Comer
carne...
Mestre,
não somos católicos e nem cultuamos o Jesus Crucificado, e sim o
“Caminheiro”, por tanto não deve ter problema comer carne na Sexta-Feira
Santa, estou certo?
Salve Deus! Essa dúvida um dia já foi
minha, e sei que ainda é a de diversos médiuns novatos, e até antigos de
Doutrina do Amanhecer. Por isso resolvi postar diretamente aqui, no “Exílio
do Jaguar”, esta resposta.
Tia Neiva sempre guardou um profundo
respeito pela Igreja Católica, berço de sua educação espiritual. Sentia-se
emocionada sempre que um padre a visitava, fazendo questão de uma especial
deferência por parte de todos.
Em nossa Doutrina, levamos em
consideração toda a jornada missionária de Jesus, mesmo sem fazermos uso da
imagem do “Cristo Crucificado”, ensangüentado e sofrido.
A mensagem de Jesus, o Caminheiro,
traduzida em Amor, Humildade e Tolerância, suplanta a mensagem de martírio
tão necessária para comover os embrutecidos por sofrimentos menores. Jesus,
quando encarnado, sofreu verdadeiramente as dores do corpo físico, e somente
a consciência de sua missão é que o fazia suportar. Não tinha um elixir
milagroso contra as chibatadas, e seu corpo não era etérico. Era carne como a
nossa. Sentiu as dores como nós sentiríamos.
Para responder a pergunta vou
transcrever um trecho da Carta “Partida Evangélica”, escrita por Tia,
em 27 de abril de 1983, relatando um fato de 1958, quando iniciava sua
descoberta missionária.
“...Entramos no
Maracangalha, um restaurante da Cidade Livre. Trouxeram uma travessa de
bifes, por sinal muitos, e era Sexta-Feira da Paixão. Eu tinha o princípio
da Igreja Católica, não levei nada em consideração, e coloquei um bife no
prato.
Naquele instante (na
vibração e na desarmonia em que eu vivia), ouvi uns estampidos, era Mãe Yara.
“Filha, disse ela, continuas como eras. Já estás tão desajustada que te
esqueces dos princípios da Igreja Católica Apostólica Romana? Alerta-te,
cuida dos teus sentimentos. O dia de hoje representa, em todos os planos, os
mesmos sentimentos por Jesus crucificado. Em todos os planos deste Universo
que nos é conhecido, sentimos respeito. Filha, está na hora, devolves o
teu bife para a travessa do restaurante.” Eu estava na companhia de três
pessoas, como já disse e, vi que não comiam carne. Eles ainda não acreditavam
em mim, entre a mediunidade e a loucura. “Como amanhã" – continuou
Mãe Yara – “não irás festejar as incompreensões, as fraquezas daquele pobre
instrumento que foi Judas”...
...Meu filho entre os
diversos conceitos da Igreja que nós respeitamos e, como tornou-se uma
tradição em quase todos os sacerdócios, digo: nós não comemos carne às
quintas e sextas-feiras da semana santa, nós respeitamos estes conceitos.
Eles não nos atrapalham em nossa vida evangélica. E respeitamos as tradições
da Igreja Católica, que foi a base de todas as religiões."
Texto integral desta carta em:
Não é preciso acrescentar nada...
No Templo do Vale do Amanhecer, somente
na Sexta-Feira da Paixão, ocorre uma alteração na rotina dos trabalhos:
No 1º Intercâmbio, abre-se a Corrente
Mestra e o Intercâmbio, fazendo-se a leitura do Evangelho; os faróis se
posicionam na Mesa Evangélica, mas esta não é aberta. Caso haja pacientes
abre-se uma Linha de Passes. Da mesma forma se procede no 2º Intercâmbio,
exceto no que se refere à pacientes, porque não se abre a Linha de Passes. Às
16 horas abre-se a Mesa Evangélica e, a seguir, os demais trabalhos para
atendimento ao público.
Entre 10 e 16 horas, os mestres e ninfas
ficam de honra e guarda, buscando permanecer no interior do Templo, emitindo
mantras e buscando concentração e meditação.
Kazagrande
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SALVE DEUS! FAÇAM O FAVOR DE SEREM FELIZES. COMAM E BEBAM; A MESA ESTÁ POSTA! SALVE DEUS
sexta-feira, 29 de março de 2013
Semana Santa
Curso de Sétimo
"Nós não temos que
nos preocupar com horas trabalhadas ...
temos que nos preocupar é com trabalhos realizados ..." Nestor
Salve Deus,
Meus irmãos e minhas irmãs essa aula é boa pela quantidade de
perguntas que o Primeiro Mestre Jaguar responde. Ainda nessa aula ela fala
sobre as emissões, ainda sem os nomes dos Ministros, Cavaleiros e Guias
Missionárias. A entrega desses nomes foi um trabalho criado após a partida de
nossa Mãe Clarividente, mas foi feito com tanto amor e a dedicação que nos dá
a certeza do seu avinhamento.
Mesmo sem a presença física de Tia Neiva a doutrina nunca parou
de evoluir e hoje continua a crescer. É com esse pensamento que devemos
continuar a cumprir a missão que o Pai nos confiou.
§ A diferença entre mediunização
do Doutrinador e do Apará.
§ A preparação. Cruzar
os braços. O cuidado de fechar o plexo.
§ A entrega/elevação do
espírito sofredor.
§ O que vale mais na
contagem dos bônus.
§ Bebida alcóolica e
tóxicos. Os verdadeiros suicidas.
