VIVA JESUS!
Podemos destacar dois grandes momentos da vida de Jesus: o de Jesus como o Mestre dos mestres e o de Jesus como o médico das almas.
Como o Mestre dos mestres, podemos destacar dois momentos: o ensino por parábolas e as ocasiões em que Jesus ensinou o homem a pensar.
Jesus empregou magistralmente o ensinamento por parábolas, pequenas histórias que serviam para tornar acessível, ao povo, os ensinamentos doutrinários. E para facilitar mais a compreensão das coisas espirituais, ele servia-se de comparações com o que ocorre na vida comum e nos interesses rotineiros do homem.
As ocasiões em que Jesus ensinou o homem a pensar foram as vezes em que, ao ser perguntado sobre algum assunto, ele respondia sempre com uma outra pergunta, para, assim, ensinar o homem a entender, de maneira lógica, o assunto que era focalizado.
Podemos dar alguns exemplos:
Quando um doutor da lei, para o tentar, disse: “Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna?”, Jesus lhe perguntou: “Que está escrito na lei? Que é o que lês nela?” O doutor da lei disse: “Amarás o Senhor Deus de todo o coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças e de todo o teu espírito, e a teu próximo como a ti mesmo”. Disse-lhe Jesus: “Respondeste muito bem; faze isto e viverás.” Mas o homem, querendo parecer que era um justo, disse: “Quem é o meu próximo?” Então Jesus contou a Parábola do Bom Samaritano (Lucas, 10:25 a 37), que fala sobre o samaritano que descia de Jerusalém para Jericó e, vítima de salteadores, foi ferido; algum tempo depois, um sacerdote e um levita passaram, indiferentes; logo a seguir veio um samaritano, que assistiu o homem. Jesus, então, perguntou: “Qual desses três te parece ter sido o próximo daquele que caíra em poder dos ladrões?” O doutor da lei respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Disse-lhe Jesus: “Então, vai e faze o mesmo”.
Também para tentá-lo, os fariseus mandaram os seus discípulos, em companhia dos herodianos, lhe perguntar: “É-nos permitido pagar ou deixar de pagar tributo a César?” Jesus pediu-lhes uma moeda, e perguntou: “De quem são a imagem e a inscrição nesta moeda?” “De César”, responderam eles. Então, Jesus lhes observou: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
Ao ensinar o homem a pensar, Jesus lançou as bases para a fé raciocinada, que foi (e é) valorizada pelo Espiritismo. Ou seja, não acreditar apenas cegamente, ou porque alguém impôs que se deve acreditar nisto ou naquilo, ou desta ou daquela maneira – essa é a fé cega, que muitas vezes conduz ao fanatismo, pois baseando-se, muitas vezes, no erro, cedo ou tarde desmorona. Somente a fé raciocinada, que se baseia na verdade, nada tem a temer do progresso. Como diz o Espiritismo: fé raciocinada é a que pode enfrentar a razão, face a face, em todas as épocas da Humanidade.
Por fim, Jesus é o médico das almas, porque, como ele disse, não são os que gozam de saúde que precisam de médico. Ora, todos nós somos doentes da alma; logo, se tivermos fé, todos seremos curados por ele. É também neste sentido que Jesus se acercava, principalmente, dos pobres e dos deserdados, pois são os mais necessitados de consolações, e não dos orgulhosos, que julgam possuir toda a luz e de nada precisar.
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