quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

RELACIONAMENTO COM DEUS...

Livro de 1º Samuel 3,1-10.19-20.

Naqueles dias, o jovem Samuel servia o Senhor sob a direção do sumo sacerdote Heli. Nesse tempo, a palavra do Senhor fazia-se ouvir raras vezes e as visões não eram frequentes.
Certo dia, Heli estava deitado nos seus aposentos; os seus olhos tinham enfraquecido e mal podia ver.
A lâmpada de Deus ainda não se tinha apagado e Samuel dormia no templo do Senhor, no lugar onde se encontrava a arca de Deus.
O Senhor chamou Samuel e ele respondeu: «Aqui estou».
E, correndo para junto de Heli, disse: «Aqui estou, porque me chamaste». Mas Heli respondeu: «Eu não te chamei; torna a deitar-te». E ele foi deitar-se.
O Senhor voltou a chamar Samuel. Samuel levantou-se, foi ter com Heli e disse: «Aqui estou, porque me chamaste». Heli respondeu: «Não te chamei, meu filho; torna a deitar-te».
Samuel ainda não conhecia o Senhor, porque, até então, nunca se lhe tinha manifestado a palavra do Senhor.
O Senhor chamou Samuel pela terceira vez. Ele levantou-se, foi ter com Heli e disse: «Aqui estou, porque me chamaste». Então Heli compreendeu que era o Senhor que chamava pelo jovem.
Disse Heli a Samuel: «Vai deitar-te; e se te chamarem outra vez, responde: ‘Falai, Senhor, que o vosso servo escuta’». Samuel voltou para o seu lugar e deitou-se.
O Senhor veio, aproximou-Se e chamou como das outras vezes: «Samuel, Samuel!». E Samuel respondeu: «Falai, Senhor, que o vosso servo escuta».
Samuel foi crescendo; o Senhor estava com ele e nenhuma das suas palavras deixou de cumprir-se.
E todo o Israel, de Dan até Bersabeia, reconheceu que Samuel era realmente um profeta do Senhor.

Livro de Salmos 40(39),2.5.7-8a.8b-9.10.

Esperei no Senhor com toda a confiança
e Ele atendeu-me.
Feliz de quem pôs a sua confiança no Senhor
e não se voltou para os arrogantes,
para os que seguem a mentira.
Não Vos agradaram sacrifícios nem oblações,
mas abristes-me os ouvidos;
não pedistes holocaustos nem expiações,
Então eu disse: “Aqui estou! .”
No Livro da Lei está escrito aquilo que devo fazer.
Então eu disse: “Aqui estou! .”
No Livro da Lei está escrito aquilo que devo fazer.
então clamei: «Aqui estou».
«De mim está escrito no livro da Lei
que faça a vossa vontade.
Assim o quero, ó meu Deus,
a vossa lei está no meu coração».
«Proclamei a justiça na grande assembleia,
não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis.

1ª Carta de São João 2,18-25.

Meus filhos, esta é a última hora. Ouvistes dizer que há-de vir o Anticristo. Pois bem, surgiram já muitos anticristos e por isso sabemos que é a última hora.
Eles saíram do meio de nós, mas não eram dos nossos. Se fossem dos nossos, teriam ficado connosco. Assim sucedeu para ficar bem claro que nem todos eram dos nossos.
Vós, porém, tendes a unção que vem do Santo e todos possuís a ciência.
Não vos escrevo por ignorardes a verdade, mas porque a conheceis e porque nenhuma mentira provém da verdade.
Quem é, então, o mentiroso? Quem é, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Esse é o Anticristo, aquele que nega o Pai e igualmente o Filho.
Quem nega o Filho também não reconhece o Pai. Quem confessa o Filho reconhece também o Pai.
Portanto, permaneça em vós a doutrina que ouvistes desde o princípio. Se permanecer em vós a doutrina que ouvistes desde o princípio, também vós permanecereis no Filho e no Pai.
E a promessa que o Filho nos fez é a vida eterna.

Evangelho segundo São Marcos 1,29-39.

Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, a casa de Simão e André.
A sogra de Simão estava de cama com febre e logo Lhe falaram dela.
Jesus aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los.
Ao cair da tarde, já depois do sol-posto, trouxeram-Lhe todos os doentes e possessos
e a cidade inteira ficou reunida diante da porta.
Jesus curou muitas pessoas, que eram atormentadas por várias doenças, e expulsou muitos demónios. Mas não deixava que os demónios falassem, porque sabiam quem Ele era.
De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu. Retirou-Se para um sítio ermo e aí começou a orar.
Simão e os companheiros foram à procura d’Ele
e, quando O encontraram, disseram-Lhe: «Todos Te procuram».
Ele respondeu-lhes: «Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas, a fim de pregar aí também, porque foi para isso que Eu vim».
E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demónios.

Comentário de Isaac o Sírio

Nada torna a alma tão pura e feliz, nada a ilumina e afasta dela os maus pensamentos, como as vigílias. Por isso, os nossos pais perseveraram neste trabalho das vigílias e adoptaram como regra permanecer acordados de noite durante o curso da sua vida ascética. Fizeram-no especialmente porque tinham ouvido os insistentes convites do nosso Salvador com a sua Palavra viva: «Velai, pois, orando continuamente» (Lc 21,36); «Vigiai e orai, para não caírdes em tentação» (Mt 26,41); e ainda: «Orai sem cessar» (1 Tes 5,17).
E não Se contentou com advertir-nos apenas por palavras. Deu-nos também o exemplo na sua pessoa, honrando a prática da oração acima de qualquer outra coisa. Por isso, isolava-Se constantemente para rezar, e não o fazia de qualquer maneira, mas escolhendo por tempo a noite e por lugar o deserto, a fim de que também nós, evitando as multidões e o tumulto, nos tornemos capazes de orar na solidão.
Por isso, os nossos pais receberam este elevado ensinamento a respeito da oração como se ele viesse do próprio Cristo. E escolheram vigiar na oração seguindo a injunção do apóstolo Paulo, sobretudo a fim de poderem permanecer sem interrupções na proximidade de Deus pela oração contínua. […] O que vinha do exterior não os atingia, nada alterava a pureza do seu intelecto, perturbando estas vigílias, que os enchiam de alegria e que eram a luz da sua alma.


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