavam viram um homem que não via. Era cego de nascença. Pedro perguntou: Se as doenças e as deficiências são causadas pelo pecado, quem foi neste caso o pecador, os pais ou o cego?
Jesus respondeu: Todas as dores, sofrimentos, misérias e aflições são pagamentos parciais de uma ou mais dívidas contraídas. Há uma Lei de retribuição, compensação, reparação e recompensa que nunca falha, e que está sintetizada nesta regra de vida: Dente por dente; vida por vida.
Aquele que prejudicar alguém por pensamento, palavra e por acção é considerado devedor perante a Lei e, da mesma forma, se alguém o prejudicar por pensamento, palavra ou acção. Se alguém derramar o sangue de um homem, tempo virá em que um outro derramará o seu. O sofrimento e a miséria é uma cela de prisão em que o homem deve permanecer até pagar as suas dívidas, a menos que um Mestre o liberte para que tenha melhores condições de liquidá-las.
Vede este homem! Certa vez, numa outra vida, foi uma pessoa cruel e, de modo bárbaro, cegou um semelhante. Por sua vez, os pais dele viraram as costas a um cego desvalido e expulsaram-no da sua porta.
Perguntou então Pedro: Pagamos nós as dívidas de outros homens quando pela palavra os curamos, expulsamos os espíritos impuros ou, os livramos de qualquer forma de sofrimento?
Respondeu Jesus: Não podemos liquidar as dívidas de outros mas, através da palavra, podemos aliviar um homem das suas misérias e sofrimentos, de modo que possa pagar as dívidas que contraiu, entregando de boa vontade a sua vida e sacrificando-se pelos outros homens e outros seres vivos.


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

ORAÇÃO DO PAI NOSSO VALE DO AMANHECER.wmv


Meu filho






A Doutrina do Amanhecer, ou Doutrina do jaguar, explica que o homem que tem conhecimento de si mesmo, aumenta sua intensidade vibratória, e isso é o que acontece nesta tribo de Jaguares. Porque só poderá receber tais iniciações, aquele que tiver todas as suas células despertadas, isto é, a célula mental e a célula etérica, livres de superstições.

 “Mas, interrompeu Nestor, e a humanidade? A senhora falou do Jaguar e do Doutrinador; e como fica o homem comum?”

O Jaguar espera pela humanidade para o próprio adiantamento dela.

Sim, filho, a humanidade e o planeta com seus outros seres estão na luta universal. Seu único objetivo é infundir no homem a necessidade dos últimos preparativos para que essa passagem seja uma conquista harmoniosa. Sim filho, se o homem se mantiver numa doutrina unificante, na passagem das grandes Estrelas, Sívas, Harpásios, Taumantes, Tenários, Tizanos, Cautânenses, Vancários, Sumayas e Sárdios, se ele conseguir a grande fusão e assim souber, espontaneamente, emitir na grande transmutação, ele será protegido e terá a bela condição que é a salvação de uma vida para outra. Porque essas estrelas foram dispostas como um verdadeiro arsenal de forças para a transição de uma vida para a outra.

Meu filho, o mundo está bem perto do inevitável, da transformação que afetará todos os seres de corpo humano. Então filho, sabemos que não podemos ficar a mercê dessa transformação olhando para o céu, se sofremos os desatinos de nossos destinos cármicos.

Mas, nada temos a temer, pois é sabido que a dor faz o homem humilde e o amadurece para Deus. Assim será a situação do homem brevemente, diante do imenso painel da realidade universal.

“E como a senhora vê esse painel?”

Vejo que as coisas que hoje desperdiçamos nos faltarão amanhã. Sem saber que já amanheceu, o homem chorará a falta do céu azul, do sol, da lua e das campinas verdejantes. Sem saber onde pisar ele estará correndo o grande perigo da desintegração. Enquanto isso, filho, o homem que já adquiriu as suas asas, esse estará provido da candeia viva e resplandecente, na sua jornada missionária para alimentar e reintegrar os que perderam a sua rota.

“Será então, a escuridão de que falam as profecias?”

Sim filho, a escuridão é a falta de visão, do conhecimento das coisas do céu, do homem que é conduzido pela sua mente sem Deus, e que por isso poderá perder a sua rota e entrar no processo de desintegração.

 Eis o perigo dos que levam a vida na inconsciência, sem saber o que está acontecendo acima ou abaixo de sua cabeça. É triste, muito triste. Filho, como era triste a vida sem o Doutrinador.

Pense na falta de luz, tendo os pés na beira dos pântanos.

Entretanto, Deus, o Grande Deus, o imenso farol deste universo, que nos deu Jesus seu filho, que tanto sofreu por nós, e cujo grandioso exemplo de amor continua a emitir do céu luzes para quem precisa, ou para quem já passou o tempo de brincar, e está consciência de sua jornada evangélica.

A esse homem nada lhe falta, pois ele sabe que a hora é chegada pela presença do Verbo que segue a luz evangélica de Nosso Senhor Jesus Cristo, servindo de uma vida para outra, desintegrando e reintegrando na força absoluta de Deus Pai todo poderoso.

E isso é que representam as Divinas Estrelas do Sétimo Verbo, da origem do Santo Verbo Encarnado, Deus, Pai e Filho. São elas, Acelos do 2º Verbo, Ceanes do 2º Verbo, Geiras do 3º Verbo, Gestas do 3º Verbo, Gertais do 2º Verbo, Xênios do 2º Verbo. Vanulos do 3º Verbo, Mântios do 2º Verbo, Taíses do 3º Verbo. São as estrelas que trazem a faixa evangélica e iniciática da vida e da morte.

Nesse ponto a noite já se alongava silenciosa e o Solar dos Mestres, como era também chamada a Estrela Candente, se fazia silencioso, ouvindo-se apenas o chiar do Nêutron, a chamada voz do Silêncio. Nestor ajudou-a se erguer e a foi conduzindo lentamente para o carro. O Jaguar Executivo procurava memorizar o mundo de coisas que acabara de ouvir. Neiva lendo seu pensamento parou ofegante e sorriu. Não se preocupe Nestor que vou lhe dar tudo isso escrito.

Do livro “Minha vida meus amores”

A Doutrina como eu a conheço


Meus irmãos e irmãs,
Salve Deus!