§ O poder da água
fluidificada.
§ Emissão, Mantras e
Invocação.
§ Esclarecimentos
diversos
§ No final a Contagem
com o Pai Nosso.
Parte 1
Parte 2
curso de Sétimo de 1994 - 5a Aula - Parte 2.mp3
Desejo de aprender sempre, Equipe do Mestre Jaguar |
quinta-feira, 28 de março de 2013
Elisa (uma história real
Elisa aguardava ansiosa o inicio do
trabalho de Leito Magnético. Havia se preparado para aquela data. Trocado o
seu plantão no hospital, encontrado uma amiga para ficar com as crianças e
deixado o jantar preparado para seu marido, que não era da Doutrina. Também
já havia combinado com antecedência com o Mestre da Lança.
Poder participar de um Trabalho de Leito
Magnético era muito difícil para ela. Além de todos os preparativos que
tinham que estar organizados com antecedência, ainda tinha a questão do
horário de entrada, que nem sempre permitia que jantasse antes de chegar, e
de saída, tarde da noite, próximo do última condução para voltar para casa, e
também levar a indumentária para o trabalho em uma bolsa enorme, para não
amassar muito.
Mas fazia sempre com muito amor!
Programava-se para a cada três meses poder estar presente. Queria participar
mais, mas tinha a família, o trabalho material, tudo em considerar.
Quando chega o dia, passava sentindo a
vibração desde que acordava. Às vezes acabava cantarolando um mantra no meio
trabalho e rapidamente olhava em volta para ver se ninguém tinha escutado.
Sabe lá como iam interpretar, afinal, muitos ainda tem preconceitos e seu
chefe considerava qualquer coisa relacionada a espírito como macumba.
A chegada ao Templo naquele dia não foi
diferente. Correndo para poder se trocar e chegar ao Templo confirmando sua
presença no Trabalho.
Aguardava ansiosa o início já
posicionada, marcando lugar!
Ao seu lado, dois Mestres conversavam
animadamente sobre a vida de outro Mestre, que sequer estava presente.
Questionavam suas atitudes, riam de como reagia às provocações, e
conjecturavam maledicências a serem repassadas. Elisa tentava tirar sua mente
daqueles dois encarnados, e sabe Deus mais quantos Alaruês que deveriam estar
em volta.
Mas estava difícil. Em pleno Setor
Evangélico, na preparação para um trabalho tão grandioso como o Leito
Magnético, ficavam desperdiçando suas energias e criando uma vibração contra
um irmão. Quando perceberam que ela talvez estivesse escutando, aumentaram a
voz passando a se justificar, falando um para o outro que estavam certos, e
que o Mestre em questão realmente era um desequilibrado.
Elisa refletiu naquela palavra
desequilíbrio...
Fosse verdade ou mentira a história, as
vibrações geradas com certeza iriam contribuir para o desequilíbrio daquele
Mestre. Centuriões vibrando contra um irmão! Salve Deus!
Fechou os olhos por um instante pensando
em como poderia sair dali para não mais ouvir aquelas coisas. Respirou fundo
e abriu os olhos e percebeu que os mestres em questão estavam olhando para
ela:
- Ninfa, a senhora
está passando bem?
- Salve Deus, mestres!
Agora estou... Lembrei da carta de Tia que li hoje, alguma coisa assim: A
aura capta as forças pela ternura dos seus bons pensamentos. Só conhecemos
que estamos evoluídos quando não estamos nos preocupando com os erros dos
nossos vizinhos! Estou bem meus irmãos, obrigada!
Falou assim, sem pensar, sem maldade,
apenas deixou fluir o quê chegou a sua mente repentinamente, enquanto buscava
sintonia.
Os dois calaram-se. Não trocaram nenhuma
palavra e seguiram para seus lugares. O poder daquelas palavras de Tia Neiva,
fez com que entendessem o quê se passava. Sentiram a lembrança e a própria
presença da luz.
Elisa não sentiu vergonha, mas teve
necessidade de desculpar-se com os mestres ao final do trabalho.
Ao procurá-los ouviu:
- Salve Deus, Ninfa!
Nós só temos a agradecer, não sei o quê se passou, mas sentimos uma vergonha
imensa do que estávamos fazendo. E, agora pouco, comentávamos que sem saber,
sem combinar, nós dois dedicamos este trabalho àquele mestre que antes
vibrávamos em nossa inconsciência.
Salve Deus!
Está história é real em parte, me foi
relatada de maneira mais simples e sem este final feliz, que é o que deveria
acontecer sempre.
Kazagrande
Existe em cada um de
nós uma voz interior que nos alerta sobre o quê devemos fazer. Quando agimos
Mal, essa voz interior nos repele, nos culpa... Porém, se praticamos o Bem,
ela nos aprova e nos torna felizes. Tia Neiva
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Aninha - Uma história real
Aninha era uma médium apará que
aparentemente em um “descuido”, acabaram emplacando. Estava sempre no templo!
Ia tanto ao templo, que creio que nem dava tempo de lavar o vestido, que um
dia fora branquinho. Exalava um cheiro característico da falta de banho e
ainda tinha os dentes mal cuidados, que aliado ao cabelo eternamente
despenteado contribuía para seu aspecto quase asqueroso. Na mesa evangélica,
esmurrava e gritava, além de constantemente “segurar” a incorporação, fazendo
muito “mestrão” suar para concluir a elevação no fim do trabalho.
