quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Furando filas


Uma das piores atitudes de desrespeito doutrinário é “furar fila”.

Infelizmente os médiuns que manifestam esta atitude parecem que realmente não compreendem o quê estão fazendo dentro do Templo.

Um trabalho espiritual é realizado na Individualidade. Sempre repito que somente com uma mediunização perfeita é que encontramos nosso verdadeiro “eu”, nosso espírito, e nos tornamos aptos a desempenhar a caridade construtiva. Construtiva porque vai beneficiar a todos, inclusive ao praticante, que com ela semeia a ruptura de seus próprios círculos kármicos.

Quem tem responsabilidades no Templo, nas escalas, nos comandos, tem a obrigação de chegar primeiro e por isso não existe real necessidade de “furar fila”. Ao saber de seu compromisso, deve entrar chegar com antecedência e posicionar-se de acordo com sua realidade.

Existem situações excepcionais, mas são excepcionais! Não podem virar justificativas permanentes para preguiça ou irresponsabilidades.

Um Adjunto de Povo, deve dar o exemplo e chegar antes, porém ele dispõe da prerrogativa de passar na frente para emitir e acrescentar forças ao Trabalho.

Mestres sem função definida não irão acrescentar em nada passando na frente. Apenas receberão as vibrações dos que estão percebendo sua falta de conduta.

Conduta, hierarquia, respeito... Acima de qualquer preceito está o Evangelho: Amor, HUMILDADE e tolerância.

Passar na frente na realização da Estrela Candente... O trabalho será executado com sua presença no começo ou no fim da fila! A harmonia deve estar acima de qualquer necessidade pessoal ou vaidade. A fila do coroamento deve ser na ordem hierárquica, mas o preço do posicionamento não deve jamais ser a desarmonia. Entre um Arcano e um emplacado a diferença que vemos é somente física, não sabemos quem é quem nos Planos Espirituais. Sua hierarquia espiritual não está no colete, está em seu coração, em seu espírito, em seu Amor, Humildade e Tolerância.

Recordo de um Mestre, que não citarei o nome porque sei que sua humildade não permitiria. Um Rama 2000 antigo (posteriormente consagrado Arcano de forma indiscutível e de aprovação unânime). Este Mestre, do Templo Mãe, viajava muito em missão pelos Templos do Amanhecer (viaja até hoje), mas sempre que estava em Brasília participava da Estrela. Aproveitava ao máximo as oportunidades para se “reabastecer”. Bem, eu sempre o via no fim da fila. Conhecido como era e com as responsabilidade que tinha na Doutrina, ninguém o questionaria ou se desarmonizaria se ele fosse direto para o começo da fila, mas ele insistia em manter-se no final. Logo que ele foi consagrado Arcano, e observando que ele mantinha a mesma atitude, eu lhe perguntei por que não ia na frente junto com os outros Arcanos. Ele me respondeu:

Meu irmão, eu quase sempre aproveito uma oportunidade para vir trabalhar e quase nunca tenho a oportunidade de convidar uma Ninfa. Então, como vim Apona, meu lugar é no final, se conseguir uma Ninfa ainda assim não seria justo passar na frente daqueles que chegaram cedo já acompanhados e que na maioria das vezes já ficam lá de pé esperando o início, para poder passar antes. Além do mais, o trabalho se realiza comigo aqui atrás ou lá na frente, na minha Individualidade o quê vale é o trabalho, não a posição!

Mas agora você é um Arcano, e a fila não é em ordem hierárquica?

Sim, mas todos aqui são Centuriões e representam um Ministro. Quem sou eu para passar na frente do representante de outro Ministro? Ele chegou antes, o lugar é dele. Eu fico aonde eu chegar e vou sem pressa. Pressa não combina com trabalho espiritual. Temos horários, não temos correria!

Nunca esqueci esta lição e deste dia em diante larguei mão de querer exigir um lugar.

Kazagrande

Nenhum comentário:

Postar um comentário