A Doutrina do Amanhecer é uma Doutrina Crística, ou seja, fundamentada nos valores do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, que sabiamente foi sintetizado em Amor, Humildade e Tolerância.

Tia Neiva agregou os conceitos de família e união entre nosso povo e nosso Mestre Tumuchy, os conceitos científicos. Assim, embora com todos os aspectos religiosos e ritualísticos, estes sempre devem sem esclarecidos sob a Luz da Razão e com explicações plausíveis para cada gesto, movimento ou palavra. Nada em nossa Doutrina é sem explicação, tudo tem um “porquê” e a Luz da Razão não pode permitir esclarecimentos que “agridam a inteligência”. Devemos ter RESPOSTAS!

Como espiritualistas por definição, entendemos que nossas famílias biológicas são, na maioria absoluta das vezes, reagrupamentos kármicos, cuja dificuldade de convivência faz parte de nossa evolução.

Não é diferente no Templo, onde reencontramos desafetos de vidas passadas, porém ali estamos unidos por um ideal comum: curar e encaminhar espíritos! Este nosso ideal missionário, que, se compreendido, pode nos levar a formação de uma grande família espiritual.

Nossos Mentores se apresentam como “pai, mãe, vovô, vovó”. Pai Seta Branca é nosso Pai, não se apresentava como o espírito do Grande Simiromba de Deus que é. Em suas mensagens sempre trazia a comoção do “menor dos pais”, “quero ser pequeno para caber no coração de cada um”. Tia Neiva não pedia para ser chamada de Koatay 108, era apenas “Tia Neiva”, ou nossa “Mãe Clarividente”.

Entendem a sutilizada das mensagens nestas apresentações?

A Espiritualidade deseja que o Jaguar forme uma grande família! Que os Adjuntos e suas respectivas Ninfas sejam aqueles que unificam um povo para servir na Luz de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Um dia, quando este grupo espiritual denominado “Jaguares”, assumiu sua primeira missão neste planeta, chegaram como uma grande família, mas sujeitos aos enredos kármicos da vida física, endividaram-se mutuamente, e Pai Seta Branca assumiu o difícil compromisso de nos resgatar pelas missões que poderíamos ainda realizar.

Hoje estamos em nossa última missão na Terra! Sim! Temos nas mãos todas as ferramentas para evoluir e fazer desta, a nossa última encarnação neste planeta. E tudo que precisamos é trabalhar espiritualmente e agregar os valores do Evangelho: Amor, Humildade e Tolerância! E somar os conceitos de união familiar e conhecimento.

Não nos pedem a santidade... Não nos pedem nada que interfira em nossas personalidades, exceto a abstinência ao uso de álcool e drogas (apenas por questões técnicas). Porém, nos dão tudo no fiel cumprimento da jornada! Nos explicam que pelo nosso padrão vibratório podemos ser senhores de nossos destinos e ter tudo que é necessário para vivermos bem e felizes ainda neste plano. Qualquer mudança deverá vir de dentro para fora e por sua própria vontade e decisão.

Estes textos são apenas uma lembrança para o “despertar”! Não demorem tanto tempo para começarem a ser felizes! Libertem-se dos apegos, sorriam para seus irmãos e eleve sempre, sempre, sempre, seu padrão vibratório!

Como eu gostaria de ter entendido tudo isso há muito mais tempo!


Kazagrande

O Julgamento



                                                JULGAMENTO
                                      O PRINCIPIO DO JULGAMENTO
Salve Deus!
“Com o mesmo peso que julgar, serás julgado”. Esta frase do evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo é bastante profunda. Faz-nos reflectir sobre essa difícil acção de nos vigiar e não julgar nossos irmãos e não só eles, como também, qualquer pessoa.
Julgar alguém é atribuir a ela um valor. Porém este valor é arbitrado por nós, nós julgamos segundo nossos conhecimentos, nossa consciência e nossos valores.
Em nossa doutrina, principalmente quando o número de médiuns é menor, a convivência mais estreita, dá oportunidade para que o “julgar” seja uma prática comum.
Nesta acção o Presidente Adjunto,sua Ninfa e seus colaboradores mais próximos são os alvos escolhidos e mais atingidos nesta acção maldosa de julgar.
O Adjunto ao formar seu povo, entre eles estão muitos daqueles que querem seu lugar.
Em nossa doutrina o poder do Adjunto é circunscrito ao ambiente mediúnico, fora do mesmo; é um individuo como tantos outros. Mas o interessante é o quanto esse “poder” exerce um desejo de tê-lo, principalmente naqueles que não tem condição espiritual, moral, social ou financeira para detê-lo. Se pensarmos bem a condição de um Presidente Adjunto, seu vice, enfim...Seus colaboradores que privilégios tem a não ser arcar com as responsabilidades da condução total de um templo do Amanhecer. Que logro, ou vantagens tem um Adjunto? Com certeza a não ser o cumprimento de sua missão e ser alvo de comentários tristes
Quantas vidas já foram marcadas para sempre ante a força dos Gregorinhos (como dizia Tia Neiva) em nossa doutrina. Quantas famílias dilaceradas, que são levadas a viver a dor da separação, motivada apenas pela acção fulminante do julgamento... Mas fica uma pergunta cuja resposta é óbvia... A responsabilidade e o ónus de tal acção, fica por conta daquele que julgou.
No anfiteatro ,quando o véu da vida for cerrado, quando a verdade universal prevalecer, encontrar-se-há aquele que foi caluniado e o caluniador. Nesta hora de nada valerá esconder, pois é impossível esconder de si mesmo. Diante de Ministros, Cavaleiros e seu guia a verdade haverá de ser mostrada em todos os seus detalhes.
Na história de Ditinho há um episódio em que uma Mãe acusa seu filho de ter roubado jóias para lhe presentear. Depois no momento da verdade ela se arrepende amargamente ao encontra seu filho no plano espiritual e tem que lhe pedir perdão.
O pressuposto é que quando se entra para uma doutrina como a nossa, o desejo é de melhorar-se, burilar-se, morrer em nossa personalidade profana,transitória e renascer como um missionário,um iniciado. E este é o sentido e razão de nossas iniciações. Deixar a individualidade moldar a personalidade difícil que carregamos connosco. Sem considerar os juramentos que fazemos e não percebemos.. “Oh jesus este é teu sangue.....”
Pense,se avalie,modifique-se...E encontrarás o segredo da Magia de Nosso Senhor Jesus Cristo...
Gilmar
Ad Adelano

