quarta-feira, 11 de março de 2015

As Princesas Doutrinárias


                                                     AS PRINCESAS DOUTRINÁRIAS
As princesas são sete mas as que hoje cumprem missão com os Doutrinadores como suas Mentoras, são as Princesas Jurema, Janaína e Iracema. Os Doutrinadores as conhecem logo no início do curso de desenvolvimento, mas elas já escolheram muito do que imaginam. Elas estão sempre presentes, mas só porque elas têm missão com os Doutrinadores não que dizer que elas nunca estarão com os Aparás. No Brasil Colónia enquanto os conflitos sociais agitavam a superfície dos males da alma e do corpo, o espírito prosseguia tranquilo nas suas tarefas de reajustes. Nesse período surgiu o episódio das Princesas de Mãe Yara, reunidas na Cachoeira do Jaguar. Haviam sete espíritos de mulheres que haviam participado activamente de muitas encarnações dos Jaguares. Numa dessas encarnações, elas haviam morado na cidade de Pompeia, situada no império romano havia sido um balneário, cidade recreio dos ricos romanos e, no período de decadência, se transformado numa cidade cheia de vícios. Um dia, houve uma erupção do vulcão Vesúvio e Pompeia ficou coberta de cinzas envenenadas, letais. As sete moças morreram nessa tragédia e seus espíritos permaneceram no recolhimento e na revolta. Depois disso, elas encarnaram várias vezes, até atingir a evolução, conservando, ainda, os resíduos de seus compromissos, assumidos na vida leviana que haviam tido anteriormente e seis (Jurema e Juremá, Iracema, Jandaia, Janara e Iramar) encarnaram como filhas de escravos e uma (Janaína) numa família de colonizadores portugueses. Mesmo sem se conhecer, pois viviam em fazendas diferentes, elas tinham um traço em comum: não se adaptavam, não aceitavam a sua condição de crioulas escravas. A sétima moça, aquela que havia nascido como branca, também era inconformada com a vida daquele Brasil Colónia e, sempre que podia, procurava a senzala, para conviver com as escravas. Então, tudo começou vibrar quando os dois grandes missionários Pai Zé Pedro e Pai João, resolveram agir no campo vibracional de nossa missão, com este imenso amor ouvindo e sentindo o céu, nos poderes de Vô Agripino que emitia aos mesmos toda luz do Santo Evangelho. Aos 14 anos Pai Zé Pedro e Pai João, que regulavam em idade, vieram no mais triste quadro num navio negreiro para o Brasil. Eram duas personalidades com ideias transcendentais traçadas do céu... Então estes dois espíritos levaram em frente a sua obra: se prepararam nos Planos Espirituais e vieram para a Terra cumprir a sua missão, que seria em nossa última orientação a nova estrada do Jaguar na linha do Amanhecer. Vendidos por navios negreiros no Brasil Colónia se encontraram, pela força do seu compromisso, no Sul da Bahia. Então, juntos desenvolveram as suas faculdades mediúnicas. O senhor de Pai Zé Pedro era um homem muito bondoso, que ouvia o Grande Africano e amava as suas palavras. Chegando a se converter comprou também Pai João, deixando-os fazer na senzala o que lhes aprouvesse. Na época as fugas das senzalas eram a forma que os escravos encontravam de se libertar dos senhores e não foi diferente com as "princesas". Uma a uma, as crioulas foram fugindo de suas senzalas e, orientadas pelo plano espiritual, foram se encontrando numa determinada região. Nesse lugar havia uma cachoeira que escondia um ponto da floresta de difícil acesso, e lá elas estabeleceram seu lar. Pai João e Pai Zé Pedro, com o conhecimento da missão reservada para aqueles espíritos missionários, encobriam, com suas astúcias de velhos escravos, a escalada das crioulas. A branca e loura sinhazinha, estimulada pelos velhos laços espirituais, também buscou a companhia das crioulas. Certo dia, ela apareceu num barco e trouxe consigo uma enorme bagagem de objetos e alimentos. E, assim, a falange ficou completa. A região da cachoeira das crioulas passou a ser um local de encontro de escravos e escravas, que buscavam o lenitivo para sua vida de dores e sofrimentos. Os pretos velhos montavam guarda e usavam todo seu conhecimento da Magia para que os planos tivessem prosseguimento. Os atabaques percutiam nas noites de lua cheia e os escravos dançavam e cantavam. Aos poucos, a energia extra etérica foi se juntando com a força mediúnica e as bases da futura religiosidade foram se firmando. A Magia dos Pretos Velhos produzia os fenómenos de contacto entre os planos. Usando seus conhecimentos das ervas e das resinas, os velhos escravos materializavam