sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Na cura da obsessão


 


Reconhecer no obsidiado, seja ele quem for, um
familiar doente a quem se deve o máximo de
consideração e assistência.
Equilibrar a palavra socorredora, dosando consolo
e esclarecimento, brandura e energia.
Não desconsiderar as necessidades do corpo ante
os desbaratos da alma, conjugando os recursos da
medicação e do passe, da higiene e da prece.
Incluir o trabalho por agente curativo, de acordo
com as possibilidades e forças do paciente.
Abolir as sugestões de medo no trato com o obsesso,
evitando encorajar ou consolidar o assalto de entidades
menos felizes.
Tratar os Espíritos perturbados que, porventura,
se comuniquem no ambiente do enfermo, não à conta
de verdugos e sim na categoria de irmãos credores
de assistência e piedade.
Impedir comentários em torno da conversação desequilibrada
ou deprimente dos desencarnados infelizes.
Policiar modos e frases que exteriorize, convencendo-
se de que o obsidiado, não raro, representa, só por si,
toda uma falange de Inteligências necessitadas de reconforto
e direção, conquanto invisíveis aos olhos comuns.
Evitar suscetibilidades perante supostas ofensas
no clima familiar do obsidiado, entendendo que
uma obsessão instalada em determinado ambiente
assemelha-se, às vezes, a um quisto no corpo, deitando
raízes em direções variadas.
Compreender ao invés de emocionar-se.
Abster-se de tabus e rituais, cujos efeitos nocivos
permanecerão na mente do obsidiado depois da própria
cura.
Solicitar a cooperação de amigos esclarecidos que
possam prestar auxílios ao doente.
Controlar-se.
Desinteressar-se com os sucessos da cura, tendo
em mente que lhe cabe fazer o bem com discrição e
humildade.
Ensinar, mas igualmente exercer a caridade, observando
que, em muitos casos, o obsidiado e os que lhe
compõem a equipe doméstica são pessoas necessitadas
até mesmo do alimento comum.
Suprimir, quanto possível, os elementos que recordem
tristeza ou desânimo, aflição ou tensão no
trabalho que realiza.
Não atribuir a si os resultados encorajadores do
tratamento, menosprezando a ação oculta e providencial
dos Bons Espíritos.
Educar o obsidiado nos princípios espíritas,
encaminhando-o a um templo doutrinário em
que possa assimilar as lições lógicas e simples do
Espiritismo.
Socorrer sem exigir.
Amparar o companheiro necessitado, sem propósitos
de censura, ainda mesmo que surjam
motivos aparentes que o induzam a isso, recordando
que Jesus Cristo, o iniciador da desobsessão
sobre a Terra, curava os obsidiados sem ferir ou
condenar a nenhum.


Espíritos Emmanuel e André Luiz.

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