domingo, 24 de novembro de 2013

O Médium Doutrinador


                                         O MÉDIUM DOUTRINADOR
Pelo Trino Presidente Triada Tumuchy!
É o médium cujo ectoplasma se acumula na parte superior do corpo, do peito para cima, predominando na cabeça. Quando ele se mediuniza, isto é, estabelece sintonia entre seu sistema psicológico e seus chakras, seus sentidos se activam acima do normal. Como consequência imediata, sua percepção fica mais apurada, mais alerta. Com a tónica circulatória predominando na cabeça, os órgãos inferiores diminuem a actividade, principalmente na área do sistema neuro-vegetativo.
A partir daí, ele começa a emitir uma onda fluídica com a parte superior do corpo, principalmente pela boca e pelas narinas.
Essa onda estabelece um canal fluídico entre os plexos superiores e os chakras correspondentes. Seu sistema psicológico passa a receber as influências dos chakras que, por sua vez, são activados pelo plano vibratório do mundo espiritual. O Doutrinador se torna, então, receptivo aos espíritos de sua sintonia.
Essas emanações são filtradas pelo sistema cerebral, e o Doutrinador emite sua doutrina, isto é, fala, pensa, escreve, cura, consola e executa sua tarefa Mediúnica.
Esse é o sentido amplo da doutrina. Ela não é, apenas, um conjunto de palavras bem articuladas e com boa construção literária. Também, não é simples pensamento bem elaborado, representando ideias precisas. É, essencialmente, emissão de energia positiva, que tanto pode se manifestar por palavras como pela aplicação das mãos, pelo olhar e até pelo simples pensamento dirigido.
Essa realidade do Doutrinador tem algumas implicações que não podem passar desapercebidas: 1º) O fenómeno existe e funciona, mesmo que o Doutrinador nato não saiba disso; 2º) a emissão fluídica tanto pode ser positiva como negativa, na dependência do campo de sintonia do Doutrinador. Nos estados de ira, de cólera, de angústia, de medo ou de ansiedade, a polarização das forças é, essencialmente, dos plexos nervosos. Nesse caso, os chakras se fecham, e a pessoa entra em curto-circuito, que pode produzir resultados funestos. O sangue que aflui ao cérebro se carrega de partículas tóxicas e produz descargas em todo o organismo. O médium Doutrinador não desenvolvido é um candidato natural à apoplexia, aos enfartes e derrames.
Pelas razões expostas acima, o Doutrinador é o médium por excelência, o intermediário entre os planos e o responsável pelo fenómeno mediúnico. Sem a presença de seu ectoplasma, é difícil a realização do processo, no qual ele actua como catalisador.
A manifestação de sua mediunidade é feita través da sua psique normal e esse fato inspira confiança, em virtude da plena responsabilidade em quaisquer circunstâncias. O Doutrinador não sente arrepios, perdas de consciência, nem tem descontroles emocionais, comuns em outros médiuns.
O desconhecimento desse tipo de mediunidade leva a considerar o Doutrinador como um ser humano que não tivesse mediunidade, atitude essa que tem tirado a oportunidade de realização a muitos.
Por outro lado, a tentativa de desenvolvimento da mediunidade de um Doutrinador nato pelos plexos inferiores, leva a complicações de consequências imprevisíveis.
A memória transcendental estabelece, para o ser humano, o momento para cada etapa fundamental de sua trajectória. O exercício da mediunidade tem um tempo certo para começar. Quando essa cronologia não é observada a Natureza põe em funcionamento os sinais de alarme. Estes aumentam de intensidade na proporção em que não são atendidos.
Nesse ponto, torna-se necessário lembrar ao leitor que o exercício da mediunidade não é feito apenas no Espiritismo. Se assim fosse, o mundo seria habitado somente por desequilibrados. Mas, por outro lado, apenas a vida comum, o mundo da personalidade transitória, não satisfaz às demandas mediúnicas. Isso explica, em parte, a busca eterna da realização religiosa, política ou idealista. O ser humano sempre precisa de algo além da sua simples sobrevivência. O Mediunismo se apresenta, actualmente, como a solução mais objectiva.
O Doutrinador potencial, quando se apresenta ao grupo mediúnico, demonstra, em geral, ter a vida desequilibrada e ser dominado pela angústia, pela descrença, agressividade ou passividade excessiva.
Fisicamente, queixa-se de dores de cabeça, distúrbios digestivos e incómodos cardíacos. De modo geral, esses incómodos cardíacos já foram objecto de cuidados médicos e desanimaram o clínico pela falta de causas definidas.
Submete-se, então, o paciente a um trabalho mediúnico, em que haja absorção do ectoplasma excedente no organismo. A melhora quase instantânea é a melhor prova de que estamos na presença de um Doutrinador.
Depois dessa experiência, se ele aceitar a ideia de trabalhar espiritualmente, deve ser submetido ao exercício de sua mediunidade, a começar pelos processos físicos. Durante um período mínimo de três meses, ele deve trabalhar uma ou duas vezes por semana, doutrinando espíritos incorporados, ministrando passes magnéticos e conversando com pacientes que procuram o tratamento espiritual.
Por tendência natural, o Doutrinador tem interesse na cultura intelectual. Tenha escolaridade ou não, ele sempre absorve o aspecto intelectivo do meio em que vive.
Sua apresentação, pois, é cheia de justificativas, explicações e demonstrações de conhecimentos. No seu arrazoado, predomina a análise com tendências ao cerebralismo. Nisso ele revela certo bloqueio à recepção espiritual. O racionalismo excessivo impede o contacto com o transcendente.
A alimentação do intelecto, nesse caso, é somente horizontal, isto é, nutrida, apenas, pelas ideias elaboradas por outros, remodeladas num transformismo contínuo, que nada cria. É uma psique saturada.
Paralelamente à desassimilação ectoplasmática, o médium deve ser submetido a uma confortável desassimilação intelectual. Durante algum tempo, ele deve se abster de leituras, experiências e pesquisas mais sérias; isso irá aguçar sua curiosidade, mas descansará sua mente. Esta, sem o bombardeio das informações formais, começará a sintonizar as antenas com o mundo chákrico e, mais além, com o mundo espiritual.
Nesse período, ele deve receber, apenas, as informações essenciais à técnica da mediunização, um subtil fenómeno da Natureza, mas de fácil alcance. Na vida comum, ele pode ser verificado nos momentos dramáticos, quando os acontecimentos superam o senso comum e o ser humano apela, automaticamente, para o transcendente.
O Mediunismo provê a mediunização por meio de chaves, mantras e o ritual em geral. Em última análise, é um problema de disponibilidade de ectoplasma e de focalização da consciência.
Sem dúvida, o sucesso de um Doutrinador depende de sua capacidade de mediunizar-se. Pela sua própria natureza, ele é um impaciente, e tudo que lhe acontece em torno o incomoda. Tem tendência para dar ordens e organizar as coisas. Gosta de falar, mas não de ouvir, provocando, com isso, reacções desfavoráveis à sua actividade.
No estado normal, sob o domínio da personalidade, ele manifesta seu temperamento, sua cultura e seus preconceitos, nem sempre agradando.
Ao mediunizar-se, porém, ele entra em sintonia com seu espírito, portador da experiência milenar, e com o plano em que se acha. Seus Guias encontram acesso à sua psique e, através dela, trazem suas vibrações benéficas ao ambiente, no verdadeiro exercício da mediunidade.
Como vimos até aqui, a mediunidade de doutrina revela as maiores possibilidades do ser humano, podendo, sem medo, se atribuir a ela as grandes conquistas da Humanidade.
Se pensarmos em termos da iluminação intelectual, mediante o processo mediúnico, chegaremos à conclusão de que a revelação mística não é antagónica ao processo científico, e tem sido a base da evolução humana. Com essa reflexão simples, colocaremos as religiões no lugar que lhes compete e partiremos mais tranquilos ao encontro do nosso futuro.
Qualquer ser humano, por modesto que seja em seu mecanismo intelectual, pode ser o portador da experiência transcendente. Basta, para isso, que se disponha a servir o seu próximo nas normas evangélicas e conheça as técnicas do Mediunismo.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Mediunidade Psiquica e Mediunidade Espiritual



