Eu gostaria que vocês
conhecessem a historia de um missionário, que num certo dia resolveu entregar
a sua missão, e num caminho feliz de suas intuições, acabou por descobrir uma
estrada nova; um novo caminho; um novo horizonte.
Ele era um
doutrinador, que havia começado a sua vida mediúnica três anos antes desta
inesperada decisão. Antes de ingressar na vida missionaria, e colocar as suas
energias a serviço do bem, tinha muitos conflitos pessoais, crises e
variações de humor que nenhum médico ou terapeuta havia conseguido resolver.
Vivia a tomar medicamentos para dormir e antidepressivos, mesmo sem ter
nenhuma “visível” dificuldade.
Pouco depois de
iniciar a sua trajetória como doutrinador, já se via liberto de muitos destes
medicamentos, e antes, era inimaginável a conquista desta libertação. Mas por
alguma razão, que ele mesmo desconhecia, o seu trabalho, após três anos de
caminhada, parecia não mais lhe servir, e novamente aquele vazio veio tomando
lugar em seu peito. Quanto mais ele se dedicava ao trabalho, menos aparecia a
solução as suas crises. Muitos eram os conflitos emocionais e materiais. Até
que um dia, cansado de esperar, ele entregou os pontos. Era um dia chuvoso no
templo e já passavam das 23 horas, muitos médiuns já encerravam os seus
trabalhos para retornarem as suas casas. Ele procurou cumprir o roteiro que
havia aprendido três anos antes. As palavras de Pai Seta Branca soavam
frescas em sua mente:
“O dia em que as
forças lhe faltarem, entregue as suas armas e nada lhe acontecerá!”.
Então assim ele fez.
Dirigiu-se a imagem de Pai Seta Branca, ao centro do templo, e proferiu uma
prece de despedida ao Cacique Tupinambá:
- Querido Pai! Venho
nessa hora triste de minha vida, entregar-te as minhas armas. Não quero ser
mal interpretado, nem quero que pense que estou sendo ingrato, pois muito o senhor
fez por mim estes anos, mas não me sinto mais parte desta missão. O trabalho
já não me ajuda mais como antes, e me sinto cada vez mais vazio. Por respeito
e gratidão a tudo que fizeste por mim, meu Pai Seta Branca, eu veio aqui
deixar as consagrações que tu me destes. Após sair daquela pira, depois de
encerrar o meu trabalho, sei que não serei mais um missionário seu, mas o
senhor estará sempre em meu coração como o meu pai. Obrigado por tudo! Que
Jesus ilumine cada vez mais sua obra!
Com os olhos cheios de
lagrimas, e o coração cheio de dor, ele se virou para se dirigir a pira,
quando se deparou com uma médium apará, que portava apenas uma plaquinha em
seu peito com o seguinte nome: Vovó Catarina do Oriente. A médium se dirigiu
a ele, convidando-o para ir aos tronos. Ele relutante, se negou, com
argumento que teria de ir embora, mas ela insistente o pediu novamente:
- Por favor, mestre!
Eu comecei a desenvolver há pouco tempo, e não me sinto bem. Já não tem quase
nenhum médium dentro do templo, e nem paciente também, só para que eu possa
manipular um pouco! Por favor!
Quando ele leu em sua
plaquinha de identificação, a preta velha a qual ela havia sido emplacada,
foi uma feliz surpresa pra ele. Anos antes, no inicio de suas aulas de
desenvolvimento avançado, ele havia passado com aquela preta velha, e
recebido uma linda mensagem, a qual ele nunca tinha esquecido. Em belas
palavras ela disse a ele o quanto ele seria feliz naquela jornada, mas que
tudo dependia exclusivamente dele. Ao se recordar, resolveu então aceitar o
convite, daquela recém-chegada e ir aos tronos, mas convicto que aquela seria
a sua ultima oportunidade dentro da casa do pai.
Logo que se sentou e
se concentrou para dar inicio àquele trabalho, lhe chamou a atenção uma
criança sentada no banco dos pacientes. De longe ele fixou o olhar naquela
criança, que logo em seguida o iluminou a alma inteira com um belo sorriso.
Foi como um banho de puras energias, em que todas as suas aflições e medos,
naquele instante, simplesmente sumiram, apenas uma paz era sentida em seu
coração a partir de então. Logo após a identificação da entidade que havia
incorporado, confirmando a presença daquela tão querida vovó Catarina do
Oriente, ele recebeu a seguinte mensagem:
- Meu filho, salve
Deus! Com a sua permissão, irei manipular em favor deste aparelho.
Imediatamente concordando
com aquele pedido, e com muita paz no coração, ele aguardou pacientemente
trinta minutos de manipulação, entre saudações de forças e passagens de
irmãos sofredores. Em pensamentos ele havia feito uma constatação: aquela era
a forma que Pai Seta Branca havia arrumado de lhe mostrar que aquela decisão
seria a melhor, confirmando a sua ideia de que ele realmente não fazia mais
parte daquela missão. Então aquela vovó, com a simplicidade luminosa de uma
preta velha, o indagou:
- Meu filho! Há alguma
coisa que eu posso fazer pelo meu filho?
Com um sorriso no
rosto ele respondeu:
- Não vovó! Eu já
confirmei uma questão que eu tinha!
Então ela insistiu:
- E que questão é essa
meu filho? Meu filho pode dizer?
Meio sem jeito, mas
ainda tranquilo, ele tentou resumir:
- Claro! Hoje eu me
despedi da minha missão vovó! E a paz que eu consegui alcançar, só de sentar
ao seu lado, me demonstrou que realmente tomei a decisão certa.
- Graças a Deus, meu
filho! Mas será que essa nega velha, pode lhe dizer algumas palavras, antes
que meu filho se vá?
