quinta-feira, 20 de outubro de 2016

EVANGELHO QUOTIDIANO


"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Carta aos Efésios 3,2-12.
Irmãos: Certamente já ouvistes falar da graça que Deus me confiou a vosso favor:
por uma revelação, foi-me dado a conhecer o mistério de Cristo, como já o apresentei sumariamente.
Assim podeis compreender o conhecimento que tenho do mistério de Cristo.
Nas gerações passadas, ele não foi dado a conhecer aos filhos dos homens, como agora foi revelado pelo Espírito Santo aos seus santos apóstolos e profetas:
os gentios recebem a mesma herança que os judeus, pertencem ao mesmo corpo e participam da mesma promessa, em Cristo Jesus, por meio do Evangelho.
Deste Evangelho me tornei ministro, pelo dom da graça que Deus me concedeu pela força do seu poder.
A mim, o último de todos os santos, foi concedida a graça de anunciar aos gentios a insondável riqueza de Cristo
e de manifestar a todos como se realiza o mistério escondido, desde toda a eternidade, em Deus, criador de todas as coisas.
E agora é por meio da Igreja, que se dá a conhecer aos principados e potestades celestes a multiforme sabedoria de Deus,
realizada, conforme o seu eterno desígnio, em Jesus Cristo, nosso Senhor.
Assim, é pela fé em Cristo que podemos aproximar-nos de Deus com toda a confiança.

Livro de Isaías 12,2-3.4bcd.5-6.
Deus é o meu Salvador,
tenho confiança e nada temo.
O Senhor é a minha força e o meu louvor.
Ele é a minha salvação.

Tirareis água, com alegria, das fontes da salvação.
Agradecei ao Senhor, invocai o seu nome,
Anunciai aos povos a grandeza das suas obras,
proclamai a todos que o seu nome é santo.

Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas,
anunciai-as em toda a terra.
Entoai cânticos de alegria e exultai, habitantes de Sião, porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.



Evangelho segundo S. Lucas 12,39-48.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Compreendei isto: se o dono da casa soubesse a que hora viria o ladrão, não o deixaria arrombar a sua casa.
Estai vós também preparados, porque na hora em que não pensais virá o Filho do homem».
Disse Pedro a Jesus: «Senhor, é para nós que dizes esta parábola, ou também para todos os outros?».
O Senhor respondeu: «Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor estabelecerá à frente da sua casa, para dar devidamente a cada um a sua ração de trigo?
Feliz o servo a quem o senhor, ao chegar, encontrar assim ocupado.
Em verdade vos digo que o porá à frente de todos os seus bens.
Mas se aquele servo disser consigo mesmo: ‘O meu senhor tarda em vir’; e começar a bater em servos e servas, a comer, a beber e a embriagar-se,
o senhor daquele servo chegará no dia em que menos espera e a horas que ele não sabe; ele o expulsará e fará que tenha a sorte dos infiéis.
O servo que, conhecendo a vontade do seu senhor, não se preparou ou não cumpriu a sua vontade, levará muitas vergastadas.
Aquele, porém, que, sem a conhecer, tenha feito ações que mereçam vergastadas, levará apenas algumas. A quem muito foi dado, muito será exigido; a quem muito foi confiado, mais se lhe pedirá».

Comentário do dia:

São Fulgêncio de Ruspas (467-532), bispo no Norte de África
Sermão 1; CCL 91A, 889
«Servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus» (1Cor 4,1)

Para bem precisar o papel dos servos que colocou à frente do seu povo, o Senhor diz estas palavras que o Evangelho narra: «Quem é o administrador fiel e prudente que o senhor estabelecerá à frente da sua casa, para dar devidamente a cada um a sua ração de trigo? Feliz o servo a quem o senhor, ao chegar, encontrar assim ocupado.» Quem é este senhor, irmãos? Sem dúvida alguma é Cristo, que disse aos discípulos: «Vós chamais-me Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque o sou» (Jo 13,13). E quem é o pessoal da casa de tal senhor? É evidentemente aquele que o próprio Senhor resgatou das mãos do inimigo, e tornou seu. Esse pessoal é a Igreja santa e universal, que com maravilhosa fecundidade se propaga  por todo o mundo e se glorifica por ter sido resgatada pelo preço do sangue do Senhor [...].

Mas quem é o administrador fiel e prudente? O apóstolo Paulo no-lo mostra, ao falar de si próprio e dos seus companheiros nestes termos: «Considerem-nos, pois, servidores de Cristo e administradores dos mistérios de Deus. Ora, o que se requer dos administradores é que se sejam fiéis» (1Cor 4,1-2). E para que nenhum nós pense que apenas os apóstolos se tornaram administradores, e para que nenhum servo, preguiçoso e infiel, abandone o combate espiritual ou se ponha a dormir, o santo apóstolo refere-se claramente aos próprios bispos como administradores: «É preciso que o bispo, como administrador de Deus, seja irrepreensível», diz-nos (Tit 1,7). Somos, pois, os servos do Pai de família, os administradores do Senhor, e dele recebemos a ração de trigo que distribuiremos por vós.


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