quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

A FÁBULA DO CACHORRO


Neste mundo “Cão” nós temos aqueles que tem poder, aqueles que pensam ter poder e os que não são poderosos.

A Fábula do Cachorro Doido está relacionando aqueles que pensam ter poder e os que realmente o tem.

Conta a fábula da história de um cachorro grande que latia forte e alto para amedrontar os demais. Este cachorro grande e poderoso em seu “felino” discurso convencia os incautos e de tacanha mentalidade que somente a sua liderança e suas ideias eram perfeitas. A qualquer outro que o deixava inseguro ele abria sua grande, feia e raivosa boca e latia o mais alto que podia. Latia tão alto que toda cidade escutava. Por isso tinham medo e se calavam.

De tão doido que era, desrespeitava os demais de sua raça, os costumes e a lei canina. Criou seu reino particular onde se cercou de seus “cachorros de chácara” os quais se julgavam acima de tudo e de todos. As regras do seu reino mudavam de acordo com sua vontade e com seu humor. Julgava-se tão poderoso que ninguém conseguia falar em sua presença, tamanha prepotência de se julgar o grande sábio.

Um dia, o seu mais chegado “cachorro de chácara” estonteado com o poder do chefe Cachorro “Doido”, numa sorrateira emboscada o matou e ocupou seu lugar.

A fábula não terminou aí. Continua com a história de outro cão que tinha seu poder nas suas atitudes e não em seu forte latido. Abria pouco a boca para latir, mas adquiria respeito pelo que fazia e não pelo que falava. Não queria estar em destaque, mas a esta posição era sempre levado por aqueles que amavam a democracia e o respeito.

A fábula continua mostrando que a grande e silenciosa maioria do mundo canino se posicionava, tinha sua opinião e admirava o “Cachorro Quieto”, mas respeitava e zombava do “Cachorro Doido”.

A moral desta fábula é mostrar o “verdadeiro” PODER. Existe um poder “conquistado” que é passageiro, efêmero. Este leva à cova quem dele se apropria sem saber usá-lo. Outro poder existe dentro daqueles que no silêncio realizam, que ao invés de criticar tem a autocrítica como guia. Este permanece porque todos reconhecem que sua luta é justa. Existe ainda o Grande poder da maioria que escolhe de que lado quer ficar: por respeito ou por medo. 

Trecho extraído do livro: Los animales y su ensénanza para los hombres - 1961. 

“Qualquer semelhança é mera coincidência”.

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