Aninha também estava todos os domingos
no desenvolvimento. Freqüentava todas as aulas, repetia as aulas de
Iniciação. Todo domingo perguntava ao responsável se já podia iniciar,
recebendo não como resposta, não dava ouvidos e continuava como se nada
tivesse passado.
Quando Clodomiro assumiu a Coordenação
do desenvolvimento, reparou Aninha ela já devia estar há mais de um ano nas
aulas de Iniciação.
Sabia que ela nunca ia aos tronos porque
ninguém suportava o cheiro. Primeiro quis saber quem havia emplacado-a, para
tentar entender. Obviamente, nestas horas, ninguém quer assumir...
Era um domingo, já passava da uma da
manhã e ainda tinham pacientes na fila. Quase nenhum médium disposto a ir aos
Tronos. Mas a Aninha estava por ali rondando... Clodomiro resolveu
“arriscar”: Salve Deus Ninfa, Vamos para os Tronos?
Aninha nem acreditou, olhou para um
lado, para o outro, procurando quem o mestrão estava convidando, até que
criou coragem e perguntou:
- Eu?
- Sim, vamos para os tronos ninfa?
Quase correndo, sem acreditar, Aninha,
que só conseguia ir para os Tronos com algum emplacadinho desavisado, pela
primeira vez iria com um Arcano.
O Comandante dos Tronos arriscou tentar
avisar Clodomiro:
- Mestre, o senhor conhece esta Ninfa?
Ela...
Não pode terminar, Clodomiro disse um
solene: Salve Deus! Que teve o sentido de “cale-se” bem compreendido.
O Arcano não parecia incomodado pelo
cheiro. Fez o convite, e enquanto tomava seu passe, antes de iniciar o
atendimento aos pacientes, o grito:
-
AAAAAAAEEEEEEEEEEEIIIIIIIIIOOOOOUUUUUUUU.
Incorporou o irmãozinho. Na hora da
elevação “o irmãozinho não queria subir”. Recomeçou tudo de novo, como deve
ser, afinal não existe este negocio de fazer 2 ou 3 “obatalás”, ou faz um só,
ou faz tudo do começo: puxada, doutrina e elevação. Doutrinou sem enfado, com
amor e dedicação.
Quando retornou a Entidade ela começou a
falar:
- Salve Deus meu filho, esta filha
precisa iniciar. Faz tempo que ela está esperando esta oportunidade.
- Salve Deus Vovó! Sei que esta vossa
filha tem muito amor no coração e sente a necessidade de seu espírito
trabalhar em prol dos que necessitados que a procuram. Porém, para que ela
possa continuar seu progresso nesta Doutrina, precisa ainda compreender que,
na grandeza desta missão, precisa aperfeiçoar seu trato com si mesma e com os
espíritos, transmitindo assim a luz desta jornada.
- Sim meu filho – assentiu a Preta Velha
-, esclareça meu filho os pontos que esta minha filha precisa para esta
compreensão.
- Querida Vovó. O cuidado pessoal é
muito importante, afinal irá receber e transmitir a vossa luz, a luz bendita
que vem de nosso Senhor Jesus Cristo. Cuidar da aparência, da higiene, do
uniforme, são coisas que parecem vaidade em um primeiro momento, mas
considerando a missão, se transformam no reflexo do respeito que temos pelo
trabalho. Dessa forma, procurar estar sempre asseada, cabelos penteados,
uniforme limpo, são coisas que ficam importantes para demonstrar este
respeito, a senhora não concorda?
- Está certo meu filho! É preciso que se
fale isso. Continue.
- Nunca sabemos o paciente que virá ser
atendido, ele normalmente é um desconhecido e vai precisar sentir confortável
para confiar. Então um “perfuminho”, os dentes escovados, as unhas limpas,
vai ajudar também. Não é assim Vovó?
- Sim meu filho! Às vezes é difícil
conseguir as coisas materiais, sempre dá para dar um jeitinho.
- Também é importante esclarecer que não
se pode render aos sentimentos dos “irmãozinhos” desencarnados que chegam. É
claro que se sente vontade de gritar, de esmurrar a mesa, de falar coisas
ofensivas, pois eles chegam assim mesmo, revoltados e nem todos estão
dispostos a aceitar a doutrina que recebem. Porém, cabe ao Apará controlar
estas forças e buscar a sintonia com a Entidade de Luz, com a senhora, por
exemplo, para poder controlar esta revolta que sentem, e passar para eles a
tranqüilidade e a luz da Doutrina. Esta conduta de manter o controle e passar
a calma que eles precisam, é fundamental.
- É meu filho, pena que muitos não
enxergam isso e acabam ensinando estes mais novos que chegam a irem por um
caminho diferente, demonstrando toda a força que recebem naquele momento.
Salve Deus!
- Sim Vovó! Por isso os instrutores têm
que sempre orientar que a força está no controle, e não em misturar-se com os
sentimentos do sofredor que chega. Quando o espírito vem, recebe a Doutrina e
a Elevação, o Apará tem que liberar a incorporação! Não fará bem, nem a ele e
nem ao espírito, ficar segurando, esperando que venha uma doutrina que o
agrade. Alguns vêm, e compreendem, e seguem. Outros ficarão voltando, até
terem condições de se libertar.
- Meu filho você tem uma bela missão
neste trabalho de Desenvolvimento. Seu esclarecimento é a luz que muitos
filhos de Seta Branca precisam ouvir. Tenha certeza que esta filha vai
guardar na lembrança as suas palavras.
- Salve Deus, Vovó! Vamos atender os
pacientes?
