quinta-feira, 28 de março de 2013

Elisa (uma história real



Elisa aguardava ansiosa o inicio do trabalho de Leito Magnético. Havia se preparado para aquela data. Trocado o seu plantão no hospital, encontrado uma amiga para ficar com as crianças e deixado o jantar preparado para seu marido, que não era da Doutrina. Também já havia combinado com antecedência com o Mestre da Lança.

Poder participar de um Trabalho de Leito Magnético era muito difícil para ela. Além de todos os preparativos que tinham que estar organizados com antecedência, ainda tinha a questão do horário de entrada, que nem sempre permitia que jantasse antes de chegar, e de saída, tarde da noite, próximo do última condução para voltar para casa, e também levar a indumentária para o trabalho em uma bolsa enorme, para não amassar muito.

Mas fazia sempre com muito amor! Programava-se para a cada três meses poder estar presente. Queria participar mais, mas tinha a família, o trabalho material, tudo em considerar.

Quando chega o dia, passava sentindo a vibração desde que acordava. Às vezes acabava cantarolando um mantra no meio trabalho e rapidamente olhava em volta para ver se ninguém tinha escutado. Sabe lá como iam interpretar, afinal, muitos ainda tem preconceitos e seu chefe considerava qualquer coisa relacionada a espírito como macumba.

A chegada ao Templo naquele dia não foi diferente. Correndo para poder se trocar e chegar ao Templo confirmando sua presença no Trabalho.

Aguardava ansiosa o início já posicionada, marcando lugar!

Ao seu lado, dois Mestres conversavam animadamente sobre a vida de outro Mestre, que sequer estava presente. Questionavam suas atitudes, riam de como reagia às provocações, e conjecturavam maledicências a serem repassadas. Elisa tentava tirar sua mente daqueles dois encarnados, e sabe Deus mais quantos Alaruês que deveriam estar em volta.

Mas estava difícil. Em pleno Setor Evangélico, na preparação para um trabalho tão grandioso como o Leito Magnético, ficavam desperdiçando suas energias e criando uma vibração contra um irmão. Quando perceberam que ela talvez estivesse escutando, aumentaram a voz passando a se justificar, falando um para o outro que estavam certos, e que o Mestre em questão realmente era um desequilibrado.

Elisa refletiu naquela palavra desequilíbrio...

Fosse verdade ou mentira a história, as vibrações geradas com certeza iriam contribuir para o desequilíbrio daquele Mestre. Centuriões vibrando contra um irmão! Salve Deus!

Fechou os olhos por um instante pensando em como poderia sair dali para não mais ouvir aquelas coisas. Respirou fundo e abriu os olhos e percebeu que os mestres em questão estavam olhando para ela:

- Ninfa, a senhora está passando bem?

- Salve Deus, mestres! Agora estou... Lembrei da carta de Tia que li hoje, alguma coisa assim: A aura capta as forças pela ternura dos seus bons pensamentos. Só conhecemos que estamos evoluídos quando não estamos nos preocupando com os erros dos nossos vizinhos! Estou bem meus irmãos, obrigada!

Falou assim, sem pensar, sem maldade, apenas deixou fluir o quê chegou a sua mente repentinamente, enquanto buscava sintonia.

Os dois calaram-se. Não trocaram nenhuma palavra e seguiram para seus lugares. O poder daquelas palavras de Tia Neiva, fez com que entendessem o quê se passava. Sentiram a lembrança e a própria presença da luz.

Elisa não sentiu vergonha, mas teve necessidade de desculpar-se com os mestres ao final do trabalho.

Ao procurá-los ouviu:

- Salve Deus, Ninfa! Nós só temos a agradecer, não sei o quê se passou, mas sentimos uma vergonha imensa do que estávamos fazendo. E, agora pouco, comentávamos que sem saber, sem combinar, nós dois dedicamos este trabalho àquele mestre que antes vibrávamos em nossa inconsciência.

Salve Deus!

Está história é real em parte, me foi relatada de maneira mais simples e sem este final feliz, que é o que deveria acontecer sempre.

Kazagrande

Existe em cada um de nós uma voz interior que nos alerta sobre o quê devemos fazer. Quando agimos Mal, essa voz interior nos repele, nos culpa... Porém, se praticamos o Bem, ela nos aprova e nos torna felizes. Tia Neiva

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