domingo, 17 de janeiro de 2016

O Adjunto Koatay 108


Meus irmãos e irmãs, especialmente, meus irmãos Adjuntos Koatay 108,
Salve Deus!

Um dia, um homem assumiu a missão de levar a Doutrina de Pai Seta Branca além das portas sagradas do Templo Mãe.

Talvez ele ainda não tivesse todo o preparo, ou ainda carregasse as marcas da dureza desta e de outras encarnações. Porém tinha amor em seu coração! Não poderia se afastar da Doutrina e assim, mesmo temeroso por seus próprios defeitos e falhas, despertou o espírito espartano da coragem e disciplina e encarou esta jornada.

O começo de uma missão é sempre muito difícil. Materialmente envolve compromissos a serem assumidos, um aluguel, a compra de um lote, ou ainda chegar a abrir mão do espaço físico de seu próprio lar, deixando de lado o sonho da churrasqueira ou o cantinho para confraternizar com os amigos.

Deixa de ser dono de muitos objetos pessoais, pois invariavelmente se misturam com as coisas do templo. Não se sabe quais são suas panelas, pratos e talheres. A mesa da sala fica sem cadeiras. Abre mão de um valioso tempo com a família e de dinheiro que poderia gastar para alegrar os seus, passando a construir uma grande família.

O fim de semana que poderia ser dedicado ao descanso da vida material normalmente atribulada pelos tempos atuais, passa a ser o único momento em que convive com a própria família, que procura integrar nesta missão. Sempre tem algo a ser construído, limpo, arrumado, ampliado.

Começa seu trabalho em meio a muitas inseguranças, afinal formará um povo! Os primeiros testes mediúnicos trazem o medo de errar, o sentimento que sua decisão poderá influenciar toda a vida daquela pessoa que está depositando nele tanta esperança.

Abre um Pajezinho, corre para o Desenvolvimento e testes mediúnicos, desdobra-se para comandar todos os trabalhos... Tantas vezes sozinho, ou com apenas a companheira para dividir sua esperança na missão que lhe foi confiada. Mas só pode dividir a esperança, pois seus medos e temores ficam ocultos para não contaminar a família que nem sempre entenderá completamente o sentido de tanto esforço.

Este homem, com o tempo, vê a missão crescer! Primeiro chegam os médiuns que vêm para cobrar... Questionam seu conhecimento, buscam informações e promovem perguntas capciosas. E depois de superada esta prova chegam os que realmente vêm para ajudar. A missão começa a crescer e fluir com mais naturalidade.

Muitos daqueles primeiros médiuns acabam esquecendo, não recordam, ou às vezes sequer conhecem tantos esforços para que a missão, que desfrutam agora, fosse implantada.

Esquecem, ou deixam de valorizar, aquele homem, por vezes rude, que teve a coragem de enfrentar seus próprios fantasmas para trazer a Luz do Doutrinador para terras distantes. Apresentam-se cheios de conhecimentos, falam melhor que ele, questionam de maneira incisiva... Perdem o respeito e mergulham na vaidade de seus pseudoconhecimentos.

Falo pseudoconhecimentos porque o verdadeiro conhecimento vem da experiência vivida e não dos livros lidos. A intuição é despertada pela necessidade e não pela leitura de regras que servem apenas de diretrizes. O dinamismo de nossa Doutrina conduz o Adjunto Koatay 108 a proporcionar a caridade em suas intuições e responsabilidades. Não se aprende isso... Somente podemos viver isso!

Às vezes o homem é bastante distante do Mestre, mas o Mestre é que merece sim o nosso respeito. Suas conquistas e coragem trouxeram a possiblidade de estarmos aqui.

Salve Deus! Não falo para meu povo, pois somente tenho a agradecer o carinho com que sou tratado, mas vejo tantos que mergulham na incompreensão e julgamento e esquecem que sem “o seu Adjunto” talvez não conhecessem a Doutrina, talvez não pudessem sequer merecer o espaço que hoje convivem. Talvez sem o caráter firme daquele homem que hoje podem considerar “superado” a obra do Pai não chegaria até eles.

Meus respeitos a todos Adjuntos Koatay 108.

Kazagrande

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