Então trabalharam o restante daquele fim
de noite atendendo os pacientes que aguardavam na fila. Já havia uma nítida
mudança no seu comportamento.
Durante a semana a Aninha sumiu. Não foi
ao Templo, alguns deram “Graças a Deus” e outros se preocuparam, mas poucos
não notaram sua falta.
No domingo lá estava ela no
Desenvolvimento. Vestido limpo, cheirando um perfume daqueles que é forte nos
primeiros minutos, mas depois “passa”. O cabelo penteado com alguma coisa que
parecia gel, mas estava em ordem.
Mal entrou no Templo e foi direto ao
Clodomiro perguntando se ele é que iria dar as aulas de Iniciação.
- Salve Deus! Como estou na coordenação,
hoje não vou dar aulas. E você já fez suas aulas de Iniciação, não é?
- Sim – respondeu entristecida, pois
tinha a esperança de que com ele nas aulas em fim dessem sua autorização.
- Mas vamos fazer o seguinte, vou lhe
acompanhar hoje em uma aula do último grupo, aquela de revisão do
emplacamento, você aceita?
Resignada ela concordou. Nesta aula
Clodomiro, sob os olhos curiosos de outros mestres, acompanhou todo seu
trabalho. Orientou passo a passo os pequenos detalhes, tão necessários a
conduta de um Apará. Aninha estava diferente, concentrada, com uma cara meio
contrariada, mas seguindo a risca as orientações.
Como de costume, ao final da aula, o
instrutor responsável pelo grupo pediu os cartões de presença para carimbar.
Clodomiro procurou o cartão de Aninha e ela disse que não tinha mais onde
carimbar então jogou fora, pois não servia para mais nada mesmo. Ele então
pediu para que ela esperasse um pouquinho. Quando retornou trouxe um novo
cartão. Ela nem olhou, pendurou no laço de vestido e começou a se dirigir
para a saída.
- Ei! Salve Deus Ninfa! Não vai nem
olhar o cartão?
- Para quê? Vou ter que fazer tudo de
novo, já me deram uns três cartões destes – respondeu já com a voz alterada.
- Duas coisas preciso lhe dizer,
primeira: Leia o cartão!
- Já está todo carimbado!– verificou
surpresa.
- Veja mais! – Observando o cartão com
mais atenção viu que estava também assinada sua autorização para Iniciação
Dharma Oxinto.
- Eu... Eu... Eu posso Iniciar?
- Sim, terça-feira. Posso ser seu
padrinho?
- Obrigada Mestre! Claro que sim! Quem
mais ia querer ser meu padrinho? Que quê eu preciso fazer, como é que eu faço
agora? Ai meu Deus, não sei se tenho o dinheiro do colete...
- O quê você precisa fazer, é vir na
terça-feira e fazer o Retiro completo, você pode? O resto te explico neste
dia de Retiro.
- Sim, eu venho.
Com o rosto lavado de lágrimas, foi
novamente se dirigindo para a saída do Templo.
- Salve Deus, ninfa! Falta a segunda
coisa!
- Salve Deus! É verdade, o que é?
- A saída correta do Templo é por aquele
lado.
Ela fez uma cara de quem ia perder a
sintonia de novo, mas se rendeu ao sorriso do Doutrinador. Então, saíram
juntos do Templo e ele explicou porque deveria sair sempre por aquele lado, e
outros detalhes aos quais ela ouviu com interesse.
No Retiro do dia de Iniciação, ela estava
lá as oito da manhã esperando o Templo abrir... Andando de um lado para outro
pelo pátio.
Clodomiro chegou um pouco antes das dez
e lhe avisou que seu colete havia sido doado pela Lojinha, a pedido do Mestre
Raul. Ela tentou tirar algumas notas amassadas par lhe dar, e ele repetiu que
era doação e não era nem dele, era de um filho de Tia Neiva, para que ela
sentisse a responsabilidade.
Esta história ficou muito comprida, não
é? Mas é uma história real! Com os nomes trocados, e contada em forma de
crônica, mas toda sua trajetória é real. Passou-se há vários anos no Templo
Mãe.
Aninha depois de iniciar mudou muito seu
comportamento. Eu mesmo cheguei a trabalhar com ela em um fim de noite, pois
ela sempre ficava até o fim do trabalho. Ela elevou e concluiu a Pré-Centúria.
Não virou uma ninfa modelo, mas
procurava se cuidar. Às vezes ainda vinha com o cabelo de “doida”, mas
normalmente procurava se cuidar. Uma vez ou outra ainda dava um grito na Mesa
Evangélica, mas não segurava mais as incorporações, e até conseguia ir aos
Tronos sem dificuldade. Alguns anos depois ela sumiu. Nunca soube o quê se
passou, simplesmente desapareceu, acho que cumpriu sua missão.
Clodomiro foi duramente criticado pela
sua decisão de iniciá-la, mas com o tempo, observando a mudança de Aninha,
todos passaram a dizer que a Iniciação tinha consertado a ninfa.
Esta pequena história demonstra o
tamanho de nossas responsabilidades, e do perfeito compromisso entre Apará e
Doutrinador. Ao conversar com a Vovó sobre aqueles problemas, por fim a ninfa
pode ser esclarecida, e em um momento de total sintonia compreender seus
problemas. É um pequeno exemplo de muitos que ainda espero ter a oportunidade
de contar. Ao “Clodomiro” que, com certeza, irá lembrar desta história, peço
que me autorize a contar outras de suas passagens pelo Desenvolvimento, foi
um grande instrutor para mim, naqueles primeiros anos em que me tornei
instrutor.
