Muitos Espíritas, ingenuamente, julgam que a participação nas festas de Momo, tão do agrado dos brasileiros, não acarreta nenhum mal a nossa integridade psico-espiritual. E de fato, não haveria prejuízo maior, se todos pensassem e brincassem num clima sadio, de legítima confraternização, mas a realidade é bem diferente, infelizmente.
O
uso e abuso de bebidas alcoólicas, como agentes encorajadores da folia, a
atividade sexual irresponsável e o uso de drogas, dentre outros preparativos
carnavalescos,
acabam por transformar esse período em tempos difíceis
de estatísticas tristonhas de acidentes, assassinatos, doenças e confusões,
o
que exige muito trabalho dos benfeitores do plano
espiritual.
Sabemos,
entretanto, que tudo
sempre dependerá da nossa escolha na questão da associação
espiritual.
Afinal, qual seria o mérito daquele que só conseguisse manter seu padrão
vibratório positivo dentro dos centros espíritas? O
valor do aprendizado também está no desafio desse autoconhecimento, na
segurança da fé conquistada, na superação dos
obstáculos.
O carnaval não pode ser simplesmente rejeitado, mas vivenciado com a segurança do entendimento espírita de responsabilidade e bom senso, como uma festa popular que ainda tem lugar na escala evolutiva da Terra. Nada há de errado em se buscar a alegria, as manifestações de felicidade, desde que se questione os caminhos que levam a ela, para não cairmos nos enganos da felicidade aparente.
O
caminho a ser seguido precisa ficar bem claro, se não quisermos complicações
futuras: aquilo
que não é bom nos outros momentos da vida não pode ser positivo apenas porque é
carnaval.
E que no nosso estandarte permaneça como parâmetro a clássica e mais importante
mensagem: colocar-se no lugar do outro... sempre.
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