terça-feira, 11 de outubro de 2016

EVANGELHO QUOTIDIANO

"Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna". João 6, 68


Carta aos Gálatas 5,1-6.
Irmãos: Foi para a verdadeira liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permanecei firmes e não torneis a sujeitar-vos ao jugo da escravidão.
Sou eu, Paulo, que vos digo: Se vos fizerdes circuncidar, Cristo de nada vos servirá.
De novo asseguro a todo o homem que se faz circuncidar: fica obrigado a cumprir toda a Lei de Moisés.
Vós os que procurais a justificação por essa Lei, separastes-vos de Cristo e perdestes a graça de Deus.
Nós, porém, é pelo Espírito Santo, em virtude da fé, que esperamos alcançar a justificação.
Porque em Jesus Cristo, nem a circuncisão nem a incircuncisão tem qualquer valor, mas só a fé, que atua pela caridade.

Livro de Salmos 119(118),41.43.44.45.47.48.
Desça sobre mim a vossa bondade,
salvai-me segundo a vossa promessa.
Não me tireis da boca a palavra da verdade,
porque eu espero nos vossos juízos.

Quero cumprir fielmente a vossa lei,
agora e para sempre.
Andarei seguro no meu caminho,
porque busquei os vossos preceitos.

Ponho as minhas delícias nos vossos mandamentos,
porque muito os amo.
Estendo as mãos para os vossos mandamentos
e medito nos vossos decretos.



Evangelho segundo S. Lucas 11,37-41.
Naquele tempo, depois de Jesus ter falado, um fariseu convidou-O para comer em sua casa. Jesus entrou e tomou lugar à mesa.
O fariseu admirou-se, ao ver que Ele não tinha feito as abluções antes de comer.
Disse-lhe o Senhor: «Vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade.
Insensatos! Quem fez o interior não fez também o exterior?
Dai antes de esmola o que está dentro e tudo para vós ficará limpo».

«Limpais o exterior. [...] Quem fez o interior não fez também o exterior?»

O Senhor conhece os pensamentos e as intenções do nosso coração. Ninguém duvida de que Ele os conhece de facto a todos, mas nós só conhecemos os que Ele nos torna manifestos pela graça do discernimento. Porque o espírito do homem nem sempre sabe o que há nele; e mesmo quando se trata dos seus próprios pensamentos, sejam eles queridos ou não, tem deles uma ideia que nem sempre corresponde à realidade. Nem os que se apresentam com evidência aos olhos do espírito discerne com precisão, tão obscurecido está o seu olhar.

Com efeito, acontece frequentemente, por uma razão humana ou procedente do tentador, deixarmo-nos levar pelo pensamento para aquilo que é só aparência de piedade e que, aos olhos de Deus, não merece de maneira nenhuma a recompensa prometida à virtude. É que há coisas que podem apresentar o aspeto de verdadeiras virtudes, como também de vícios, e enganar os olhos do coração. Pelas suas seduções, podem perturbar a visão da nossa inteligência ao ponto de muitas vezes lhe fazer tomar por um bem realidades que realmente são más, e inversamente, levá-la a ver um mal onde, na verdade, não existe. É um aspeto da nossa miséria e da nossa ignorância que muito precisamos de deplorar e grandemente de temer. [...]

Quem pode verificar se os espíritos procedem de Deus a não ser que tenha recebido de Deus o discernimento dos espíritos? [...] Este discernimento é a fonte de todas as virtudes.


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