Kazagrande
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Salve Deus Ninfa vamos para os Tronos?
Uma pergunta aparentemente tão simples
de fazer e responder, mas que muitas vezes coloca todo nosso dia de Trabalho
Espiritual em xeque. Mas por quê?
Uma Ninfa Lua é orientada em seu
Desenvolvimento a aceitar sempre o convite, mas existem algumas situações,
causadas pelos próprios Doutrinadores, que tornam difícil a resposta imediata.
Para um Doutrinador emplacado, também às
vezes é difícil, até mesmo fazer a pergunta.
Para o Ajanã, tão assediado comumente,
também pode ser difícil responder...
Vamos ver caso a caso:
A Ninfa recém emplacada normalmente
aceita todos os convites que recebe. Está com toda a energia para trabalhar!
Existe a natural insegurança, causada pela responsabilidade de ir tão
rapidamente tratar de vidas humanas, porém, seu desejo de começar logo a
missão que lhe é confiada, fala mais alto, e na maioria das vezes parte para
a realização.
Com o passar do tempo, começa a
identificar situações que a tornam mais “seletiva”... Imaginem como uma
Ninfa, recém emplacada, se sente ao ir para os Tronos, e logo ao incorporar,
descobre o cheiro terrível. O Doutrinador comeu um pastel de ovos e fumou uns
três cigarros e foi direto para os Tronos. Tudo bem, ele “teoricamente” não
vai falar com a Entidade, vai identificar a Entidade e passar ao atendimento,
mas na hora da Elevação, quase que a Vovó sobe junto com o irmãozinho. O
sovaco do cidadão parece que desconhece a palavra água.
Sei que muitos podem estar rindo disso,
mas para uma Ninfa, incorporada conscientemente, manter a sintonia assim é
difícil! Lavar o rosto e comer uma balinha “emprestada” já resolveria o
primeiro problema. O segundo pode ser resolvido com um pouco de água, e um
desodorante emprestado no banheiro ou mesmo umas gotinhas de álcool antes de
sair de casa (o álcool nas axilas limpas acaba com o possível odor decorrente
do suor – não se preocupe, não estará ingerindo álcool! – Leite de Rosas
também é uma boa dica para quem está com o caixa baixo).
Além do fator higiene, que faz parte de
nossa conduta, existe o fator sintonia. Como podemos recriminar uma Ninfa que
não queira trabalhar com um Mestre que anteriormente estava “nas nuvens” na
hora do trabalho? É complicado! Vejam, quando um Doutrinador está “ligado” no
trabalho, é possível sentir esta ligação, a sintonia. O Doutrinador pode
sentir a chegada do irmãozinho antes dele incorporar, se estiver em total
sintonia com o trabalho! Agora, quando acontecem aqueles casos do Comandante
ter que avisar o Doutrinador que tem um irmãozinho esperando que ele faça a
puxada??? A Ninfa está ali... Consciente do que está se passando! E a
confiança, a segurança que ela precisa para a perfeita realização? Como ficam?
Claro que existem as vaidosas... Que só
trabalham com Mestres cheios de “medalhas” ou Arcanos. Mas sobre estas já
tratamos em textos passados.
Ainda é importante considerar o “teste
da Mesa”... O quê é isso? Simples! Quando passam pela Mesa Evangélica antes,
as Ninfas percebem, consciente ou inconscientemente, o teor energético e
dedicação do Mestre ao Doutrinar e Elevar o irmãozinho no Trabalho. Quando,
depois da Mesa, escutam o convite, a voz é identificada, ficando mais fácil
ou mais difícil aceitar.
Conheço Mestres (que não são Arcanos)
que nunca receberam um não para trabalhar. E outros que nunca conseguem ir
aos Tronos...
Em relação aos Doutrinadores emplacados,
estes devem ter sempre seus convites aceitos. Negar a chance de trabalho para
um Mestre que está iniciando sua jornada é no mínimo falta de caridade. Eles
têm que ter total oportunidade. Deveriam ser convidados pelas Ninfas mais
experientes e que ainda poderiam passar valiosas orientações, que se fixariam
pelo restante de suas jornadas.
Os Ajanãs abordaremos em outra ocasião,
mas estes também tem seus porquês.
Kazagrande
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CAPELA
Nos anos 60, quando iniciava sua jornada
para concretizar a Doutrina do Amanhecer, Tia Neiva teve os primeiros
desdobramentos nos quais manteve contato com seres de outro planeta.
Em seu livro “2000 - A Conjunção de Dois
Planos”, o Mestre Tumuchy nos relata a primeira viagem que Koatay 108 fez a
Capela. A bordo de uma nave cheia de instrumentos, Johnson Plata a conduziu
ao “Planeta Monstro”, assim denominado por ser muitas vezes maior que a Terra
e, por sua posição atrás do Sol, estar invisível aos observatórios físicos.
Johnson Plata explicou que aquela bela bola luminosa, colorida, era composta
por quatro mundos diferentes e separados. Um deles chamava-se Umbanda, que
significa “Banda de Deus” ou “Lado de Deus”, e era parte pura do
planeta. Outro era CAPELA, que significa “Última Espera” ou “Guarnição
do Nicho de Deus”. Ali vivem os seres a quem chamamos “Cavaleiros de Oxosse”,
seres físicos que têm importante função na Terra, e se apresentam
desmaterializados.
