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terça-feira, 27 de outubro de 2015
Enfermidades Espirituais
As enfermidades espirituais podem produzir distúrbios no corpo físico, pelo processo conhecido como somatizações, tendo como causa desarmonias psíquicas próprias do enfermo e/ou da influência exercida por entidades espirituais. As somatizações da primeira categoria indicam disfunções congênitas, traumas físicos e ou psicológicos. Os distúrbios da segunda categoria revelam a possibilidade de processos obsessivos de variada expressão. Ambos os fatores, somatizações e obsessões podem, porém, estar associados.
As enfermidades espirituais são, então, didaticamente categorizadas como de baixa, média ou de alta gravidades. É importante, contudo, considerar que o apoio de familiares e amigos é imprescindível; o auxílio espírita, associado ao médico/psicológico, sempre que se fizer necessário, são outros meios capazes de reverter situações desafiantes. Mas, sobretudo, a fé em Deus e em Jesus, assim como a confiança nos Espíritos protetores têm efeito inestimável, capaz superar obstáculos aparentemente intransponíveis.
As enfermidades espirituais de baixa gravidade são mais fáceis de serem controladas. Costumeiramente surgem em momentos específicos da existência, quando a pessoa passa por problemas ou provações marcantes: perdas afetivas ou materiais; doenças físicas; insucesso profissional, separação conjugal, etc. São situações nas quais as emoções afloram, gerando diferentes tipos de dificuldades: ansiedade, angústia, medo, dores físicas, como ósseas, musculares, enxaquecas, etc; distúrbios de digestão (náuseas, cólicas, azia, má absorção alimentar etc.). São comuns alterações do sono, da atenção e do controle emocional.
Tais Essas condições podem desaparecer espontaneamente, se o indivíduo já possui valores morais firmes e demonstra comportamentos positivos perante a vida (esforço de autodomínio e capacidade de superação de conflitos). Contudo, tal quadro pode permanecer por tempo indeterminado ou agravar, sobretudo se há doença física e/ou psíquica subjacente. O hábito da prece, o evangelho no lar, o passe representam valorosos instrumentos de auxílio, estimulando a pessoa a elevar o seu padrão vibratório. A mudança de padrão vibratório favorece a sintonia com benfeitores espirituais, os quais prestam assistência imediata, necessária ao reajuste psíquico, emocional e físico. A pessoa recupera, então, as rédeas sobre si mesma, desligando-se de idéias perturbadoras, próprias ou de outrem.
As doenças espirituais de média gravidade podem prolongar-se por anos a fio, mantendo-se dentro de um mesmo padrão ou evoluindo para algo mais sério. Com o passar do tempo, desenha-se um quadro típico de algum tipo específico de distúrbio, que pode estar associado a outro, por exemplo: insônia persistente; gastrite e ulceração gástrica; infecções microbianas repetidas; crises alérgicas costumeiras; dores musculares penosas, formadoras de nódulos ou pontos de tensão; dificuldades respiratórias seguidas das desagradáveis “falta de ar”; hipertensão; obesidade ou magreza; crises de enxaqueca prolongadas, não controláveis ou parcialmente controláveis por medicamentos; humor claramente afetado, oscilante, determinando crises de irritabilidade e impaciência incomuns, seguidas de momentos de indiferentismo e submissão emocionais; episódios depressivos repetidos que podem ser substituídos por euforia exagerada. O enfermo pode desenvolver comportamentos que evidenciam “manias” e isolamento social: as suas idéias e os seus desejos ficam como que girando dentro de um círculo vicioso, favorecendo a criação de ideoplastias e de formas-pensamento, alimentadas pela própria vontade do indivíduo e por Espíritos desencarnados,sintonizados nesta faixa de vibração.
As enfermidades espirituais classificadas como graves, são encontradas em pessoas que revelam perdas da consciência. A perda da consciência, lenta ou repentina, pode estar associada a uma causa fisiológica natural (velhice) ou a patologias, como lesões cerebrais de etiologias diversas, uso de substancias psicoativas, legais e ilegais. Neste contexto, o enfermo vive períodos de alheamentos ou de alienações mentais, alternados com outros de lucidez. São episódios particularmente difíceis, pois a pessoa passa a viver numa realidade estranha e dolorosa, agravada quando o enfermo associa-se a outras mentes enfermas, encarnadas ou desencarnadas, estabelecendo processos de simbioses espirituais.
As orientações espíritas, se aceitas e seguidas, proporcionam imenso conforto, podendo reduzir ou eliminar o quadro geral das perturbações, sobretudo se associada às ações médicas e ou psicológicas, e, também, à assistência familiar. Assim, é preciso desenvolver um persistente trabalho de renovação mental e comportamental da pessoa necessitada de auxílio. A prece, o passe, a água fluidificada (magnetizada), a reunião do Evangelho no lar, a assistência espiritual (atendimento e diálogo fraterno, frequência às reuniões de explanação do Evangelho e de irradiações espirituais), o estudo espírita, entre outros, representam instrumentos de auxílio e de renovação psíquica, disponibilizados pelas Casas Espíritas, em geral.
Mesmo se o doente estiver sob atendimento médico especializado, no campo da psiquiatria, a fluidoterapia espírita suavizará a manifestação da doença, tornando mais efetivo o tratamento médico. A assistência espiritual, oferecida pela Casa Espírita, age como bálsamo, minorando o sofrimento dos encarnados – doente, familiares e amigos – e dos desencarnados envolvidos na problemática. O atendimento ao Espírito perturbador ocorrerá nas reuniões de desobsessão, sem a presença do enfermo encarnado.
As enfermidades espirituais representam uma realidade impossível de ser ignorada, especialmente nos tempos atuais, que sabemos da existência de um alerta superior que nos aponta para a urgente necessidade de avaliarmos a nossa própria conduta moral, desenvolvendo ações e atitudes compatíveis com a Lei de Amor, Justiça e Caridade. As enfermidades espirituais deixarão de existir, esclarecem os benfeitores espirituais, quando nos renovarmos para o bem. Nesse sentido, são oportunas as elucidações do Espírito André Luiz:
A […] enfermidade, como desarmonia espiritual […] sobrevive no perispírito. As moléstias conhecidas no mundo e outras que ainda escapam ao diagnóstico humano, por muito tempo persistirão nas esferas torturadas da alma, conduzindo-nos ao reajuste. A dor é o grande e abençoado remédio. Reeduca-nos a atividade mental, reestruturando as peças de nossa instrumentação e polindo os fulcros anímicos de que se vale a nossa inteligência para desenvolver-se na jornada para a vida eterna. Depois do poder de Deus, é a única força capaz de alterar o rumo de nossos pensamentos, compelindo-nos a indispensáveis modificações, com vistas ao Plano Divino, a nosso respeito, e de cuja execução não poderemos fugir sem graves prejuízos para nós mesmos (¹)
Referência Bibliográfica
(¹) XAVIER, Francisco Cândido. Entre a terra e o céu. Pelo Espírito André Luiz. 5.ed. Rio de Janeiro: FEB, 1972. Cap. 22, p. 134.
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