- Claro, vovó! Fique a
vontade, é um prazer escuta-la!
- Graças a Deus, meu
filho! São muitas as forças do meu filho; é imenso este coração que carregas
no peito filho. É uma pena que isto, muitas vezes, não seja o suficiente
nesta jornada terrena. São muitas as expiações e provas desta caminhada, é
preciso muita vigília para não cair nas armadilhas do caminho. Meu filho
sentiu-se em paz, graças à presença de Janaina, a sua princesa, que veio
pessoalmente traze-lhe esta rosa, a qual eu coloco em suas mãos. Mas não é
uma rosa de despedida meu filho. Sua princesa me incumbiu de lhe esclarecer
de algumas coisas, mas eu preciso lhe perguntar meu filho, é da sua vontade
escutar essa humilde nega velha?!
- Claro, vovó!
- Graças a Deus, meu
filho! Fico muito feliz por esta feliz oportunidade, em que nos concede o grande
Simiromba de Deus! Meu filho tem se queixado de suas forças; de que não
alcança mais a realização que antes alcançava; e que por isso crê que não faz
mais parte desta missão não é meu filho?! Graças a Deus! Meu filho se lembra
de como a paz era presente no coração de meu filho; e de como as coisas se
clarearam na vida de meu filho, desde que começou a trabalhar?!
Surpreso com tantas
afirmações assertivas, o doutrinador confirmava e cada vez mais se mostrava
interessado no que dizia a preta velha, que prosseguiu:
- Graças a Deus, meu
filho! Eram as suas conquistas meu filho. Nada é de graça ou dado nesta
missão, porem, tudo é permitido pelo pai Seta branca e conquistado pelos os
seus missionários. Meu filho quando começou nesta jornada, veio com muitas
feridas, muitas cicatrizes das tristes e solitárias caminhadas, daqueles que
não conhecem o amor de nosso senhor Jesus Cristo. Logo que aqui chegou, meu
filho já se sentiu em casa, pelo seu transcendente, pois você é um Jaguar meu
filho! Demonstrando total interesse e simplicidade, meu filho seguiu atento a
tudo que lhe ensinavam. A cada dia o meu filho crescia mais nesta missão, se
preparando e atendendo, cada vez com mais amor em vosso coração. Meu filho
não tinha olhos para outra coisa, que não fosse aprender a trabalhar nesta
casa. Isto foi a sua grande conquista meu filho! O que te fez neutralizar a
dores do teu carma, e tão eficientemente, esclarecer o teu espirito. Mas com
o passar do tempo, o meu filho caiu na grande armadilha do orgulho e da vaidade.
O meu filho, na ideia de que já era um “grande” mestre, achou que não tinha
mais nada a ouvir ou a aprender. Sempre que adentrava um trabalho em suas
oportunidades, ao invés daquela vibração de amor e cumplicidade pelos seus
irmãos, o meu filho agora carregava a arrogância de um fiscal, que vivia a
avaliar e julgar os erros alheios. A carne é fraca meu filho! Se dedicares a
tua vida a procurar nos teus irmãos os erros, nunca terminará a tua busca,
pois ela será tão infinita quanto o universo. Quem vê nas pessoas, o que de
ruim elas possuem, não consegue enxerga o que de bom é vivo dentro delas. A
grande arma de um missionário é a sua humildade; sua maior força é o amor; o
seu segredo é a tolerância. O conhecimento, tão somente, não é suficiente
para a conquista da evolução meu filho. É preciso amor! Existem milhares de
espíritos, altamente conhecedores da magia e da ciência, que não aceitam a
lei universal do amor, por acreditarem que se submeter ao sistema de Cristo é
uma demonstração de fraqueza. Mal sabem eles meu filho, que aceitar a lei de
Cristo é aceitar o amor, e assim, buscar em si mesmo o melhor; oferecendo ao
universo as suas boas vibrações. Muitos filhos de Pai Seta Branca pendem
consagrações, e elas veem, mas não conseguem carrega-las e acabam por cair.
Ser um grande missionário vai muito além de estar dentro do templo
uniformizado, ou cheio de obrigações; ser um missionário é verdadeiramente
ser um escravo do amor. Ficar em silencio em meio a uma discussão; ou perdoar
os erros dos seus irmãos, não é uma fraqueza, e sim, sua maior força meu
filho. Não se perca de Cristo nesta jornada, pois Cristo não quer ser o seu
Deus, mas o seu guia, até que possas se guiar sozinho em meio à escuridão do
medo e da solidão. Meu filho! Quanto maior for a patente de um homem na
terra, menor tem que ser o seu ego, pois é pelo ego que os grandes
manipuladores, do mundo da escuridão, pegam os que se destacam. Seja simples!
Pois simplicidade é um escudo para a vida na terra.
- Meu filho recebeu
esta orientação, desta nega velha, a pedido de sua princesa, que neste
momento coloca em suas mãos o teu destino. Se meu filho ainda desejar seguir
a tua decisão, o fará com as bênçãos do Pai. Se caso o meu filho achar por
bem repensar esta decisão, sua princesa manda lhe dizer que muitas serão as
realizações que trará a terra o seu amor. Você só precisa decidir o que quer
meu filho; ou estamos servindo ao amor, se alimentando do perfume da flor, ou
estamos nos arrastando, colhendo os espinhos da dor.
Salve Deus!
Autor desconhecido
* Os textos em
“itálico” são as falas de Vovó Catarina do Oriente
* Procurei bastante
encontrar o autor deste texto que recebi em formato de áudio, mas não
encontrei.
Kazagrande
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SALVE DEUS! FAÇAM O FAVOR DE SEREM FELIZES. COMAM E BEBAM; A MESA ESTÁ POSTA! SALVE DEUS
domingo, 10 de janeiro de 2016
Abandonando
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