O Espírito é algo que se destacou do Todo e, como consequência, se individualizou, se tornou uma “Individualidade”. O Indivíduo-Espírito pela própria natureza, apresenta características, tendências, preferências e objectivos que são somente seus, que o destacam de outros Indivíduos-Espíritos.
Para encarnar, isto é, para percorrer por certo tempo este Planeta, seguir a estrada que o levará, num futuro talvez remoto, à desindividualização, isto é, à sua reintegração no Todo, ele é obrigado a se adaptar ao corpo físico, cujas manifestações se fazem pelo processo sensorial de estímulo-resposta, chamado Alma.
 Esse conjunto Corpo-Alma forma a Personalidade. Personalidade significa a aparência física, a constituição do corpo, as tendências, a educação recebida, ou seja, “aquilo” que foi feito ou se fez no mundo físico, no Planeta, para a manifestação do Indivíduo-Espírito.
Essa é a lei da Terra, a Lei crística, em seu aspecto peculiar da encarnação.
Ao se submeter a esse processo, o Espírito aceita completamente o facto de que terá que se manifestar, exercer a sua programação, caminhar para seus objectivos, dentro dessas condições difíceis. A formação da Personalidade já é meio caminho andado na realização cármica.
Por mais que faça, o HOMEM, dificilmente pode modificar sua personalidade, a não ser em termos de mudança de comportamento. Essa mudança entretanto, a não ser que seja feita em consonância com os objectivos do seu Espírito, será angustiosa, transitória ou auto aniquilante.
O conhecimento e a utilização da Força Mediúnica devem ser paralelos ao reconhecimento da existência do Espírito Transcendental, do próprio Espírito, sob pena dela ser apenas a exteriorização da Personalidade. Em resumo, o desenvolvimento da Mediunidade apenas fenoménico, sem um objectivo Crístico, ressalta as qualidades ou defeitos do Médium e o torna apenas intermediário entre ele e o mundo que o cerca.
Pode ainda acontecer dele, na sua cegueira personalística, ser intermediário de Forças Horizontais, não criativas e às vezes até destrutivas. Nesse caso ele se torna um Médium apenas psíquico, isto é, ele dá vazão a conceitos, ideias e conselhos de sua própria lavra ou de Espíritos do Plano Terreno, ou seja, formas e valores não criativos, apenas transformistas.
Esse fato simples e objectivo é que separa o joio do trigo, o que é Crístico e o que apenas não é. É fácil de se saber quando isso acontece, bastando seguir-se a regra evangélica de que a “árvore se conhece pelos frutos”… A Mediunidade desenvolvida paralelamente ao esclarecimento doutrinário, apresenta um quadro totalmente diferente.
O Médium começa por apreender as emanações e os anseios transcendentais de seu próprio Espírito e, graças a isso, ele se harmoniza com sua linha cármica. Ele muda as perspectivas, a visão da vida e muda seu comportamento por um processo íntimo de plena convicção. Ele passa a ver o Mundo com maior descortino, se torna mais abrangente e com isso sua vida se equilibra. Ele passa a ser uma pessoa que irradia simpatia e interesse pelo seu próximo. A partir daí se torna possível seguir a Lei do Perdão, do Amor, da Tolerância e da Humildade.
Nessas condições isso é feito sem constrangimento, sem que a pessoa tenha que se violentar, sem provocar tensões internas, geralmente causadoras de revolta. Nessa linha de sintonia com seu Espírito transcendente ele atrai para si as emanações dos Espíritos Superiores, de seus Guias, seus Mentores, e passa a ser porta-voz desses Espíritos. Esse é o Médium Espiritualizado, o Médium através do qual vem a cura, o alívio e a esperança dos que são atendidos por ele. Temos assim uma ideia clara do que seja a Mediunidade puramente Psíquica e a Mediunidade Espiritual. Entretanto é preciso saber que o Ser Humano não é estático, sempre o mesmo. Ele varia a cada momento e seus estados se alternam conforme as influências a que é submetido.
Como consequência, sua Mediunidade pode variar e se apresentar ora de uma forma, ora de outra. Por
isso é que a prática da Mediunidade deve ser feita no âmbito de um conjunto doutrinário, com regras ritualísticas e a vigilância dos Mentores. Em nossa Corrente, para melhor garantir a autenticidade, todo trabalho mediúnico é feito pela unidade dupla Apará – Doutrinador.
Só o Doutrinador tem as condições necessárias para discernir as manifestações e saber quando as coisas vêm do Médium ou dos Guias, qual a dosagem de Psiquismo existente no trabalho e até que ponto esse Psiquismo não prejudica o trabalho. Afinal ninguém é perfeito e qualquer um pode cometer erros.
O importante é tirar o melhor partido de cada situação e fazer com que o Médium ajude a si mesmo, enquanto ele está ajudando o seu próximo. Só uma atitude de Amor e paciência pode conduzir o fenómeno mediúnico para resultados positivos a todos que dele participam. Para isso é preciso haver uma atitude desassombrada e de compreensão, de que somos todos Espíritos a caminho e que o Ser Humano dificilmente mistifica deliberadamente.