Os habitantes de Capela são gente como nós,
espíritos ocupando corpos físicos, moleculares, mas sua composição é
diferente da nossa. Presidem os destinos da Terra desde épocas
pré-históricas, tendo como missão a espiritualização dos terráqueos.
A passagem de Capela no seu perigeo - ponto
mais próximo da Terra - irá ocasionar catástrofes gigantescas, desencarnes em
massa, destruição de grandes cidades, elevação das águas dos oceanos pelo
derretimento das geleiras das regiões polares, que emergirão imensas áreas,
afundando montanhas e formando novas cordilheiras na explosão das forças
telúricas. Essas transformações engolfarão a Humanidade, e, para que o
Homem possa resistir e sobreviver a essa grande mutação na Terra, que mudará
climas e determinará modificações orgânicas, os Capelinos trabalham
junto a nós, muitos encarnados na Terra, humanos como nós, outros no plano
etérico, como nossos Mentores ou Guias Espirituais.
Tia Neiva ficou surpresa ao ser apresentada
a um Capelino, chamado Stuart, a quem sempre conheceu como nosso querido
Tiãozinho.
Assim, os Capelinos tentam mudar os rumos da
Humanidade na Terra, instruindo espíritos que aqui voltam a reencarnar,
auxiliando os desencarnados nas Casas Transitórias, atuando como missionários
encarnados, ensinando, protegendo, amparando o Homem em sua jornada de volta
ao Planeta-Mãe.
Os espíritos que se comunicam conosco são
seres físicos, lidam com processos materiais, diferenciados, portanto, dos
processos dos espíritos e têm uma tarefa a executar. Utilizam nossa
mediunidade e também fazem suas projeções de Capela, diretamente, ou de
espaçonaves – as amacês (*).
Segundo Emmanuel (Amanto): "Há
muitos milênios, um dos orbes de Capela, que guarda muitas afinidades com o
globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos
evolutivos. As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas,
como ora acontece convosco, terrestres, relativamente às transições esperadas
na Nova Era, neste crepúsculo de civilização. Alguns milhões de espíritos
rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a
consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e
virtudes. Mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela Humanidade,
que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos seus elevados
trabalhos. As grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmos,
deliberaram, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes,
no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos
trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e
impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores. Foi
assim que Jesus recebeu, à luz do Seu Reino de Amor e de Justiça, aquela turba
de seres sofredores e infelizes. Com a Sua palavra sábia e compassiva,
exortou essas almas desventuradas à edificação da consciência pelo
cumprimento dos deveres de Solidariedade e de Amor, no esforço regenerador de
si mesmas. Mostrou-lhes os campos imensos de luta que se desdobravam na
Terra, envolvendo-as no halo bendito de Sua misericórdia e da Sua caridade
sem limites. Abençoou-lhes as lágrimas santificadoras, fazendo-lhes sentir os
sagrados triunfos do futuro e prometendo-lhes a Sua colaboração cotidiana e a
Sua vinda no porvir. Aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam atrás
de si todo um mundo de afetos, não obstante os seus corações empedernidos na
prática do mal, seriam degredados na face obscura do planeta terrestre;
andariam desprezados na noite dos milênios da saudade e da amargura;
reencarnariam no seio das raças ignorantes e primitivas, a lembrarem o
paraíso perdido nos firmamentos distantes. Por muitos e muitos séculos não
veriam a luz suave de Capela, mas trabalhariam na Terra, acariciados por
Jesus e confortados na Sua imensa misericórdia."
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quarta-feira, 27 de março de 2013
VIDA EM SOCIEDADE: Semana Santa- Exame de Consciência
VIDA EM SOCIEDADE: Semana Santa- Exame de Consciência: Veja aqui o Exame de Consciência com base nos 10 Mandamentos do Livro A Confissão: Tudo que Você Precisa Saber para Fazer uma...
terça-feira, 26 de março de 2013
Esse garoto lembra de sua vida anterior
EL NIÑO QUE REGRESO DE OTRA VIDA INEXPLICABLE
Hola, me llamo Cameron Macaulay y tengo diez años, aunque mis recuerdos infantiles son cincuenta años más viejos que yo. Vivo en Glasgow, en Escocia, y los mayores dicen que mis recuerdos son algo muy especial aunque a mí me parecen más dolorosos que alegres.
Yo y mi mamá, Norma
Cuando comencé a hablar, con dos años, pude por fin contarle a mi mamá de ahora, Norma, como era mi otra mamá. Le conté como era mi otra casa, en la isla de Barra, donde los aviones aterrizaban en la playa y yo los podía ver desde la habitación de nuestra casita blanca.
Mi mamá pensaba me decía que yo tenía mucha imaginación, aunque yo no entendía muy bien que quería decir con eso. Fui creciendo y cada vez tenía más recuerdos de mi otra casa. Recuerdo que tenía tres baños, y le decía a mi mamá que era mucho mejor que tener tan solo uno, como ahora. También le decía que con mi otra familia tenía un precioso perro blanco y negro que jugaba mucho conmigo y con mis hermanos. Recordaba también el precioso pelo de mi otra madre, moviéndose con la brisa marina mientras nos observaba jugando en la arena de la playa. También recordaba mucho a mi otro padre, Shane Robertson, con su pelo de punta y sus pantalones cortos que murió por no mirar a los dos lados.
Un día mi mamá trajo a casa a un hombre para que le contara todo lo que recordaba, se llamaba Jim Tucker y mi mamá decía que él era el que más sabía de recuerdos como los míos. Hablamos mucho, él me preguntaba cosas y yo le contestaba. A los pocos días mi mamá y el señor Tucker me dieron una gran sorpresa; me dijeron que íbamos a volar a la Isla de Barra, ¡A mi otra casa!
