LEITURA
ORANTE
Preparamo-nos
para a Leitura,
rezando
com todos os internautas,
ao
Espírito:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e
meus pensamentos:
ilumina-me.
Que eu conheça Jesus
Mestre
e compreenda o seu
Evangelho.
1.
Leitura(Verdade)
O que diz o
texto. Lemos atentamente: Marcos 7,24-30
Naquele
tempo:
Jesus saiu
dali
e foi para
a região de Tiro e Sidônia.
Entrou numa
casa
e não
queria que ninguém soubesse onde ele estava.
Mas não
conseguiu ficar escondido.
Uma mulher,
que tinha uma filha com um espírito impuro,
ouviu falar
de Jesus.
Foi até ele
e caiu a seus pés.
A mulher
era pagã, nascida na Fenícia da Síria.
Ela
suplicou a Jesus
que
expulsasse de sua filha o demônio.
Jesus disse:
'Deixa
primeiro que os filhos fiquem saciados,
porque não
está certo tirar o pão dos filhos
e jogá-lo
aos cachorrinhos.'
A mulher
respondeu: 'É verdade, Senhor;
mas também
os cachorrinhos, debaixo da mesa,
comem as
migalhas que as crianças deixam cair.'
Então Jesus
disse:
'Por causa
do que acabas de dizer,
podes
voltar para casa.
O demônio
já saiu de tua filha.'
Ela voltou
para casa
e encontrou
sua filha deitada na cama,
pois o
demônio já havia saído dela.
Refletindo
Na época de Jesus, no
mundo judaico, a sociedade vivia numa hierarquia em que primeiro estavam os
filhos de Israel, os herdeiros da promessa, da benção e da atenção de Deus.
Deste modo quem não pertencia a este povo deveria esperar que primeiro os
filhos de Israel recebessem sua atenção, e muitas vezes nem eram considerados
dignos das graças de Deus.
A mulher sírio-fenícia,
ouve falar que Jesus estava naquela região. Ela acredita que Jesus é quem tem o
poder de libertar sua filha do demônio que a atormentava. Cheia de coragem a
mulher entra na casa onde Jesus estava e em atitude de humildade,
reverência e súplica, atira-se aos pés dele. Ela pedia insistentemente
que expelisse o demônio que atormentava sua filha. A resposta de Jesus à
mulher, a princípio nos intriga, quando lhe diz: “Deixa primeiro que os filhos
se saciem; pois não fica bem tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos”
(Mc 7,27).
Sob inspiração de
Deus, responde com firmeza a Jesus: “Senhor, também os cachorrinhos, debaixo da
mesa comem as migalhas que os filhos deixam cair” (Mc 7,28). Esta resposta faz
com que a vontade de Deus seja entendida, por Jesus e posteriormente pelas
comunidades cristãs, que a ação de Deus já não é mais destinada como
primazia para os que se consideram como filhos, mas que todos igualmente são
convidados e dignos de partilhar o mesmo pão e das graças de Deus, na mesma
hora e juntos na mesma mesa.
A fala e luta da
sírio-fenícia é de quem sofre todas as discriminações da época: por ser mulher
e estrangeira. No seu argumento ela diz a Jesus que muitas vezes os filhos não
sabem dar valor ao pão que lhes é oferecido e que o desperdiçam, e, mesmo sendo
em migalhas, em pequeninas porções desperdiçadas, os excluídos, os famintos do
pão e da graça de Deus, fazem com elas um banquete. Para eles as migalhas são
muito bem aproveitadas e por isso está na hora de serem convidados também a
participar da mesa do banquete das graças de Deus.
É o Espírito da Verdade
que faz a mulher sírio-fenícia compreender que esta situação de discriminação,
não é a vontade de Deus, pois os filhos de Israel também assim foram tratados,
quando no Egito estavam sendo excluídos e oprimidos. Ela em sua argumentação
pela recuperação de sua filha, quer dizer que todos os seres humanos foram
criados a imagem e semelhança de Deus (Gn 1,27) e que segundo Paulo, em Cristo
todos são um (Gl 3,28), portanto todos são filhos e dignos de estarem juntos à
mesma mesa.
2.
Meditação (Caminho)
O que o
texto diz para nós, hoje?
Qual lugar
Deus ocupa na nossa vida? Nosso coração está próximo de Deus? Onde está Deus?
Se não estiver no 1º lugar, e presente em todos os outros momentos, alguma
coisa está errada e deve ser revista.
Meditando
Os bispos,
em Aparecida, recordaram:
"No clima cultural
relativista que nos circunda, onde é aceita só uma religião natural, faz-se
sempre mais importante e urgente estabelecer e fazer amadurecer em todo o corpo
eclesial a certeza de que Cristo, o Deus de rosto humano, é nosso verdadeiro e
único salvador." (DAp 22).
3.Oração (Vida)
O que o texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluimos
com a oração:
Pai santo, vosso Filho Jesus,
conduzido pelo Espírito
e obediente à vossa vontade,
aceitou a cruz como prova de amor à humanidade.
Convertei-nos e, nos desafios deste mundo,
tornai-nos missionários.
Para anunciar o Evangelho como projeto de vida,
enviai-nos, Senhor;
para ser presença geradora de fraternidade,
enviai-nos, Senhor;
para ser profetas em tempo de mudança,
enviai-nos, Senhor;
para promover a sociedade da não violência,
enviai-nos, Senhor;
para salvar a quem perdeu a esperança,
enviai-nos, Senhor;
para...
4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual nosso novo olhar a partir da Palavra?
Nosso novo olhar é para reconhecer Jesus Cristo como Senhor da nossa vida.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
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