terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Excesso de Ritmo


Continuando o assunto anterior sobre equilíbrio.

Por outro lado tem os que se “internam” no Templo. O Trino Araken afirmou claramente que “o mestre que coloca o uniforme todo o dia enlouquece”. É força demais e o plexo não agüenta.

Às vezes escuto mestres dizendo que vão se aposentar para se tornarem “empregados de Pai Seta Branca”. Têm outros que tiram férias para fazerem Escaladas de segunda a segunda e ficarem prisioneiros repetidamente. Alguns refugam empregos que exijam freqüência regular e constante, acomodando-se com parcos ganhos, mas dispondo de tempo livre para participarem dos Abatás e Alabás constantemente.

Enquanto isso, a família fica por conta própria, ou quase. Sem pai (ou mãe), nem chefe, nem marido (esposa), nem conselheiro, nem provedor, nem solucionador dos problemas, no momento em que eles surgem e reclamam atenção. Moram mal, estudam mal, não têm lazer decente, mas o “mestrão” não para de colecionar medalhas no colete.

Um dia, tal fanático descobre que o companheiro ou companheira se foi (física e/ou emotivamente), os filhos estão sendo reprovados na escola, quando não se encheram de vícios, a saúde vai mal e não tem nem aposentadoria certa ou suficiente.

Ai a culpa é de Pai Seta Branca, ou do Adjunto, ou do Presidente do Templo. Não percebem que a culpa pela desbarrancada na vida pessoal é dele mesmo (a ficha caiu), pensa em se suicidar ou, (Salve Deus!) acaba enfiando-se mais ainda no Templo, e pobres de nós aturando um chato amargurado desses...

O equilíbrio na Terra é um indicativo do equilíbrio espiritual. A condução da missão e do carma de forma controlada e produtiva demonstra a evolução alcançada pelo encarnado e a sua real condição íntima. A harmonia familiar/social e profissional/financeira se insere na máxima “as leis físicas que vos chamam a razão são as mesmas que vos conduzem a Deus” (Pai Seta Branca).

Largue disso de tanta televisão e conversa fiada, tamanha preguiça e indolência. Também fuja do excesso de ocupação em uma atividade, enquanto o resto do seu mundo desmorona por falta de manutenção. Ocupe o seu tempo com o cuidado e a objetividade de quem sabe que não é deste mundo, mas precisa muito dele por enquanto.

Trabalhe mediunicamente, trabalhe materialmente; assista à Centúria novamente, faça uma “pós-graduação”. Cuide da família, jogue bola com seus filhos, ajude-os nos deveres, leve a esposa ao cinema, não deixe para trocar a telha quebrada ou a lâmpada queimada quando não tiver uma escala para cumprir. Mas não perca as suas Escalas, nem deixe de pesquisar, refletir, ensinar e praticar esta maravilhosa Doutrina que nossa Mãe Clarividente nos trouxe dos mundos luminosos para o Vale do Amanhecer.

Não encarnamos para vivermos como espíritos. Não somos como os outros encarnados, pois somos sacerdotes. Nem lá, nem cá. Somos jaguares.

Kazagrande

(baseado em texto do Adjunto Otalevo e Aula do Trino Araken)

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