Trino Tumuchy, Mestre Mário Sassi – IPM 04

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Aula de Evangelização



Salve Deus, meus mestres! Imaginem um mar encapelado, ondas muito fortes. Um mergulhador, mergulhando fundo, e, lá em baixo, toda uma tranquilidade. Os peixes nem se dão conta da tempestade que está lá em cima! Assim é, também, esta Corrente. Ela trabalha no meio do tumulto e da confusão, mas, logo acima de nossas cabeças, há toda uma tranquilidade. Pai Seta Branca navega neste espaço sideral, comandando esta amacê com a rota sempre firme, cumprindo fielmente o seu roteiro, sem se importar com o que possa estar acontecendo com os seus tripulantes. Nascem, morrem, sofrem os tripulantes, mas a nave continua seu roteiro... E nós a bordo dela! Isto é a grande segurança. Esta Doutrina do Amanhecer, que é o Evangelho redivivo, está cada vez mais se destacando. Nossa força reside em termos uma concentração, porque uma luz concentrada na escuridão ilumina muito mais do que muitas luzes na confusão. A concentração de luzes é a nossa grande força. É por isso que sempre há dificuldade de se fazerem as coisas fora daqui. Em termos desta concentração, pedimos ao Divino e Amado Mestre Jesus que as forças possam descer sobre nós, para que nossos corações fiquem abertos à recepção das coisas que serão trazidas nesta reunião e neste curso. Além da tranquilidade e segurança habituais com que trabalhamos, faça com que tenhamos a conscientização necessária à compreensão das coisas. Nós sempre falamos em Evangelho e, agora, a preocupação da Espiritualidade é a Evangelização. Para o Vale do Amanhecer, a Evangelização significa tornar os mestres conscientes dos fatos e das coisas que eles vêm fazendo. Trata-se de transformar em síntese objetiva um fato que é diluído em todos os recantos da vida. Evangelizar é transformar em síntese este trabalho ininterrupto, que já tem vinte e quatro anos de existência. Quando se fala em Evangelho vem logo a ideia da Bíblia, o que nos dá sensação de culpa, pensando que no Vale não se lê a Bíblia e, portanto, não se conhece o Evangelho. Mas, em certa oportunidade, pensando assim, comecei a ler o Evangelho – o do Pastorini, que me pareceu ser o de mais fácil assimilação. Depois de determinado tempo, senti que começava a me distanciar das coisas do Vale. Aí, fiz uma consulta à Clarividente, que me aconselhou a não ler mais. É que eu estava entrando no caminho das mesmas velhas estradas, de todo mundo que pega a partir do livro escrito como sendo a base de tudo, para que se construíssem todas as religiões do planeta e que, até hoje, não se entendem e vivem discutindo. Existe muita gente que está ficando obsidiada pela preocupação do formalismo do Evangelho. Este fato, que para nós parece ridículo, tem impressionado milhões de pessoas! No Vale do Amanhecer não existem estes fatos porque, partindo da clarividência, Tia Neiva seguiu para a vivência do Evangelho em todo o seu conteúdo. Vivência do Sistema Crístico, porque Jesus nada escrevia. Os Evangelhos foram escritos depois, pelos seus seguidores. A preocupação destes seguidores levou a que se colocasse tudo em torno deste livro. O verdadeiro Evangelho – a Boa Nova – é todo o sistema que Jesus implantou, mesmo antes de sua encarnação. Já havia sido preparado o terreno, a reorganização de todo o relacionamento do Homem com o mundo espiritual. O Vale vive o Evangelho real como um todo, e nós, que vamos lidar com pessoas preparadas em termos de hábitos, palavras, construções, teremos, então, de conciliar em nossos espíritos, para ver onde se enquadra, no Evangelho, aquela parte que está sendo tratada. Precisamos ter, portanto, uma referência do livro sem, entretanto, ser necessário ter um livro para consultar a todo instante. O que você precisa saber é a essência do Evangelho, que, em nosso meio, se resume nas palavras: amor, tolerância e humildade. Nós sabemos quais ensinamentos do Evangelho atingem mais diretamente a nossa vida. Assim, quando nos foi ensinado o Sol Interior, quando nos ensinaram que o ser humano é trinário e não binário, quando nos ensinaram que o Homem, para se harmonizar, precisa ter os três reinos da Natureza em harmonia e em sintonia, a partir daí estamos recebendo coisas que foram contidas em todos os ensinamentos de Jesus, mas que nós recebemos da maneira como se fosse uma novidade atual. Na verdade, ela já existia, e nisto se constituiu a verdadeira busca. Aqueles que tiverem mais tempo para ler vão descobrir maravilhas a partir de agora, destas revelações que vão sendo feitas aqui, para que depois, pegando o Evangelho, venham a encontrar aquelas coisas que são explicadas. Temos agora, em nossos corações, a chave do Evangelho! Em um trecho do Evangelho, os apóstolos saíram com Jesus num barco pelo lago de Genezaré. No meio da viagem, surgiu uma tempestade, e logo as águas se encapelaram. Os apóstolos começaram a ficar preocupados com um naufrágio iminente, enquanto Jesus dormia profundamente. Os apóstolos resolveram acordá-Lo: “Mestre! Desperta que morremos!... Vamos naufragar!” Jesus acordou e, calmamente, disse: “Ora, por que temeis, homens de pouca fé?” Ele fez um gesto. As águas se acalmaram e a tempestade passou. Só depois vim a perceber que aquele episódio era simbólico. Jesus se referia às tempestades de nossa vida, em que temos dificuldades para despertar nosso Cristo interior. O barco era o barco de nossa própria existência, era nossa própria vida. Vejam, pois, a interpretação literal e a interpretação dentro do que já aprendemos aqui, nesta Corrente. Falamos em individualidade. Jesus disse: “Eu sou o caminho da Verdade e da Vida!”. “Eu” será Jesus? Não. Jesus se referia à individualidade, ao “Eu Superior”, aquele “Eu” que existe dentro de cada um de nós. É o “Eu” transcendental, que já existia antes de nós chegarmos à encarnação. Então, se dentro de cada ser humano existe uma partícula crística, a partir do momento em que Jesus organizou o sistema todos os seres humanos nasceram com esta partícula dentro deles. Se “Eu”, ser superior transcendental, sou capaz de ser o meu caminho da Verdade e da Vida, eu estou com Jesus porque Ele está dentro de mim! O encontro do nosso espírito com o caminho da Verdade e da Vida é que vai determinar a nossa Verdade. Pelo sentido de interpretação literal, a frase significa que “fora de Jesus não há salvação!” Mas a verdade, pura e simples, é que Jesus está dentro de mim, porque faço parte do Sistema Crístico. É aí que o Vale do Amanhecer está demonstrando sua grande capacidade, pois recebe homens pouco ilustrados, de qualquer natureza e de várias procedências, e os transforma em poderosos missionários, trabalhando com precisão iniciática. Assim, mergulhamos na nossa individualidade. Recebemos nosso Cavaleiro, recebemos nossas origens, nossos graus hierárquicos, tudo na nossa individualidade. Somos poderosos apóstolos, trabalhando com precisão iniciática, porque foi despertado este “Eu Interior” que existe dentre de cada um. Nós vivemos o Evangelho sem nunca termos lido o Evangelho! Ultimamente, sentimos que não estamos em condições de assumir, de imediato, os graus hierárquicos que recebemos, porque temos que vencer determinados carmas para podermos chegar lá. Recebemos um direito de herança, mas precisamos nos colocar à altura dela. Os mecanismos são muito simples: basta observar a ideia da tolerância, do amor e da humildade, e chegar a compreender o que é o amor incondicional. Assim, mergulhamos automaticamente no Sistema Crístico. A filosofia cristã é toda esta série de controvérsias, que há dois mil anos existe no planeta, por divergências de idéias, de palavras e de construções. Mas, o Sistema é totalmente diferente. A filosofia faz parte do Sistema como sua parte mais negativa. O Sistema é completo e a filosofia é só uma parte do processo. Como nós recebemos o Sistema diretamente, não precisamos de leituras de livros, etc. O Evangelho redivivo, como diz Tia Neiva, é o Cristo caminheiro, o Cristo que caminha! Nós temos o Livro da Vida para ler, todos os dias. Basta analisar os fatos do dia a dia. Quando nos desesperamos por qualquer fato adverso em nossa vida, por que não despertamos o Cristo existente dentro de nós? Se o fizermos, vamos sentir que aquilo estava previsto. Como turma de Instrutores, temos que nos familiarizar com os ensinamentos bíblicos, porque temos que transmitir os ensinamentos e estarmos em condições de dialogar com todos os tipos de pessoas. Vamos, então, nos colocar na situação de mestres e nos conscientizar de que o Evangelho é a Vida, a “Boa Nova” da Vida! Vamos transformar esta conscientização em fatos que possam melhor atender às nossas obrigações de Instrutores. As cartas, que estão publicadas desde 1976, têm todas estas interpretações de forma bem discutida, para aqueles que desejarem mais se aprofundar no assunto. Quando Tia Neiva fala na formação do plexo, na formação do ininterruptível, são coisas que estão dentro do Evangelho, mas que já estamos aprendendo de maneira direta, experimentando. Sentimos quando nosso ectoplasma está pesado. Estamos vivendo o Evangelho total, em todos os seus aspectos possíveis e imaginários. É o Evangelho vivo, que nós estaremos transmitindo a vocês, até que Tia Neiva tenha condições de fazê-lo pessoalmente. Salve Deus!.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Reajustes na Tribo



