sábado, 7 de novembro de 2015

CULPA?



Quantas vezes tentamos desculpar nossos erros e falhas de caráter com frases curtas ou justificativas que insistimos serem aceitáveis?

Dizer: Não é minha culpa... Foi sem querer... Não foi de propósito... Ou ainda partir para justificativas insólitas, não vai aliviar a dor do ofendido!

É preciso verdadeiramente assumir a falha e suas consequências. Precisamos ter a consciência de que justificativas não aliviam o coração magoado. Somente pela nossa sincera atitude de arrependimento e consciência da falha cometida, é que podemos pleitear o perdão.

Meus irmãos e minhas irmãs, Salve Deus!

Ainda estamos encarnados, mas em preparação constante para nosso regresso à pátria espiritual. Uma das nossas maiores preparações é entender que seu espírito não poderá usar máscaras. Nossa aura vibra na cor que está a verdadeira sintonia de nossos pensamentos. Não tem como esconder!

Muitos ao desencarnar surpreendem-se no etérico ao lado de seres que não condizem com a vida que levaram na Terra. Certa vez ouvi um relato de um espírito que estava aprisionado em uma ala repleta de egoístas, mesquinhos, avarentos, gananciosos: ele clamava por justiça! Dizia que tinham levado ele por engano, que era um cientista e jamais possuíra algum bem que pudesse compartilhar. Havia levado toda sua vida dedicada aos estudos e à busca do conhecimento. Não possuía riquezas e sequer havia deixado bens materiais em herança. Como poderia estar ao lado de espíritos que passaram sua vida apegando-se aos seus bens? Como poderia estar ao lado de “gente” tão mesquinha e avarenta?

Quando passou a revolta inicial (que durou anos) e passou a rezar pela sua “justiça”, seu Mentor se aproximou:

- Meu filho, por que clamas tanto por justiça? Estás onde deveria estar, seus sentimentos o conduziram até aqui, junto de seus pares!

- Sinto que o senhor é um espírito iluminado, e não entendo como não pode ver que estes que estão aqui são pessoas egoístas e desprezíveis? Passaram toda sua vida acumulando bens sem compartilhar com ninguém, vendo gente com fome e sede ao seu lado e não se comoveram. Eu sou um pobre estudioso, dediquei-me a buscar o conhecimento, sempre acreditei em Deus e procurei no final de minha vida justamente uma maneira de “estar bem com Ele”.

- Você aprendeu muitas coisas, não é? Vejo que leu todas as grandes obras da ciência e conseguiu unificar com a filosofia, entendendo o quanto é importante a verdade para os homens.

- Sim! Sim!!! – disse já confiante o cientista – Como pode ver, estou no lugar errado!

- Mas lhe pergunto, meu filho, o quê fizeste com o conhecimento que adquiriu? Com as conclusões que chegastes? Escrevestes um livro? Deste palestras e reuniões? Compartilhaste a verdade que liberta? Alimentaste às almas com sede e fome do conhecimento que você acumulava? Observe: Sua aura vibra na mesma cor destes que viveram de maneira avarenta. Fostes tão egoísta quanto eles! Estás onde tem que estar!

Salve Deus! A história é um pouco mais longa, mas pode resumir a nossa necessidade de compreender que aparentaremos exatamente o quê nossas vibrações projetarem. Podemos passar a vida inteira nos controlando, nos “fingindo de bonzinhos”, e até mesmo sem praticar nenhuma “maldade”. Mas se nosso íntimo não está burilado, se não evoluirmos verdadeiramente, eliminando a negatividade de nossas vidas, o tempo encarnado terá sido em vão.

Por isso, assumamos nossas falhas com a humildade de quem errou e precisa compensar positivamente. Não é necessário sofrer com elas, mas sim ter a consciência de que meras palavras não desintegram a energia negativa provocada. É preciso outra ação, igualmente intensa e positiva, para compensar. Pedir desculpas e justificar é humano. Pedir perdão e compensar é espiritual.


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