espíritos e faziam profecias dos acontecimentos e a cachoeira das crioulas passou a ser um ponto de irradiação de forças espirituais. Tanto os espíritos encarnados como os desencarnados iam se impregnando da Doutrina e formando falanges de futuros trabalhadores na seara do Cristo. Estavam, assim, em 1700 implantadas as raízes do Adjunto de Jurema no Brasil Colónia por aquelas antigas princesas, que se reuniram na Cachoeira do Jaguar a Pai João e a Pai Zé Pedro para delinear todo o sistema do Africanismo que chegaria até nós, na Doutrina do Amanhecer, para formação final do Adjunto de Jurema, na força do Jaguar. Em suas encarnações como escravas, as Princesas realizaram grandes trabalhos. Iramar, por exemplo, ficou famosa como Anastácia, personagem cercada de grandes fenómenos, com sua boca tampada por uma máscara de ferro, que tem muitos devotos em diversas linhas, embora haja muita controvérsia sobre suas obras e até mesmo sobre sua existência, levantadas por correntes contra o Espiritualismo. A manutenção da Unificação - trabalho dos Quadrantes - é realizada diariamente, entre 16 e 16:30h, como consta no Livro de Leis, sendo cada dia da semana dedicado a uma Princesa e a uma Falange do Mestrado.
"Pai João pregava a Doutrina, o amor, aliviando o chicote dos senhores. Pai Zé Pedro tocava os tambores para alertar seu povo nas outras fazendas, onde viviam Iracema, Jandaia, Janara e Iramar, contando também com Janaína, pequena sinhazinha que muito amava os Nagôs. Eram jovens, com apenas 18 anos, que sofriam as incompreensões de suas sinhazinhas e as perseguições e seduções dos seus sinhorzinhos. Era uma desdita o que, naquele tempo, sofriam aquelas escravas missionárias! Porém, na senzala de Pai Zé Pedro, tudo ia muito bem. Vinha gente de longe, e as curas se realizavam com tanto amor que se propagou o Africanismo com a sua presença..." (Tia Neiva, O Amanhecer das Princesas na Cachoeira do Jaguar, s/d) de escravos e escravas, que buscavam o lenitivo para sua vida de dores e sofrimentos. Os pretos velhos montavam guarda e usavam todo seu conhecimento da Magia para que os planos tivessem prosseguimento. Os atabaques percutiam nas noites de lua cheia e os escravos dançavam e cantavam. Aos poucos, a energia extra etérica foi se juntando com a força mediúnica e as bases da futura religiosidade foram se firmando. A Magia dos Pretos Velhos produzia os fenómenos de contacto entre os planos. Usando seus conhecimentos das ervas e das resinas, os velhos escravos materializavam espíritos e faziam profecias dos acontecimentos e a cachoeira das crioulas passou a ser um ponto de irradiação de forças espirituais. Tanto os espíritos encarnados como os desencarnados iam se impregnando da Doutrina e formando falanges de futuros trabalhadores na seara do Cristo. Estavam, assim, em 1700 implantadas as raízes do Adjunto de Jurema no Brasil Colónia por aquelas antigas princesas, que se reuniram na Cachoeira do Jaguar a Pai João e a Pai Zé Pedro para delinear todo o sistema do Africanismo que chegaria até nós, na Doutrina do Amanhecer, para formação final do Adjunto de Jurema, na força do Jaguar. Em suas encarnações como escravas, as Princesas realizaram grandes trabalhos. Iramar, por exemplo, ficou famosa como Anastácia, personagem cercada de grandes fenómenos, com sua boca tampada por uma máscara de ferro, que tem muitos devotos em diversas linhas, embora haja muita controvérsia sobre suas obras e até mesmo sobre sua existência, levantadas por correntes contra o Espiritualismo. A manutenção da Unificação - trabalho dos Quadrantes - é realizada diariamente, entre 16 e 16:30h, como consta no Livro de Leis, sendo cada dia da semana dedicado a uma Princesa e a uma Falange do Mestrado.
"Pai João pregava a Doutrina, o amor, aliviando o chicote dos senhores. Pai Zé Pedro tocava os tambores para alertar seu povo nas outras fazendas, onde viviam Iracema, Jandaia, Janara e Iramar, contando também com Janaína, pequena sinhazinha que muito amava os Nagôs. Eram jovens, com apenas 18 anos, que sofriam as incompreensões de suas sinhazinhas e as perseguições e seduções dos seus sinhorzinhos. Era uma desdita o que, naquele tempo, sofriam aquelas escravas missionárias! Porém, na senzala de Pai Zé Pedro, tudo ia muito bem. Vinha gente de longe, e as curas se realizavam com tanto amor que se propagou o Africanismo com a sua presença..." (Tia Neiva, O Amanhecer das Princesas na Cachoeira do Jaguar, s/d)

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