Os Jaguares de Seta Branca já tiveram várias encarnações coletivas, assim nos relatou Tia Neiva. Estivemos juntos na formação das primeiras grandes civilizações e impérios. Sofremos o exílio cigano, voltamos nas grandes mudanças das revoluções industriais e Francesa. Vivemos a escravidão do Brasil-Colônia e chegamos ao Vale do Amanhecer com sua Doutrina Científica-Crística-Espiritualista.

No transcurso de tantas jornadas conjuntas, naturalmente tivemos nos desafetos. Geramos entre nós mesmos um ciclo kármico, pelas nossas desavenças e incompatibilidades. E hoje nos reencontramos sob a Luz do Santo Evangelho. Porém, mesmo os mais esclarecidos em nossa Doutrina, por vezes se esbarram com os ditos “cobradores encarnados”, ainda presos à personalidade e distantes da Individualidade do Espírito do Jaguar que os habita.

Consideremos que muitos de nós ocuparam postos de destaque na história da humanidade, tiveram o Poder Temporal em suas mãos e hoje vivem a humilde encarnação de missionário, porém presos a uma arrogância natural do caráter de um grande líder.

Esta arrogância é superada pelas lições do Evangelho: Amor, Humildade e Tolerância! Ensinamentos do Divino Mestre que permitiu nossa reunificação. Mas... Cada um tem seu tempo! Alguns rapidamente, ao aprenderem a mediunizar-se, colocam-se me contato com o próprio espírito e entendem sua real missão neste Terceiro Sétimo. Mas outros ainda sofrem suas próprias incompreensões, perdas e sentem o apego a algo que ficou gravado em suas consciências transcendentais.

Nosso dever, como discípulos do Evangelho, é tolerar! Tolerar sempre! Auxiliar a quem pede ajuda, mas jamais querer empurrar goela abaixo a compreensão que também demoramos em absorver... Embora certas vezes dê vontade!

Estamos em uma encarnação privilegiada! Temos tudo em nossas mãos para evoluir pelo perdão, pois vivemos a Era da Lei Crística que rompeu o dente por dente. Envergamos nossas armas de missionários, porém com a consciência de que estas armas estão voltadas primeiramente contra nós... “fira-me se meu pensamento se afastar de TI...”.

