segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Prioridades

Uma das grandes dificuldades que encontramos para exercitar nossa tolerância é compreender as prioridades dos outros.

As pessoas ao nosso redor, por mais próximas que sejam, possuem suas próprias prioridades e não temos o direito de julgar fúteis ou tentar “enfiar” em suas cabeças as nossas prioridades, por mais que pareça claro aos nossos olhos que deveriam ter uma atitude diferente.

Não podemos avaliar seus pensamentos, devemos apenas aceitar o nível de compreensão que cada um possui. Claro que aceitar, compreender, é muito diferente de concordar!

Podemos discordar, considerar que tudo poderia ser diferente, mas temos, pela nossa consciência, a obrigação de compreender as diferenças nas prioridades de cada um. Aquilo considerado fútil para nós, pode ser verdadeiramente importante para o outro, e ponto! É importante para a pessoa, devemos respeitar.

Às vezes isso é muito difícil... Pois agiríamos de maneira completamente diferente, falaríamos, sentiríamos... Mas cada um é cada um e sequer podemos exigir que sejamos compreendidos. Compreender antes de ser compreendido! Esta é a máxima!

Evolução não é algo que podemos impor aos outros com nossas palavras e justificativas. Não vamos mudar os pensamentos e convicções por conta de nossos discursos e justificativas. A evolução é muito individual, e tão particular que sequer podemos avaliar quem é mais evoluído: se nós com nossas certezas e boas intensões, ou o outro com seus rompantes que também são certezas pessoais.

Nos magoamos inutilmente por pensar que os outros poderiam pensar ou agir de maneira diferente, principalmente quando estamos diretamente envolvidos. E, a grande verdade, é que não podemos exigir que compreendam nossas mágoas... Não podemos querer mudar os outros, pois quem deve mudar somos nós!

Recordemos sempre que o sofrimento é uma escolha e que qualquer mágoa inicial pode ser manipulada com a tolerância e a compreensão.

Nem sempre conversar adianta! Pois na maioria das conversas  um dos lados tenta prevalecer, e quando existe mágoa, esta mágoa não poderá ser sanada com a imposição das idéias ou justificativas dos fatos. Mágoa é sentimento, e sentimento não some por um bom discurso.

Respeitemos ao outro! Compreendamos as prioridades de cada um! Aprendamos a nos magoar menos e principalmente buscar a compreensão (mesmo sem a concordância) para não mantermos a mágoa e transforma-la em ressentimento.


Kazagrande

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