sábado, 21 de novembro de 2015

Sem vontade de ir ao Templo...



Mestre, no templo que freqüento tem muita conversa fiada, fofocas desagradáveis, “disse me disse”, intimidade demais para meu gosto. Acabei chegando a um ponto em que nem estou querendo mais ir, mesmo amando nossa Doutrina. Às vezes acho que tem alguma coisa querendo me afastar de lá, não sei o que fazer...

Seu Mário (nosso saudoso Trino Tumuchy) dizia que no Vale a gente não ia encontrar “os bonzinhos”. A grande maioria dos que chegam à Doutrina vem pela dor. E se enfrentavam a dor, é porque existia, ou existem, motivos para tanto. Também há de se considerar que a mediunidade não é um “prêmio” para pessoas especiais, e sim uma oportunidade para os mais endividados sanarem, com maior celeridade, suas dívidas cármicas.

Considerando assim, fica mais fácil compreender por que tantos demoram tanto para “despertar” e se libertar das personalidades ao ir para o Templo.

O Templo é a casa de nossa Individualidade. Despertamos nosso espírito para a missão superior que nos é confiada e não deveria sobrar espaço para as banalidades da personalidade transitória. Porém, envolvidos pela energia dos seus carmas e normalmente de suas “difíceis” vidas cotidianas, mestres e ninfas, com afinidade vibracional compatível, se atraem energeticamente e acabam se unindo em “pequenas rodas de maledicência”, manipulando de forma negativa a energia que deveriam usar exclusivamente para a caridade.

As fofocas surgem sempre pela falta de compreensão, pela ausência de caridade e tolerância, e são o pernicioso alimento de irmãozinhos que deveriam estar sendo encaminhados para uma nova jornada. Por conta deste fortalecimento, através das energias emitidas por médiuns preparados, mas que se envolvem nestas correntes negativas, estes irmãozinhos continuam presos ao etérico e cada vez mais assediam a fonte emissora.

Traduzindo: Quem se envolve nestas “redes de intriga” não progride! Observe atentamente que os participantes destas conversas improdutivas continuam com a própria vida em desequilíbrio. Nunca os fatos transcorrem com naturalidade para estas pessoas! Tudo parece ter algum entrave, coisas simples passam a demorar para se “desenrolar” e uma inveja fica clara em seus olhos.

Estas dificuldades e desequilíbrios acontecem justamente pela energia que atraem e pelo retorno natural da energia que emitem. Ao “falar mal de alguém”, é emitida uma energia, e ela sempre retorna ao seu emissor... A mesma maldade emitida, volta! Mais do que isso: Como somos médiuns, e portanto, uma grande fonte de energia, nossos “irmãozinhos” ficam ao redor esperando e insuflando para que emitam mais desta energia negativa que podem aproveitar. Assim, no dia a dia, passam a nos espreitar, tentando auxiliar a aumentar as dificuldades e a inveja, que naturalmente irão agravar os quadros de maledicência dos mestres e ninfas insensatos que se envolvem nas fofocas.

Afastar-se das “rodinhas de mal-amados” é acima de tudo se proteger!

Médiuns imbuídos de bons sentimentos podem realmente ir deixando de sentir vontade de ir ao Templo devido à observação destas correntes negativas. Porém, creio que nossa obrigação é justamente o contrário. Creio que devemos nos esforçar cada vez mais para que a luz da compreensão resplandeça e atinja mais rapidamente o coração dos insensatos que semeiam a intriga e a discórdia.

Temos uma certeza: a verdade sempre irá prevalecer. A mentira pode reinar nos corações e até nas mentes, mas no espírito está gravada a marca da verdade. E todos, absolutamente todos, ao desencarnar, perdem suas máscaras e serão exatamente o reflexo de seus pensamentos.

Não desanime! Lembre que a Doutrina está em seu coração “o Senhor tem Seu Templo em meu íntimo”... Este é o grande segredo de nossa jornada pela Terra.

Kazagrande

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