Já causamos muito mal aos nossos irmãos em vidas passadas, pois o convívio de líderes é sempre difícil. Assim que nossos “reencontros” nem sempre são os mais felizes. Animosidades naturais surgem sem explicação, e os maus-tratos acabam acontecendo sem uma justificativa plausível dentro da realidade que vivemos hoje.

Resta compreender ao menos esclarecido. Não podemos romper um ciclo kármico se não for pelo perdão: semeando perdão, encontraremos também a Luz do Perdão em nossas horas devidas.

Não julguemos nossos irmãos porque não sabemos o espírito que está por detrás dele. Talvez seja nossa grande oportunidade de evolução!

Kazagrande



Carta aos Instrutores



                                               Carta aos instrutores

OS PRIMEIROS PASSOS PARA O DESENVOLVIMENTO
Vão entrando os ASPIRANTES! Aspirante é um Médium que, segundo a Espiritualidade, está prestes a se desenvolver.
Vão se sentando em lugar previamente preparado.
Após receberem a prática do 1º Mestre Tumuchy, os Instrutores, contados por
falanges, os vão conduzindo e colocando a palavra em seus corações.
O médium, em geral, tem a mediunidade na mente, e é hora de tirar os seus reflexos negativos pelos positivos, com muito cuidado, sem apavorá-los.
Tudo é Deus, tudo é bom, desde que não se insista em andar errado.
Dizemos que a mediunidade é um factor biológico, que se altera no plexo mil vezes, do seu infeliz condutor, daqueles a quem chamamos de grandes médiuns! Sim, esta mediunidade, alterada por qualquer desequilíbrio psíquico, começa a encharcar o fígado, o baço, enfim, se fazendo cada vez mais infeliz.
Ser um Doutrinador... Ser um Apará... Estão na mesma situação! Não há distinção de mediunidade, porque os plexos são idênticos. Não há diferença, absolutamente, a ponto de levar longe suas manifestações. Agora, por exemplo: o Apará ficar como Doutrinador? Sim!
Enquanto Doutrinador, com manifestações de um Apará, são irradiações de um médium passista e, justamente, os perigos: não recebe directamente do Preto Velho e fica com manifestações alteradas, fato que não se passa aqui na Doutrina. As consagrações lhe modificam, seja qual for o caso.
Quanto ao Apará insistir em ser Doutrina, tudo bem. A perda é bem menor, porque está livre de uma interferência. A interferência é proveniente do aparelho com preocupações, sem conhecimento ou vaidoso. Qualquer espírito penetra, e faz sua maldade. Vejam quantas infelicidades poderá fazer!... E de seu plexo nada poderá oferecer. Geralmente, se descrêem da Doutrina, a ponto de deixá-la.
O Doutrinador é responsável pelo que faz o Apará. A interferência de um espírito cobrador em um Trono, como inúmeros casos que eu conheço, por displicência do Doutrinador, pode arrasar a vida de um Homem. Sim, o Doutrinador é a única testemunha de defesa.
A mediunidade deverá ser desenvolvida somente no Templo, com os Instrutores.
Os médiuns Aspirantes devem, em primeiro lugar, receber as explicações sobre o Desenvolvimento do seu fenómeno mediúnico. Por exemplo, como era feito antes e está sendo feito actualmente: Primeiro, o sermão ou aula de prática; depois a técnica, sob os olhos e ao alcance dos Instrutores, quando e sempre lhes explicando o fenómeno do extra-sensorial, que o Apará não vai ver sua incorporação, e que tudo vem de Deus, e só de Deus.
Filho, procure dialogar com o Aspirante, sem intrometer-se em sua vida particular, ensinando-o a respeitar a família - não o documento de casamento. Seja humano acima de tudo, pois a religião consiste em respeito moral. Respeite uma mulher. Se não houver respeito ou se desrespeitar uma ninfa, é como desrespeitar toda a guarda de Pai João, é tê-lo no seu calcanhar, o que não é bom, porque eles não nos castigam, porém nos deixam à mercê de
nossos carmas!
Certa vez uma mulher, de uns vinte anos de idade, que odiava o marido, sem poder extravasar seus sentimentos, pois ele jurou matá-la se ela o abandonasse, chegou aqui para desenvolver.
Seu mestre Instrutor lhe fez uma proposta, ou avançou o sinal da Doutrina, e a mulher começou a gritar... Levantou-se o problema como fenómeno, porém, o caso era outro... E somente agora, com a Prisão, o Instrutor se libertou de sua tão grande falha.
O médium, quando está aflorando a sua mediunidade, fica perigoso. Seja homem ou mulher. A maioria dos casais se desentendem nesta triste fase, sem observar que neste período é que mais recebem vibrações e podem, inclusive, ser atraídos para terreiros, dependendo de suas mentalidades.
O Instrutor, o mestre que se destina, na Lei do Auxílio, a esta espécie de trabalho, realiza o mais difícil, e sua lei passa a ser Humildade, Tolerância e Amor, e tem que usar um pouco mais de Psicologia.
O médium sempre tem razão, sob seus aspectos, e fica intolerante por isso. Os mestres Instrutores nada têm a ver com a situação dos médiuns. Porém, sim, em se tratando de um obsidiado.
O Doutrinador está se preparando para não ter dúvidas - essa a minha insistência! Nos enfermos, pela actuação de uma projecção negativa, obsessiva, a tendência é confundir o ambiente para que não se obtenha um diagnóstico preciso para levar a vítima ao seu objectivo.
Não é muito fácil distinguir a situação precisa do caso. É verdade que a razão não se afasta de Deus.
Deus é absolutamente Fé e absolutamente Razão! Vem, então, o caso dos esquizofrênicos. A esquizofrenia é o mal mais comum em nossos dias. É um caso perigoso de ser diagnosticado, pois são supersticiosos. É difícil, porém, com carinho e força, tudo evolui. Deve ser analisada sem qualquer comentário ao alcance do paciente. Existe a esquizofrenia por uma pena passiva; a esquizofrenia activa e a esquizofrenia hereditária - a mais perigosa, porque envolve toda a família. É um elítrio em cobrança, anulando a personalidade e se reajustando. Nobres entre nobres, espíritos de reais tiranos! E, por último, a esquizofrenia de Horus: O portador é todo diferente, é o mais complicado de todos os médiuns, criando um porte altaneiro, procurando discutir suas teses e, muitas vezes, nos deixa incapacitados de um raciocínio normal. Chegamos até a pensar que suas explicações são convincentes. É preciso, então, uma
