Leitura Orante
Preparamo-nos
para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão
em torno da Palavra com todas as pessoas que circulam nas redes sociais.
Hoje,
nos encontramos, onde quer que você esteja: no metro, em casa, na rua, no
auto-carro, no seu carro, no seu trabalho... Juntos continuamos nosso
Exercícios Espirituais do Advento, em preparação para o Natal. Interessante
que a Palavra de Deus de hoje vem como um apelo vocacional. Hoje, dia de Santo
André Apóstolo, vamos ler o Evangelho que fala de deixar as redes para
seguir Jesus e nos tornarmos “pescadores de gente”. Vamos pensar nisto agora:
1.
Sugerimos
dedicarmos cerca 30 minutos à nossa oração pessoal diária;
2.
Revemos esta
oração por uns 10 minutos, no final do dia, como uma retrospetiva do dia que
passou.
1. Leitura
(Verdade)
O
que diz o texto do dia? Lemos atentamente o texto: Mt 4,18-22.
Jesus estava andando pela beira do lago da Galileia quando viu dois irmãos que eram pescadores: Simão, também chamado de Pedro, e André. Eles estavam no lago, pescando com redes. Jesus lhes disse:
Jesus chama os primeiros discípulos: Pedro e André. Depois, chama outros dois irmãos: Tiago e João. Estes deixam sua profissão de pescadores, deixam família, deixam suas seguranças e abraçam o Projeto de Jesus: o compromisso de “pescadores de gente”.
O convite de Jesus é
para todos os que ouvem a sua Palavra.
2. Meditação
(Caminho)
O que o texto diz
para nós, hoje?
Meditando
Os
bispos, em Aparecida, reconheceram a vocação como dom de Deus:
“A própria vocação, a
própria liberdade e a própria originalidade são dons de Deus para a plenitude e
a serviço do mundo." (DAp 111).
O Senhor se revela a nós não de forma extraordinária ou estrondosa, mas no quotidiano da nossa vida.
Foi
assim para os primeiros apóstolos. Estavam pescando. Jesus passou onde estavam
e lhes fez o convite.
Também
para nós é assim: no nosso dia-a-dia é que devemos encontrar o Senhor,
dialogar com Ele e mudar a nossa vida. A resposta dos quatro pescadores foi
imediata e sem hesitação: abandonaram as redes e seguiram Jesus.
O
papa Francisco comenta: “nas margens do lago, numa terra impensável, nasceu a
primeira comunidade de discípulos de Cristo. E nós cristãos, temos hoje a
alegria de proclamar e dar testemunho da nossa fé, graças àquele primeiro
anúncio e àqueles homens humildes e corajosos que responderam
generosamente ao chamado de Jesus” .
A
consciência deste início suscite em nós o desejo de levar a palavra, o amor, a
ternura de Jesus a todos os contextos, mesmo nos mais difíceis e fechados.
“Levar a palavra a todas as periferias. Todos os espaços da vida humana são
terrenos onde lançar a semente do Evangelho, a fim de que dê frutos de
salvação”.
E
nós nos perguntamos: sendo eu, membro vivo da Igreja, como vivo minha
vocação à plenitude a serviço do mundo? Sou capaz de largar minhas redes, meu
barco, ou seja, meus interesses, meus programas e opções para seguir Jesus que
quer me falar naquele encontro, naquela reunião da comunidade, naquele
serviço de acolhimento de alguém que chega à minha casa, ao meu trabalho, do
meu lado no ônibus, na recepção de um consultório...? Pensemos como é a nossa
resposta aos convites de Jesus para sermos “pescadores de gente”.
E eu me
interrogo: sendo eu, membro vivo da Igreja, como vivo minha vocação à
plenitude a a serviço do mundo?
3.Oração
(Vida)
O que o
texto nos leva a dizer a Deus?
Rezamos,
espontaneamente, com salmos e concluímos com a oração
Façamos
da canção uma oração
Tu,
Senhor, te abeiraste na praia
Não buscaste nem sábios, nem ricos
Somente queres que eu te siga....
Senhor, Tu me olhaste nos olhos
A sorrir, pronunciaste meu nome
Lá na praia, eu deixei o meu barco
Junto a Ti, buscarei outro mar
Tu sabes bem que em meu barco
Eu não tenho nem espadas nem ouro
Somente redes e o meu trabalho...
Tu minhas mãos solicitas
Meu cansaço, que a outros descansem
Amor que almeja seguir amando..
Junto a Ti, Senhor, buscarei outro mar
4.Contemplação
(Vida e Missão)
Qual nosso
novo olhar a partir da Palavra?
Nosso olhar foi iluminado pela
certeza de que Deus cuida deste mundo? Cuida de nós, e em Jesus Cristo toda
dor, todo sofrimento, toda perseguição tem um misterioso porquê?
Vivemos
esta certeza? .
Simão e André eram
pescadores e Jesus os chamou para serem pescadores de homens. Tudo o que eles
precisavam fazer era seguir Jesus.
A
capacitação e o poder para transformá-los em pescadores de homens viria de
Deus, não de uma faculdade ou algo assim. Não seria uma pesca com redes. As
redes eles deixaram para trás. Não era para saírem aprisionando pessoas, mas
libertando. Andar com Jesus faria deles iscas vivas. Eles deviam levar o sabor
e a atração de Jesus por onde quer que fossem.
O pescador vai onde o peixe está, corre riscos e
não faz barulho para não chamar a atenção para si. É de Jesus, perdão e
salvação que o pescador de homens fala. O tema do pescador de homens é Jesus, o
mais próximo que Deus chegou do ser humano. E as boas novas não é uma lista de
tarefas, mas a notícia de que Jesus morreu e ressuscitou para nos salvar. E que
nos ama infinitamente. Vamos responder ao convite do Mestre? Nosso novo olhar
descortina um horizonte bem maior de esperança e de muita Vida.
Bênção
- Deus nos abençoe
e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-
Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
-
Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
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