Quando olhamos para
dentro de nós mesmos podemos ver o quanto é difícil mudar certos hábitos e
até pensamentos para nossa verdadeira evolução. Vemos também que certas
atitudes parecem impossíveis de serem mudadas e preferimos justificá-las, com
uma pretensa desculpa de justiça, ou necessidade de agir para o sustento
material.
Quantas vezes
vislumbramos as conseqüências de nossos atos, e palavras infelizes, e mesmo
assim fazemos pela intolerância ou pela insana justificativa, acabando
conscientemente mergulhando em algo que nos trará sofrimentos futuros em
troca de uma pequena estabilidade presente.
Muitos jaguares, aos
nossos olhos físicos, parecem afastados do que chamamos de “verdadeiro
caminho” e condenamos suas ações e palavras, mesmo sabendo que nada enxergamos
do que se opera espiritualmente.
Escolhemos condenar ao
invés de auxiliar, de unir, respeitando o pensamento e as decisões de cada
um. Cada um responde pelo que é seu, pelo que faz. Nosso dever é respeitar e
ter ser uma palavra amiga de união, que quebre as barreiras impostas no
físico, e eleve-se ao ideal espiritual que nos une.
Muitos de nós erramos
pela pressão das necessidades de ordem material. Cedemos às tentações que
parecem irresistíveis. Mergulhamos em sentimentos de auto-piedade alegando a
dor familiar. Ou ainda nos enredamos em problemas cada vez mais insolúveis e
realmente não encontramos forças naquele momento para resistir e vencer o
orgulho.
Temos que compreender
o quê é abrir o coração aos que sofrem. Não importa se seu sofrimento é
proveniente de suas próprias falhas, e assim é sempre! Importa apenas a
atitude de caridade, de amor e fraternidade.
Não será posando de
donos da verdade, de senhores da justiça, ou colocando-se em um patamar
superior, onde se afirma que “ali eu não errei”, que vamos ajudar alguém.
Caridade não é
perguntar por quê. Apenas ajudar! Recordo sempre uma passagem que vivi ainda
no Templo Mãe, onde estava na rua quando um jovem, filho de médiuns, com uns
18 anos, se aproximou para pedir dinheiro para comprar pão. Estava no meio da
rua conversando com um Arcano veterano que havia encontrado na padaria. Eu
não tinha o hábito de dar “esmolas”, e ao ver as condições claramente
alcoolizadas do jovem, imediatamente disse que não daria dinheiro para ele
sair bebendo mais. Ele saiu xingando e senti o impulso de confirmar minha
atitude com o Mestre. Ele me disse: se você quer e pode dar, dê! Não importa
o que ele vai fazer. Dê o dinheiro e uma palavra amiga se possível, mas não
condene, não julgue! Sua parte é a caridade, acreditar que ele pede porque
precisa, se ele vai comprar pão ou bebida é o livre arbítrio dele. Caso
consiga inspirar nele alguma coisa boa, seus mentores estarão lhe ajudando
para isso.
Ouvindo isso, lembrei
de quando cheguei ao Vale e extremamente envergonhado fui pedir um prato de
comida pela primeira vez na vida. Se aquele Mestre que dividiu seu almoço
comigo tivesse negado, eu estaria disposto a me matar e sequer teria recebido
tudo que recebi naquele bendito dia!
Nunca mais julguei
quem me pede alguma coisa. Se posso dou, se não posso, nunca deixo a pessoa
se afastar sem uma palavra amiga ou um sorriso de esperança.
O remédio para todas
as dores é o AMOR! Que atua de forma homeopática, gota a gota, e cada gota
vem de um espírito que semeia a Luz.
O remédio destinado à
recuperação do corpo é o símbolo do amor com que nos será possível reajustar
a harmonia da alma doente.
Aos nossos irmãos
ofertemos sempre a humildade e a compreensão, sem julgamentos. Apenas uma
gota de Amor e Luz e nossas Entidades farão sua parte com aquela energia
depositada em favor.
Em nossa jornada,
muitas vezes escapamos “por um fio” e temos o desplante de dizer que “tivemos
sorte”. Somos poupados do pior, a custa de lágrimas em certas situações.
Então porque exigir que seja diferente com nossos irmãos?
Encontrando aqueles
que nos são enviados, ou mesmo confiados, vamos agir com a máxima do
Evangelho do Divino Mestre, traduzida por nosso querido Pai Seta Branca por
Amor, Humildade e TOLERÂNCIA. Ajudando sempre a erguer e jamais nos tornando
mais um peso daquela cobrança. Não importa o quê levou o irmão a sucumbir, ou
o conduziu àquela situação. É óbvio que a resposta esta sempre em suas
atitudes! Assim como o quê também afasta nós mesmos dos caminhos da
felicidade.
Kazagrande
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SALVE DEUS! FAÇAM O FAVOR DE SEREM FELIZES. COMAM E BEBAM; A MESA ESTÁ POSTA! SALVE DEUS
segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
Compreender e Auxiliar
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