Mesmo dentro das instituições espirituais, o dinheiro e o poder podem corromper, todos sabemos à fartura.
Assim vemos sacerdotes, bispos, padres, pastores em discursos vazios de atos e imersos em um mar de lama, corrompendo-se pelo luxo, luxúria e poder.
Mas nem todos são corrompidos! A estes que sua alma está transparente e com luz própria podemos devotar a admiração e também – só a eles – abrir os ouvidos e ouvir suas palavras, porque suas ações correspondem ao verbo.
E também somente a estes (que emanam coerência) deveria ser dado uma atribuição de condução em uma instituição espiritual, pois suas ações correspondem aos ensinamentos desse algo Maior que representam.
Quem pode discordar destas premissas?
Além da honestidade da palavra para com a ação, outras regras de conduta vem quando lançamos o olhar à vida dos grandes Mestres. Não foi a compaixão, a simplicidade, a tolerância, a incorruptibilidade e a transcendência o resumo de suas ações terrenas?
Não são estes, verdadeiramente, os fundamentos e a essência da filosofia espiritual que encontramos se olhamos os legados destes seres na Terra?
Não são estes os maiores ensinamentos – ou as regras de ouro – que se pode extrair da vida que levaram?
COMPAIXÃO: Amar ao próximo como a si mesmo, se colocar no lugar do outro, perdoar e compreender;
SIMPLICIDADE: Aversão ao endeusamento do dinheiro e do poder, amor ao que é puro e simples, e a busca de uma vida que espelhe este atributo aos discípulos;
TOLERÂNCIA: Nunca se permitir o ódio e o fanatismo, respeitar as posições do outro, nunca julgar;
INCORRUPTIBILIDADE: Não ceder ao canto da sereia terrena, à tentação do poder, à sedução do vil metal;
TRANSCENDÊNCIA: Buscar as coisas do alto e vivê-las verdadeiramente, sempre lutando para se tornar melhor, mais qualificado, mais reto.
Estes que hoje foram escolhidos como seus representantes na sua Igreja, o que lhe mostram? Seus pastores propagam simplicidade e amor? Ou luxo e intolerância?
Vê neles apego ao poder e ao ouro? Vociferam o discurso do ódio, da perseguição às minorias, exaltando os ânimos para a união pelo mal – pasmem – em nome da religião e de "Deus"?
Se sim, não tenha medo de fazer-se saber: são mercantilistas do Templo, vampiros devoradores do sangue dos mais pequenos, lavadores de cérebros fragilizados!
Não é este o maior pecado de todos? Em nome do alto: enriquecer, praguejar, corromper e separar os homens?
E para os fiéis que os seguem e veem tudo isso – ecos corrompidos e instrumentos destes falsários –há perdão?
É sua responsabilidade também se estas pessoas ocupam o púlpito!
Súditos fiéis:
Olhem os verdadeiros ensinamentos dos Mestres e vejam como eles trataram as minorias, os mais pequenos, os "pecadores" (mas cuidado com esta palavra julgadora!); olhem como lidaram com a riqueza material e como repudiaram todo poder terreno, só aceitando a liderança que viesse de suas ações direcionadas pelas bençãos do alto, sempre com pés no chão e uma simplicidade pacificadora.
Buscaram, enfim, viver profundamente o espiritual e, simplesmente, foram exemplo daquilo que pregaram!
Não é com estes elementos que, também, todos que buscam o transcendente e se curvam no altar deveriam agir? Não é com estas regras de ouro que deveriam construir a métrica a ser usada para impedir que os falsários dominem sua religião?
Foi-nos ensinado que enquanto há vida, há esperança e salvação – ou nossas mentes estão tão dominadas pelo mal (proferido, muitas vezes, em local sagrado pelos "grandes") que este verdadeiro ensinamento está perdido?
Qual caminho escolheremos?
Há tanta perdição quanta salvação dentro da religiosidade!
SALVE DEUS
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