terça-feira, 10 de janeiro de 2017

EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Carta aos Hebreus 2,5-12.
Não foi aos Anjos que Deus submeteu o mundo futuro de que falamos.
Alguém afirmou numa passagem da Escritura: "Que é o homem para que Vos lembreis dele, o filho do homem para dele Vos ocupardes?
Vós o fizestes um pouco inferior aos Anjos, de glória e honra o coroastes,
tudo submetestes a seus pés". Ao submeter-Lhe todas as coisas, Deus nada deixou fora do seu domínio. Por enquanto, ainda não vemos que tudo Lhe esteja submetido.
Mas aquele Jesus, que, por um pouco, foi inferior aos Anjos, vemo-l'O agora coroado de glória e de honra por causa da morte que sofreu, pois era necessário que, pela graça de Deus, experimentasse a morte em proveito de todos.
Convinha, na verdade, que Deus, origem e fim de todas as coisas, querendo conduzir muitos filhos para a sua glória, levasse à glória perfeita, pelo sofrimento, o autor da salvação.
Pois Aquele que santifica e os que são santificados procedem todos de um só. Por isso não Se envergonha de lhes chamar irmãos.
Anunciarei o teu nome aos meus irmãos, no meio da assembleia cantarei os teus louvores.

Livro de Salmos 8,2a.5.6-7.8-9.
Senhor, nosso Deus,
como é admirável o vosso nome em toda a terra!
que é o homem para que Vos lembreis dele,
o filho do homem para dele Vos ocupardes?

Fizestes dele quase um ser divino,
de honra e glória o coroastes;
destes-lhe poder sobre a obra das vossas mãos,
tudo submetestes a seus pés.

Ovelhas e bois, todos os rebanhos,
e até os animais selvagens,
as aves do céu e os peixes do mar,
tudo o que se move nos oceanos.



Evangelho segundo S. Marcos 1,21b-28.
Jesus chegou a Cafarnaúm e no sábado seguinte, entrou na sinagoga e começou a ensinar.
todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque os ensinava com autoridade e não como os escribas.
Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro, que começou a gritar:
«Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem Tu és: o Santo de Deus».
Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem».
O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu dele.
Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: «Que vem a ser isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade, que até manda nos espíritos impuros e eles obedecem-Lhe!».
E logo a fama de Jesus se divulgou por toda a parte, em toda a região da Galileia.
«Uma nova doutrina, com autoridade!»

Não se pode chegar à certeza da fé revelada senão pelo advento de Cristo no espírito. Cristo vem seguidamente na carne, como Verbo que confirma toda a palavra profética. Foi por isso que foi dito aos Hebreus: «Muitas vezes e de muitos modos falou Deus a nossos pais, noutros tempos, pelos profetas; nestes tempos, que são os últimos, Deus falou-nos por meio de seu Filho» (1,1-2). Com efeito, Cristo é a Palavra do Pai, cheio de poder, e quem pode dizer-Lhe: «Porque fazes isto?» Cristo é também uma palavra cheia de verdade, mais ainda, é a própria Verdade, segundo aquilo que diz São João: «Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade» (17, 17). [...]

Assim, e dado que a autoridade pertence à palavra poderosa e verídica, e que Cristo é o Verbo do Pai, sendo por isso Poder e Sabedoria, nele está fundada e consumada toda a firmeza da autoridade. É por isso que toda a doutrina autêntica e os pregadores desta doutrina se relacionam com Cristo, que veio na carne como fundamento da fé cristã: «Segundo a graça que me foi dada, eu, como sábio arquiteto, coloquei o alicerce [...]. Mas ninguém pode pôr outro fundamento diferente do que foi posto, isto é, Jesus Cristo» (1Cor 3,10-11). Com efeito, só Ele é o fundamento de toda a doutrina autêntica, quer apostólica, quer profética, de acordo com uma e outra Lei, a nova e a antiga. É por isso que foi dito aos Efésios: «Fostes edificados sobre o alicerce dos apóstolos e dos profetas, com Cristo por pedra angular» (2,20). É pois claro que Cristo é o Senhor do conhecimento segundo a fé; Ele é o Caminho, de acordo com a sua dupla vinda, em espírito e na carne.


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