Y así lo hicimos al poco tiempo, yo tenía seis años y era la primera vez que iba a volver a mi otra casa.
¡Mira mamá! ¿Ves como vamos a aterrizar en la playa?
Recuerdo que me alegré mucho al llegar a la isla, pronto volvería a ver a mis hermanitos y a mi otra mamá. Seguro que se alegrarían un montón de volver a verme y me preguntarían donde había estado todo este tiempo. Le decía a mi mamá, Norma, que ya vería como se llevaba muy bien con mi otra mamá. Estaba convencido de eso.
Dormimos en un hotel y por la mañana fuimos recorriendo la playa. Cuando a lo lejos vi mi casita blanca me emocioné muchísimo, pero cuando llegamos me entró una pena muy grande, porque mi familia ya no estaba allí. La casa estaba muy vieja y vacía, como si nadie hubiese vivido allí en mucho tiempo. Dentro también había muebles y cosas diferentes a las de mi familia. Le conté a mi madre cual era mi habitación y le enseñé la puerta secreta por donde salíamos mis hermanos y yo a la playa. Me dejaron un rato para que recorriera toda la casa, pero no me pude quedar mucho rato. Teníamos que volver a Glasgow.
Mi mamá y el señor Tucker me explicaron que a algunas personas les pasa lo que a mí, que tienen recuerdos de gente que ya no está, que hace muchos años que vivieron, y que no me preocupe por ellos, porque seguro que como yo, ahora tienen otras vidas. También dicen que cuando me haga mayor, poco a poco, me iré olvidando de esos recuerdos, aunque yo creo me acordaré siempre de mi otra familia. Una vez, mi mejor amigo me preguntó lo que nos pasa al morir y yo le dije lo único que sé; no pasa nada porque te mueras, volverás a renacer.
Este relato, que puede parecer de ficción, está basado en uno de los casos más espectaculares de supuestas reencarnaciones de los últimos tiempos. El del pequeño Cameron Macaulay. Desde muy pequeño, Cameron le relataba a su madre episodios y situaciones de una vida anterior. La madre no tardó en darse cuenta de que aquello no eran simples juegos imaginativos infantiles y recurrió a un experto en la materia, el Dr. Jim Tucker, psicólogo de la Universidad de Virgínia, que ha creado una cátedra para el estudio de vidas pasadas en el que ya ha investigado más de 1500 casos diferentes.
Tras conocer el caso del pequeño y estudiarlo, decidieron viajar a la Isla de Barra, a unos 260 kilómetros de Glasgow, para comprobar si sus recuerdos eran verídicos.
Al llegar ya pudieron comprobar cómo algunos de los lugares de la isla eran exactamente como Cameron los había relatado, por supuesto, ni Cameron ni su madre habían estado nunca en esta isla.
Consultando al historiador de la isla, éste dice que no tiene conocimiento de que en la pequeña isla viva una familia Robertson con las características descritas por el chaval. Al día siguiente, el historiador les llama al hotel para decir que ha encontrado una coincidencia. Una familia Robertson, con una casita blanca de una planta en la playa, que tenía un perro blanco y negro y un coche negro. La única pega es que la familia Robertson vivió allí… ¡en los años sesenta¡
Los aviones todavía aterrizan en la playa de la Isla de Barra
Sin decirle nada al pequeño, emprenden camino en dirección a la casa. Cameron la identifica nada más verla. La pena del chaval es tremenda cuando ve que allí ya no está la familia que recuerda y que el tiempo ha cambiado muchas cosas. Comprueban que todo lo que Cameron les había contado con respecto al lugar coincide a la perfección.
La casa en la actualidad
El niño, pese a la decepción sufrida, parece quedar más tranquilo tras el viaje. Ha cumplido por lo menos su sueño de volver a aquel lugar.
Tiempo atrás, tras una exhaustiva búsqueda de descendientes de la familia Robertson, dan con Gillian Robertson, que aseguraba haber tenido familia allí en los años sesenta. Ella les muestra fotografías de aquellos tiempos, donde se puede ver el coche negro de su padre, el perro blanco y negro y la casa, tal y como la recordaba Cameron. Todo coincide, a excepción de un dato. Gillian no recuerda a ningún Shane Robertson, y tampoco recuerda ningún accidente mortal con automóvil en la familia.
La historia de Cameron y su pasado se continúa investigando. La BBC produjo en documental sobre este caso, recogiendo todos los momentos relatados.
¿Coincidencias azarosas? ¿Imaginación desbordante? ¿O estamos ante una clara muestra de que, en realidad, existe otra vida después de la vida
?
Hola, me llamo Cameron Macaulay y tengo diez años, aunque mis recuerdos infantiles son cincuenta años más viejos que yo. Vivo en Glasgow, en Escocia, y los mayores dicen que mis recuerdos son algo muy especial aunque a mí me parecen más dolorosos que alegres.
Yo y mi mamá, Norma
Cuando comencé a hablar, con dos años, pude por fin contarle a mi mamá de ahora, Norma, como era mi otra mamá. Le conté como era mi otra casa, en la isla de Barra, donde los aviones aterrizaban en la playa y yo los podía ver desde la habitación de nuestra casita blanca.