psicologia toda especial: Fazer-se humilde, fingindo gostar de seus esclarecimentos, mas, sem perder tempo, instruí-lo sobre a Doutrina, explicando-lhe a elevação cabalística e fazendo-a em seu favor. Esta eu identifico muito bem, porque Horus foi o mais pretensioso rei
egípcio.
Falamos em animismo. Para nós não existe animismo, isto é, comunicação do próprio aparelho. O aparelho, quando está fora de sintonia espiritual ou anímico, os espíritos sem luz têm mais acesso sobre ele, de maneira que o seu padrão fica obsidiado ou obsedado. O obsidiado tem a possessão, ou melhor, algum espírito perseguindo ou protegendo, chamando-o à responsabilidade.
Vem, então, a história de um médium obsedado. É bem parecido com o esquizofrénico, de maneira que ele vai se desenvolvendo e vai melhorando. O obsedado por elítrio tem sua cura feita pela manipulação de forças mântricas desobsessivas, passes e, também, por medicamentos. Agora, vem a história do obsedado que se diz às portas da morte e, inclusive, leva os médicos a crerem e a encharcá-lo com psicotrópicos, choques, etc. A este, pouco podemos fazer. Vem o psíquico que se sente infeliz, desprezado, mal amado: Este é fácil -
desenvolve, e tudo bem...
Logo que chegamos aqui no Vale, apareceu um casal muito lindo. Ela, granfiníssima, universitária, veio desenvolver com convicções kadercistas. Estes pacientes, cujos pais já tinham feito de tudo parta ajudar, disseram para a gente: Nós não conhecemos isso, pois somos católicos. Contudo, a moça desenvolveu, fez a sua cobrança, e saiu bem melhor. Saiu porque os pais estavam envergonhados com sua filha num ambiente que diziam umbandista.
Por último, ela se apaixonou por outro e deu um grande dissabor aos pais.
Estes que eu falo acima, dificilmente continuam na Corrente. Sim,dificilmente se afirmam.
Falando melhor no obsidiado, um espírito de Luz pode obsidiar um médium. Um Caboclo, da Falange Pena Branca, que tem as suas técnicas, pode permitir que um cobrador se infiltre no seu tutelado e levá-lo à obsessão, caso ele esteja caminhando para a sua própria destruição.
Este médium, cuja obsessão foi permitida pelo seu próprio Mentor, entra sempre carregado pelos seus familiares, que o acham muito mal. A falta de religião dos seus pais o fez assim.
Sua cura pode ser bem difícil, ou bem fácil, desde que ele, o portador, se consciencialize.
Ocorre, ainda, o médium epiléptico. É uma das cobranças mais sofridas, em determinadas fases da Lua. Na Lua Nova, por exemplo, o portador fica vulnerável e a passagem é segura.
Não há Doutrina. Porém, as energias de suas heranças transcendentais o curam.
Há, também, meu filho, o perigo dos videntes, que muito nos fascinam. Cuidado, porque, no médium em decadência, a deformação da mente é total. Em consequência, por este desequilíbrio, se apresentam projecções, vozes, etc.
No caminho desta nova jornada, por momentos, podemos sentir o absurdo e o contraditório em nossas condições humana e social. Porém, tão logo haja uma disciplina doutrinária ao alcance deste mundo, veremos juntos o Céu e a Terra.
Teremos que sofrer para vencer as superstições das religiões mal acabadas, religiões que perderam a confiança pela falta de doutrina, religiões que pararam no tempo e no espaço!
Falamos nos fanáticos: São fáceis de curar, caso a sua família não lhe aborreça e comece a amá-lo. Estes médiuns carregam consigo enorme falange de sofredores religiosos. Não podemos comentar, abertamente, na presença de parentes ou dos enfermos psíquicos. Temos que trabalhar sem comentários na Lei do Auxílio.
O médium em desenvolvimento se manifesta pela projecção luminosa e nunca pela projecção de espíritos sofredores, isto é, nunca pelas trevas. Somente os luminosos Iniciados podem, com seus instrumentos, fazer uma projecção em fonia e manifestar-se em um aparelho. É algo tão puro que eu tenho ordens de Jesus para dizer: Está incorporado! Posso, também, deixar de dizer ou de revelar um quadro, com medo da repercussão. As grandes questões que se
apresentam às mentes e como são aplicadas ficam gravadas.
Podemos dizer, também, que as vibrações simples ou individuais podem juntar-se em harmonia e formar, colectivamente, um círculo maior. Quanto maior o número de vibrações positivas, maior o poder de resistir à acção das forças contrárias.
A força, seja qual for o modo de aplicar, é o poder de todas as coisas. Destaca-se que, quanto maior for o círculo das forças espirituais que rodeiam o Homem, maior será sua protecção das forças contrárias. As forças harmoniosas se atraem e as contrárias se repelem. Meu filho, a
mais grandiosa tarefa que temos é a conquista silenciosa desta Doutrina, cultivando a conduta doutrinária.
Vamos dar prosseguimento à exposição relativa aos fluídos, chegando-se sempre na sua actuação no seio da individualidade. Estamos na matéria densa e na análise de suas doutrinas tenham toda a consideração e psicologia possíveis. O narrador conta a sua história com amor
para transmitir o máximo de seu encanto.
O Doutrinador não é simplesmente um Doutrinador, porque o coração do Homem é um santuário de Deus vivo. O certo é que todas as vidas individuais são centros de consciência na vida única. A sensibilidade afectiva se encontra em todas as formas de vida, pois em tudo existe a essência divina e, por conseguinte, aí proliferam o amor e a sabedoria.
Meu filho, nossa obra chegou, agora, a um plano superior de desenvolvimento espiritual, superior aos ensinamentos elementares e às simples manifestações.
É chegada a hora dos Grandes Iniciados. Veremos, num futuro próximo, grandes acontecimentos que se desencadearão aos nossos pés, fenómenos que vão nos ligar deste mundo a outro.
Salve Deus, meu mestre Instrutor! Tenha esta cartinha para a sua individualidade.
(Tia Neiva, 13.9.84)