Mc 4,1-20 -Que tipo de
terreno somos? Um coração duro? Um coração inconstante? Um coração
materialista? Ou um coração disponível e bom?
- A nós, a paz de
Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de
Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão
do Espírito Santo.
-
Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparamo-nos para a Leitura, rezando:
Oferecimento do Dia
Adoro-vos, meu Deus,
amo-vos de todo o meu coração.
Agradeço-vos porque me
criastes, me fizestes cristão, me conservastes a vida e a saúde.
Ofereço-vos o meu dia:
que todas as minhas ações correspondam a vossa vontade.
E que faça tudo para a
vossa glória e para a paz dos homens.
Livrai-me do pecado,
do perigo e de todo o mal.
Que a vossa graça,
bênção, luz e
permaneçam sempre
comigo e com todos aqueles que eu amo.
Amém.
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia? Lemos, atentamente: Mc 4,1-20.
10 Quando ficou
sozinho, os que estavam com ele, junto com os doze, perguntaram sobre as
parábolas. 11 Jesus lhes disse: “A vós foi dado o mistério do reino de Deus;
para os que estão fora, tudo acontece em parábolas, 12 para que olhem, mas não
enxerguem, escutem, mas não compreendam, para que não se convertam e não sejam
perdoados”. 13 E lhes disse: “Vós não compreendeis esta parábola? Então, como
compreendereis todas as outras parábolas? 14 O semeador semeia a Palavra. 15 Os
que estão à beira do caminho são aqueles nos quais a Palavra foi semeada; logo
que a escutam, chega satanás e tira a Palavra que neles foi semeada. 16 Do
mesmo modo, os que receberam a semente em terreno pedregoso são aqueles que
ouvem a Palavra e logo a recebem com alegria, 17 mas não têm raiz em si mesmos,
são inconstantes; quando chega uma tribulação ou perseguição por causa da
Palavra, logo desistem. 18 Outros recebem a semente entre os espinhos: são
aqueles que ouvem a Palavra, 19 mas, quando surgem as preocupações do mundo, a
ilusão da riqueza e todos os outros desejos, sufocam a Palavra, e ela não
produz fruto. 20 Por fim, aqueles que recebem a semente em terreno bom são os
que ouvem a Palavra, a recebem e dão fruto; um dá trinta, outro sessenta e
outro cem por um”.
Refletindo
Este texto do Evangelho apresenta três partes: a parábola (v. 1-9), a função das parábolas (v. 10-13) e a explicação da parábola (v. 14-20).
Na primeira parte temos, pois, a parábola propriamente dita (v.1-9). O quadro apresentado supõe as técnicas agrícolas usadas na Palestina de então: primeiro, o agricultor lançava a semente à terra; depois, é que passava a arar o terreno.
As diferenças do terreno significam as diferentes formas de acolhida da semente. Mas, o que é verdadeiramente significativo é a quantidade espantosa de frutos que a semente lançada na “terra boa” produz. Tendo em conta que, na época, uma colheita de sete por um era considerada farta, os cem, sessenta e trinta por um deviam parecer algo de surpreendente, de milagroso…
Na segunda parte temos uma reflexão sobre a função das parábolas (v. 10-13). O ponto de partida é uma questão posta pelos discípulos: porque é que Jesus fala em parábolas?
Mateus vê nas parábolas a ocasião para que apareçam, com nitidez, o acolhimento e a recusa da mensagem proposta por Jesus. Que quer isto dizer?
As parábolas apresentam a proposta do “Reino” numa linguagem sugestiva, clara, concreta, questionante… Tudo fica claro para os ouvintes. Depois de escutar a mensagem apresentada nas parábolas, só não a aceita quem tiver o coração endurecido e não estiver mesmo interessado na proposta.
Na terceira parte, vem a explicação da parábola (v. 14-20). Nessa explicação, a parábola deixa entender que o acolhimento do Evangelho não depende, nem da semente, nem de quem semeia; mas depende da qualidade da terra.
Diante da Palavra de Jesus, há várias atitudes. Há aqueles que têm um coração duro como o chão de terra batida dos caminhos: a Palavra de Jesus não poderá penetrar nessa terra e dar fruto. Há aqueles que têm um coração inconstante, capaz de se entusiasmar por um momento, mas também de desanimar diante das primeiras dificuldades. A Palavra não pode aí criar raízes. Há aqueles que têm um coração materialista, que dá sempre prioridade à riqueza e aos bens deste mundo. A Palavra de Deus ali é facilmente sufocada por esses outros interesses dominantes. Há também aqueles que têm um coração disponível e bom, aberto aos desafios de Deus. Neles a Palavra de Deus é acolhida e dá muito fruto. Os verdadeiros discípulos são a terra boa. Entendem e acolhem a proposta do Reino.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje? Que tipo de terreno é meu coração?
É um lugar onde há muitas pedras e pouca terra?
Um lugar cheio de espinhos, que sufocam a Palavra?
Ou meu coração é terra boa onde a Palavra brota, cresce e produz frutos? Quais?
Como me aproximo da Palavra?
Meditando
Os bispos da América Latina e Caribe sugerem:
O que o texto diz para mim, hoje? Que tipo de terreno é meu coração?
É um lugar onde há muitas pedras e pouca terra?
Um lugar cheio de espinhos, que sufocam a Palavra?
Ou meu coração é terra boa onde a Palavra brota, cresce e produz frutos? Quais?
Como me aproximo da Palavra?
Meditando
Os bispos da América Latina e Caribe sugerem:
Entre as muitas formas
de se aproximar da Sagrada Escritura existe uma privilegiada à qual todos somos
convidados: a Lectio divina ou exercício de leitura orante da Sagrada
Escritura. Essa leitura orante, bem praticada, conduz ao encontro com
Jesus-Mestre, ao conhecimento do mistério de Jesus-Messias, à comunhão com
Jesus-Filho de Deus e ao testemunho de Jesus-Senhor do universo. Com seus
quatro momentos (leitura, meditação, oração, contemplação), a leitura orante
favorece o encontro pessoal com Jesus Cristo semelhante ao modo de tantos
personagens do evangelho: Nicodemos e sua ânsia de vida eterna (cf. Jo 3,1-21),
a Samaritana e seu desejo de culto verdadeiro (cf. Jo 4,1-42), o cego de
nascimento e seu desejo de luz interior (cf. Jo 9), Zaqueu e sua vontade de ser
diferente (cf. Lc 19,1-10)... Todos eles, graças a esse encontro, foram
iluminados e recriados porque se abriram à experiência da misericórdia do Pai
que se oferece por sua Palavra de verdade e vida. Não abriram o coração para
algo do Messias, mas ao próprio Messias, caminho de crescimento na
"maturidade conforme a sua plenitude" (Ef 4,13), processo de
discipulado, de comunhão com os irmãos e de compromisso com a sociedade. (DAp 249)
3.Oração (Vida)
- O que a Palavra nos leva a dizer a Deus? Rezamos com toda a Igreja o Salmo 88(89)
Minha verdade e meu amor estarão sempre com ele.
Guardarei eternamente para ele a minha graça.
1. “Eu firmei uma aliança com meu servo, meu eleito, / e eu fiz um juramento a Davi, meu servidor. / Para sempre, no teu trono, firmarei tua linhagem, / de geração em geração, garantirei o teu reinado!” – R.
2. Ele então me invocará: “Ó Senhor, vós sois meu Pai, / sois meu Deus, sois meu rochedo onde encontro a salvação!” / E por isso farei dele o meu filho primogênito, / sobre os reis de toda a terra farei dele o rei altíssimo. – R.
3. Guardarei eternamente para ele a minha graça / e com ele firmarei minha aliança indissolúvel. / Pelos séculos sem fim conservarei sua descendência, / e o seu trono, tanto tempo quanto os céus, há de durar. – R.
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus e abrir meu coração para que seja terra boa, acolhedora da Palavra.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
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