Para
combater a "mudança climática", ONGs ecologistas pedem
reduzir crianças
até uma média estatística de "meio filho" por casal (sic!).
Tubarões assassinos, crocodilos perigosos, javalis predadores
ou lobos devoradores de gado: todos eles são espécies protegidas pela
estranha religião “verde” ainda que causem danos ao homem e a outros
animais.
Mas os homens têm que ser reduzidos em número, em direitos, em
condições de vida, segundo decreto dessa mesma religião! Têm que ficar
insustentáveis nesta terra!
Eles são os únicos seres que não podem nem devem cumprir o
preceito ecológico de se auto-sustentar.
O sofisma arguido, com muito sabor de luta de classe de pobres
contra ricos, diz que os países ricos deveriam desencorajar as pessoas
que querem ter filhos.
A causa? Para protegê-los contra os danos – fictícios ou
montados artificiosamente – do “aquecimento global” num século venturo
e também para reduzir emissões que não explicam claramente.
Travis Rieder, diretor do Instituo Berman de Bioética na
Universidade Johns Hopkins, disse à National Public Radio (NPR)
quer derrubar a fertilidade humana global a meio filho por mulher
“poderia ser a coisa que vai nos salvar”.
“Eis um pensamento estimulante: talvez nós salvaremos nossos
filhos não os tendo”, disse.
Ele propôs desanimar a procriação com novos impostos impedindo
que os pobres tenham crianças, e impondo penalidades tributárias aos
ricos. Algo assim como uma ‘taxa carbono aplicada contra os filhos’.
Enfermeira
cuida de recém-nascidos em hospital de Jamestown, EUA.
Na proposta ambientalista, esta profissão deverá ser vista com maus
olhos.
Rieder acrescentou que essas punições funcionariam melhor
contra os ricos. Por sua vez os países ricos dariam o exemplo aos
pobres de não ter filhos.
A proposta é mais radical que a “política do filho único” –
pois seria só “meio filho” – e ficou registrada no livro “Population
Engineering and the Fight Against Climate Change” (“Engenharia
Populacional e o Combate contra a Mudança Climática”) que Rieder
escreveu com mais dois professores da Universidade de Georgetown.
A ONG “Futuro concebível” de New Hampshire também adota como
premissa a disparatada tese de que “a crise do clima é uma crise
reprodutiva”, escreveu o “Washington Times”.
Os extremistas ambientalistas tentaram logo dissimular o fundo
totalitário de suas propostas, alegando que não propunham medidas
coercitivas, nem leis despóticas como fez a China com a famigerada e
fracassada “política do filho único”.
Porém, Marc Morano, diretor do site Climate’s Depot especializado
em denunciar as fraudes do ambientalismo radical, observou que as
normas ditatoriais que esses ativistas negam com a língua, na prática
seriam logicamente inevitáveis se se aprovam suas antinaturais
premissas.
Morano também observou que os grupos que se dizem contra a “mudança
climática” agora insistem que os homens deveriam ter menos contatos
sexuais para conseguir um planeta menos cálido, e também para diminuir
a natalidade.
“Os aquecimentistas já cansaram de combater as lâmpadas
elétricas, as termoelétricas a carvão, os carros 4X4, e agora se
assanham para ficar controlando o tamanho das famílias dos outros”.
Rieder anunciou o livro “Toward a Small Family Ethic: How
Overpopulation and Climate Change are Affecting the Morality of
Procreation” (“Rumo à ética da família pequena: como a
superpopulação e a Mudança Climática estão afetando a moralidade da
procriação”).
O disparate anticristão e antinatural salta aos olhos.
( * ) Luis Dufaur é
escritor, jornalista, conferencista de política internacional e colaborador
da ABIM
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