segunda-feira, 2 de janeiro de 2017


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68

 Livro de Números 6,22-27.
O Senhor disse a Moisés:
Fala a Aarão e aos seus filhos e diz-lhes: Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo:
'O Senhor te abençoe e te proteja.
O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável.
O Senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz'.
Assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel, e Eu os abençoarei.

Livro de Salmos 67(66),2-3.5.6.8.
Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção, resplandeça sobre nós a luz do seu rosto.
Na terra se conhecerão os vossos caminhos
e entre os povos a vossa salvação.
Alegrem-se e exultem as nações,

porque julgais os povos com justiça
e governais as nações sobre a terra.
Os povos Vos louvem, ó Deus,
todos os povos Vos louvem.

Deus nos dê a sua bênção,
e chegue o seu louvor aos confins da terra.


Carta aos Gálatas 4,4-7.
Irmãos: Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher e sujeito à Lei,
para resgatar os que estavam sujeitos à Lei e nos tornar seus filhos adotivos.
E porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: "Abá! Pai!"
Assim, já não és escravo, mas filho. E, se és filho, também és herdeiro, por graça de Deus.

Evangelho segundo S. Lucas 2,16-21.
Naquele tempo, os pastores dirigiram-se apressadamente para Belém e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura.
Quando O viram, começaram a contar o que lhes tinham anunciado sobre aquele Menino.
E todos os que ouviam admiravam-se do que os pastores diziam.
Maria conservava todas estas palavras, meditando-as em seu coração.
Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes tinha sido anunciado.
Quando se completaram os oito dias para o Menino ser circuncidado, deram-Lhe o nome de Jesus, indicado pelo Anjo, antes de ter sido concebido no seio materno.

«Quando foi a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher» (Gal 4,4)

Que a natureza estremeça de alegria e que exulte todo o género humano [...]. Que a humanidade dance em coro [...]: «Onde o pecado abundou, superabundou a graça» (Rom 5,20). Reúne-nos aqui a santa Mãe de Deus, a Virgem Maria, tesouro puríssimo de virgindade, paraíso espiritual do segundo Adão, ponto de união das duas naturezas, lugar de troca onde se concluiu a nossa salvação, câmara nupcial em que Cristo desposou a nossa carne. Ela é a sarça ardente que o fogo do parto de um Deus não consumiu, a nuvem ligeira que transportou Aquele que tem o trono acima dos querubins, o velo puríssimo que recebeu o orvalho celeste [...], Maria, serva e mãe, virgem, céu, ponte única entre Deus e os homens, tear da encarnação em que se achou admiravelmente confecionada a túnica da união das duas naturezas - e o Espírito Santo foi o tecelão.    

Na sua bondade, Deus não desdenhou nascer de uma mulher, mesmo que Aquele que dela ia ser formado fosse a própria a vida. Mas, se a Mãe não tivesse permanecido virgem, esta gestação não teria nada de espantoso; seria simplesmente o nascimento de um homem. Uma vez, porém, que ela permaneceu virgem mesmo após o parto, como poderia não se tratar de Deus e de um mistério inexprimível? Nasceu de maneira inefável, sem mancha, Aquele que mais tarde entrará sem obstáculo, com todas as portas fechadas, e diante de quem Tomé exclamará, contemplando a união das duas naturezas: «Meu Senhor e meu Deus!» (Jo 20,28)

Por nosso amor, Aquele que por natureza era incapaz de sofrer expôs-Se a numerosos sofrimentos. Cristo não Se tornou Deus pouco a pouco; de modo nenhum! Mas, sendo Deus, a sua misericórdia levou-O a tornar-Se homem, como a fé nos ensina. Não pregamos um homem que Se tornou Deus, proclamamos um Deus feito carne, que tomou por Mãe uma serva, Ele que pela sua natureza não conhece mãe, e que, sem pai, encarnou no tempo.



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