terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Humahan


                   Humahan (pronuncia-se u-ma-rã) é um velho Monge Tibetano que viveu no Tibet quando Tia Neiva estava sendo preparada para a Missão. Em sua companhia viveram alguns poucos Monges, em sua maioria velhos remanescentes de uma teocracia em fase de extinção.

                   Sabemos muito pouco de como viveram, a não ser o fato de que ele e seus companheiros tiveram pouco contato com o mundo exterior e estavam fora do alcance dos atuais dominadores chineses desse antigo País.

                   Os chineses invadiram o Tibet em 1959 e o Dalai Lhama de então refugiou-se na índia onde ainda vive. Os invasores empossaram outro Dalai e implantaram o regime da China atual no País.

                   Em 1959, quando a Clarividente Neiva já havia fundado a UESB (União Espiritualista Seta Branca) na Serra do Ouro, ela já havia aceito sua Clarividência e se achava preparada para receber  os ensinamentos para sua missão.

                   Certa vez ela queixou-se a Pai Seta Branca de sua ignorância e ele  prometeu-lhe um Mestre, tão logo ela estivesse senhora das técnicas do transporte, nas modalidades de nossa Corrente.

                   Certo dia ela adormeceu, foi transportada para o Tibet e, quando deu conta de si, estava sentada dian­te de um velho Monge de aspecto estranho, olhos pu­xados como dos chineses e uma barbinha rala que des­cia do queixo esmaecido.

                   No mesmo instante em que se conscientizou do acontecido ela se viu claramente em sua casa na UESB, velada por Mãe Nenêm. Para sua surpresa ele falava em português e lhe explicou a finalidade de sua vinda. Era o Mestre prometido por Pai Seta Branca.

                   Ela teria que comparecer ás aulas todos os dias e o “Curso” iria durar cerca de cinco anos. Durante esse tempo ela teria que se abster de remédios e, muito provavelmente ela iria adoecer, o que de fato aconteceu.

                   O “Curso” realmente durou cinco anos. Ao fim desse tempo ela estava tuberculosa e acabou sendo le­vada em estado de semi-coma para um sanatório em Belo Horizonte. Lá ela ficou cerca de três meses e saiu com as deficiências respiratórias que a afetaram até seu desencarne.

                   Mas, ela realmente havia aprendido a “Lição”!

                   Seu Espírito Espartano havia se ligado às suas ori­gens e ela estava então em condições de transmitir a mensagem do Amanhecer e formar o Doutrinador.

                   Humahan continuou a envelhecer e a lhe dar assistência, sempre esperançoso de sua missão junto à Neiva terminar e ele poder embarcar para sua origem.

                   Embora Tia Neiva soubesse todo o necessário para ser transmitido aos Mestres, Humarran a assistia na parte prática, manifestando-se no seu aparelho, fazendo filosofias da Doutrina do Amanhecer e até mesmo dando assistência Espiritual à Tia Neiva e aos Mestres que com ela tratavam mais diretamente.

                   Dizia ele que a vida no Tibet estava cada vez mais difícil para ele e seus companheiros e que invejava a nossa posição de Jaguares, cuja missão tem o dinamismo do contato direto com a Humanidade; ele para “exercer” sua missão teve que aguardar essa oportunidade que só se apresentou no fim de sua vida física e nessas difíceis condições. No seu filosofar essa queixa encer­rava certa censura ao sistema monástico e à clausura.

                   Tia Neiva ocupou uma das mais difíceis posições na Missão do Amanhecer, uma vez que teve que apresen­tar sua ação no plano dos encarnados e dos desencarnados em plena consciência; Humahan participou mais ou menos nas suas condições, mas com a desvantagem de ter um corpo velho e aprisionado nas montanhas tibetanas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário