terça-feira, 12 de janeiro de 2016

A História do Pai Seta Branca

Conta-se que nos idos de 1500, quando a região dos Andes ainda sofria a influência de civilizações Incaicas anteriores, chegaram os invasores espanhóis. Na fronteira Brasil-Bolívia, vivia tranqüilamente uma tribo de andinos miscigenados com povos das planícies do leste. O seu Chefe era um homem alto, bronzeado, e de olhar penetrante dos espíritos veteranos deste planeta. Todos o amavam e um guerreiro mais afeiçoado preparou uma ponta de presa de javali para armar, com orgulho, a lança do Grande Chefe. A alvura da ponta de sua lança passou, então, a caracterizá-lo e ele tornou-se lendário como o “Cacique Guerreiro da Lança Branca”. 

Os conquistadores espanhóis iam, aos poucos, avançando em direção ao Pacífico e deixando para trás um rasto de sangue nos restos pouco aguerridos das últimas aldeias Incas. Eis que um mensageiro do Inca chega afoito pedindo socorro ao Grande Cacique da fronteira. Atendendo ao seu apêlo, ele partiu ao encontro dos soldados espanhóis comandando um pequeno exército de oitocentos homens. Apesar de falar pouco, seus olhos refletiam a luz da experiência de muitos milênios e o seu coração ainda estava impregnado pela doçura do Amor Crístico, fruto de sua vivência na personalidade humilde de Francisco de Assis.
No descampado de um vale andino, as duas facções se defrontam. De um lado, os guerreiros do Cacique da Lança Branca e, de outro, os espanhóis e seus aliados. Os guerreiros Incas, amedrontados, recuam assim que percebem a chegada dos valentes guerreiros Tupinambás. O clima era de tensão e morte.
Então, o Grande Cacique Tupinambás subiu em uma pequena colina e dali, vislumbrando o iminente derramamento de sangue, ergueu a sua cabeça para o alto e falou com firmeza, e em voz alta, palavras enigmáticas que todos assustados ouviam. Enquanto falava, ele levantava a sua lança de ponta alva para o céu: " Tupã, Tupã, ouça-me! Eu não temo mas, também, não marcharei contra esses infelizes! Esta lança de ponta alva que carrego nas mãos não tirará o sangue desses irmãos! Mostre a eles, Tupã! Dê compreensão."

Diz-se que foi sublime aquele grande momento. Pois, a medida que ele discursava, ía descendo, sobre aquele campo de batalha, a força de Tupã e um estranho clima de paz , tranqüilidade, e emoção encheu o ambiente. Aos poucos, os invasores inimigos foram se afastando, recuando meio desconfiados, e o Cacique da "Lança Branca" baixou a cabeça e quedou-se em profundo silêncio de agradecimento. Graças a Tupã, a pequena tribo Incaica estava salva, e os seus oitocentos guerreiros podiam voltar intactos para casa.
Conta-se que foram grandes os festejos oferecidos pelo Inca ao povo do Chefe Tupinambás, e muitas vitelas mortas puderam ser levadas para a sua aldeia. O Inca, agradecido, quiz até oferecer riquezas e jóias de ouro, porém o Grande Chefe recusou. Passado algum tempo, ficou adoentado devido ao veneno de uma serpente e quando aproximou-se a sua morte foi lhe presenteado, pela tribo, um belo e grande cocar que ainda usa nas suas aparições espirituais. Foi desse episódio que se originou, segundo Tia Neiva, o seu nome atual: Cacique Guerreiro Seta Branca ou "Pai Seta Branca", para os médiuns do Vale do Amanhecer.

Na metade do século XX, o "Pai Seta Branca", superada a sua faixa encarnatória, procurou a clarividente Neiva e convenceu-a a executar uma Missão que ele trazia para a Terra, sob as ordens de Jesus: socorrer a humanidade nestes momentos de transição de uma Era para outra. Após reunir à sua volta uma grande falange de Espíritos Evoluídos, servidores do Cristo, o "Pai Seta Branca" deu início à preparação de Tia Neiva no sentido da criação de um complexo de construções, para trabalhos especializados em várias modalidades de cura desobsessiva, que ficou conhecido hoje como o "Vale do Amanhecer" e que vem se espalhando na forma de Templos do Amanhecer pelo Brasil e Exterior."


3 comentários:

  1. Fico feliz que vocês tenham gostado do meu Site. É muito importante divulgar o Vale do Amanhecer no Exterior. Um abraço!

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  2. Muito bem resumida a história! Hoje mesmo como paciente , me sinto muito feliz e em paz por freguentar o vale .

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