Mi mamá pensaba me decía que yo tenía mucha imaginación, aunque yo no entendía muy bien que quería decir con eso. Fui creciendo y cada vez tenía más recuerdos de mi otra casa. Recuerdo que tenía tres baños, y le decía a mi mamá que era mucho mejor que tener tan solo uno, como ahora. También le decía que con mi otra familia tenía un precioso perro blanco y negro que jugaba mucho conmigo y con mis hermanos. Recordaba también el precioso pelo de mi otra madre, moviéndose con la brisa marina mientras nos observaba jugando en la arena de la playa. También recordaba mucho a mi otro padre, Shane Robertson, con su pelo de punta y sus pantalones cortos que murió por no mirar a los dos lados.
Un día mi mamá trajo a casa a un hombre para que le contara todo lo que recordaba, se llamaba Jim Tucker y mi mamá decía que él era el que más sabía de recuerdos como los míos. Hablamos mucho, él me preguntaba cosas y yo le contestaba. A los pocos días mi mamá y el señor Tucker me dieron una gran sorpresa; me dijeron que íbamos a volar a la Isla de Barra, ¡A mi otra casa!
Y así lo hicimos al poco tiempo, yo tenía seis años y era la primera vez que iba a volver a mi otra casa.
¡Mira mamá! ¿Ves como vamos a aterrizar en la playa?
Recuerdo que me alegré mucho al llegar a la isla, pronto volvería a ver a mis hermanitos y a mi otra mamá. Seguro que se alegrarían un montón de volver a verme y me preguntarían donde había estado todo este tiempo. Le decía a mi mamá, Norma, que ya vería como se llevaba muy bien con mi otra mamá. Estaba convencido de eso.
Dormimos en un hotel y por la mañana fuimos recorriendo la playa. Cuando a lo lejos vi mi casita blanca me emocioné muchísimo, pero cuando llegamos me entró una pena muy grande, porque mi familia ya no estaba allí. La casa estaba muy vieja y vacía, como si nadie hubiese vivido allí en mucho tiempo. Dentro también había muebles y cosas diferentes a las de mi familia. Le conté a mi madre cual era mi habitación y le enseñé la puerta secreta por donde salíamos mis hermanos y yo a la playa. Me dejaron un rato para que recorriera toda la casa, pero no me pude quedar mucho rato. Teníamos que volver a Glasgow.
Mi mamá y el señor Tucker me explicaron que a algunas personas les pasa lo que a mí, que tienen recuerdos de gente que ya no está, que hace muchos años que vivieron, y que no me preocupe por ellos, porque seguro que como yo, ahora tienen otras vidas. También dicen que cuando me haga mayor, poco a poco, me iré olvidando de esos recuerdos, aunque yo creo me acordaré siempre de mi otra familia. Una vez, mi mejor amigo me preguntó lo que nos pasa al morir y yo le dije lo único que sé; no pasa nada porque te mueras, volverás a renacer.
Este relato, que puede parecer de ficción, está basado en uno de los casos más espectaculares de supuestas reencarnaciones de los últimos tiempos. El del pequeño Cameron Macaulay. Desde muy pequeño, Cameron le relataba a su madre episodios y situaciones de una vida anterior. La madre no tardó en darse cuenta de que aquello no eran simples juegos imaginativos infantiles y recurrió a un experto en la materia, el Dr. Jim Tucker, psicólogo de la Universidad de Virgínia, que ha creado una cátedra para el estudio de vidas pasadas en el que ya ha investigado más de 1500 casos diferentes.
Tras conocer el caso del pequeño y estudiarlo, decidieron viajar a la Isla de Barra, a unos 260 kilómetros de Glasgow, para comprobar si sus recuerdos eran verídicos.
Al llegar ya pudieron comprobar cómo algunos de los lugares de la isla eran exactamente como Cameron los había relatado, por supuesto, ni Cameron ni su madre habían estado nunca en esta isla.
Consultando al historiador de la isla, éste dice que no tiene conocimiento de que en la pequeña isla viva una familia Robertson con las características descritas por el chaval. Al día siguiente, el historiador les llama al hotel para decir que ha encontrado una coincidencia. Una familia Robertson, con una casita blanca de una planta en la playa, que tenía un perro blanco y negro y un coche negro. La única pega es que la familia Robertson vivió allí… ¡en los años sesenta¡
Los aviones todavía aterrizan en la playa de la Isla de Barra
Sin decirle nada al pequeño, emprenden camino en dirección a la casa. Cameron la identifica nada más verla. La pena del chaval es tremenda cuando ve que allí ya no está la familia que recuerda y que el tiempo ha cambiado muchas cosas. Comprueban que todo lo que Cameron les había contado con respecto al lugar coincide a la perfección.
La casa en la actualidad
El niño, pese a la decepción sufrida, parece quedar más tranquilo tras el viaje. Ha cumplido por lo menos su sueño de volver a aquel lugar.
Tiempo atrás, tras una exhaustiva búsqueda de descendientes de la familia Robertson, dan con Gillian Robertson, que aseguraba haber tenido familia allí en los años sesenta. Ella les muestra fotografías de aquellos tiempos, donde se puede ver el coche negro de su padre, el perro blanco y negro y la casa, tal y como la recordaba Cameron. Todo coincide, a excepción de un dato. Gillian no recuerda a ningún Shane Robertson, y tampoco recuerda ningún accidente mortal con automóvil en la familia.
La historia de Cameron y su pasado se continúa investigando. La BBC produjo en documental sobre este caso, recogiendo todos los momentos relatados.
¿Coincidencias azarosas? ¿Imaginación desbordante? ¿O estamos ante una clara muestra de que, en realidad, existe otra vida después de la vida
?
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