A ideia de todos sermos filhos e, consequentemente, irmãos, nos acalenta e nos traz a certeza da proteção divina, da misericórdia divina.
Desta feita, o Momento de Luz de hoje é a leitura do poeta desse cuidado, cuidado de pai.
Cuidemo-nos.
No meu viver, despertas chamas da vida
Que nossa história não se perde nos anais
Quando passavas nos jardins na primavera
Pintando as cores das pétalas dos rosais.
Naquelas noites, quando era pequenino
Que eu sonhava de viver em teus quintais
Ainda lembro que chegavas de mansinho
Para eu beber nos teus sublimes mananciais.
A luz descia embalando pobre ninho
A água pura semeava os teus fanais
Despertava pela noite de mansinho
E receber o teu sorrir nos madrigais.
Ao despertar, no rosto era um sorriso
Surpreendia o despertar de meus irmãos
Não lhes falei até hoje nada disso
Que eu recebia bem querer de tuas mãos.
Ao anoitecer te buscava nas estrelas
Por entre as nuvens esperava teu chegar
Que no inverno nem sequer podia velas
Mas que no sono me virias encontrar.
Sempre soubera que eras Pai amante
Da eternidade estrada do saber
Brilhava a água dessa fonte diamante
Luzes estranhas em forma de querer.
A noite era dia, a meus tenros olhares
De tantas luzes, vindas do teu coração
Dissipando meus temores e meus males
Numa fonte perene de emoção.
O tempo foi passando tão depressa
Que fechava para Deus os meus portais
Quando os abria, sempre era uma surpresa
Encontrava teu pão nos milharais.
O teu rosto espelhado nos jardins
Tua seiva dando frutos nos pomares
Os perfumes liberados do jasmim
Os passarinhos nos seus cantos seculares.
Tuas mãos acariciavam o meu rosto
Na brisa das manhãs de primavera
À minha alma, Trazias doce gosto
Porque a vida parecia uma quimera.
SALVE DEUS
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