Pede-se a uma criança.
Desenha uma flor!
Dá-se-lhe papel e lápis.
A criança vai
Senta-se no outro canto da sala
Onde não há mais ninguém.
Passado algum tempo
O papel está cheio de linhas.
Umas numa direcção,
Outras noutras;
Umas mais carregadas,
Outras mais leves;
Umas mais fáceis,
Outras mais custosas.
A criança quis tanta
Força em certas linhas
Que o papel
Quase que não resistiu.
Outras eram tão delicadas
Que apenas o peso do lápis
Já era demais.
Depois a criança
Vem Mostrar
Essas linhas ás pessoas;
Uma flor!
As pessoas não acham
Parecidas essas linhas
Com as de uma flor!
Contudo, a palavra flor
Andou por dentro da criança,
Da cabeça para o coração
E do coração para a cabeça,
Á procura das linhas
Com que se faz uma flor,
E a criança pôs no papel
Algumas dessas linhas,
Ou todas.
Talvez as tivesse posto
Fora dos seus lugares,
Mas,
São aquelas as linhas
Com que DEUS faz uma flor!
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